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No Mundial Feminino de Vôlei no Brasil, Tiffany, primeira mulher trans a jogar a Superliga, enfrenta novamente a polêmica dos "testes de gênero". O caso lembra o episódio de 1994, em Belo Horizonte, quando a jogadora Yon-Hee Chang, da Coreia do Sul, foi forçada a passar por testes minutos antes de estrear no Mundial.

Reportagem: Rafael Cyrne/No Ataque
Edição: Maria Lúcia Passos/Estado de Minas

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Transcrição
00:00Teste de gênero no Mundial Feminino de Vôlei do Brasil está rolando agora, com a Tiffany,
00:04mas também aconteceu 31 anos atrás, aqui em Belo Horizonte.
00:07Primeira e única mulher trans a jogar a Superliga, a Tiffany não está na lista de inscritas do Osasco
00:13para o Mundial que começa agora nessa terça, em São Paulo.
00:16Tudo isso porque a Federação Internacional de Vôlei exigiu novos testes para que ela possa jogar o torneio.
00:21Lá em 1994, um caso parecido também chamou a atenção de toda a imprensa.
00:26Yong Hee-chan, a melhor jogadora da Coreia do Sul na época, foi impedida de estrear no Mundial de Seleções
00:31minutos antes do jogo começar e foi forçada a fazer testes de gênero em um pronto-socorro de BH.
00:37Quem presenciou esse caso foi o jornalista Ivan Drummond, do estado de Minas.
00:40Faltava uma jogadora. Isso não acontecia de jeito nenhum, eram sempre 12.
00:44Mas faltava uma jogadora. Aquilo a gente intrigou todo mundo que estava cobrindo.
00:48Aí aquele negócio, o que aconteceu, o que é, o que foi, fala que era um problema de saúde e tal, mas não especificaram.
00:53Eu fiquei com aquele troço encucado na cabeça, eu peguei e falei, não, tem alguma coisa errada.
00:56Eu vi uma ambulância saindo lá da parte de baixo e fui atrás da história.
00:59Acabei no pronto-socorro, do pronto-socorro na Faculdade de Medicina.
01:03Ela teve que fazer exame e não mais voltou à quadra. Ela não jogou mais, até o resultado do exame ficar completo.
01:08Chang só foi liberada para voltar a jogar depois de novos testes e muito constrangimento,
01:13como mostram as manchetes do estado de Minas.
01:15Mais de três décadas depois, esse tipo de situação ainda gera debate e muitos casos de preconceito e transfobia.
01:21Para entender melhor, a gente conversou com o especialista e professor de educação física Wagner Xavier,
01:27que é doutor em estudos de gênero pela Universidade Federal de Santa Catarina.
01:31Os autos que você vai ouvir agora são dele.
01:33A Tiffany é uma pessoa trans, e assim, não tem que provar nada.
01:37Tem atletas cisgênero, mulheres, né, inclusive heterossexuais,
01:41que tem saques, arremessos, bolas com velocidade acima da Tiffany.
01:47Não importa se você falar assim, ah, a Tiffany, por exemplo, tem níveis de testosterona menores do que uma mulher cisgênero.
01:54Não importa. Por que não importa? Deveria importar.
01:57Mas por que que não importa, né?
01:58Porque mesmo assim, ela é uma pessoa trans.
02:01Então, por ser uma pessoa trans, há uma espécie de punição.
02:05Ela vai sim passar pelo teste, porque a gente quer averiguar o nível que ela tá de testosterona no sangue e tal, tal, tal.
02:11Então, ou seja, há uma perseguição declarada e discriminatória em relação à presença de pessoas trans no esporte.
02:21O problema do esporte é que precisava achar um vilão, e a testosterona virou esse vilão controlador da presença ou da ausência de corpos no esporte.
02:29Este é apenas um trecho da reportagem completa sobre os casos de Tiffany e Chang, que está no site do No Ataque.
02:35Confira tudo no link da bio e não se esqueça de nos seguir nas redes sociais.
02:41Obrigado.
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