A família da cantora Ruthetty, encontrada morta no bairro da Marambaia, em Belém, pede celeridade para encontrar o autor do crime. Segundo os relatos dos familiares, o laudo do IML indicou que a artista tinha marcas de agressão e sofreu sufocamento. Durante o velório, a família e amigos negaram os rumores de que a cantora seria dependente química e disseram que ela fazia acompanhamento devido ao diagnóstico de esquizofrenia.
00:00O sentimento é muito para a família, né? A gente não está acreditando no que foi para o MR, né?
00:09A resposta do MR, tudinho, da periça, né? E comoveu a gente devido que ela foi torturada, né?
00:16Ela foi torturada. E para a família ali, a gente estava pensando que ela tinha caído, que tinha...
00:23Ela mesmo... Se fosse cidadão, ela não ia, porque sempre lá falava em ter vida,
00:28a vida, queria a vida para ela, entendeu? E ela seguia a carreira dela de novo, de 14, entendeu?
00:33Sempre. Ela passou um período comigo na minha residência, depois que ela veio de São Paulo,
00:38para fazer o tratamento lá. Minha irmã também cuidou dela lá. A gente conseguiu internar uma volta para cá
00:44ela ficou um ano comigo, de 2022 até 2023, lá na minha casa. Então ela estava sendo muito bem tratada,
00:51muito bem cuidada, entendeu? E outra coisa que as pessoas falavam, né?
00:57Eles associados aí, sei lá, que a família tinha abandonado, que a família era isso.
01:02Isso era negativo, entendeu? Tudo isso aí é coisa de mídia, entendeu? Porque a família sempre
01:08deu apoio, entendeu? Amigos, como tem minha amiga também, que dava muito apoio para ela aí,
01:13entendeu? A Sione, entendeu? Muito apoio e para ela voltar de novo, sei o que era ela, né?
01:18Porque era muito querida pelos próprios cantores, os próprios empresários também, né, das músicas, né, entendeu?
01:25Passaram pra gente lá, o segundo lá, o que deu lá no laudo, né, que houve, é, engasgaram ela, né, sofocaram ela, né, e botaram alguma coisa no rosto dela, entendeu?
01:40E torturaram, praticamente, bateram na cabeça dela, entendeu?
01:43Foi que eu a visualizei lá na hora, lá no ML, ela tem muitos amatomes pelo rosto, assim, né, e torturaram bastante ela, antes de ela morrer, acho que ela fez força também pra não morrer, né, porque eu não sei também que tinha, segundo aí as informações aí de uma vizinha dela lá, eu sentia assim só ela falar, ela não tinha a segunda pessoa, entendeu?
02:07Eu tava começando com ela, só ela que falava. Aí foi um crime, assim, que foi muito, é, uma coisa muito, assim, pra ninguém saber, entendeu?
02:19Pra ninguém saber, pra não dar alarme, entendeu? Foi uma coisa bem premeditada por alguém, entendeu?
02:25Eu tinha que a Polícia Civil, né, dê a resposta mais possível pra gente, né, pra desmendar o que foi que houve, né, que foi o ator que cometeu esse crime bárbaro aí, que pra nós foi, né, que não tava esperando, né,
02:36A gente acredita muito na Polícia Civil aí pra lá, dar uma resposta pra gente, entendeu?
02:42Não, sempre, sempre essa pessoa que tão falando que morava com ela, que é uma pessoa que sempre ajudou ela, entendeu?
02:50Sempre quis ajudar, até hoje, ele tá aqui no velório, tá aqui com a gente, sempre dando esse apoio total pra gente, entendeu?
02:57As pessoas falam o que querem, né, não falam as coisas concretas, não falam as coisas certas, só ficam falando que é isso, é isso, é isso, mas não sabem a verdade, né?
03:05A última lembrança da minha irmã, que ela era muito uma pessoa que não tinha com ninguém, entendeu?
03:10Uma pessoa muito bem triste na família, sempre ela queria ser, desde criança, tipo, praticamente criando junto, né, a gente ia de caminhar, tava indo pra Belém, né, e é uma perda muito grande pra gente, um sentimento muito grande mesmo,
03:27porque ela era muito querida na família, entendeu?
03:29Muito querida na família e tanto os filhos também, que gostavam muito dela também, porque ela era uma pessoa muito legal mesmo.
03:34Esse é o mais sentimento da gente aí, porque da forma e do jeito que ela foi morta, entendeu?
03:39Era uma relação de, além do profissional, de amizade e cuidado, porque trabalhar com a Ruthiette era muito mais do que ser produtora dela, é ser como uma cuidadora, porque pode ajudar a doença dela.
03:54Então a gente tinha todo o cuidado, toda uma paciência, porque quem sofre de esquizofrenia, pra pesquisar lá, sabe os sintomas que é.
04:02Então a gente tinha que ter muita paciência com ela, com o da família, enfim, mas era uma relação, assim, de muito afeto.
04:10Antes dela ser internada, a última vez, ela já tinha esse diagnóstico de esquizofrenia, e como ela tava muito em crise, ela foi internada em São Paulo, e lá ela teve um tratamento, ela ganhou peso, ela podia estar levando uma vida quase que normal.
04:32O médico recomendou um show por mês, quando ela voltou da última internação, só pra matar a vontade dela mesmo, porque ela não podia sofrer sono.
04:40Então eu alinhei com, foi aí que comecei a ir com ela, alinhei com o irmão dela, a gente ia fazer um show por mês.
04:48E fechei, né, começou a aparecer na Libera, a volta dela e tudo, só que quando ela começou a aparecer, começavam a procurar ela.
04:57Ela já não queria ficar só na casa do irmão, ela queria ficar também na casa dela, porque ela não podia morar sozinha.
05:02Pessoas, assim, se aproximavam dela pra fechar show em qualquer outro lugar, porque eu era contra o irmão dela também, porque era só um show por mês.
05:10E tudo isso foi piorando a situação dela.
05:13E foi aí até algum tempo que ela chegou a morar sozinha mesmo.
05:18E ela foi, a doença foi voltando, ela não tomava remédio dela.
05:24Eu encontrei com ela, né, me afastei porque eu falei que eu só ia voltar, ajudá-la, se ela voltasse pra casa do irmão, porque lá eu sabia que ela tava sendo bem tratada.
05:34E ela era muito teimosa, isso também faz parte da doença, teimosia.
05:38Não queria de jeito nenhum, aí da última vez que eu vi com ela, eu falei, comecei a trabalhar com ela novamente, eu falei, Ruth, eu vou te ajudar, a gente vai te ajudar, mas você vai voltar pra casa do seu irmão, como era antes, você tá muito magra, ela tava muito magrinha.
05:52E vai ser um show por mês, igual como a gente tava fazendo antes, você aceita, aí no início, não, não, e depois ela aceitou.
05:58E aí, ela voltou pra casa do irmão, mas de vez em quando ela voltava de novo pra casa dela, igual como ela voltou, eu ficava dois dias lá, mas ela tava na casa do irmão, e aí voltava.
06:09Aí, imagina, a gente tava, o último show que eu fechei pra ela em Oeiras, eu já tinha combinado com o irmão dela, de que a gente ia encornar ela.
06:19A gente tinha plena consciência de que ela precisava, ela não se alimentava direito, ela não queria tomar os remédios.
06:24Pra ela tomar os remédios, eu falava, Ruth, se você não tomou o remédio, eu não vou fechar a show, ela tomava.
06:30Ou então, eu batia na vitamina, a cunhada dela também, como eu te falei, tu se torna cuidadora também, porque não era fácil lidar, tinha que ter muita paciência.
06:39Então, a gente tava correndo atrás dessa internação, porém, pro hospital aceitar, a pessoa tinha que estar em surto, muito surto.
06:48E ela nem todo o tempo era assim, às vezes eu colocava ela pra dar uma entrevista, por exemplo, ela dava direitinho.
06:54Mas saiu da entrevista, ela ficava assim, parada, ficava aérea, ela às vezes falava sozinha, tinha uns sintomas.
07:03E a gente via perfeitamente que não tava bem, não se alimentava, não queria comer.
07:09E aí eu combinei com o irmão dela, né, em office, sem ela saber, a gente tava correndo atrás da internação.
07:15Porém, a gente enfrentava assim, encontrava muita burocracia pra internar ela.
07:19Então, o que eu pensei com o irmão dela?
07:21Eu vou filmar a situação das rutes no dia a dia dela.
07:24Eu já tava juntando aqui, eu tenho as filmagens de como ela se comportava.
07:28Mostrar pro médico na hora da consulta e pra ele ver que não é só aquilo que ele tá vendo.
07:33Porque às vezes ela tá bem, ela conversa, ela tá ótima.
07:36Aí, não, ela tá bem, eu não vou internar.
07:38Mas ela tava, tinha hora que ela surtava, sim.
07:40Então, a gente tem que mostrar o vídeo pra ele ver.
07:43Era o único jeito. Eu acho muito errado isso.
07:45Isso é que sirva, assim, de exemplo pra mudar essas regras de hospital.
07:50Que a pessoa não tem que estar só em surto quando sofre de escrisofrenia.
07:55A gente viu ali o caso do rapaz que foi na jaula, né?
07:59Então, tem que ter essa mudança desse protocolo, né?
08:03Vai esperar a pessoa correr.
08:05Mas claro que ela não morreu disso.
08:07Ela foi cometida um crime ali.
08:09Eu tenho certeza que não foi suicídio.
08:12Mas é bom ver.
08:13Porque, por exemplo, se ela tivesse internada,
08:15se a gente já tivesse conseguido internar ela,
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