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A Muralha - Episódio Inicial

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00:00:00A CIDADE NO BRASIL
00:00:30A CIDADE NO BRASIL
00:01:00A CIDADE NO BRASIL
00:01:29A CIDADE NO BRASIL
00:01:59A CIDADE NO BRASIL
00:02:05A CIDADE NO BRASIL
00:02:07A CIDADE NO BRASIL
00:02:09A CIDADE NO BRASIL
00:02:11A CIDADE NO BRASIL
00:02:13A CIDADE NO BRASIL
00:02:15A CIDADE NO BRASIL
00:02:17A CIDADE NO BRASIL
00:02:19A CIDADE NO BRASIL
00:02:21A CIDADE NO BRASIL
00:02:23A CIDADE NO BRASIL
00:02:25A CIDADE NO BRASIL
00:02:27A CIDADE NO BRASIL
00:02:37A CIDADE NO BRASIL
00:02:39Vamos propor a eles. Um espelho, dez índios.
00:02:43Homem, mulher, curvin, tanto faz.
00:02:45De perda de tempo negociar com esses negros.
00:02:48Vamos atacar logo e fazer prisioneiros.
00:03:03Pedro!
00:03:09Vamos atacar!
00:03:12Vamos atacar!
00:03:14Vamos atacar!
00:03:18Não, não, não, não!
00:03:48Ah!
00:04:18Ah!
00:04:26Ah!
00:04:27Oh, so!
00:04:49Comeixa-me!
00:04:51じゃない!
00:05:10Pedro!
00:05:13Aparece Pedro!
00:05:18A CIDADE NO BRASIL
00:05:48Mais livre e esperançoso deve estar Vosmissê, nessa terra de onde nos chegam anúncios de maravilhas.
00:05:55Nesse mundo novo tão longe desta velha e cansada Europa e tão perto do paraíso.
00:06:01Quando Vosmissê ler essas linhas, minha irmã Beatriz já estará em alto mar.
00:06:06E se vento houver, chegará a Santos em dez semanas.
00:06:10Rogo que cuides dela como se vossa filha fosse, nessa terra onde agora irá viver.
00:06:15Que Nosso Senhor leve Beatriz a porto de salvamento.
00:06:20E ela seja recebida por Vós como a ditosa e desejada noiva de Seu filho Tiago Olento.
00:06:25Que muralha é aquela?
00:06:51Não é muralha não, Dona Beatriz. É a serra.
00:06:55É por ela que se chega à vila de São Paulo de Piratininga.
00:06:59Mas como se sabe?
00:07:01A pé.
00:07:10Louvado seja Deus.
00:07:11Bem, se o bote virar, ao menos eu tenho um padre ao meu lado para dar os últimos sacramentos, né?
00:07:18Então a menina veio atrás de um marido rico e bem apessoado.
00:07:22E o que mais viria fazer uma mulher como eu nesta terra?
00:07:25Só mesmo na terra de poucas mulheres, uma barrigão vira donzela, né?
00:07:29Não, não, não, não, não, não.
00:07:59Já o que está ouvindo?
00:08:21É ouro.
00:08:44É ouro.
00:08:48É ouro pingurar.
00:08:50Irmão, Brás precisa de nós.
00:08:53Deixa este ouro para lá.
00:09:00Irmão!
00:09:01Olha quem encontrei!
00:09:04Ouro!
00:09:06Leonel!
00:09:13Ouro, Leonel!
00:09:15É ouro!
00:09:20E parece que aqui tem muito mais
00:09:23É bom que tem
00:09:26Ou senão o Vos Messer vai se haver com a fúria de nosso pai
00:09:30Ele quer falar com o Vos Messer
00:09:32Por que estáis tão trinchando?
00:09:42Pelo que vos espero, pelo que deixaste para trás
00:09:44Ambas as coisas
00:09:47Faz pouco falácias nestes três meses de viagem
00:09:50Guardais alguma mágoa, algum segredo?
00:09:54É uma dor pungente
00:09:55Para a qual não há bálsamo nem solução
00:09:58Talvez encontres refrigério para vossos males nesta terra
00:10:01Talvez vosso prometido não seja nem tão velho, nem tão feio quanto pensas
00:10:05Meu casamento com o Dom Jerônimo tem gosto de pena e de provação
00:10:11Os motivos por que vou me casar a Beatriz são bem diferentes dos seus
00:10:15Só de pensar em diabo, meu peito se aperta de emoção
00:10:24Eu já amo tanto, Ana, mesmo sem conhecê-la
00:10:28Que eu saberia imediatamente quem iria ao chegar da praia
00:10:32Eu posso me acolher
00:10:33Cali embora
00:10:34Eu posso me acolher
00:10:35Cali esperar
00:10:53Sabe qual é minha vontade?
00:11:20Arrebenta a vós-me-sê de bancada.
00:11:25Por que vós-me-sê nunca está ao meu lado quando a tropa peleja com os índios?
00:11:30Estava numa batalha de muito mais proveito, meu pai.
00:11:33Encontrei um veio tão bom, tão bom que deveria se chamar Ribeirão Dourado.
00:11:40Quantas vezes eu preciso dizer que a maior riqueza do sertão é o gentio?
00:11:48A maior riqueza do sertão é o ouro.
00:11:50Por isso vosso pai atravessou o mar para chegar a estas terras.
00:11:54Não há ouro neste sertão.
00:11:56Olhe o que aconteceu em Jaraguá, no Ibirapuera.
00:12:00Isto é alarme falso.
00:12:02Não há alarme falso, meu pai.
00:12:04E se for, continuarei a procurar até encontrar as montanhas de ouro em prata, igual os espanhóis encontraram em Potosí.
00:12:11Vós-me-sê não sabe a pena que eu sinto da moça que está vindo de Lisboa para casar com Vós-me-sê.
00:12:18Ora, meu pai, que mulher branca vou deixar o coração do reino para dar os costados neste fim de mundo?
00:12:24Pois virá. E pelos meus cálculos, já está a caminho.
00:12:28Pois é melhor que não venha.
00:12:30Mando buscar uma mulher de Portugal para Vós-me-sê, e assim que Vós-me-sê me agradece?
00:12:40Ih, acho.
00:12:44Se ele não quer uma branca, com quem vai casar-se?
00:12:48Com uma bulga?
00:12:50É isto que seu irmão quer?
00:12:52Que eu tenha uma descendência de negros da terra?
00:13:00...
00:13:05...
00:13:11...
00:13:14...
00:13:19...
00:13:24...
00:13:26...
00:13:27O que é isso?
00:13:57O que é isso?
00:13:59O que é isso?
00:14:01O que é isso?
00:14:03O que é isso?
00:14:05Cuidado!
00:14:07Cuidado!
00:14:13Desce, desce, desce!
00:14:15Aqui, aqui, aqui!
00:14:27O que é isso?
00:14:29O que é isso?
00:14:31O que é isso?
00:14:33O que é isso?
00:14:35O que é isso?
00:14:37O que é isso?
00:14:39O que é isso?
00:14:41Tchau, tchau.
00:15:11Tchau, tchau.
00:15:41Tchau, tchau.
00:16:11Eu não vejo. Mas eu não vejo o Thiago.
00:16:23Sai, sai. Larga! Larga!
00:16:25Larga! Seu povo!
00:16:27Larga!
00:16:29Dá meu chapéu! Larga!
00:16:31Arreda! Arreda! Arreda!
00:16:33Arreda! Arreda! Arreda!
00:16:35Arreda! Arreda! Arreda!
00:16:37Arreda! Arreda! Arreda!
00:16:39Davi Fonseca.
00:16:41Mais conhecido como
00:16:43Mestre Davidão.
00:16:45Seu escravo
00:16:47e admirador.
00:16:49Era só o que me faltava.
00:16:51Livro-me dos imprudentes
00:16:53e sou assaltada por um sedutor.
00:16:55Ainda por cima é judeu.
00:16:57Judeu. Judeu fui,
00:16:59minha linda. Mas agora
00:17:01sou tão cristão como pode me ser.
00:17:03Batizada em terra, poxa.
00:17:05Não!
00:17:07Eu não tinha 15 anos
00:17:09quando a Santa Madre igreja
00:17:11me recebeu em seus sanseiros.
00:17:13Mesmo assim,
00:17:15não quero nada com o homem da nação
00:17:17que matou o nosso Senhor Jesus Cristo.
00:17:19Ah!
00:17:20Vós me ser dona de Thiago?
00:17:23Ah!
00:17:24Eu não sou dona de ninguém.
00:17:37É Thiago!
00:17:38Dona Ana Cardoso?
00:17:52Eu não sou dona de dentro.
00:17:54Eu não sou das!
00:17:56Eu não sou dona de緑.
00:17:58Eu não sou dona de Deus,
00:18:12mas eu não sou te.
00:18:14Amém.
00:18:44Amém.
00:19:15Dom Jerônimo me pediu que cuidasse da senhora.
00:19:26Levem a bagagem da senhora.
00:19:27Os outros embarquem o açúcar e desembarquem o sal.
00:19:30Lisboa não quer o nosso açúcar, Dom Guilherme.
00:19:33Acha que o de Pernambuco é mais barato.
00:19:36Se Lisboa não o quer, vamos mandá-lo para a boi nos Aires da vida.
00:19:44Podemos ir?
00:19:46Beatriz vai ficar aqui sozinha.
00:19:48A quem pertence a senhora?
00:19:50A família de Dom Brás ou Lílton?
00:19:52A noiva de Tiago.
00:19:53A gente de Dom Brás está à vossa procura?
00:19:55Aí, Bé!
00:20:02Então, abandona a sua senhora na praia?
00:20:04Tiago disse que a dona era rica, que vinha cheia de baú.
00:20:11Tiago, onde está?
00:20:12Tiago está no sertão.
00:20:14Também leva a dona dele lá para Lagoa Sirena.
00:20:24Adeus, Ana.
00:20:26Vivemos em São Paulo de Piratininga.
00:20:42Não!
00:20:52Vivemos em São Paulo de Piratininga.
00:20:56Oi!
00:20:57Ei!
00:20:58Ei!
00:21:00Ei!
00:21:02Ei!
00:21:04Ei!
00:21:05Ei!
00:21:06Ei!
00:21:07In-dé, me eng-se me empurra voába!
00:21:11In-dé, me eng-se me empurra voába!
00:21:15In-dé, in-dé, me eng-se me empurra voába!
00:21:30Sim-dé...
00:21:32Sim-dé...
00:21:37São quarenta e oito peças para mim
00:21:46E dez para vós, Micei
00:21:48Só dez depois de tanto sacrifício, Dom Braz
00:21:52Sacrifício seu e nosso
00:21:54É a sua parte do ajuste
00:21:57E ainda dou-lhe de lambuja, hein?
00:22:01Uma negra
00:22:01Essa buga não vale nem doze mil réis
00:22:04Vós, Micei, trocou um quinto
00:22:06E esse é o quinto que terá
00:22:08Se não gostou da minha tropa, da próxima vez, escolha outra
00:22:11O que é isso, Dom Braz?
00:22:14Onde é que eu encontraria um capitão mais fraterno e valente?
00:22:17Eu não gosto que me adulem, Bento Cotinho
00:22:19Se quer me agradar, escolha o que é vosso sem rancor e sem cobiça
00:22:23Negócios são negócios
00:22:26O que é vosso é vosso
00:22:27O que é justo é justo
00:22:29Ah, a Pingora
00:22:36Como seus homens foram de grande valia
00:22:40Eu separei alguns capulhos
00:22:43Para seu povo vingar-se
00:22:45Dos desaforo que lhes andaram fazendo a vós, Micei
00:22:49A Pingora agradece
00:22:50Em nome da tribo, Dom Braz
00:22:52Eu quero uma cadeirinha
00:22:56Cadeirinha
00:22:59Cadeirinha
00:23:00Eu acho que eu vou subir aquela serra a pé?
00:23:05Hein, cadeirinha?
00:23:06Para sentar
00:23:07Eu te levo ao colo, Pombinha
00:23:09Por causa disso, vais para a cadeia, sua ambulatriz
00:23:14O que é que devia estar na cadeia que abriga teus vícios, seu depravado?
00:23:18Bem, sei que entende de vícios, sua barriga
00:23:21Olha como fala comigo, hein?
00:23:22Eu sou uma dama
00:23:23Eu bem sei o que fazem damas como tu na Ribeira das Nalas
00:23:27O que?
00:23:29Mas que terra viu esta que prende quem devia proteger?
00:23:33E o que é que a menina tem a ver com essa mulher?
00:23:36Esta senhora é pessoa de bem e viajou comigo
00:23:39Então por que essa senhora chegou sozinha e com tanta bagagem?
00:23:44Para me casar?
00:23:46E onde está então o seu futuro marido?
00:23:48Aqui
00:23:49Aqui
00:23:53Graça
00:23:55Obrigada
00:23:59Mas não penso que por causa disto pode facilitar comigo
00:24:03Para que lado é o sertão?
00:24:07Para lá
00:24:07Onde o sol se põe?
00:24:09Muito longe, dona
00:24:10O sertão é um lugar que não vai mulher branca, não
00:24:13É a Isabel
00:24:15Quem é a Isabel?
00:24:18A dona vai saber já já quem é a Isabel
00:24:20A Isabel
00:24:22A Isabel
00:24:24A Isabel
00:24:40A Isabel está contando?
00:24:42Não deixa eu morar
00:24:43A Isabel não sei, Índia
00:24:45A Isabel é branca
00:24:47Mulher
00:24:49Eu não queria ser mulher
00:24:52Eu tenho ódio de ser mulher, eu vou morar
00:24:55A Isabel é homem e mulher
00:24:57Filho mais valente de Dom Mraz
00:25:00Eu não sou homem
00:25:02Eu não sou mulher
00:25:05Eu sou bicho
00:25:09Eu sou mais onça que gente atingida
00:25:14A Isabel
00:25:44A Isabel
00:26:14Se for tão bom como parece, é preciso avisar a coroa.
00:26:32Tiago, faça o mapa desse ribeirão.
00:26:34Já fiz, meu pai.
00:26:35É preciso que alguém vá a Santos informar o provedor da Fazenda Real sobre o encontrado.
00:26:40Eu vou.
00:26:41Não, seria uma desfeita para sua noiva.
00:26:45Não fica bem deixar Beatriz sem a companhia do noivo às vésperas do casamento.
00:26:52Quem vai a Santos é vosmecer.
00:26:54Mas eu.
00:26:55Vai vosmecer e está acabado.
00:26:58Leonel, prepare a trompa.
00:27:01Estamos voltando para a cor, Serena.
00:27:11Tchau.
00:27:12Tchau.
00:27:13Tchau.
00:27:14Tchau.
00:27:15Tchau.
00:27:16Tchau.
00:27:17Tchau.
00:27:18Tchau.
00:27:19Tchau.
00:27:20Tchau.
00:27:21Aposto que esse veio que o Tiago encontrou é tão pequeno quanto os outros.
00:27:48Vá tomar um banho, Zabel.
00:27:54Vazmecer está fedendo as flores sanguíneas.
00:27:56O soldado fede.
00:27:59Estava na guerra lutando contra os índios, enquanto o Vazmecer estava aqui brincar na areia
00:28:03olhando as estrelas.
00:28:04Tiago, está certo, primo.
00:28:06Vazmecer nem parece que é mulher.
00:28:08Vazmecer sabe muito bem que sou mulher, Leonel.
00:28:10Eu sei que Vazmecer devia permanecer em Lagoa Serena junto com as outras mulheres.
00:28:14Isso.
00:28:15Leve, Araçomelina amizou.
00:28:16Não..
00:28:17Não..
00:28:17Não.
00:28:18Não.
00:28:19Não.
00:28:20O que é isso?
00:28:21O川?
00:28:22O川?
00:28:23O川?
00:28:24Está vento?
00:28:25O川?
00:28:26O川?
00:28:27O川?
00:28:28O川?
00:28:29O川?
00:28:29O川?
00:28:30O川?
00:28:31O川?
00:28:32O川?
00:28:33O川?
00:28:33O川?
00:28:33O川?
00:28:34O川?
00:28:34O川?
00:28:35O川?
00:28:35Mal.
00:28:36Olha, olha!
00:28:36Ara.
00:28:37O川?
00:28:37O川?
00:28:38Ora, ora, ora!
00:28:39Não é que Tiago Linto encontrou o o ovo.
00:28:41Tchau, tchau.
00:29:11Tchau, tchau.
00:29:41Tchau, tchau.
00:30:10Tchau, tchau.
00:30:40Tchau, tchau.
00:31:10Tchau, tchau.
00:32:10Tchau, tchau.
00:32:40Tchau, tchau.
00:33:10Tchau, tchau.
00:33:40Tchau.
00:34:10Tchau, tchau.
00:34:40Tchau, tchau.
00:34:42Tchau, tchau.
00:34:44Tchau, tchau.
00:34:46Tchau, tchau.
00:34:48Tchau, tchau.
00:34:50Tchau, tchau, tchau.
00:34:52E aí
00:34:54É quando Deus está...
00:34:56Tchau, tchau.
00:34:58Tchau, tchau, tchau, tchau.
00:35:00Tchau, tchau, tchau.
00:35:30Tchau, tchau, tchau, tchau...
00:35:34É difícil ensinar um índio a vestir-se, mas eles não têm pejo nem maldade, Dona Ana.
00:36:04O que? Eu atravessar aquela terra com Vossa Senhoria? Mas nem tem sinistro.
00:36:26E se dá tanto trabalho assim, ir para São Paulo? Prefiro ficar aqui em Santos.
00:36:31Eu vos arranjo uma cadeirinha. Desde que prometa vir morar comigo em São Paulo de Piratini.
00:36:37Uma cadeirinha? E onde é que se encontra um luxo desses por aqui?
00:36:43E se o problema é a cadeirinha, eu arranjo uma cadeirinha. Nem que a tenha que ir buscar. É Lisboa.
00:36:52Ah, bugre. Ó.
00:36:54Case com ele? É rico. E está de benção caído, por vós me ser.
00:36:59Eu não atravessei o oceano para me casar com um marrano.
00:37:02Já viram uma senhora? Com os olhos pintados como os de uma moura?
00:37:07Vem cá.
00:37:08Em São Paulo tem guarda?
00:37:10Nem cadeira, Dona Ana.
00:37:11Então é para lá que eu vou.
00:37:12Os sapatos servem para andar no mato, não, Dona?
00:37:29Que me, todos os sapatos servem para andar no marrano.
00:37:31Ainda não.
00:37:31Os sapatos servem para andar no marrano.
00:37:33Os sapatos servem para andar no marrano.
00:37:35Tchau, tchau.
00:38:05Eu volto um instante.
00:38:07Não.
00:38:35O que é isto?
00:38:54Mandioca.
00:38:54Tchau, tchau.
00:39:24As espécies desta terra fascinam-me.
00:39:43Dona Ana não acha esta exuberância prodigiosa?
00:39:46D. Guilherme, quando partimos para a vila de São Paulo de Piratininga?
00:39:57Está tão penosa assim vossa estadia em minha casa?
00:40:00Não.
00:40:01Ao contrário.
00:40:03Parece que estou a viver um sonho.
00:40:06Talvez bastante diferente da realidade que me espera, não?
00:40:11Receio que sim.
00:40:12Como é, D. Jerônimo?
00:40:24Um homem devoto.
00:40:26Devoto.
00:40:28Se vossa mercê é amigo dele, D. Jerônimo não deve ser apenas devoto, não é?
00:40:33Não somos exatamente amigos.
00:40:38Apenas faço negócios com D. Jerônimo.
00:40:42Por que razão uma moça tão bela
00:40:45atravessa o oceano
00:40:48para casar-se com um homem que não conhece D. Ana?
00:40:53Vossa mercê não disse ainda quando partimos, D. Guilherme.
00:41:01D. Jerônimo
00:41:03é um homem muito afortunado.
00:41:23D. Jerônimo
00:41:24D. Jerônimo
00:41:25D. Jerônimo
00:41:25D. Jerônimo
00:41:26D. Jerônimo
00:41:26D. Jerônimo
00:41:27D. Jerônimo
00:41:28D. Jerônimo
00:41:29D. Jerônimo
00:41:30D. Jerônimo
00:41:31D. Jerônimo
00:41:32D. Jerônimo
00:41:33D. Jerônimo
00:41:34D. Jerônimo
00:41:35D. Jerônimo
00:41:36D. Jerônimo
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00:41:50D. Jerônimo
00:41:51D. Jerônimo
00:41:52Não, vamos avançar um bocado mais.
00:42:08Aqui em diante, caminhar não fica mais difícil.
00:42:10Vai faltar muito para chegarmos?
00:42:12Está cansada agora?
00:42:14Não.
00:42:22O que é isso?
00:42:24Tuiú, maldito.
00:42:25Tuiú conversa com passarinhos só se tuú não mata grande.
00:42:28Deixe Tuiú em paz, hein, Bessa?
00:42:30Eu gosto de cantos de pássaros.
00:42:35Vamos seguir caminho, dona.
00:42:40Se a dona tem medo de precipício, então não olha para baixo.
00:42:48Eu não tenho medo de precipício.
00:42:52Não, não, não, não, não.
00:43:20Pronto.
00:43:24Aí está.
00:43:27Mas isto mais parece um confessionário.
00:43:30É, para que vós me sê, fique mais perto ainda da Santa Madre Igreja.
00:43:35E para que não duvide mais da minha fé, trouxe aqui um frade para abençoar a nossa viagem.
00:43:40Em nome de Pátria e Filho e Espírito Santo.
00:43:45Amém, amém.
00:43:46Amém.
00:43:49Aqui está.
00:43:50Ó, isto aqui deve valer dois confessionários.
00:43:55E mais, todas as relíquias do Santo Lento.
00:43:58Que Nosso Senhor lhe aceite, que Nosso Senhor lhe aceite.
00:44:05Vamos.
00:44:07Força.
00:44:07Eu estou à procura de um menino branco.
00:44:23Cabelo claro.
00:44:29Desse tamanho.
00:44:43Tem uma mancha que parece uma pitanga nas costas.
00:44:47Alguém viu?
00:44:48Mas você acha que vai encontrar seu filho com vida, Afonso?
00:45:06Pedro não morreu.
00:45:09Mesmo que ele tenha sido roubado pelos carijós.
00:45:12Ladino, do jeito que é.
00:45:14Ele ia encontrar um jeito de permanecer vivo.
00:45:16Pedro foi morto por vingança.
00:45:26No dia que ele subiu, nós tínhamos atacado uma aldeia de Carijós.
00:45:31Oh, meu pai.
00:45:32Não tire essa esperança de Afonso.
00:45:34Às vezes eu penso que o homem só está vivo por conta de encontrar esse filho.
00:45:40Então, vai continuar sol ou vamos ter chuva?
00:45:45O que é que lhe dizem o céu e o vento?
00:45:47Vai continuar bom tempo.
00:45:50Nosso caminho de volta está livre.
00:45:52Meu irmão sonha com montanhas de ouro, fala com o vento, conversa com as estrelas.
00:45:58Se meu pai olhasse mais para o céu, as estrelas também ou ele falaram.
00:46:02Nesta tropa basta um homem de cabeça no ar.
00:46:05Esse homem de cabeça no ar encontrou um tesouro para vós me ser.
00:46:09Amanhã, bem cedo, partimos para a Lagoa Serena.
00:46:12Glória a Deus.
00:46:14Estou morrendo de saudade da minha mulher.
00:46:17E vós me ser, meu irmão?
00:46:19Nem que lhe desse de presente a serra de Sabarabuçu.
00:46:23Nem assim nosso pai lhe dá razão.
00:46:25Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:27Só queria que ele entendesse que eu sou diferente dele.
00:46:29Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:32Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:33Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:34Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:35Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:36Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:37Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:38Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:39Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:40Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:41Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:42Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:43Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:44Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:45Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:46Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:47Não precisa que nosso pai me dê razão.
00:46:48Não, não, não, não.
00:47:18Não, não, não, não.
00:47:48Não, não, não, não.
00:48:18Não, não, não.
00:48:48Não, não, não, não.
00:49:18Não, não, não.
00:49:48Não, não, não, não.
00:50:18Não, não, não.
00:50:48Não, não, não, não.
00:51:18Não, não, não, não.
00:51:48Não, não, não.
00:52:18Não, não.
00:52:48Não, não, não.
00:53:18Não, não, não, não.
00:53:48Não, não, não.
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00:54:48Não, não, não.
00:55:48Não, não, não, não.
00:56:18Não, não, não, não.
00:56:48Não, não.
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