Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 2 dias

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Bom, a gente começa o nosso programa falando sobre esse assunto que tem ganhado as redes sociais,
00:07mas que teve início no Norte Pioneiro do Paraná, em Santo Antônio da Platina,
00:13minha cidade natal, inclusive, quando eu fiquei sabendo disso no grupo da minha família.
00:18Eu não entendi direito, eu falei, meu Deus, um jovem de apenas 16 anos que perdeu a vida,
00:24fui entendendo um pouco mais, depois veio a notícia que existia uma outra pessoa super importante na vida dele,
00:34que tinha morrido também, o João Gonçalves Leite, que era pastor da Assembleia de Deus.
00:41Ele foi visitar o enteado, enfim, e não resistiu, teve um infarto.
00:47E dentro dessa perspectiva, a gente fala sobre dor, sobre a perda em menos de 24 horas,
00:52mas também um alerta em relação ao uso dos cigarros eletrônicos.
00:57A gente vai entender um pouco mais com a Angélica, que é mãe do Vitor, esposa do João.
01:02Ela está conectada com a gente por meio da internet.
01:06Angélica, antes de mais nada, eu agradeço você tirar um tempo aí no meio dessa semana,
01:14que deve estar passando muitas coisas na sua cabeça, na sua mente.
01:19E em meio a isso, você encontra forças, de alguma forma, para conversar conosco aqui, ao vivo,
01:25direto de Santo Antônio da Platina, e dizer que nós aqui do programa Entre Nós, da KTV,
01:30a gente sente muito pela tua perda.
01:33Não conseguimos nem usar aquele termo, a gente se coloca no lugar, porque a gente não está na tua pele.
01:38E longe disso, a gente não quer tirar a tua dor também, que você sente nesse momento.
01:42Obrigado por conversar com a gente, bem-vinda.
01:44É uma dor imensa, é uma dor que não pode.
01:55É uma coisa que eu vivi, que foi muito inesperada.
02:02Meu filho, ele não está bem.
02:04Ele estuda de manhã, trabalhava no período da tarde, ia para a academia à noite.
02:09E na terça-feira dessa semana, ele começou a reclamar de uma dor de garganta nessa região.
02:17Só uma dor de garganta.
02:18Eu ia para engolir, não tinha pulso.
02:20E eu achei que era uma dor de garganta normal, porque ele estava doido, só isso que eu fiz.
02:28Aí eu dei um anti-inflamatório para ele, e ele estava normal, trabalhando, estudando, indo para a academia.
02:37Não tinha falta de ar, não tinha nenhum outro sintoma.
02:42Alegre, com um jovem de 16 anos, saí com ele na quinta-feira, na padaria.
02:52Ele super alegre.
02:54No sábado, ele começou com vômito.
02:58Ele quis, tentou comer, e por causa dessa dor de garganta.
03:02Era muito vermelho e inchado.
03:04Não tinha pulso.
03:05Aí ele começou com vômito.
03:07E por causa desses vômitos, eu fui levar ele no pronto-socorro da cidade.
03:12Achando que era uma virose, talvez, alguma coisa assim.
03:16Chegando lá, o médico colocou antibiótico e colocou soro nele.
03:24Só que o que foi estranho, e ele conversando, normal, é que ele tomou 3 litros e meio de soro.
03:31Todo o médico veio e falou que não.
03:38Perguntou se ele estava com vontade de fazer xixi.
03:40Ele disse que também não.
03:42Aí o médico, eu vi que ele mudou de jeito, e o médico foi olhar a pressão dele.
03:47A pressão dele que estava 5 litros.
03:50Muito ruim.
03:52Não subia.
03:53Aí o médico me chamou.
03:55Ele me chamou e falou o seguinte, mano.
03:58O rim dele está com um problema.
04:00Porque uma pessoa que toma 3 litros e meio de soro, e não está com vontade de fazer xixi,
04:05não quer fazer xixi, não sente vontade, alguma coisa que não está bem.
04:11Aí a gente vai colocar uma sonda nele, e ele vai para a UTI.
04:15Eu fiquei muito assustada.
04:17De saber o que estava acontecendo.
04:19Colocaram uma sonda, e já correram, e arrumaram uma UTI.
04:24Aí ele foi para a UTI, no hospital regional, que tem aqui próximo a 50 anos da Patina.
04:29E ele começou a ficar quase as extremidades roxas.
04:33Sabe, aqui, os dedos, os pés.
04:36Muito gelado e roxo.
04:39Aí, deu entrada na UTI, no hospital regional.
04:43E ele começou, não apresentou melhores.
04:47E eles perguntando, eles tentando entender.
04:50E entrou com uma indicação forte.
04:53E começou a piorar.
04:55Eles não estavam conseguindo nem pegar a veia.
04:57Eles começaram a pegar a veia próximo à virilha.
05:00Ou seja, o meu filho começou, ele tinha muito medo de agulha.
05:04Ele começou a sofrer.
05:06Sabe, porque ele tinha medo.
05:07E daí, eles vieram para mim e falaram.
05:10Mãe, a gente vai ter que colocar ele no quarto de isolamento.
05:14Porque ele está piorando.
05:17Aí que uma médica veio conversar com ele.
05:20Perguntar.
05:21Olha, para eu te ajudar, você vai ter que me ajudar.
05:25Onde ela começou a fazer umas perguntas.
05:28Aí que eu fui saber que apenas dois meses, ele estava fazendo uso do cigarro eletrônico.
05:35Aí que eles foram entender.
05:37Fizeram uma tomografia dessa parte.
05:40Ficou um problema do fórex.
05:42E ela veio me mostrar a tomografia dele.
05:45Ela veio me mostrar no celular a filmagem.
05:48O pulmão dele estava totalmente tomado pela infecção.
05:53Totalmente tomado.
05:55E até então, o Vitor ainda estava conversando normal.
05:58Não tinha sintoma nenhum.
05:59Ele não teve sintoma.
06:01Só que o pulmão dele estava totalmente tomado.
06:04E ali tinha começado uma infecção generalizada.
06:08Passou para o rim e para o rim.
06:10Então, ele já foi com um quarto de isolamento.
06:13Já teve que entrar vários medicamentos.
06:15Eram umas bombas de medicação.
06:19Três para manter a pressão.
06:21E a pressão, mesmo com três medicamentos na veia.
06:24Para subir a pressão, a pressão subia de cinco por dois.
06:30Os batimentos cardíacos dele, muito alterados.
06:34120, 130, 140.
06:36E eu fiquei com ele, sabe?
06:40Ali a noite inteira.
06:42Num desespero.
06:44Aí, quando chegou mais a noitinha, ele começou a ficar confuso.
06:49Eu fui perguntar para a médica.
06:51Ela falou, mãe, não é um paciente.
06:54Ele está confuso porque a infecção se espalhou.
06:57Aí, ela já se espalhou.
06:59Juntando água no coração,
07:02pulmão, rim, fígado.
07:05E ela falou, mãe, a gente vai ter que incubar ele.
07:10Eu fiquei desesperada.
07:11Eu não desejo isso para mãe nenhum.
07:13Porque no que foram que incubar ele?
07:15Porque eles foram próximos a ele.
07:18Ele tinha a segurança da minha presença ali.
07:22Ele começou a gritar, eu quero minha mãe.
07:24Porque eles me tiraram do poder incubar ele.
07:26Que é o que eu sou de minha corpo.
07:28Só que ele, com medo, ele começou a gritar.
07:31Mãe, eu quero minha mãe.
07:32Traz a minha mãe.
07:33Por favor, não tire a minha mãe.
07:35Gente, isso mata por dentro.
07:37Isso vai te dar um desespero.
07:39Eu não desejo para mãe nenhuma.
07:42Nessa saída, eu avisei o meu esposo, João, que era padrasto dele.
07:47Eu falei que tinha muito bato.
07:51Ele ficou muito nervoso.
07:54No domingo, na hora da visita, ele chegou na UTI para poder visitar o meu filho.
08:01Só que na recepção, ele ficou tão nervoso.
08:05Ele tinha uma saúde boa.
08:07Ele era um homem forte.
08:08Só que isso foi um baque tão grande para ele, porque ele já teve uma noção.
08:13Eu falei, ele não usa o cigarro eletrônico.
08:16Ele está com infecção generalizada.
08:19E tiveram o hospital.
08:21Ele não aguentou.
08:22Ele teve um infarto fulminante na recepção do hospital.
08:26Os médicos correram.
08:28Quem estava atendendo, o meu filho, era o Lucas.
08:32Atendendo muito bem.
08:34Eu só via ele sair correndo.
08:35Eu pensei, alguma coisa está acontecendo, mas eu não tive noção do que era.
08:39Aí o médico veio e falou que queria conversar.
08:42E ele, com muito jeito, veio falando para mim.
08:48Sobre o respeito do meu marido que tinha esmaiado.
08:51Tinha passado mal.
08:52Eles fizeram todo o procedimento.
08:54Eles fizeram tudo o que podia, mas o meu marido veio a óbito.
08:58Gente, eu fico muito sem chão.
09:00Uma pessoa forte, saudável.
09:02E foi a óbito.
09:03Então, a notícia para ele foi muito forte.
09:06E eu tive que, em meio à dor, deixar o meu filho na segunda-feira para poder ir no enterro.
09:14E eu fui.
09:15Todos esses dias, sabe?
09:16Sendo muito desesperada.
09:18Fui no enterro disso.
09:20Depois do enterro, eu voltei para o filho.
09:23E quando eu estava entrando na UTI, o quarto de isolamento era dividido no final.
09:32Eu vi o meu filho e todos os médicos correndo na direção dele.
09:38E assim, por coincidência ou não, era o doutor Lucas novamente citado de plataforma.
09:43Eu vi ele fazendo uma massagem cardíaca no meu filho.
09:53E eu estava chegando, eu tinha acabado de enterrar meu marido.
09:57Gente, menos de 24 horas.
10:01E eles estavam fazendo massagem cardíaca.
10:03Daí eles já vieram me arrastando para fora para que eu não visse.
10:05E eu entrei em desespero, entrei no pânico e falei, meu Deus, de novo não, de novo não.
10:12E eu fiquei no quarto esperando.
10:15A resposta é...
10:16Eu achei que eles iam falar que, tipo, tinha dado uma parada, mas o meu filho estava bem.
10:20E veio o doutor Lucas falar que queria conversar comigo.
10:25E ele veio explicando que eles fizeram de tudo para reanimar meu filho.
10:30Eu acho que eles não conseguiram, porque foi muito rápido.
10:37Essa infecção, ela, em dois dias, acabou.
10:44Esse aparelho, esse cigarro eletrônico, ele dizimou a minha família em dois dias.
10:52A minha família, o meu esposo, meu filho morreram por causa do cigarro eletrônico.
10:59Eu falo que, para mim, não é um cigarro hoje em dia.
11:02Eu considero uma arma, porque é uma coisa que mata.
11:05É uma coisa que é de muito fácil acesso.
11:09Para os adolescentes, é atraente.
11:12Porque tem uns que tem lisinha, tem uns que tem cores, tem aroma, tem um sabor doce.
11:19Só que, em dois meses, ele levou o meu filho.
11:24Ele levou o meu sonho, a minha vida, a minha possibilidade de ser chamada de mãe, o meu filho único.
11:33Eu, viúva, perdi o meu filho.
11:38Eu nunca mais vou escutar a voz do meu filho.
11:40E eu faço um apelo para as autoridades que façam alguma coisa.
11:47Porque eu acho que, tanto na cidade de Santo Antônio, creio eu, como em outras cidades também,
11:53vocês andando, vocês vêm na praça, os adolescentes, os jovens, usando esse cigarro eletrônico.
12:01Usando, assim, sem discriminação nenhuma.
12:03E, há um mês atrás, na minha cidade, já tinha morrido uma jovem de 17 anos, pelo mesmo motivo.
12:11Então, você fala, às vezes, uma morte por mês é pouco.
12:16Quando é na sua família, uma morte por mês é muito.
12:19Na minha foi duas.
12:23Eu nunca mais vou ser mãe.
12:26Nunca mais vou ser chamada de mãe.
12:28E, assim, pelo amor de Deus, gente, tem que ter uma campanha.
12:35Tem que ter porque você vê isso inesclimadamente.
12:39Você vê os jovens levando na bolsa de escola esse cigarro eletrônico.
12:44Você vê nas ruas eles fumando durante o dia.
12:47Todo mundo sabe onde que vende.
12:49Por que as autoridades não fazem uma fiscalização para aprender isso?
12:52Para dificultar a comercialização desse produto que está levando nossas crianças, nossos jovens.
13:00Que eles não tenham noção.
13:02Só que, quando aparece o primeiro sintoma, já não dá tempo mais.
13:06Porque essa dor de garganta, o médico falou que foi uma lesão causada pelo cigarro eletrônico.
13:13E, hoje, eu estou sem rumo.
13:18Eu não sei se eu estou muito dizimada por esse cigarro eletrônico,
13:23que é uma coisa que muita gente não acha normal.
13:26Porque é proibido.
13:29Mas não tem uma campanha, uma fiscalização,
13:33para que seja conscientizado do mal que ele pode causar.
13:36Angélica, eu quero te agradecer,
13:43porque o teu relato, a gente queria ouvir você falando sobre isso.
13:48Você deu detalhes de toda a trajetória da vida do Vitor nesse tempo.
13:56Nesse curto tempo, fica esse alerta em relação a ele não ter tido um sintoma grave e aparente
14:03dias antes dessa internação, desse vômito que ele teve.
14:08Como você falou, já teve o registro antes também.
14:13E, dentre todas essas perspectivas, né,
14:17de que tudo aconteceu nesses últimos dias,
14:20o que você pensa a partir de então?
14:24É tudo muito cedo.
14:25Você comentou comigo, né, a gente estava conversando para alinhar essa conversa.
14:29Não quero que meu filho seja mais um número, não seja uma estatística.
14:34Muitos jovens amigos dele estavam, né, no sepultamento,
14:38se manifestaram nas redes sociais, né,
14:41um amigo querido que deixou, né, brevemente o convívio, né, com ele.
14:48A partir, né, tudo indica, né, com os exames, com esse movimento.
14:52E você não quer que isso passe, né, passe batido, que isso não seja lembrado.
15:01Seu filho único, dentro dessa realidade difícil, você levar para frente isso.
15:07É isso que você tinha comentado, né?
15:08Sim, eu quero, sabe, tipo,
15:14nenhuma mãe passa pelo que eu estou passando.
15:17Eu não digo pelo que eu passei.
15:18Eu digo pelo que eu estou passando e vou passar pelo resto da minha vida.
15:22Que é a saudade, a dor.
15:25Gente, que mói o coração.
15:26A dor imensa.
15:28Nenhuma mãe deveria interromper.
15:32Essa saudade não vai passar.
15:33E eu peço, vamos fazer campanha, vamos fazer alguma coisa.
15:39Autoridades, por favor, vamos fazer alguma coisa
15:41para a conscientização dessa arma,
15:44porque ela mata, que é o cigarro eletrônico.
15:47Então vamos achar que isso é uma coisa normal, que não é.
15:50Nós, como a sociedade, a gente sabe onde que vem disso.
15:54A gente vê a ilusão.
15:55Então, assim, é possível fazer alguma coisa
15:58para que mães não passem pelo que eu estou passando.
16:01Porque eu falo, mães, é uma dor insuportável.
16:07É uma dor que ela aumenta cada dia que passa.
16:11Você vê que você não vai ver mais o seu filho.
16:15E eu quero, sabe, que assim, o que eu puder fazer
16:18para que nenhuma mãe passe por isso.
16:21Porque destrói, acaba, sabe, mói o teu coração.
16:26Esse cigarro eletrônico, esse dispositivo pequeno,
16:31que parece bonito, cheiroso, inofensivo,
16:33ele dizimou a minha família em menos de 24 horas.
16:38Então, assim, para que não aconteça novamente,
16:40porque cada vez que acontecer,
16:42eu vou lembrar tudo o que eu passei.
16:45Eu não quero ver nenhum amiguinho do meu filho no caixão.
16:49Eu não quero ver nenhuma mãe chorando,
16:52igual eu chorei, porque é desesperador.
16:55É avassalador.
16:58Mói você, você não consegue comer, você não consegue comer.
17:00E a dor é imensa, gente.
17:02Você só consegue chorar.
17:04Então, eu pensei, eu não vou esconder.
17:07Tem gente que esconde.
17:09Eu vou expor.
17:11O que for, sabe, porque está lá no atestado de óbito.
17:14O que foi a complicação devido ao uso do cigarro eletrônico.
17:19Então, eu vou expor.
17:21Para que nenhuma mãe possa passar por isso,
17:23porque não é justo.
17:25E para que seja, sabe,
17:26eu acho que a criança ou o adolescente,
17:27ele não tem a noção do que é o que é.
17:30E posso falar nas escolas,
17:32você falar o que é.
17:35É rápido.
17:36Eu só penso, eu vou sentir falta de água,
17:37aí eu falo.
17:38Não, não viu o meu filho sentiu?
17:41Uma dor de garganta,
17:43eu já não podia ser feito mais nada.
17:46Angélica, eu desejo, né,
17:49na verdade gostaria de te dar um abraço,
17:51mesmo que virtualmente aqui,
17:53em você, em toda a sua família.
17:55Obrigado por falar com a gente.
17:57Obrigado por juntar, né,
18:00suas dores aí de alguma forma
18:01para estar firme aqui.
18:03Um abraço para todo mundo de Santo Antônio também.
18:06E que nesse momento, né,
18:07a gente possa se unir.
18:09Conte aqui com o nosso espaço.
18:10Eu estou longe, né, de estrutura.
18:12Estou em Cascavel, representando aqui a KTV.
18:15Mas o que precisar da imprensa, enfim,
18:17a gente está com o espaço aberto
18:18que a gente possa trazer boas notícias
18:20dentro das possibilidades
18:22a partir de um movimento seu.
18:24Muito obrigado.
18:25E nossos sentimentos mais uma vez.
18:28Com o doutor Cássio Franco,
18:30que é pneumologista, né,
18:31por questões de agenda, enfim,
18:33ele não conseguiu estar aqui presencialmente com a gente.
18:36Mas ele esteve há um mês
18:37falando exatamente sobre isso.
18:39Ele esteve agora no finalzinho de outubro
18:41falando sobre os cigarros eletrônicos.
18:44E eu pedi para a nossa produção
18:45separar um trechinho
18:46dos malefícios dos cigarros eletrônicos,
18:51né, de um profissional que trabalha com isso
18:53e entende tanto sobre esse assunto.
18:55Eu queria rodar para vocês
18:57terem um pouquinho mais de dimensão também.
18:59Coloca aí.
18:59Na verdade, o cigarro eletrônico,
19:01ele veio, né, com uma falsa ideia
19:03para ajudar as pessoas que fumavam
19:05o cigarro convencional a parar de fumar.
19:08Mas isso é totalmente errado, né.
19:10O cigarro eletrônico, ou pode, enfim,
19:13ele tem uma...
19:14A nicotina dele é o sal da nicotina.
19:18É uma nicotina que absorve menos pela boca,
19:21mas muito mais pelos pulmões.
19:23Então, consequentemente,
19:24você acaba fumando muito mais
19:26porque você não tem aquele...
19:28Aquela custo ruim na boca
19:30que a própria nicotina faz.
19:32Então, você acaba fumando muito mais,
19:34você absorve menos na boca,
19:35mas aí nos seus pulmões
19:37você vai absorver muito mais.
19:38E você vai ficar com uma dependência
19:39à nicotina muito maior
19:41do que o cigarro convencional.
19:42Então, a gente, às vezes,
19:43até faz uma continha
19:45de pessoas que fumavam, por exemplo,
19:46ah, eu consegui diminuir meu cigarro
19:49e estou fumando agora cinco cigarros.
19:51Aí eu fui para o pódio tentar diminuir
19:54e agora eu estou fumando
19:55e você faz uma conta
19:56e a pessoa está fumando
19:57tipo três maços por dia.
19:58O que já se sabe hoje
20:00é que a gente acabou dando um...
20:02retrocedendo tudo o que a gente já ganhou
20:04em relação ao cigarro.
20:06Olha isso.
20:06Então, assim, por que as pessoas do passado fumavam?
20:09Porque era bonito,
20:10porque socialmente era mais tranquilo,
20:13não, se achava que não fazia mal,
20:15conseguia socializar melhor.
20:18Então, hoje em dia,
20:18os jovens estão fazendo isso,
20:20com o pódio.
20:21E o pódio, ele traz o cheirinho,
20:23o sabor gostoso daquele cigarro.
20:28Cada vez eles inventam
20:29um... parece um brinquedinho diferente.
20:32Então, esse pódio,
20:34ele acabou atraindo muitos jovens.
20:36Esteticamente, ele é bonito, né?
20:37Esteticamente e o sabor que ele tem,
20:40aquele cheiro agradável, na verdade.
20:42Então, essa atração desse cigarro
20:46atraiu muitos jovens hoje em dia.
20:47Então, quem vai muito no consultório hoje
20:50na tentativa de saber se está bem
20:53ou também se, às vezes, quer parar de fumar,
20:55a maioria são os jovens.
20:57Mas a gente sempre tem que lembrar, né,
20:58que o cigarro, tudo aquilo que não podia fazer,
21:01por exemplo, fumar em ambientes fechados,
21:03tentar não fumar perto das crianças,
21:06não incentivar as outras pessoas.
21:08E hoje a gente vê muito bem o pai
21:09na sala, fumando e o filho também,
21:13sem saber que aquilo é prejudicial à saúde,
21:16que tem nicotina e que tem substâncias cancerígenas
21:18e que tem outras substâncias
21:20que a gente não sabe muito
21:21que tem dentro desse cigarro,
21:23que podem levar a doenças agudas,
21:25que até então o cigarro convencional,
21:27ele leva mais as doenças crônicas.
21:29Legenda Adriana Zanotto
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado