- há 2 dias
INVESTIGADORES PSÍQUICOS - TRAIÇÃO
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TVTranscrição
00:00Este programa contém dramatizações de pessoas e fatos reais. Alguns nomes foram mudados.
00:17Este programa é desaconselhável para menores. Ele contém imagens fortes que podem ser perturbadoras para algumas pessoas.
00:25É aconselhada prudência ao espectador.
00:30Depois de um assassinato de revirar o estômago em Ohio, a polícia acha dois possíveis suspeitos.
00:39Eu sinto as ligações.
00:40Uma médium sabe qual deles é o assassino.
00:43Eu senti que havia outra pessoa. Ele pode levar a culpa, mas não foi ele.
00:51Na Califórnia, uma jovem desaparece e um assassino está à solta.
00:56Não, não!
00:57Pais desesperados querem sua filha de volta.
01:02Uma médium consegue ver onde ela está.
01:04Eu senti o chão árido. Ela não estava num túmulo, mas não estava na superfície.
01:09Quando as pistas são escassas e as respostas evasivas,
01:18os investigadores às vezes recorrem a investigadores específicos.
01:28Traição
01:28Agosto de 1988 em Chene, Ohio.
01:40Hora de aproveitar o fim do verão antes que chegue o frio do inverno.
01:44E aí, Roger? Já achou alguma coisa?
01:51Karen Hartman, de 19 anos, está começando vida nova em Chene com o marido Roger e sua filha, ainda neném.
01:58Estão na casa da mãe de Karen, Joan, até acharem uma casa para eles.
02:05Mas que bagunça que está esse versinho.
02:08Depois do jantar, em 3 de agosto, a vovó orgulhosa concorda em cuidar da neta para o jovem casal sair por algumas horas.
02:20Toma a conta direitinho.
02:21Karen, aos 15 anos, fez um teste de QI e atingiu o nível de gênio.
02:29Ela planeja voltar a estudar para se formar em arqueologia.
02:33Até logo.
02:34Tchau.
02:35Ela e a pequena família têm um belo futuro à frente.
02:46Karen e Roger ainda não chegaram quando Joan vai dormir.
02:51Ela tenta não se preocupar.
03:03Na manhã seguinte, Joan acorda com a neta chorando.
03:11Alguma coisa não está certa.
03:18O jovem casal ainda não chegou.
03:21E o carro deles não está.
03:26Karen, atenda.
03:28Atenda, Karen.
03:29Eu estou na polícia agora.
03:30Eu sinto muito.
03:31Joan, se estiver aí...
03:32Roger está na cadeia.
03:34Atenda.
03:35Mas onde está Karen?
03:36Karen, Karen.
03:36Quando os policiais ouvem a descrição, pedem a Joan para ir à delegacia de polícia de Shelly.
03:53Eu sinto muito.
04:01Por favor, você pode sentar aqui.
04:04Está bem.
04:06Pode me dizer onde sua filha foi ontem à noite?
04:09Eles foram ao cinema, depois iam jantar e depois iam dançar um pouco.
04:13Depois de reunir informações básicas sobre Karen, o detetive manda que levem Roger até ele.
04:20Tragam Roger Wolfe aqui.
04:23Sir Targary, eu tenho notícias ruins.
04:26Nós descobrimos um corpo feminino hoje de manhã que acreditamos ser o da sua filha.
04:30E aqui estão as fotos.
04:33Fotos que confirmam o que o seu coração presente.
04:37O corpo é o de sua filha.
04:43Joan, cadê a Karen?
04:44Ninguém acredita.
04:52Roger, ontem à noite, depois que você foi preso...
04:55O detetive explica que na noite anterior recebeu uma ligação sobre o corpo que estava
05:00perto dos trilhos da ferrovia, no centro de Schenner.
05:12Um patrulheiro achou o cara.
05:14Reconstituição.
05:19A violência era inimaginável.
05:24Introduziram uma cavilha de ferrovia em sua tâmara.
05:30Roger conta ao detetive sobre um homem chamado David, que estava com eles naquela noite.
05:40Eles sempre saíam juntos.
05:43E aí?
05:46Roger e David beberam excessivamente e perderam o controle.
05:50Para mim já chega, cara.
05:51Para, quer saber?
05:52Para, para.
05:53Pô, senta aí, cara.
05:54Para com isso.
05:56Eu estou calmo.
05:57Ele é que tem que estar calmo.
05:58É isso.
05:59Ei, ei, ei.
06:00Saiam do meu bar agora.
06:02Saiam.
06:03Se eu sair, ele tem que sair também.
06:04Foi quando a bartender chamou a polícia.
06:07Vamos embora.
06:10O policial de Schenner, Dan Savage, confrontou Roger.
06:15Esse rapaz em particular falava muito alto.
06:18Era rude com todo mundo.
06:19Ele estava intoxicado e foi muito, muito agressivo comigo.
06:24Eu logo vi que ele tinha que ser preso por desordem e por estar bêbado.
06:29E eu o coloquei na viatura.
06:33Savage viu o cara lá.
06:36Ela disse, é o meu marido.
06:37Ele é o meu marido.
06:39Ele estava com a chave do nosso carro e jogou no chão.
06:43Ela não achava a chave.
06:45Disse que tinha que ir para casa e não tinha dinheiro.
06:47Aí eu peguei a carteira dele e dei a ela.
06:51Sabe, eu não queria que ela ficasse ali.
06:54Savage disse para ela pegar um táxi.
06:58Aí vem esse cara, estende a mão e diz...
07:02Eu cuido dela, senhor Savage.
07:04Tem certeza?
07:05Pode deixar, eu cuido dela.
07:08Eu perguntei para ela, você conhece ele?
07:11Eu, meu irmão.
07:11Tem certeza?
07:12Ela disse, eu acho que vou ficar bem.
07:14Tudo bem, você está bem aqui.
07:16O meu marido conhece ele, eu vou ficar bem.
07:19Eu disse, tá bom.
07:20Aí saí de lá, fui para a delegacia e fiz o registro.
07:23Não havia nada que indicasse que Karen estava em perigo.
07:31Logo, a polícia prende David Myers.
07:35Eles precisam de respostas.
07:39Primeiro ele nega ter visto Karen.
07:41Depois diz que eles foram expulsos do bar.
07:43Mas depois muda a história.
07:47Diz que viu Karen depois que a polícia foi embora.
07:53Ela estava no estacionamento procurando a chave do carro.
07:56Quero uma carona para casa.
07:57Não, eu estou procurando a chave.
07:59Ele alega que ela disse que chegaria em casa sozinha.
08:02E jura que não a machucou durante o interrogatório.
08:10O detetive vê o policial Savage.
08:13Ah, dá licença um instante.
08:18Você viu aquele cara?
08:20Eu disse, vi.
08:21É o cara que ficou com ela.
08:24Diz que ia cuidar dela ontem.
08:25Esse é o homem que disse que ia ficar com ela.
08:27É um momento chocante para Sethwood.
08:31Você fica pensando, droga, por que eu não disse não?
08:34Você vem comigo.
08:36Isso nunca saiu da minha cabeça pelo resto da minha carreira.
08:40O promotor do distrito de Green, Billskang, assume o caso.
08:43O promotor imediatamente consegue um mandado de busca para o carro e a casa de Myers.
09:04Por que podia haver vestígios de sangue na cena do crime no carro?
09:10Ou nas roupas dele?
09:12Ele pode ter levado algumas coisas pessoais dela.
09:16Bom, acontece que achamos a carteira dela do carro dele.
09:21Achamos roupas com sangue na mala do carro.
09:23E eram roupas de homem.
09:25Então, imaginamos.
09:26Peraí, ele estava usando esta roupa.
09:28Então, ele tirou e colocou na mala do carro.
09:30Ele é preso.
09:33É acusado de homicídio qualificado com agravantes.
09:37Daí pensamos.
09:39Achamos que ia ser muito fácil.
09:42Mas acontece uma reviravolta surpreendente.
09:46Aparece uma mulher dizendo saber quem matou o carro.
09:49E que não foi David Myers.
09:51Ela disse que o ex-marido, Paul Tufts, furou os pneus do carro dela com cavilhas de ferrovia, como a que foi usada para matar Carla.
10:03Ele estava à espreita dela, espionando a casa que fica perto da ferrovia.
10:10Ela disse que uma noite, Tufts a atacou.
10:13Eu quero falar com você um instante.
10:15Olha.
10:16Está vendo o pátio de manobras ali?
10:18Eu matei uma mulher lá e vou te matar também.
10:20Fica quieta.
10:22Aí eu disse, será possível que ele tenha feito isso?
10:26Ou será possível que eu peguei o homem errado?
10:29Fica quieta.
10:31Eles fizeram isso juntos?
10:32Sim.
10:33Aconteceu alguma coisa bizarra que não sabemos?
10:35Susan!
10:37Talvez, num momento de raiva, tenha sido ele quem matou.
10:42E tudo isso começou a passar na minha cabeça.
10:45É muito, muito preocupante.
10:50O promotor achou que seria fácil.
10:54Não era.
10:56Ele vai recorrer a uma fonte improvável de esclarecimentos.
11:00Uma médium que teme que haja mais violência no futuro.
11:03Karen, aqui é o Bill.
11:13A polícia de Chênia, em Ohio, tem dois suspeitos do assassinato de Karen Harding, de 19 anos.
11:21David Myers estava com Karen na noite em que ela morreu.
11:24Me larga dele!
11:26Mas há a alegação de que o outro homem, Paul Tufts, ter dito que foi ele.
11:30O promotor, Bill Skank, recorre a médium Karyl Kirkpatrick, esperando que sua capacidade notável possa ajudar.
11:40Eu sinto ele.
11:41É ótimo trabalhar com o Bill, porque ele tem a mente aberta.
11:46A maioria dos policiais tem um lado intuitivo grande e são capazes de captar se continuarem com a mente aberta.
11:55É isso mesmo que você sente, que você vê?
11:58É como se nós fôssemos garimpeiros.
12:01Você imagina que o ouro já foi todo retirado do Bill?
12:05Mas nunca se sabe se pode-se achar alguma coisa.
12:09Aí eu pensei...
12:10Vamos trazer a Karyl aqui e deixar ela andar pela cena do crime para ver o que ela consegue captar.
12:16Ela não...
12:17Não está em casa.
12:19Quando ela foi chamada...
12:22Eu...
12:24Eu não esperava que ela resolvesse ou solucionasse o caso.
12:29De certo modo, nós já tínhamos o caso resolvido.
12:32Nós sabíamos quem tinha sido.
12:34Mas havia essas questões perturbadoras.
12:39Ele não dá detalhes à médium.
12:42Ela faz tudo sozinha.
12:45O que eu vou achar lá é a atividade e a energia.
12:49Reencenadas nesse espaço onde aconteceu.
12:57Porque está embutido lá.
12:59E eu consigo ver, sentir e indicar quem estava lá.
13:06Algumas pessoas especulam sobre o que pode ter acontecido.
13:11Numa cena de crime.
13:15Mas o que aconteceu foi só um incidente.
13:20E é isso que eu quero ver.
13:23Eu só vou dar o que me for mostrado.
13:25Eu não acrescento nem tiro nada.
13:29Porque nem sempre sei o significado total de tudo.
13:34Mas é como transferir o que eu vejo e depois usar isso para expandir.
13:42Aí, eu fui ao leito de uma ferrovia.
13:51Cheguei a um ponto e parei.
13:53Eu disse, foi aqui que aconteceu.
13:58Ele estrangulou a mulher.
14:00E...
14:01Eu vi o homem suando.
14:04Eu...
14:05Eu vi os cabelos pretos com barba e uma bandana na cabeça.
14:11E ela disse...
14:15Eu vejo uma arma...
14:18Um instrumento.
14:19Não tenho muita certeza do que é.
14:21Mas é pontudo.
14:26Eu senti com certeza que a personalidade dele não estava...
14:32Em equilíbrio.
14:35Cario acredita que o assassino foi ferido recentemente.
14:38Mas não durante o crime.
14:41Ela disse...
14:42Ele se feriu de algum outro jeito.
14:43Não teve nada a ver com o crime.
14:48Eu senti que havia outra pessoa...
14:51Nos arredores.
14:55E...
14:56A pessoa que eu vi na área da mata...
15:01Me parecia um homem de cor.
15:05E...
15:06Eu disse...
15:07Não, não foi ele.
15:09Mas eu sinto que havia alguém ali observando.
15:12Você está com o homem certo e ele agiu sozinho.
15:16Foi isso mesmo que ela disse.
15:19Simples assim.
15:21A visão da médium apoia a crença do promotor de que David Myers e não Paul Tufts matou o cara.
15:27Acho que o local é exato.
15:29Foi tranquilizador para mim.
15:30Eu me senti melhor, mas ainda não...
15:33Não havia evidências admissíveis.
15:36Você está com a pessoa certa.
15:38Os investigadores acharam uma camisa ensanguentada, a carteira e a luva de carne no carro de Myers.
15:47Mas o suspeito é rápido com as respostas.
15:49E essas roupas ensanguentadas na mala, David?
15:55É, são minhas e é sangue.
15:57Eu sofri um acidente de motocicleta.
15:58Foi há alguns dias.
16:01A serologia atesta a história dele.
16:04O sangue nas roupas é de um tipo diferente do sangue de Karen.
16:10David, mas e a carteira e a luva?
16:14É, é.
16:15Ela esteve no carro, sim.
16:17Porque estávamos indo de bar em bar.
16:19Então ele tinha explicações.
16:24Eles também acharam um pelo diferente no corpo.
16:28Mas em 1998, a tecnologia do DNA está nos primórdios.
16:33E os resultados levam meses.
16:37O que eles podem dizer até agora, com exames microscópicos,
16:40é que o pelo é de um homem branco.
16:45E assim livrando Paul Tufts.
16:49Mas por que ele admitiria um crime que não cometeu?
16:52De novo, o promotor recorre a Karen.
16:58O Bill pediu ao rapaz para entrar.
17:02E o interrogou.
17:04E eu fiquei sentada ouvindo.
17:07E fiquei ouvindo a voz dele.
17:10Cariel consegue captar energia através da voz dele.
17:15Não o que eles dizem, mas a verdade.
17:20Por que você furou os pneus do carro dela?
17:23Tufts jura que não matou Karen.
17:25E impedir que ela fosse embora dali.
17:26Ele finalmente admitiu que estava lá.
17:30E que tinha posto as cavilhas debaixo dos pneus do carro da ex-esposa.
17:34E que enquanto estava lá fora, ele começou a ouvir alguns sons, uns gemidos.
17:39E aí foi lá ver.
17:41E que ele havia caído lá, mas estava assustado demais para chamar a polícia.
17:45Ou fazer alguma coisa.
17:46Eu acho que ele queria assustar a ex-esposa.
17:50Acho que ele queria que ela acreditasse que ele era capaz de fazer algo tão horrível.
17:55Porque ele a queria de volta.
17:56Ele estava desesperado.
17:57Ele queria desesperadamente que ela voltasse.
18:00Eu tinha mexido no carro dela.
18:01Cariel acredita que agora ele diz a verdade.
18:05E aí eu quebrei umas coisas também.
18:07Porque ele não tinha a energia que eu havia reconhecido no criminoso.
18:13David Miles.
18:16O promotor está convencido de que Myers é culpado.
18:22Mas não conseguiu o bastante para convencer um júri contra uma forte equipe de defesa.
18:27Na frente do tribunal.
18:29Eu tenho que provar, sem sombra de dúvida, que foi o David Myers.
18:33E ele só tem que...
18:35Ele só tem que plantar as sementes da dúvida.
18:39Ou até mesmo providenciar uma teoria plausível que seja inconsistente com a culpa de David Myers.
18:46Nós temos outra pessoa que teve oportunidade.
18:51Que teve acesso.
18:53Que tinha raiva.
18:57Os advogados de defesa vão argumentar que esse outro homem está drogado.
19:02Que é usuário de drogas.
19:04Que está enfurecido.
19:05Então ele descarrega a fúria em uma pessoa inocente que, por acaso, estava andando pelos trilhos.
19:13Mas quem que não tem escolha se não retirar a acusação de homicídio por hora, enquanto continua a montar o caso.
19:19Com certeza foi positivo.
19:21O promotor recebe mais conselhos da médium, que é o Kirkpatrick.
19:25Entendi.
19:27Ela disse...
19:28Você tem que olhar...
19:30As fotografias com cuidado e ver os outros ferimentos que estão no corpo dela.
19:38Eu estou vendo uma pessoa...
19:40Ela disse...
19:41Eu não sei exatamente o que elas vão te dizer.
19:44Só observando.
19:45Mas há provas naquelas fotos.
19:47O conselho da médium se mostra valoroso.
19:52David Meyer se envolveu num acidente de motocicleta pouco tempo antes.
19:57E tinha sofrido ferimentos em um dos dedos que estava com um curativo.
20:04Quando olhamos com atenção...
20:07As fotos da autópsia...
20:11Dava para ver o que pareciam ser marcas de dedos.
20:15Veremos que elas estão...
20:16E que uma das marcas era...
20:18Era diferente das outras.
20:20Mas há uma diferente das outras.
20:22Como se dois dedos...
20:23O que combinaria com a posição do dedo dele ferido.
20:28E os resultados do DNA do pelo retirado do corpo finalmente chegaram.
20:34O perfil do DNA batia com o do David Meyers.
20:37E isso era poderoso.
20:41E a verdade prevalece.
20:45Em 1996...
20:47O júri declara David Meyers culpado de homicídio qualificado com agravante.
20:52E ele recebe a pena de morte.
20:56Ele entra com um recurso que ainda está pendente.
21:01Pegamos o David Meyers antes que ele matasse mais gente.
21:04Porque eu acho que ele tinha potencial para isso.
21:07Acho que ele não ia parar.
21:08É um tipo de crime extremamente raro.
21:12É o tipo de crime que vemos pouco durante toda a carreira.
21:15É o que nós chamamos de crimes hediondos.
21:19Crimes.
21:20Crimes de gelar o sangue.
21:23Para mim...
21:25Este caso foi...
21:27Foi uma batalha épica.
21:29Uma guerra.
21:30Porque levou mais de sete anos e meio...
21:33Para a fase inicial de julgamento ser concluída.
21:38Tremendos desafios científicos e técnicos.
21:45Finalmente terminou.
21:48Justiça para uma jovem com muito potencial.
21:52Ceifada no início da vida.
21:55Justamente quando ela estava abraçando as alegrias e os desafios da maternidade.
22:00A filha de Karen, que era bebê na época da morte da mãe, agora é uma adolescente que ficou apenas com as fotos e com as lembranças da avó de uma mãe que ela jamais vai conhecer.
22:14A área norte de Sacramento é uma imensidão de fazendas e ranchos de gado.
22:25Em 10 de agosto de 1980, no último ano de faculdade, Natalie Fenwick volta para o campus em Redding, Califórnia, depois de visitar a família em Sacramento.
22:43Natalie pega a rota turística.
22:44Com três horas de viagem, ela deve chegar à faculdade por volta das 10 horas da noite.
22:55Mas logo depois das 8, Natalie tem problemas na rodovia 20.
23:01Ela deve ter batido em alguma coisa.
23:03E está sem estepe.
23:04Ela está sozinha, numa época em que o telefone celular não existia.
23:16Sua única esperança é que alguém pare para ajudá-la.
23:25Duas horas da manhã.
23:27A mãe de Natalie aguarda ao lado do telefone.
23:31Não há notícias de que a filha dela tenha chegado à faculdade.
23:34E a preocupação se transforma em medo.
23:38Eu queria falar com a polícia sobre um desaparecimento.
23:41Por favor, podem mandar alguém aqui.
23:44Ela não é disso.
23:45Ela tem um Chevy Vega.
23:48O gabinete do xerife do município de Lakers pede um alerta.
23:53E às 2h45 daquela madrugada, um delegado localiza o carro de Natalie no município vizinho de Colusa.
23:59John Kurtz é patrulheiro do gabinete do xerife do município de Colusa.
24:06O carro foi encontrado na rodovia 20, perto da divisa entre os municípios de Colusa e Lake.
24:11E estava com um pneu furado.
24:14Não há sinal de Natalie.
24:15E a situação parece ruim, de acordo com o detetive do município de Lake, Carlstein.
24:22Tinha coisas no carro, roupas, malas, coisas que as pessoas não costumam abandonar.
24:29A mãe de Natalie disse à polícia que poucas horas depois que a filha saiu,
24:36ligou de um posto de gasolina.
24:39Ela disse que tinha furado um pneu, que teve problemas com o carro,
24:44que ia consertar e seguir viagem em poucas horas.
24:49Os investigadores localizam o posto de onde ela ligou.
24:52Os funcionários reconhecem Natalie pela foto
24:58e conhecem o homem que parou para ajudar.
25:01É para o carro dela.
25:03É um morador local, chamado Jerry.
25:06Olha, aqui não tem ninguém, não.
25:07O posto não tem pneu para o carro de Natalie.
25:09Olha, eu estou achando muito.
25:11Mas Jerry tem uma ideia.
25:14Ele tinha um amigo, a uns 10 ou 11 quilômetros,
25:17que tinha uns vegas antigos, dos quais ele achou que podia tirar um pneu.
25:22E ela queria ajudar nisso porque...
25:26Porque estava numa área estranha e não conhecia ninguém por ali.
25:32E aí eles foram juntos tentar ver o que podiam fazer
25:34para conseguir o pneu para o carro.
25:39Vegas antigos?
25:41Para os funcionários, o plano parecia estranho.
25:43O cara que tinha vegas antigos...
25:45O motorista do reboque disse que tinha rodado tudo por ali,
25:48como todos os motoristas de reboque,
25:50e que não tinha visto ninguém que tivesse um ou dois vegas antigos.
25:55Por terem o nome e a descrição do homem,
25:57a polícia sabe a quem procurar.
26:01Quando eu ouvi a descrição,
26:02eu soube logo quem era.
26:05É Gerald Stanley.
26:07Conhecido pelos policiais da área.
26:10Ele já foi preso por homicídio.
26:12Conhecendo o passado de Gerald Stanley,
26:15nós logo descartamos outros suspeitos.
26:19Se Nathalie está com Stanley,
26:22os investigadores não têm muito tempo.
26:29Ligamos para os bombeiros voluntários,
26:31as equipes de busca e resgate,
26:34o nosso pessoal da polícia,
26:35o pessoal da polícia do município de Lake.
26:37E então a gente começou trabalhando de fora para dentro.
26:42A partir do carro dela,
26:43nós começamos a procurar,
26:44seguindo pelas estradas,
26:46tentando achar algum sinal dela.
26:49Íamos o mais rápido possível,
26:51com o efetivo que tínhamos,
26:53esperando encontrá-la,
26:54antes que acontecesse alguma coisa...
26:57alguma coisa muito ruim.
27:01Queríamos encontrá-la viva.
27:02E logo uma médium vai ajudá-los na busca.
27:08Eles procuraram por ela
27:10e fizeram o máximo possível.
27:12Acredite.
27:16Precisavam de ajuda.
27:24Em agosto de 1980,
27:27Nathalie Fenwick, de 21 anos,
27:29desaparece no norte da Califórnia.
27:32E um encontro com um assassino condenado,
27:36Gerald Stanley,
27:37a deixa em perigo de morte.
27:40O delegado John Curt
27:42teme que já seja tarde demais.
27:46Quando descobrimos que ela foi vista
27:48pela última vez saindo com Stanley,
27:52meu coração disparou,
27:53porque eu sabia que as chances de encontrá-la com vida
27:56eram de mínimas a nenhuma.
28:01Fica aí.
28:02Sempre foi perigoso para as mulheres
28:04cruzarem o caminho de Gerald Stanley.
28:08Em uma manhã de 1975,
28:12depois que sua segunda esposa
28:13deixou os filhos deles na escola,
28:15Stanley atacou.
28:19Depois de cumprir só quatro anos e meio
28:22pelo homicídio,
28:23ele foi solto por bom comportamento
28:24em outubro de 1979.
28:26esperando para recebê-lo,
28:31estava a esposa número 3,
28:33que depois desapareceu
28:35sob o que as autoridades
28:37chamam de circunstâncias misteriosas.
28:40Stanley negou qualquer envolvimento.
28:44Sua quarta esposa
28:46o deixou após poucas semanas
28:48e foi morar com o pai
28:50em seu hotel.
28:54Enquanto a busca por Natalie continua,
28:57chega outra notícia terrível.
28:59Sim?
28:59Como?
29:00Há várias horas...
29:02Um atirador de Tokaya
29:08matou a quarta esposa de Stanley
29:10no distrito de Lake.
29:11Os investigadores acreditam
29:14que foi Stanley.
29:17E agora,
29:18até nem que Natalie
29:19tenha tido o mesmo destino
29:20nas mãos do mesmo homem.
29:22Nessa altura,
29:23você perde a esperança
29:24de achá-la viva,
29:25conhecendo o suspeito
29:26com quem está lidando
29:27e o fato de que ele
29:28acaba de matar uma esposa
29:30e que está fugindo por isso
29:32e matou outra esposa antes.
29:34O...
29:35O meu coração disparou
29:37porque eu sabia
29:38que ele não tinha nada a perder.
29:41A polícia faz o possível
29:45para pegar o fugitivo.
29:53Mas Gerald Stanley
29:54se recusa a ser preso.
29:57Ei!
29:58Para!
29:59Para!
30:11E aí
30:23Se inscreva no canal.
30:53Se inscreva no canal.
31:23Não há sinal de Nathalie.
31:29Achar Gerald Stanley naquele terreno e naquela área que ele conhecia tão bem era como procurar uma agulha num palheiro.
31:35Os investigadores se recusam a desistir.
31:39Estávamos procurando Gerald Stanley, mas estávamos mais preocupados em achar Nathalie.
31:46Por isso, mantínhamos uma chama de esperança de que conseguiríamos achar a moça viva.
31:54Dois dias depois, a polícia acha Stanley escondido na casa de um parente.
32:00Ele é preso pelo assassinato de sua quarta esposa e é levado de volta para o município de Lake.
32:07Finalmente, a polícia encontra seu homem.
32:14Mas ainda não encontrou Nathalie.
32:19Trabalhando nisso...
32:19Como assim ele não disse nada?
32:20No momento não podemos...
32:21Está brincando?
32:22Ele está preso, é o principal suspeito.
32:25A polícia e a família de Nathalie têm perguntas urgentes.
32:28Nada por hora, senhora.
32:30Ele a matou ou ela ainda está por aí, em algum lugar?
32:36Talvez ele a tivesse ferido gravemente e pensado que tinha matado, mas não matou e ainda podíamos achá-la com vida.
32:42Então, esse era o nosso foco principal na época, porque é uma área muito grande.
32:46Não dá para cobrir tudo com um efetivo limitado num período de tempo razoável.
32:53Estávamos muito frustrados.
32:55Estávamos sem pistas.
32:56O detetive Carl Stein sabe o que fazer em seguida.
33:00Olha aí.
33:02Quando você exaure todos os outros meios, as evidências físicas acabam e você fica sem testemunhas.
33:09Aí, está na hora de falar com uma médium.
33:12Stein fala com o delegado Kurt sobre a médium Kay Ray.
33:17Ele disse, você vai achar que eu sou doido.
33:20E completou, eu conheço uma médium Kay.
33:23Ela me ajudou muito no outro caso.
33:25Rapidamente.
33:26Falou muitas coisas que se mostraram verdadeiras.
33:30E ele perguntou o que acha de entrar em contato com ela.
33:32Kurt está disposto a tentar de tudo para achar Natalie.
33:37Aí eu fui ao meu chefe.
33:39Contei a ele o que queria fazer.
33:40Aí ele balançou a cabeça e disse, você não tem mais nada, não é?
33:44Eu disse, não, não temos absolutamente nada.
33:46Não temos corpo, não temos nada.
33:47E o tempo está correndo.
33:48Eu disse ao John que ia entrar em contato com Kay para ele.
33:54Mas não esperava milagres.
33:57Porque a minha experiência com ela diz que você tem que interpretar o que ela fala.
34:02Ela percebe uma força sombria, maligna.
34:16que Natalie é um grande perigo.
34:20Lentamente, a noite de horror de Natalie passa pela mente da médium.
34:26E cada detalhe é mais assustador do que o anterior.
34:40Natalie Fenwick, de 21 anos, ainda está desaparecida.
34:44E o homem suspeito do seu desaparecimento, o assassino condenado Gerald Stanley, não fala.
34:53Frustrado, o detetive Carlstein pede ajuda a médium Kay Ray.
34:59Quando você pensa em médium, pensa em alguém que está fora da camada de ozônio.
35:04Está nas nuvens.
35:06Mas ela é muito realista.
35:08Um disparo de arma de fogo.
35:09Ela não é uma milagreira e nem professa ser.
35:12E vai lhe dizer isso muito francamente.
35:17Não.
35:17Mas tem uma capacidade enorme de ver o que nós não vemos.
35:22É, eu sei.
35:23Kay concorda em pegar o caso sem cobrar.
35:27Eu lembro perfeitamente.
35:29Eu comecei a doar o meu tempo à polícia
35:31porque achei que eles fizeram muito pelas comunidades em que estavam.
35:36Eu quis dar isso em troca.
35:38Para começar, ela quer saber o que a polícia já tem.
35:42Eu senti que era perda de tempo para mim falar a eles sobre o caso.
35:48Então eles me disseram o que sabiam e eu disse a eles o que sabia.
35:51E juntamos as duas coisas para ver se batiam.
35:55E se adiantava alguma coisa.
35:59Eu dei a ela algumas informações.
36:01A idade da moça, a descrição física, a descrição do veículo, localização.
36:11E eu peguei daí e passou como um filme.
36:17Lá estava a tela grande e eu comecei a botar as pessoas nos lugares.
36:22Ela não vai entrar em transe, mas vai olhar a distância
36:32e fazer uma declaração profunda sobre o que acabou de ver.
36:37E, geralmente, ela está certa.
36:41Acredite.
36:42Imagens de Nétali piscam na mente da médium.
36:49E Kay vê a triste verdade.
36:55Ela, ela foi baleada.
36:58Porque eu sabia que ela estava morta.
37:01Senti que o coração não batia.
37:02Com amigos, alguma coisa assim.
37:06Ao ter acesso às visões, Kay não confia somente nelas.
37:11É um terreno...
37:12Porque você só pega a parte da mensagem sem usar um sentido só.
37:18O que eu escuto?
37:20Eu lembro que o barulho do trânsito estava perto.
37:23Então era perto de uma estrada.
37:27Eu ouvia água corrente.
37:29Havia um riacho lá.
37:31Porque eu não ouvia ondas.
37:33E coisas que se ouvem no mar ou talvez num lago.
37:36O que eu sinto?
37:38Eu só senti o terreno árido comum.
37:41Eu olhei para ver onde ela estava enterrada.
37:44Foi quando eu senti que queria ir ao subsolo.
37:47Mas ela não estava no túnel.
37:51E também não estava na superfície.
37:54Então eu senti que o corpo dela não estava enterrado.
37:58E ele não pensou em enterrá-la.
38:00Parecia que havia poços.
38:04Poços antigos lá.
38:06Alguma vez, mas não estavam operando.
38:09E que ele a tinha jogado lá.
38:15Kay já fez tudo o que podia.
38:17O resto cabe à polícia.
38:19Eu vou aonde eles não olham.
38:23E só por isso que eu estou aqui.
38:26Eu não vou até lá.
38:28Eu só digo o que vem à minha cabeça.
38:30E digo a eles.
38:31Então eles...
38:32Eles vão ao local.
38:35Kay disse que havia poços de petróleo antigos na área.
38:40Pedras e rochas.
38:45Tábuas no chão.
38:47E que...
38:49Nathalie seria encontrada nessa área.
38:53Aí Carl perguntou se isso me dizia alguma coisa.
38:56Kurt conhece muitos locais possíveis que cabem nesta descrição.
39:01Eu conhecia bem a área.
39:03Sabia que havia poços lá.
39:05Só não conseguia lembrar exatamente onde eles estavam na estrada.
39:07Ia levar muito tempo investigando e procurando os poços.
39:12Na prisão do município de Lake.
39:15De posse da informação de Kay.
39:18Os detetives tentam fazer o suspeito Gerald Stanley falar.
39:22Olha...
39:23Mas ele continua de boca fechada.
39:26E os investigadores sabem por quê.
39:30Sem uma confissão, o caso é totalmente circunstancial.
39:37Não tínhamos muitas evidências para ligá-lo à morte dela.
39:41A não ser o fato de que ela saiu do posto de gasolina com ele.
39:47Então, era importante achar o corpo rapidamente.
39:50Escute, acredite...
39:52A polícia precisa de provas.
39:54E a família de Nathalie quer respostas.
39:58As visões de Kay vão providenciar isso com precisão inimaginável.
40:02A polícia prende Gerald Stanley, o homem suspeito de matar Nathalie Fenwick de 21 anos.
40:17Mas eles ainda precisam achar o corpo.
40:21E seguem pela rodovia 20, onde ela foi vista pela última vez.
40:25Procuravam o local de poços antigos abandonados que a médium Kay Ray descreveu.
40:35Após várias horas...
40:37Nada.
40:39Mas eles não podem desistir.
40:41Nathalie está em algum lugar por ali.
40:45Finalmente, eles veem um lugar como Kay viu em suas visões.
40:48Abaixo do nível do solo, mas não é enterrado.
40:57Eles a encontram.
40:58Aí.
41:04O delegado John Kurtz fica atordoado com a precisão de Kay.
41:09Ela não poderia ter descrito melhor.
41:12Foi como se ela estivesse lá, olhando e descrevendo para nós.
41:17A gente ouvia o trânsito passando na rodovia principal.
41:21A gente ouvia a água corrente, como Kay descreveu.
41:24De rochas e tudo.
41:26Eu fiquei bobo por saber que ela só teve...
41:28...umas informações básicas nossas.
41:32Há algumas pistas na cena do crime.
41:35A polícia recolhe amostras de pedras e de terra.
41:38Mas as evidências não revelam como nem quando o Nathalie morreu.
41:50Uma autópsia dá respostas parciais.
41:54O legista não consegue determinar a hora da morte.
41:58Mas conclui que ela morreu com um tiro calibre 25 na cabeça.
42:02Mesmo assim, os investigadores não estão próximos de provar quem matou o Nathalie.
42:11Então nós...
42:13...não tínhamos como ligar Stanley a cena onde o corpo foi encontrado.
42:17O que ainda deixava muita dúvida do tipo...
42:21...ele a matou ou não.
42:22Os geólogos examinam as pedras encontradas perto dos poços...
42:29...e determinam que elas são típicas daquela área específica.
42:35A polícia acha pedras exatamente iguais no carro de Stanley.
42:40Estávamos felizes porque o tínhamos ligado à cena do crime.
42:44Não havia outro meio daquela pedra ter ido parar no carro dele.
42:48A polícia acredita que Stanley a matou.
42:52E jogou o corpo num poço raso.
42:58E que no dia seguinte, ele fez pontaria de novo.
43:04Matando sua quarta esposa.
43:08A promotoria do município de lei que acusa Stanley de homicídio qualificado na morte é a tiros de sua esposa.
43:16Um júri o considera culpado e o sentencia à morte.
43:22Com Stanley fora das ruas para sempre, a família de Natalie Fenwick resolve não passar pela dor de um julgamento...
43:30...e ele não é acusado da morte dela.
43:33Ele jamais foi acusado de algum crime ligado à sua terceira esposa.
43:37Graças aos esforços unidos de investigadores e de uma médium, Gerald Stanley jamais vai fazer mal a outra pessoa fora do sistema penitenciário de novo.
43:49No início eu estava cético, mas a informação que Key nos deu nos fez achar o porco.
43:58E nos ajudou a encontrar provas que nos mostraram que foi Gerald Stanley quem matou Natalie.
44:05Eu não hesitaria um instante em chamar Key se estivesse em uma situação parecida.
44:10Eu tenho muita fé nela.
44:11Duas jovens necessitadas.
44:16Uma aceitou a ajuda de um amigo.
44:20A outra confiou em um estranho.
44:26As duas vítimas do pior ato de traição.
44:31Crimes sem sentido que poderiam ficar sem solução se não fossem as autoridades determinadas...
44:38...e as médiuns talentosas que trabalharam com elas.
44:43Versão brasileira Audiocorp.
44:46Temporha Adriana.
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