No dia da consciência negra, conheça história de pessoas mineiras que organizam movimentos culturais e são responsáveis por manter vida a memória de toda uma população.
Imagens: Ana Luiza Soares/EM
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01:40belíssimo, contando a história de Nossa Senhora. O padre Mauro quis homenagear as mulheres daqui da
01:49vila e colocou a gente, cada um, numa cena que mais representava a nossa história com a história de Nossa Senhora.
02:10Boa noite, meu nome é Janine Gonçalves, eu sou sócia administradora da Casa Mojubá.
02:20Boa noite, eu sou a Thalita Mariana e eu sou a sócia proprietária da Casa Mojubá.
02:26Eu sempre gostei muito de bares, essa energia, Thalita sempre gostou muito de cozinhar e aí a gente começou a ideia de abrir a Casa Mojubá, né?
02:37E com isso a gente não queria montar um bar padrão, a gente queria um local que falasse muito sobre a gente, sobre a nossa fé, sobre as nossas raízes.
02:49Nós somos mulheres pretas, somos mulheres de terreiro, somos mulheres periféricas, lésbicas, então eu falei, ah, vamos montar algo que tenha a ver com a gente mesmo.
02:59Um espaço que a gente fosse pertencente daquilo, sabe? A gente quis sair dos padrões, um local onde a gente se sentisse,
03:07por completo.
03:11Então, a nossa culinária, ela é uma culinária, não digo, é uma culinária ancestral de uma forma diferente.
03:19A gente trouxe alguns ingredientes de terreiro para poder criar os nossos pratos.
03:23Eles são usados lá em várias coisas, inclusive para se oferendar ao santo, só que a gente usa eles aqui e cria os nossos próprios pratos em cima daqueles ingredientes, né?
03:33A gente tem nossos pastéiszinhos aqui, que o mais famoso é um pastel de creme de milho com quiabo.
03:38A gente tem o bolinho de feijoada, que já é um pouco mais comum, mas tem a coxinha odara, que é uma coxinha que ela é criada em cima da comida de homolocum,
03:49que é uma comida servida para o chum.
03:50Então, a gente pegou o feijão fradinho, o dendê e o camarão e criou uma coxinha e trouxe para a nossa...
03:57Eu digo que é a culinária afro-brasileira mineira, porque ainda tem um toquezinho do mineiro, né, aqui.
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