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  • há 15 minutos

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Transcrição
00:00Pois é, os números são preocupantes.
00:02Para você ter uma ideia, de janeiro a outubro deste ano,
00:0571 mulheres morreram em Pernambuco vítimas de feminicídio.
00:10Se compararmos com o mesmo período do ano passado,
00:13são 10 casos a mais, porque de janeiro a outubro de 2024
00:18foram 61 ocorrências de feminicídio aqui em Pernambuco.
00:24Isso sem contar os feminicídios que ocorreram agora em novembro.
00:27É sobre esse assunto que a gente vai conversar com a gestora
00:30do Departamento da Mulher da Polícia Civil, a delegada Bruna Falcão,
00:35para entendermos, delegada, por que tem tantas mulheres
00:38sendo assassinadas aqui em Pernambuco?
00:40Nós temos um cenário em 2025 mais preocupante do que em 2024
00:44no que diz respeito aos feminicídios.
00:47Mas nós temos uma redução expressiva no número total
00:50de mortes violentas intencionais de mulheres.
00:52Comparando com o mesmo período do ano passado,
00:54em 2024 nós tivemos 225 mortes esse ano,
00:57181 mortes.
01:00Então são 44 mulheres que tiveram suas vidas preservadas.
01:03No recorte de feminicídio, que é a morte de mulher,
01:07pela razão de ser mulher, pelo machismo,
01:10pelo menosprezo à condição de mulher em contexto de violência doméstica,
01:13o cenário é pior, mas a gente também tem aprimorado
01:17as nossas técnicas investigativas das forças de segurança
01:20para reconhecer melhor esses fatores que levam a gente a classificar o feminicídio
01:25numa morte violenta intencional de mulher.
01:27O que a gente vê na prática é que o silêncio favorece o agressor.
01:31A mulher que não tem medida protetiva de urgência,
01:33que não procura proteção,
01:35é a mulher que infelizmente termina morrendo.
01:37Então seguimos incentivando a denúncia,
01:39porque uma vez que essa mulher entra na rede,
01:41dificilmente ela perderá a vida.
01:43Qual o conselho que a gente pode passar e alerta para a família,
01:47para vizinhos, para quem está vivendo ali no contexto
01:50dessa mulher que é vítima de violência?
01:52Eu acho que o mais importante de todos
01:53é que a gente não pode desistir dessas mulheres.
01:55É muito comum que a família se envolva
01:57nos primeiros episódios de violência,
02:00mas aí percebendo que a vítima retoma o relacionamento com o agressor,
02:03que ela não o abandona,
02:04ou que ela desiste de uma protetiva,
02:06a família diz que ela não quer se separar,
02:08então eu não vou mais me envolver.
02:10E essa moça, essa mulher, fica cada vez mais sozinha.
02:13Então a gente precisa incentivar que a família continue acreditando,
02:16continue investindo nela,
02:17para que ela saiba que no dia que ela decidir se libertar
02:21desse relacionamento violento, ela não está só.
02:23Tem muitas mulheres que têm dependência financeira,
02:26dependência emocional do agressor,
02:27e têm dificuldade de se libertar desses relacionamentos.
02:30Então se as pessoas que a amam do entorno dela
02:32também a abandonam,
02:34isso torna o processo mais difícil.
02:35Então que a família se envolva,
02:37que os amigos e amigas incentivem,
02:38que ela procure ajuda, procure a polícia,
02:41porque, de fato, essas pessoas podem ser responsáveis
02:44por salvar a vida dessa mulher.
02:45Delegada Bruna Falcão,
02:47muito obrigado pelas informações.
02:49Eu volto com você no estúdio.
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