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Levantador do Cruzeiro e da Seleção, Matheus Brasília fala em entrevista exclusiva sobre início da equipe mineira na Superliga Masculina de Vôlei

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Transcrição
00:00Olá, você que nos acompanha. Hoje o podcast do No Ataque tem a honra de entrevistar Matheus Brasília,
00:05levantador do Cruzeiro da Seleção Brasileira de Vôlei.
00:08Hoje eu tô aqui do lado da minha companheira Malu Moura.
00:11Primeira vez que a gente entrevista juntos. Um bom ataque do seu lado, Malu.
00:14Oi, gente. É um prazer estar aqui com vocês na entrevista de hoje.
00:18Matheus, bom, primeiramente agradecer por você ter aceitado o nosso convite.
00:21Seja muito bem-vindo aqui ao No Ataque. Você sempre é muito bem-vindo.
00:24Já queria me emendar com uma primeira pergunta, começando um pouco ali do começo da sua carreira mesmo.
00:30Você começou no vôlei, acho que foi por mais ou menos uns 10 anos, não é?
00:33E, se não me engano, foi no projeto social Amigos do Vôlei, né?
00:36Da Leila Barros e da Ricarda Lima.
00:38Queria que você me falasse um pouco dos desafios do seu início no esporte
00:41e da importância desse projeto e também de ter iniciado ao lado da sua irmã, né?
00:45Se não me engano, você começou junto com a sua irmã, não foi?
00:48Isso. Obrigado, obrigado pelo convite, Rafa, Malu.
00:51Acho que é um prazer estar aqui. Vai ser um bate-papo muito legal.
00:53Então, obrigado mesmo pelo convite.
00:56Sim, comecei lá em Brasília, ainda pequeno.
01:01Acho que minha irmã tem um papel, talvez, um pouco diferente.
01:08Ela que foi o ponto para eu começar no vôlei, né?
01:13Eu, garoto brasileiro, como todos que vivem, gostam do que é futebol.
01:19Eu jogava futebol e aí meu pai me levava para as quadras de futsal, né?
01:27Jogava bastante toda semana e aí eu comecei naquela ilusão.
01:32Quero ser jogador de futebol, quero ser jogador de futebol.
01:34Meu pai, não vindo de uma família que cultua o esporte, assim, né?
01:39Acho que sempre foi incentivada a prática esportiva, independente de qual seja.
01:44Mas na minha família não tinha até então atletas.
01:48Eu tive um tio que tentou ser jogador lateral, só que aí minha avó não deixou, né?
01:58Quando você tem que sair de Brasília, não, vai ficar, vamos estudar, beleza.
02:03E aí, mas sempre gostou muito.
02:05Minha família, meu avô, minha mãe, quando eu não cheguei a conhecer meu avô,
02:07mas minha mãe falava que ele sempre acompanhava muito futebol,
02:12levava meu tio, investia, pagava para os técnicos para botar meu tio para jogar.
02:19Que é toda essa história, assim.
02:21Mas aí minha família não é muito dessa questão de atletas.
02:26E aí eu nessa ilusão, meu pai falou, não, vamos parar, vamos estudar.
02:30Aí ele deixou de me levar tanto, tal.
02:33E aí, em contrapartida, minha irmã, ela precisava fazer alguma atividade física,
02:38orientado pelo médico.
02:41E aí surge, nesse momento, surge um projeto da Lely e da Ricarda,
02:45que é um amigo do vôlei, um que foi separado lá em Brasília,
02:49tem a Cidade Satélites, o centro de Brasília e a Cidade Satélites.
02:53Então cada Cidade Satélites teve um núcleo desse projeto.
03:01E aí, perto da minha casa tinha um aliado com minha irmã,
03:06vamos colocar a Larissa lá no Instituto,
03:10ela faz vôlei, vôlei, pô, mais tranquilo,
03:13o Matheus vai junto para não ficar em casa.
03:17Aí foi assim que começou, né?
03:19E aí eu comecei no projeto lá com a Lely e com a Ricarda,
03:24e aí fui me destacando, fui tomando gosto,
03:27e aí fui progredindo, depois fui para uma escola lá em Brasília,
03:32que é a Católica, que é muito voltada para o esporte também.
03:36Na época, o DF era muito o esporte escolar, né?
03:40Com as escolas, competições escolares.
03:44E aí foi onde deu início aí, eu fui crescendo aí no vôlei.
03:50Foi assim que eu comecei, meio por acaso, assim, meio de paraquedas,
03:54mas foi.
03:55Aí não vim, não me tornei jogador de futebol,
03:58mas tornei jogador de vôlei, acho que...
04:00Ah, ótimo!
04:01E quando você percebeu que poderia ser um jogador profissional?
04:06E como você optou pela opção de ser levantador?
04:11É uma boa pergunta, porque acho que desde o meu primeiro ano,
04:16teve um técnico lá, o Léo,
04:21que ele sempre colocou a gente para treinar muito fundamento,
04:25muito fundamento.
04:26Então, e a gente tinha um chumburo, assim, muito extenso lá,
04:31e aí era uma garotada, um projeto sensacional, né?
04:34Uma garotada, muita gente mesmo, assim,
04:36acho que ressalta a importância de um projeto social, assim.
04:40Eu vejo o esporte não como um início, assim,
04:44para você vir a ser atleta profissional, se profissionalizar,
04:48mas um modelo de gestão pública, assim,
04:51para tirar as crianças, os jovens, as crianças da rua,
04:57o esporte, além de trazer coisas,
05:01traz muitas outras vertentes sociais mesmo, assim,
05:04de disciplina, de...
05:06Acho que, então, o projeto social é importante nesse ponto,
05:10não para a gente ter mais atletas,
05:13mas para a gente ter cidadãos melhores.
05:15Acho que essa questão, enfim.
05:17E aí tinha um muro muito extenso
05:21e a gente treinava muito toque, muito toque,
05:23muito toque na parede, muito toque na parede.
05:26E aí eu tinha uma facilidade com toque, tudo, assim,
05:29e gostava de tocar, de levantar.
05:32Acho que nunca fui dos mais altos também.
05:36Então, vou lá, vou levantar.
05:38Tinha facilidade, vou levantar lá.
05:40Gostava de ver o pessoal atacando,
05:42gostava de levantar a bola boa,
05:44de ver meus companheiros felizes.
05:47E aí, acho que desde o início, assim,
05:49eu tive essa vontade de ser levantador mesmo.
05:53Joguei em outras posições,
05:54não decorrei aí da base,
05:56mas levantador sempre foi o ponto máximo, assim,
06:00para mim.
06:00Acho que veio natural.
06:05E foi, assim, a opção por ser levantador,
06:09acho que não fui nem eu que escolhi.
06:11O levantador me escolheu.
06:14É legal isso.
06:16E você saiu de casa com 15 anos, né,
06:17para ir para o Pinheiros.
06:19Como é que foi, assim, sair cedo, assim,
06:20de casa, adolescente,
06:21e como é que você se convenceu, né, a sair?
06:23Ah, é verdade.
06:25Não, eu até esqueci de terminar,
06:28não lembrei da pergunta,
06:29que você perguntou, né,
06:31onde eu tive essa virável de chave.
06:35Mas vai muito de encontro com isso.
06:37Acho que foi nesse ponto aí,
06:38quando eu fui para o Pinheiros,
06:39que aí o técnico Silvio,
06:44depois de um campeonato brasileiro de seleções, né,
06:48eu com a seleção do DF,
06:50o professor Silvio me chamou,
06:53me convidou para integrar as categorias de base do Clube Pinheiros.
06:56E ali eu tive um despertar, assim,
07:01que eu vi como o vôleibol realmente é.
07:05Acho que você pega São Paulo,
07:08você pega Minas Gerais, assim,
07:10as categorias de base já são mais voltadas
07:13ao profissional, assim,
07:14ao alto rendimento, né.
07:16E lá eu tive esse despertar, assim,
07:19opa, eu quero seguir isso para a minha vida.
07:21Acho que até então,
07:21quando eu estava em Brasília,
07:24era por ser um ambiente muito escolar,
07:27muito de formação,
07:30nessa questão de projetos sociais,
07:33acho que não tinha esse molde, assim,
07:36até porque a gente não tinha até então
07:38representantes na Superliga, né,
07:40no estado do DF.
07:42Então, quando eu cheguei no Pinheiros,
07:44que aí eu vi a realidade e gostei,
07:47falei assim, não,
07:47quero seguir isso para a minha vida.
07:49Foi nesse ponto.
07:51É, e você é militar, né.
07:54Eu queria saber um pouco sobre
07:55o Brasília Militar,
07:57conversa e tem algum tipo de influência
07:58no Brasília,
07:59jogador de vôlei, assim,
08:00traz alguma coisa para a quadra?
08:02Sim, totalmente, acho que totalmente.
08:04Acho que essa questão do militarismo
08:08com esporte anda um lado a lado.
08:09Acho que tem um jargão militar
08:15muito famoso que diz que o esporte imita o combate.
08:22O esporte imita o combate.
08:24As questões de disciplina,
08:28de hierarquia, de resiliência,
08:31vai muito com os princípios militares, né.
08:35Então, é, acho que o programa,
08:41além do programa,
08:42sou militar porque eu sou militar
08:43através do esporte, né,
08:45que é o PAR,
08:46que é o Programa de Atletas de Alto Rendimento
08:48do Ministério da Defesa,
08:49onde integram as três forças,
08:51tanto o Exército,
08:53a Marinha e a Aeronáutica.
08:55Eu sou militar do Exército,
08:56o voleibol é responsável pelo Exército,
08:59o Exército é responsável pelo voleibol,
09:01e é um projeto,
09:05a gente estava conversando um pouco no off aqui,
09:08né, a questão do,
09:09da questão das modalidades olímpicas, né,
09:12os esportes de menos investimento.
09:15E o PAR,
09:17o Programa de Atletas de Alto Rendimento,
09:19é muito importante para a formação
09:21do esporte olímpico brasileiro.
09:23Hoje, o Ministério da Defesa,
09:25com o Programa de Atletas de Alto Rendimento,
09:28das Forças Armadas,
09:30talvez seja um dos maiores investidores
09:33do esporte olímpico brasileiro
09:34ao lado dos clubes olímpicos, né.
09:37Então, esse ponto é muito importante.
09:40E essa questão do militarismo dentro do esporte
09:43é fundamental,
09:46acho que me ajuda em muitas questões,
09:49em questões que quando a gente vai
09:51integrar o programa, né,
09:53a gente passa por um,
09:54duas semanas de um curso de adaptação
09:56à vida militar,
09:57onde você vai entender tudo,
10:00as bases do militarismo,
10:02onde você vai fazer um curso de formação,
10:04e nesse curso de formação você aprende
10:07fundamentos importantíssimos
10:10que você leva para o esporte,
10:12não tecnicamente,
10:14mas de corpo de espírito mesmo,
10:16corpo de espírito,
10:17aquele espírito de batalha,
10:19de guerra,
10:20de estar sempre em prontidão,
10:22de estar sempre obstinado
10:24nos seus objetivos,
10:25onde você pensa
10:26que o seu corpo não aguenta mais,
10:29você sempre tem um pouquinho a mais
10:31para se doar,
10:32para dar,
10:33para batalhar,
10:34para buscar os seus objetivos,
10:36isso é muito do militarismo, né,
10:38acho que hoje em dia a gente,
10:41graças a Deus,
10:42e a gente não tem tantos conflitos
10:44como era antigamente,
10:45de guerras mesmo, né,
10:47e o esporte veio como um aliado a isso,
10:50hoje as guerras modernas,
10:53atuais que a gente tem,
10:54assim,
10:54nesse contexto,
10:55são as batalhas travadas dentro de quadra,
10:58né,
10:59então,
11:00esse ambiente de dar o seu melhor,
11:04de estar sempre pronto,
11:05de se doar mais,
11:07resiliente,
11:08além de todos os outros fundamentos
11:10que um atleta precisa ter,
11:12de disciplina,
11:14de combatividade,
11:16então,
11:17o militarismo,
11:17ele chega num ponto
11:20que me ajuda muito
11:20dentro dessas questões
11:22no esporte, né,
11:23tecnicamente,
11:24como o programa,
11:26é,
11:27permite alguns atletas
11:28viver só do seu esporte,
11:30se dedicar fielmente
11:31aos seus treinamentos,
11:32porque tem a,
11:33a parte de ajuda financeira,
11:36de instalações também,
11:37que o,
11:38as forças armadas,
11:40dispõe de,
11:41para os atletas praticarem
11:44dentro da,
11:45dos quartéis,
11:47então,
11:47é muito importante esse programa,
11:49me ajudou muito,
11:50estou chegando ao fim
11:51do meu período,
11:53mas,
11:54com valores e experiências
11:56muito gratificantes.
11:58para...
11:59o
12:01que
12:04são
12:06ou
12:07ou
12:08ou
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12:09ou
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12:13ou
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12:20ou
12:21ou
12:21ou
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