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00:00E queria começar perguntando há quanto tempo, quando você chegou aí na Mongólia
00:04e quais foram ou quais estão sendo os seus principais desafios
00:08nesse seu período de adaptação nesse novo país, por favor.
00:15Bom, foi, pra mim é uma surpresa, e posso dizer que foi uma surpresa muito positiva, né?
00:22E a cada dia eu sinto mais isso.
00:26Eu cheguei aqui no dia 6 de setembro, né? O campeonato começou logo em outubro,
00:33então a gente teve pouco tempo pra poder formatar o time, né?
00:37Pra poder deixar o time preparado.
00:41Além do que também a gente tem aqui a possibilidade de ter só dois estrangeiros.
00:46A gente tinha um estrangeiro só, o outro chegou recentemente.
00:50Então, e aqui o campeonato faz muita diferença ao estrangeiro, né?
00:54O estrangeiro, ele realmente faz muita diferença nas equipes.
00:59Toda a equipe tem pelo menos dois estrangeiros mesmo,
01:02que é o que permite, né, a amiga que tenha dois estrangeiros.
01:08Então, foi assim, dia a dia, né?
01:12Porque adaptar novos conceitos, eles estavam com um treinador já há dois anos,
01:18que era um treinador sérvio.
01:19E aí a gente mudou algumas coisas, né?
01:22Da maneira de jogar, tudo então teve uma adaptação.
01:25Além do que também mudou metade do time.
01:27Então, são seis jogadores novos, mais os estrangeiros.
01:31Então, mudou bastante aí a configuração do time.
01:34Então, uma nova adaptação.
01:36Além disso, né, claro, da parte profissional,
01:39teve também a parte de adaptar o país, né?
01:43Um país bem diferente.
01:45Principalmente pelo clima, né?
01:48É muito frio aqui.
01:50Ainda nem começou o inverno, tá menos 27 hoje de manhã, tava.
01:55Então, acho que assim, são muitas coisas que a gente tem que se adaptar.
01:58Mas a equipe correspondeu bem.
02:00A gente jogou as primeiras, até agora nós jogamos oito partidas, né?
02:06Aliás, nove partidas.
02:08Foram sete vitórias, duas derrotas.
02:10E acredito que a equipe tá melhorando, assim.
02:14Acho que dia a dia vai se encaixando mais.
02:16E uma possibilidade aí de a gente fazer uma boa temporada.
02:19Bacana.
02:20E uma competição nacional, continental?
02:22E tá em que posição a equipe agora?
02:25É, a gente compete primeiro a nível nacional.
02:29E depois, isso classifica, né?
02:31Para as competições continentais.
02:34E é só o campeão, né?
02:35Que tem a chance de poder jogar um campeonato continental.
02:38Que é a Liga Asiática.
02:40Então, acho que essa é a meta, né?
02:43Do time.
02:44Não é fácil.
02:45É bem difícil.
02:46Porque as equipes são muito...
02:48As equipes são muito iguais, assim.
02:50É muito nivelado.
02:52Pra você ter uma ideia, foram até agora...
02:55Nove jogos, né?
02:58Que a gente jogou.
03:00E teve muitas equipes...
03:02Todas as equipes já ganharam.
03:03Todas as equipes já perderam.
03:05Ou seja, é bem nivelado mesmo o campeonato.
03:07E a gente tá dividindo aí a primeira posição.
03:12Porque a equipe que tá em primeiro tem uma derrota só.
03:15Mas ainda tem jogos por fazer.
03:17Tá um pouco atrasado aí na quantidade de jogos.
03:22Mas a gente tá ali nessa segunda posição, né?
03:25Com só duas derrotas.
03:27E a gente tá brigando aí pela liderança.
03:30Acho que a gente tem uma chance boa de, nos playoffs, poder brigar aí pelo título.
03:35Bacana.
03:36E o seu contrato, Neto, dura de quanto tempo aí com o novo clube?
03:42Eles me deram uma opção, né?
03:44De eu poder assinar por dois anos.
03:46Como sempre fiz em todos os clubes que eu trabalhei.
03:48Eu sempre fiz esse contrato aí de dois anos.
03:52Mas eu fiz uma opção de fazer só dessa primeira temporada.
03:59E aí depois, vamos ver, deixar também livre, né?
04:02Pros dois lados.
04:03Tanto pro meu lado, quanto pro lado deles.
04:05Pra gente não ter nada preso.
04:07E se der tudo certo, aí a gente continuar.
04:10Ou então, a gente buscar outros rumos aí.
04:14Mas tá indo bem assim, a equipe tá indo bem, tá correspondendo bem.
04:19A gente tem uma relação muito boa com todos aqui.
04:23Com jogadores, com os dirigentes, com os sponsors.
04:27Então, acho que é um ambiente muito bom.
04:29É um ambiente bastante saudável.
04:31A competição é bastante dura.
04:32A gente sabe aqui, pro lado da Ásia, é sempre muito voltado, né?
04:38Mais pro resultado do que pelo trabalho mesmo, pelo processo.
04:44Então, como o campeonato é muito nivelado, acho que tudo pode acontecer.
04:47Acho que isso vai ser.
04:48Mas acho que a gente tá num bom caminho.
04:50E acredito que a gente pode, esse ano, realmente atingir algumas expectativas que foram traçadas aí pela equipe.
04:58Entendi.
04:59E em relação aos atletas, nos demais times, ou não sei o que, existem brasileiros também?
05:04Ou você que tá desbravando, digamos assim, o basquete aí na Mongólia?
05:08Não, eu tô meio que desbravando, né?
05:12Sou o único brasileiro aqui.
05:17Acho que da América...
05:20Ah, não.
05:20Agora veio um treinador canadense que tá dirigindo uma das equipes.
05:26Tá aqui há três jogos.
05:28Veio recentemente pra uma das equipes.
05:30E depois todos os outros.
05:32A gente são nove, são dez equipes, né?
05:34No total, que jogam a primeira divisão.
05:37Dessas dez equipes, sete são treinados por estrangeiros.
05:42Eu como brasileiro, aí são alguns sérvios, tem um da Letônia, tem grego e tem esse canadense.
05:52Então, acho que são vários estrangeiros.
05:57E como treinadores, apenas três treinadores locais.
06:01Acho que isso mostra bastante a competitividade aí da liga, né?
06:04Que sempre procura trazer treinadores com mais experiência, né?
06:10De outros países mais desenvolvidos no basquete, pra poder agregar ao basquete aqui nacional.
06:15Bacana.
06:16E voltando pra falar um pouco da sua adaptação, Neto.
06:20E sua esposa, seu filho já chegaram aí?
06:22Como é que tá essa...
06:22Já estão aí com você?
06:24Não.
06:25Não?
06:25Ainda não.
06:27Eles têm aí os compromissos no Brasil, né?
06:29Minha esposa tá trabalhando.
06:30Meu filho aí tá estudando, jogando.
06:34Minha filha já tem algumas coisas próprias dela mesma.
06:38Ela já tem...
06:39Já tá empreendendo aí como uma empresária aí do ramo aí da alimentação, né?
06:46Ela é confeiteira, fez gastronomia, se formou em gastronomia e tá indo pra esse ramo.
06:52Então, ela tem uma confeitaria em São Paulo e assim, tem as coisas deles.
06:58E a gente tá vendo agora se eles podem vir agora no final do ano, pra passar aqui o Natal e o Ano Novo, né?
07:04Porque eu tenho um jogo no dia 24 de dezembro e um jogo no dia 31 de dezembro.
07:09Então, vamos ver se agora, nesse período aí de férias, eles podem vir, ficar aqui comigo um período.
07:15E aí depois voltar pras atividades deles, né?
07:17Bacana.
07:18Tomara.
07:18E o seu filho tá jogando...
07:19Já tá no basquete, não?
07:21Ou é outra modalidade?
07:22Então, meu filho, ele sempre jogou futebol, né?
07:26Ele sempre gostou e jogou muito bem futebol.
07:29Mas aí depois, quando nós fomos pra África, eu fiquei quatro anos lá na África,
07:33e aí ele resolveu, acho que, testar o basquete, porque lá em Angola é um país do basquete, né?
07:41A gente sabe que o basquete é muito forte lá.
07:43E aí o bichinho do basquete acabou picando.
07:46Ele, quando voltou pro Brasil, ele pediu pra mim, rapaz, eu quero jogar basquete, quero experimentar.
07:51E ele tá jogando, tá jogando...
07:53Ele começou jogando, né?
07:56Pra gente ver como é que era, porque era a primeira vez que ele ia jogar.
07:59Então, a gente colocou ele numa escola da NBA School.
08:03E ele conseguiu ir bem, conseguiu se destacar.
08:06E acabou fazendo um teste no Tijuca, e tá jogando no Tijuca.
08:12Então, é o primeiro ano dele, tá gostando bastante, ele é muito dedicado,
08:17é um atleta que gosta do que faz, então ele se dedica bastante.
08:22Mas é o dia-a-dia, né?
08:25Ele tá sentindo aí como é esse dia-a-dia de ser atleta aí.
08:29E tá gostando, tá indo bem, espero que ele possa continuar.
08:33Bacana.
08:34E você diria que a sua adaptação aí na Mongólia foi mais desafiadora do que lá em Angola, ou não?
08:40Então, comparando aqui...
08:42Ah, sim, muito mais desafiadora por duas questões, basicamente.
08:47Pela questão do clima, que ainda é muito frio, assim, a gente tem que se adaptar bastante.
08:54Mas principalmente pela língua, né?
08:56Pelo idioma.
08:56Em Angola era português, então a gente podia falar português, que era tranquilo.
09:01Apesar de ser o português de Portugal, mas a gente conseguia se comunicar bem, normal.
09:06E aqui não, aqui eu faço todo o trabalho em inglês, mas eu tenho um tradutor que fala o
09:16mongol, né?
09:17Que acaba traduzindo pro mongol.
09:19Os jogadores, nem todos entendem inglês, então precisa realmente dessa tradução.
09:24A maioria sim, mas é tudo inglês.
09:28Então, o idioma, é claro que não é a mesma coisa falar o inglês do que falar o português,
09:35apesar de a gente conseguir fazer bem.
09:38Isso, já tive essa experiência no Japão.
09:40Quando eu estive no Japão, praticamente é a mesma coisa.
09:44Então, a comunicação flui, dá pra poder desenvolver bem todo o conteúdo, as estratégias,
09:51tudo que a gente precisa fazer, como lidar o dia a dia, mas é um desafio, né?
09:56É um desafio de a gente sair um pouco da nossa zona de conforto, de falar a nossa própria
10:00língua.
10:01Claro.
10:02E, Neto, recentemente, agora há dois dias, o Flamengo completou 130 anos, você celebrou
10:06a data lá na rede social, não foi isso?
10:08E qual a importância da sua passagem tão marcante pelo clube na sua carreira?
10:12Ah, o Flamengo me projetou muito pro basquete, principalmente nível internacional.
10:22Tive a oportunidade aí no Flamengo de várias conquistas de nível internacional, então isso
10:28acabou me dando essa oportunidade, abrindo esse mercado.
10:31Então, acho que a gratidão vai ser sempre forte por tudo que o Flamengo me deu de oportunidade.
10:39claro que acho que foi uma troca, né?
10:41A gente acabou também fazendo um bom trabalho lá, fazendo com que o Flamengo pudesse realmente
10:46ser uma referência de basquete no Brasil e internacionalmente, né?
10:52Depois de algumas conquistas que a gente teve da Copa América e também da Liga das Américas,
10:58né?
10:59E também da Intercontinental.
11:02Então, acho que isso foi muito importante, tanto pro Flamengo quanto pra minha carreira.
11:07Então, a gratidão é sempre eterna, tenho muito bom relacionamento com todos, assim,
11:11lá ainda, cada vez que eu vou pro Rio, eu tenho a possibilidade de assistir um jogo, né?
11:17Principalmente do futebol, a gente vê o carinho que a torcida tem.
11:21Quando eu vou pro clube também, quando eu tive a oportunidade de estar no clube algumas
11:25vezes, e a gente vê, assim, todos os funcionários, as pessoas do dia a dia que a gente encontrava
11:31lá, ainda sente esse carinho.
11:33Então, é uma reciprocidade aí de sentimentos muito bons que existem e eu sempre vou torcer
11:39aí pra que o Flamengo possa ir bem aí e continuar sendo uma referência aí do basquete brasileiro,
11:46que é muito bom.
11:48É uma saudade que a gente sente e é bacana a gente poder compartilhar desse sentimento.
11:53Bacana.
11:54E, Neto, entre tantas lembranças, tantas conquistas, qual a melhor lembrança que você
12:00tem de lado do seu período lá no Flamengo?
12:04Ah, no Flamengo foi tudo muito intenso, né?
12:08E muito bom.
12:09A gente, logo no primeiro ano, a gente já meio que bateu um recorde aí que, eu não sei
12:14se até quando alguém já bateu ainda, mas a gente conseguiu ter uma sequência aí
12:21de vitórias no início do campeonato, né?
12:23Que foram 20 jogos seguidos que a gente ganhou.
12:26Isso já foi logo no primeiro do NBB, né?
12:28Foi logo lá no primeiro ano.
12:32Então, foram 20 jogos seguidos.
12:33Eu vi agora que o Flamengo acho que tá com 8, 9 vitórias agora.
12:37E tá caminhando pra isso, né?
12:39Porque tá jogando bastante bem.
12:41Então, acho que a gente ter marcado algumas...
12:44Ter feito alguns resultados importantes, né?
12:48Além da sequência aí dos títulos, né?
12:50Foram 4 títulos seguidos.
12:51Um pouco desse orgulho da nação que a torcida fala bastante aí do basquete, do Flamengo.
12:58Então, acho que isso marcou bastante, né?
12:59As conquistas nacionais.
13:01Mas, sem dúvida nenhuma, a Intercontinental foi a mais forte.
13:07Porque é um campeonato considerado um campeonato mundial de clubes.
13:11Na época ainda que jogavam times da Euroliga, né?
13:14Agora não jogam mais os times da Euroliga, agora é o da Champions da Europa que acaba
13:19jogando, o campeão da Champions.
13:21Mas os times da Euroliga, né?
13:23Não participam mais da Intercontinental.
13:26E a gente ter ganhado, né?
13:27Do Maccabi Tel Aviv, que foi campeão da Euroliga naquele jogo que foi inesquecível aí
13:33na Arena da Barra.
13:35Uma coisa que ficou bastante marcada e vai ficar marcada pra sempre, que é um título
13:39muito importante.
13:41Bacana, parabéns.
13:42E na seleção feminina, Neto, qual a sua melhor lembrança da sua passagem por lá?
13:46Do seu trabalho desempenhado lá?
13:49Ah, foi muito bom tudo.
13:50Achei que, além dos títulos, né?
13:53Da gente ter resgatado os títulos, tanto o título sul-americano, né?
13:58Que o Brasil tinha perdido.
14:00A gente conseguiu resgatar esse título sul-americano.
14:03Depois, ganhar a AmeriCup foi muito legal.
14:07Quando a gente ganhou essa AmeriCup lá no México, batendo os Estados Unidos duas vezes
14:10na competição, muitos dessas jogadoras que jogaram lá, hoje jogam WNBA, são um destaque
14:16como a Angel Rees, né?
14:17Que teve presente lá na equipe americana.
14:21E a gente conseguiu ganhar duas vezes, né?
14:23Na fase de grupo e depois na final.
14:25Acho que esse título é um título que marca bastante a passagem.
14:29E o resgate do basquete feminino brasileiro, que é tão vitorioso, né?
14:33A gente sabe que só quatro países do mundo tem o título mundial.
14:36E o Brasil é um desses campeões, né?
14:41Junto com Austrália, Estados Unidos e União Soviética, que já não existe mais.
14:48Então, acho que foi um título importante a gente poder resgatar o basquete feminino.
14:54Eu acho que mais do que os títulos, né?
14:56É poder colocar o basquete feminino brasileiro aí de novo num cenário importante, né?
15:02De estar entre o top 10 do mundo.
15:06Acho que isso foi muito importante.
15:08E agora, acho que o trem tá no trilho aí.
15:12Acho que torço bastante pra que eles consigam ter novos títulos e voltar a jogar uma Olimpíada,
15:19um campeonato mundial.
15:20Merece bastante.
15:21Acho que estão fazendo um bom trabalho e torço bastante pra que isso possa acontecer em breve.
15:27Bacana.
15:27E de uma maneira geral, como é que você vê o momento atual do basquete brasileiro?
15:31Aqui, você já falou um pouco do feminino.
15:33Como é que você vê o...
15:34É...
15:35Não, o basquete brasileiro, ele sempre vai ser forte, né?
15:38O basquete brasileiro a gente vê aí, tanto com os jovens.
15:40Eu tive a oportunidade e agradeço muito à Liga Nacional por ter me convidado
15:46pra ser um orientador dos treinadores na LDB, que é a Liga de Desenvolvimento.
15:52E eu tive essa possibilidade agora, recentemente, antes de vir pra cá.
15:56E eu pude ver, em loco, né?
15:58Porque eu tive nos jogos, presente, numa das etapas que foi em Mogi das Cruzes.
16:06E deu pra ver o quanto tem de jogadores com potencial do basquete brasileiro.
16:13Eu, assim, senti bem positivo em relação à qualidade dos jogadores e o potencial que
16:24esses jogadores têm.
16:25Então, acho que tem muita matéria humana, muita matéria-prima aí pra poder fazer com
16:31que o Brasil chegue muito longe aí no cenário do basquete masculino.
16:35O feminino vem desenvolvendo também, né?
16:38Muitas jogadoras tendo a oportunidade de jogar fora do Brasil, universidade, tanto também
16:45quanto a WNBA.
16:47A gente vê a Camila aí se destacando a cada dia.
16:50Também como a Damires, né?
16:52Se consolidando cada vez mais aí como uma jogadora importante aí no cenário mundial
16:57da WNBA.
16:59Agora ela jogando na Turquia.
17:00Então, a gente vê que existem aí muitas jogadoras aí com talento, né?
17:05E a gente vendo algumas também jogando na Europa, Portugal, tendo a possibilidade de
17:09poder desbravar aí também fora do Brasil.
17:13E depois, quando chega na seleção, pode ser bastante forte.
17:17Então, acredito muito no potencial que tem.
17:21Eu acho que está se buscando também.
17:24Eu acho que é mais do que necessário que tenha também o desenvolvimento dos treinadores
17:28do Brasil, né?
17:30Tanto da Liga Feminina quanto da Liga Masculina.
17:33A gente vê muitos movimentos para isso.
17:35Tenho participado de muitas reuniões de treinadores da Liga Nacional, que me convida
17:41tanto para a Liga Desenvolvimento quanto para a Liga...
17:44Para os adultos, né?
17:46Para a Liga Adulta.
17:47Então, acho que são muitos movimentos que estão tendo para que acompanhem essa evolução
17:52aí do basquete brasileiro e do basquete mundial.
17:55para que o basquete brasileiro consiga aproveitar muito desses talentos que estão surgindo, né?
18:00A gente pode citar aí um que eu tive muito próximo e tenho até o privilégio e orgulho
18:06de falar, que é o Matias.
18:08O Matias, que é o filho do Chilton.
18:10O Chilton foi meu jogador em Joinville e depois no Flamengo.
18:14E ele tem a mesma idade do meu filho, né?
18:16Então, eles viveram juntos ali quando eram bem pequenos.
18:20Eles têm essa amizade até hoje.
18:21Então, a gente vê o quanto de talento tem, assim como o Matias, outros jogadores, né?
18:27Mas o Matias é o que está meio que aparecendo mais, assim, está tendo mais visibilidade.
18:33Então, a gente vê que tem muitos.
18:34Eu tive a possibilidade de ver na LDB também.
18:36Então, assim, eu sempre sou muito positivo e sou sempre muito otimista em relação ao basquete brasileiro.
18:42E a gente vê com os resultados, né?
18:43Por exemplo, no masculino aí, tendo ganhado lá a Universidade.
18:47Isso foi uma competição importante.
18:49Eu tive o privilégio de poder dirigir o Brasil numa Universidade em 2015.
18:54E é uma competição muito dura.
18:57E o Brasil ter conseguido vencer essa competição, foi brilhante, né?
19:01O trabalho do Fernandinho, que foi meu assistente lá no Flamengo.
19:04E é uma alegria muito grande quando a gente vê, assim, o basquete brasileiro podendo aparecer em grande escala, né?
19:11Foi campeão agora da Mary Cup também.
19:13Então, é legal a gente ver.
19:15Eu estou muito otimista enquanto ao futuro aí do basquete brasileiro.
19:20Bacana, Neto.
19:20E o momento atual, assim, da NBA, como é que você vê, assim, o cenário da NBA?
19:25Quais os times, quem você apostaria ali que pode brigar pelo título?
19:30Está no início ainda da temporada, mas, enfim, como é que você vê?
19:32É.
19:32Você está conseguindo acompanhar também?
19:34Como é que está isso para você aí tão longe, assim, tão...
19:36É, né?
19:37Eu consigo acompanhar porque aqui, para mim, eu assisto de manhã, né?
19:40Quando eu vou tomar café da manhã, estou assistindo os jogos que estão começando aí, os jogos da noite.
19:46Então, eu consigo acompanhar.
19:49Mas ainda está muito no começo, né?
19:51Acho que as equipes ainda estão se adaptando.
19:52Mas eu vejo uma competição que vai ser muito forte.
19:56Eu vejo o...
19:58O...
19:58O...
20:00O...
20:00O...
20:00O...
20:00O...
20:01O...
20:01Bem forte também, né?
20:03Mais uma vez.
20:04É...
20:05Boston, que, para mim, é sempre um trabalho muito bom.
20:09Eu gosto muito, assim, de ver como a equipe do Boston joga.
20:14É...
20:14Não sei, acho que são equipes que podem...
20:16Podem surpreender, né?
20:18Gosto de ver aí o Portland agora com o Thiago.
20:21Acho que é um orgulho muito grande para nós, brasileiros, poder ver um treinador brasileiro
20:26dirigindo na NBA.
20:28Eu tive a possibilidade de estar com o Thiago, né?
20:30No Summer League, lá com o Brooklyn Nets.
20:32E ali eu já vi, assim, cara, Thiago é um cara que tem...
20:36Ele aproveitou muito bem a experiência dele de treinador e consegue colocar isso em prática, né?
20:42Claro que ele teve muito aprendizado ali.
20:44Mas fico feliz e torço, né?
20:46Pelo Portland.
20:47Então, acho que, assim, ainda está bem no começo.
20:51É difícil fazer alguma previsão.
20:54Mas, não sei, essa temporada, apesar do Boston aí ter perdido alguns jogadores,
21:02acho que a maneira como joga é uma maneira que é bastante consolidada.
21:07Então, acho que pode chegar também e chegar numa final.
21:12E aí, playoff é sempre quem está melhor nesse momento.
21:15Bacana, Neto.
21:16Estou terminando, mas eu lembro que alguns anos atrás você me disse, mais ou menos assim,
21:20que o basquete é a sua profissão, mas que a sua paixão no esporte é o tênis.
21:25Não é isso?
21:26É isso mesmo.
21:28E, diante disso, você como um fã e um grande conhecedor de tênis, que eu sei que você é,
21:34você acompanhou essa temporada atual?
21:36Como é que está?
21:36E o seu ídolo Djokovic, como é que você analisa a temporada dele?
21:41Deu para acompanhar?
21:41Como é que foi isso para você?
21:42Ah, acompanho sempre, dependente do lugar, acompanho bastante via internet.
21:53E o Djokovic recentemente ganhou um torneio agora.
21:57Mas, cara, vou ser bem sincero para você, antes de vir, eu tive a possibilidade também
22:01de ir lá no Rio Open, agora está para começar logo próximo, já vai ter outro aí, já está
22:10chegando mais perto, mas eu estive no Rio Open e, cara, é assim, é legal de ver o
22:16João Fonseca, o potencial que ele tem, ver os outros jogadores que eu gosto, né, como
22:23por exemplo o Djokovic, né, ver outros jogadores falando sobre ele, né, ver a Copa ali das
22:29Nações, que ele pode jogar também e se destacar, ganhar também, né, ali fazendo parte da equipe.
22:35Então, é legal ver um brasileiro assim se destacando, um jovem, né, com um potencial
22:40enorme e é legal de ver da humildade dele, né, esse último torneio que ele ganhou, como
22:47ele falou com os pais, a maneira como ele se dirigiu aos pais, agradecendo eles, que
22:51sente orgulho, né, de poder ser filho deles, ou seja, a gratidão, né, acho que é um menino
22:59que mais do que o jogador que ele é e o potencial que ele tem, eu acho que ele dá grandes lições
23:05assim, dentro do esporte, que é legal, é bacana a gente ver, tem acompanhado bastante
23:09e torcendo bastante aí para que ele cresça bastante aí no circuito.
23:13E por falar em lições, Neto, até terminarei aqui te perguntando assim, a principal lição
23:21ou lições que o basquete te ensinou, sei que, claro, foram muitas até hoje, mas enfim,
23:25se você poderia passar aqui para a gente, para a gente encerrar aqui a entrevista, por favor.
23:31Cara, o basquete me ensinou muito, né, porque assim, você sempre tem que estar preparado
23:38para tudo o que acontece, né, e sempre a gente sempre pensa no próximo jogo, é no próximo
23:44jogo, no próximo lance, esse é o mais importante, até porque o que passou já ficou para a história,
23:52né, seja uma coisa boa, seja ruim, a gente tem que deixar ali para trás e viver o que
23:58a gente está vivendo no momento, acho que o basquete é muito isso, até porque é um jogo
24:02muito dinâmico, um jogo muito rápido, onde não dá muito tempo de você ficar amargurando
24:09por um erro ou comemorando muito um acerto, você já tem que pensar logo na próxima jogada,
24:15se deu certo, se deu errado, e eu acho que isso é um pouco do que acontece, né, no nosso
24:20dia a dia, e colocar sempre o foco mais na solução do que no problema, os problemas
24:25eles sempre vão existir e a gente tem que potencializar, claro, os acertos e a gente poder saber
24:32lidar com essas situações, tanto dos erros quanto o acerto, né, mas principalmente
24:36colocar o foco mais nos acertos, eu tenho falado bastante aqui para os jogadores, porque
24:40aqui é uma coisa que é muito rápido o campeonato também, e como é muito igual, a gente não
24:46pode nem ficar muito feliz por ter vencido e nem muito triste por ter perdido, né, é
24:52o poder de reação, como a gente reaciona aquilo que acontece, acho que a gente tem exercitado
24:56bastante isso, eu tenho exercitado, né, nesse dia a dia aqui, com um ambiente bem diferente,
25:03com tudo, as adaptações, estou praticamente sozinho aqui, então, é uma coisa que a gente
25:08tem que, como a gente lida com as situações que acontecem no dia a dia, e valorizar as
25:13coisas boas, é um país que me surpreendeu muito positivamente, me receberam muito bem
25:18aqui, tratam muito bem, o campeonato é surpreendente aqui, uma arena que a gente joga, que é uma
25:24arena incrível, é uma arena como se fosse uma arena de NBA, a organização é incrível,
25:30é muito boa, ou seja, apesar do frio, apesar de estar longe da família, apesar da distância,
25:37apesar de não ser um país de basquete, mas aquilo que a gente vive aqui, e aonde eu estou,
25:43tem muitas coisas boas que tem que ser valorizadas, né, é um bom trabalho, é um trabalho profissional,
25:51a liga é uma liga profissional, tem bons jogadores, meu time agora contratou um jogador
25:56que jogou NBA em muitos anos, que é o Thomas Robinson, então, assim, a gente aprende com
26:01isso também, é um outro jogador, o estrangeiro que a gente tem, é um jogador do Sudão do
26:06Sul, que jogou recentemente a Olimpíada, o campeonato mundial, que é o Peter Jock, ou seja,
26:11são muitas coisas que a gente vai aprendendo no dia a dia e tem que valorizar, isso que a gente
26:16aprende, é isso que a gente vai levar, né, porque é com esse aprendizado que a gente vai conseguir
26:21lidar com as situações que a gente vai, que vão aparecer para a gente no dia a dia, então,
26:26estou muito feliz e colocar muito mais esse foco nas possibilidades que a gente tem, de se desenvolver
26:33tanto como profissional, como como pessoa, e seguir em frente, que a vida é assim, o esporte é desse
26:39jeito, sempre pensar nas coisas boas e potencializar essas coisas boas, para que quando as coisas
26:44ruins cheguem, a gente tenha força e energia para poder superar.
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