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  • há 4 horas

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Transcrição
00:00Eu acredito que para ser valorizado o conhecimento tradicional de um povo,
00:07tanto como povo indígena, principalmente dos Paités-suruí,
00:11a gente criou uma estratégia de formar o próprio povo.
00:15Assim, o nosso conhecimento foi pesquisado pelos próprios pesquisadores indígenas,
00:23no caso do povo Paités-suruí, e investimos a capacitação nas universidades.
00:29Para ter mais pesquisadores indígenas, que são do próprio povo,
00:35fazendo essa intermediação entre a academia e o conhecimento tradicional.
00:42Para isso, eu acho que esse é o caminho, para ser valorizado o conhecimento de um povo,
00:48de um conhecimento tradicional próprio, a pessoa que vai trazer esse caminho de valorização desse conhecimento.
00:55Para isso, a gente precisa buscar mais, qualificar mais as pessoas para chegar ao conhecimento tradicional
01:06para as academias, para as universidades.
01:09Nesse sentido, as cotas voltadas para indígenas têm auxiliado mais indígenas a chegarem à universidade,
01:15a pós-graduação, o doutorado, o estado?
01:17Sim, as políticas públicas de cotas têm ajudado bastante também, nesse sentido.
01:25Além da própria pessoa mesmo ter essa vontade de querer.
01:29não é porque existe a cota, eu tenho a minha ingresso na universidade, que eu vou conseguir essa luta.
01:42Precisa ser a pessoa ter essa vontade de dar uma, vou estudar, vou aperfeiçoar mais,
01:47para que possa também trazer essa diferença.
01:51A gente sabemos, a gente tem capacidade de dialogar com a academia, com a ciência, através do nosso conhecimento.
01:58E você nota uma abertura da academia para o conhecimento, o ancestral tradicional,
02:03a escola de jantar do Brasil, isso está começando, que barreiras precisam ser superadas?
02:09Eu acredito que existe uma barreira, é a própria aceitação da academia desses conhecimentos.
02:18E a gente estamos aqui dialogando, lutando para isso, abrindo os caminhos.
02:26Para isso que a gente precisa dialogar com o conhecimento tradicional nosso, com a academia.
02:31Sempre está interligado com a academia.
02:33Sem isso, eu acredito que o nosso conhecimento não vai ter essa valorização da sociedade acadêmica.
02:39É um processo, não é uma coisa assim de repente.
02:46É um processo que a gente está construindo.
02:48Por isso que a gente tem que mostrar como que a gente pode manter a floresta,
02:56utilizando o nosso conhecimento.
02:59Por que a sociedade não aceita o nosso conhecimento?
03:04Porque não está ligado à academia.
03:06Só isso.
03:07Só por isso.
03:08Que não aceita.
03:09Uma visão é sinocêntrica.
03:10Uma visão é sinocêntrica, do conhecimento.
03:14Mas só que se a gente ter esse processo de ligação com a academia,
03:19com certeza a sociedade vai dizer, não, essa é a solução para que possamos combater mudanças climáticas,
03:27combater, ter uma visão de sociobioeconomia com a visão indígena, com a visão tradicional.
03:34Vai valorizar.
03:36Enquanto as coisas são desvalorizadas, existe mais aceitável e as coisas começam a fluir e crescer.
03:46Esse é o caminho.
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