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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, analisa a redução do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para o empresário, "o que motivou foi o consumidor americano" e os "produtos brasileiros continuam muito penalizados".

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Transcrição
00:00A gente volta a falar aqui do tarifas do Donald Trump, porque a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
00:06avalia como positivo, mas ainda limitado, o anúncio de redução parcial das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
00:15A gente falou muito disso agora há pouco, e para entender o impacto dessa decisão e o que ainda preocupa o setor produtivo,
00:21a gente recebe o presidente da FIENG, Flávio Roscoi, que gentilmente atende aqui a Jovem Pan.
00:26Presidente, boa tarde, muito obrigado por nos atender, hein?
00:30Boa tarde, Roberto. É um prazer estar aqui na Jovem Pan.
00:33Qual é a avaliação que o senhor faz dessa decisão tomada pelo Donald Trump mais cedo?
00:37Agora há pouco a gente falava a respeito da pressão interna do consumidor americano também em relação aos produtos que ele precisa comprar,
00:45e entre eles, por exemplo, café, carne brasileiros ou até mesmo o suco de laranja.
00:50Mas ainda é ineficiente ou insuficiente para os brasileiros, senhor Flávio?
00:55A análise é muito acurada, Roberto.
00:59Efetivamente, o que motivou essa redução nas tarifas americanas foi justamente o consumidor americano
01:07e o impacto que isso vinha tendo lá em determinados produtos, principalmente alimentícios.
01:12E a redução foi transversal, quer dizer, ela percorreu todos os parceiros comerciais americanos
01:19que tinham sido impactados com os 10%.
01:23Então, ela é um alívio para o consumidor americano, que vai ter menor tributação nesses produtos,
01:30mas no caso do Brasil, como nós temos a alíquota adicional de mais 40%,
01:34ela não trouxe nenhuma redução da desvantagem competitiva que a gente tinha em relação aos outros concorrentes internacionais.
01:43Ou seja, quem tinha 10% de alíquota foi para zero e nós estávamos com 50%, fomos para 40% na maior parte dos produtos.
01:52Então, dessa maneira, os produtos brasileiros ainda continuam muito penalizados,
01:57embora agora não mais em 50%, em 40%,
02:00mas a gente não adquiriu nenhuma vantagem competitiva em relação à situação anterior.
02:06Por isso que essa notícia, ela é melhor para os consumidores americanos,
02:11obviamente que é melhor pagar 40% do que pagar 50%.
02:16Mas como os concorrentes não tiveram a manutenção da sua alíquota,
02:21na verdade, permaneceu a desvantagem competitiva brasileira nesse momento.
02:27O senhor Flávio Maria De Carli comenta os principais assuntos hoje com a gente
02:31e tem uma pergunta também ao senhor.
02:33Oi Flávio, boa tarde, bom domingo.
02:34A minha pergunta é muito rápida.
02:37Eu queria saber, você enxerga com um certo otimismo
02:40é uma possibilidade do Trump reduzir mais ainda essas tarifas
02:43e voltar atrás um pouco com relação ao tarifácio
02:46diante do cenário interno norte-americano?
02:50Boa tarde, Maria.
02:51Eu acho que os ajustes em relação ao mercado americano,
02:56eles vêm sendo feitos já desde o início do tarifácio
02:59e vão ser feitos à medida que há uma necessidade.
03:02Os principais produtos brasileiros que tinham impacto no consumidor americano
03:08eles já foram impactados, tanto é que são produtos que saíram fora do tarifácio.
03:14A gente teve um percentual significativo de produtos que não entrou no tarifácio.
03:19O que eu acredito que aconteceu agora foi um ajuste fino
03:22e na minha leitura eu não vejo aqui uma possibilidade de uma redução no curto prazo
03:30para atender o mercado americano.
03:32A gente teria de fazer efetivamente uma negociação bilateral
03:35entre os dois países em que os Estados Unidos cedesse
03:41mediante alguma vantagem na relação comercial com o Brasil.
03:45Agora, Flávio, a gente tem um cenário um pouco melhor, um pouco mais ameno
03:52nesse momento do que tínhamos lá atrás quando essas tarifas chegaram.
03:56A gente já tem conversas do Marco Rubio com o ministro Mauro Vieira,
04:00tem a discussão do Trump e do Lula também, que volta e meia trocam algum tipo de afago.
04:05Esse ambiente dá uma expectativa de que a gente possa ter uma relação comercial melhor com os americanos
04:13ou voltar ao nível que era antes da chegada do Trump ao governo?
04:19O que nós sempre defendemos é o diálogo.
04:22Enquanto o diálogo está sendo feito, a gente tem esperança de que isso retorne,
04:25porque não é interesse nem dos Estados Unidos, nem do Brasil, esse conflito.
04:29Na minha leitura, é muito mais os Estados Unidos querendo obter vantagem
04:36com relação aos seus parceiros comerciais
04:38do que efetivamente uma guerra de narrativos.
04:42É claro que tem alguns pontos que são cruciais nessa relação
04:46e os Estados Unidos vão tentar impor a sua realidade, a sua vontade
04:53de maior comprador mundial, de maneira geral, dos produtos industrializados.
05:00O Brasil deve sentar à mesa, deve negociar, os Estados Unidos é um parceiro preferencial
05:07dos nossos produtos industrializados e as economias são complementares.
05:11Então, eu hoje tenho mais esperança e mais expectativa,
05:15já que o aspecto político foi deixado de lado.
05:18A gente agradece, portanto, a participação do presidente da FIEM,
05:22a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Flávio Roscoi, falando à Jovem Pan.
05:27Muito obrigado, uma boa tarde aí ao senhor.
05:29Muito obrigado, Roberto. Muito obrigado, Maria.
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