00:00Astrônomos encontraram, acabaram de encontrar, algo inédito e que pode trazer informações bem importantes para o estudo das estrelas. Vamos ver.
00:13O Sol não é a única estrela em fúria na vizinhança.
00:18Um artigo publicado na revista Nature relata a primeira observação de uma estrela relativamente próxima, lançando ao espaço o fluxo de plasma conhecido como ejeção de massa coronal.
00:31Um fenômeno semelhante ao liberado pelas explosões que ocorrem no nosso Sol.
00:35A detecção feita com uma sonda da Agência Espacial Europeia e com o radiotelescópio do Velho Continente marca um avanço importante na astronomia.
00:43É a primeira confirmação direta de que outras estrelas também podem produzir esse tipo de erupção.
00:50No caso do Sol, quando elas atingem a Terra, são responsáveis por fenômenos como as auroras boreais, além de afetarem comunicações e redes elétricas.
00:59No entanto, em outros sistemas estelares, uma explosão desse tipo pode ser devastadora, removendo completamente a atmosfera de planetas muito próximos.
01:09Até agora, a existência dessas erupções fora do nosso Sistema Solar era apenas uma hipótese.
01:16Mas isso acaba de mudar.
01:18Segundo Joe Callenhan, do Instituto Holandês de Radioastronomia, principal autor do estudo,
01:24astrônomos tentam detectar uma ejeção de massa coronal em outra estrela há décadas.
01:30Descobertas anteriores apenas sugeriam sua presença, mas nunca tínhamos visto o material se desprendendo e viajando para o espaço.
01:39O sinal decisivo foi uma breve e intensa emissão de ondas de rádio.
01:45Essa assinatura só poderia ser produzida se o plasma tivesse escapado totalmente do campo magnético da estrela,
01:51confirmando que se tratava de uma ejeção real.
01:55Localizada a 130 anos-luz da Terra, considerada uma distância curta em termos astronômicos,
02:01a estrela observada é uma anã vermelha, menor e mais fria que o Sol, mas muito mais ativa.
02:09Contendo metade da massa solar, ela gira 20 vezes mais rápido e possui um campo magnético 300 vezes mais forte.
02:17Estrelas desse tipo são comuns na Via Láctea e muitas delas possuem planetas ao redor.
02:23O fato de um objeto como esse lançar uma ejeção tão poderosa indica que o clima espacial próximo a esses astros pode ser muito extremo.
02:32Os cálculos indicam que o plasma foi lançado a uma velocidade impressionante de 2.400 quilômetros por segundo,
02:42o equivalente a 8 milhões e meio de quilômetros por hora.
02:46Apenas 5% das ejeções solares foram tão velozes.
02:51Se houvesse um planeta orbitando próximo a essa estrela, ele provavelmente teria sua atmosfera totalmente arrancada,
02:59tornando-se um mundo árido e inóspito.
03:02A descoberta, portanto, reforça a importância de considerar o clima espacial estelar ao avaliar a possibilidade de vida em exoplanetas.
03:11Para o mundo ter essa chance, ele precisa estar na chamada Zona Habitável,
03:15uma faixa em torno da estrela onde a temperatura permite a existência de água líquida.
03:21Mas, se a estrela for muito ativa, mesmo um planeta situado nessa região pode perder sua atmosfera.
03:28O estudo pode inaugurar uma nova fronteira no entendimento do clima espacial fora do Sistema Solar.
03:34Apenas 5% das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto das agosto
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