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  • há 18 horas
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Transcrição
00:00E aí
00:10Quem tá aí?
00:21Eu curu o pirinha, vim te pegar!
00:24Palhaçada, hein cara?
00:25Ah, fala a verdade, você se borrou de medo, foi não?
00:27Não sabia quem era?
00:28Pois eu tava me esquecendo.
00:30Trouxe uma parada aqui pra você comer.
00:35Obrigada.
00:36Você é mesmo amigão.
00:37Mas e aí, como é que foi a sua noite?
00:39Foi tranquilo.
00:40Às vezes tinha uns barulhos na mata, mas não era nada não.
00:44Segura aí que eu vou ali fazer xixi.
00:51Pô cara, também vou com você, tô com vontade.
00:55Não cara, eu vou sozinha.
00:57E colher tá com vergonha de outro homem, é?
00:59Não é isso, né cara?
01:00Eu tô falando pra você ficar aqui tomando conta da barraca enquanto eu vou lá atrás.
01:04Valeu?
01:05Tá bom, relaxa, vai lá.
01:06O cara mais esquisito esse, hein?
01:07O cara mais esquisito esse, hein?
01:21E esses aqui tão acreditados.
01:22Eu vou arquivar.
01:23Ô minha loura, surpresa boa.
01:24Eu não esperava.
01:25Não pense que vim por vontade própria.
01:26Fui obrigada.
01:27Obrigada por quem?
01:28Minha consciência.
01:29Vim arrastada por ela.
01:30Que isso que estoura é essa?
01:31Você é o homem da minha vida, não é?
01:32Isso só você pode dizer, né?
01:33É.
01:34É.
01:35E se o homem da minha vida é maluco o suficiente pra saltar de um avião, eu também vou
01:39ter que ser.
01:40Quero que você me leve pra um salto.
01:41O que é que você me diz?
01:42Eu não esperava.
01:43Não pense que vim por vontade própria.
01:45Fui obrigada.
01:46Obrigada por quem?
01:47Minha consciência.
01:48Vim arrastada por ela.
01:50Que isso que estoura é essa?
01:52Você é o homem da minha vida, não é?
01:55Isso só você pode dizer, né, sua?
01:58É.
01:59E se o homem da minha vida é maluco o suficiente pra saltar de um avião, eu também tenho que
02:04ser.
02:05Quero que você me leve pra um salto.
02:07O que é que você me diz?
02:21Eu devo dizer que eu realmente estava na dúvida se você era ou não a mulher da minha
02:24vida.
02:25Mas agora você me convenceu.
02:29Bobalhão.
02:31Agora, amor, vai, faz a posição.
02:33Cruza.
02:34Isso, cruza a perna.
02:35E o braço.
02:36E o braço.
02:37Como eu te falei, vai noventa graus, tá vendo os polegares?
02:38Isso.
02:39Levanta o rosto.
02:40Visual lindo, curtindo.
02:41Show de bola.
02:42Amor, eu vou ter que abrir o paraquedas?
02:44Não, não.
02:45Se deixa comigo.
02:47E aí, dona Karina.
02:48Tudo pronto pro salto, né?
02:49Ah.
02:53Vamos, amor.
02:54Você tem que estar junto comigo.
02:55Bora.
02:56Amor, se se zanga comigo se eu desistir.
02:59Que isso, amor.
03:00Deixa de bobeira.
03:01Eu não quero mais, Tito.
03:03Por favor, manda o Silvio descer desse avião e vamos voltar.
03:06Amor, que bobeira, amor.
03:07Sempre dá medo nessa hora.
03:08Quando você estiver lá no ar, vai passar.
03:10Não vai passar, Tito.
03:11Eu sinto que não vai passar.
03:12Vai passar assim.
03:13Fica.
03:14Fica.
03:15Fica.
03:16Ai, isso aperta, Tito.
03:17É assim mesmo.
03:18Pera aí.
03:19Puxa aí.
03:20Ai, meu Deus.
03:21Fica calma.
03:22Eu tô horrível com esse capacete, né?
03:24Tá linda, tá maravilhosa.
03:25Vem comigo.
03:26Vem cá.
03:27Tito, eu não quero mais, não.
03:28Fica calma.
03:29Amorzinho, fica calma.
03:30Bota o pezinho aqui.
03:39Manda ver, Silvio.
03:40Não, Tito.
03:41Pelo amor de Deus.
03:42Fica calma.
03:43Certo.
03:44Agora já era.
03:45Bora.
04:10Fica calma.
04:39Sim, levantou. Me ajuda aqui, pai, vai.
04:41Calma, filha, calminha. Deixa eu acordar primeiro.
04:44Eu não sei se o senhor reparou, mas o senhor já saiu da cama.
04:48Então mete o joelho aqui em cima pra eu fechar essa mala.
04:50Mas pra que você tá fazendo essas malas? A gente ainda nem decidiu pra onde vai.
04:54Se depender do senhor, a gente vai pro olho da rua, né?
04:57Não conversou com o Romeu como a gente combinou?
05:00Com o Romeu? Se eu conversei.
05:04Conversou nada. Conversou nada que eu sei.
05:07Foi pro cemitério dar outro vexame.
05:10Só caiu na tumba da dona Dirce, pai.
05:12Que vergonha, pelo amor de Deus.
05:13Não, não, nada disso. Eu tava fazendo um discurso.
05:16Eu também queria prestar minha homenagem.
05:19Quem deu vexame foi o Ari Jumento.
05:21Sabe o que ele disse?
05:22Não, não sei, pai. Não me interessa.
05:25O que eu sei é que eu fui conversar com o senhor Romeu.
05:27Eu que pedi pra ele ficar na casa deles uns dias.
05:29O meu parceiro, meu amigo do peito.
05:32Claro que ele concordou.
05:33O Zé enganou seu.
05:34Ele falou que ia ter consultado a dona Sancha.
05:37Então ferrou. Aquela lá é osso duro de ruê.
05:40O que ela disse?
05:41Eu ainda não sei, pai.
05:43Mas o senhor vai se vestir decentemente
05:45e vai até a casa do seu Romeu.
05:47E é agora.
05:48Calma, filha. Calma.
05:49Tem tempo, tá?
05:50O teu velho pai precisa tomar umas providências aí,
05:53porque senão já viu.
05:54Sabe que eu acho que a frigideira tá aqui nessa caixa?
05:57Calma, filó.
05:59Não, não, não precisa de frigideira.
06:02Eu vou lá agora falar com o Romeu.
06:04Prometo, é só o tempo de botar uma roupa, tá?
06:06Eu tô me sentindo mal, Tito.
06:21Eu juro por Deus.
06:22Sente o meu coração.
06:23Olha.
06:24Não, não é o que acontece.
06:24O que eu tô sentindo é normal.
06:25Não é tão pouco fácil.
06:26A gente chega lá embaixo e não vai sentir mais nada.
06:27Mas você não tá entendendo.
06:29O que foi?
06:29O que eu tô sentindo é normal.
06:30O que eu tô sentindo é normal.
06:31O que eu tô sentindo é normal.
06:31O que eu tô sentindo é normal.
06:31O que eu tô sentindo é normal.
06:32Eu não posso só dar esse escadulo.
06:34Não confia em mim, tá tudo certo.
06:37Não vai acontecer nada.
06:38Tito, pelo amor de Deus.
06:39Desce, Jaco, Isabel.
06:41Eu não posso saltar, Isabel.
06:42Claro que você vai saltar.
06:43Agora já era.
06:44Tá tudo certo, Jaco.
06:46Não, Tito, faz isso comigo, pelo amor de Deus.
06:48O que foi?
06:48Eu tenho absoluta certeza que eu vou morrer.
06:51É?
06:51Tito, eu vou morrer.
06:52Não, não.
06:53Eu vou morrer junto, cara.
06:55Não, Tito.
06:56Não, não, não.
06:57Não, Tito, não.
06:58Não, não.
07:00Não, Tito, não.
07:01Pode a porta.
07:01Não, Tito.
07:02Não, Tito.
07:03Não, Tito.
07:05Ai, meu Deus.
07:05O que você falou, não? O que você falou?
07:07O que você falou?
07:13Peraí! Peraí!
07:23Não temos!
07:25Não!
07:27Não!
07:29Não!
07:35Peraí!
07:45Peraí!
07:49Caraca!
08:05Peraí!
08:07Peraí!
08:09Peraí!
08:11Peraí!
08:13Peraí!
08:15Peraí!
08:17Peraí!
08:19Peraí!
08:21Peraí!
08:23Peraí!
08:25Peraí!
08:27Peraí!
08:29Peraí!
08:31Peraí!
08:33Peraí!
08:35Peraí!
08:39Peraí!
08:41Peraí!
08:43Peraí!
08:45Peraí!
08:47Peraí!
08:49Peraí!
08:51Peraí!
08:53Cabe mais um amigo, no caso dois.
08:56Ai, o Querencio ainda vai, mas aquela filha dele tem um gênio de cão, você sabe disso.
09:03E é tanto assim, Xanxa. É uma moça nervosa, só isso.
09:07Olha só, gente estranha morando dentro de casa, não é bom.
09:10A gente perde a intimidade, Rumi.
09:12O Querencio é divertido e vai ser por pouco tempo, Xanxa.
09:18Isso é que eu duvido e muito.
09:20Depois que o sujeito se abanca, se alinha, é ruim de sair, hein?
09:25É melhor eles arrumarem um outro canto, eu não quero aqui em casa, não.
09:29Mas não tem outro, Xanxa.
09:32A Filomena está desesperada, tu precisava ver a coitadinha.
09:37Eu não precisava ver coisa nenhuma, você sabe muito bem que eu e aquela garota, a gente bate de frente, não dá certo.
09:45Implicância tua, porque ela te tem na conta de uma mãe.
09:50Deus, que me livre eu ter uma filha daquela marca, cê é doido.
09:58Quem será?
09:59Vai saber, vou ver quem é.
10:02Olá, pessoal.
10:04Falou no diabo.
10:06Entra, Querencio.
10:07Como é que está, mano velho?
10:09Como vocês podem imaginar no nosso foco.
10:12A Filomena falou contigo ontem, não falou, Romeu?
10:15Falou.
10:16Eu estava justamente discutindo com a Xanxa, essa democracia de Sutiã, o que ela me pediu.
10:22Aliás, o que vocês me pediram.
10:24Erei, senhor, como é que você pôde deixar a situação chegar a esse ponto?
10:28Você sabia que ia ser despejado.
10:29A culpa é do Nazinho, aquele filho da mãe.
10:33Ele prometeu que a gente não precisava ter pressa, que podia ficar o tempo necessário para arrumar outro lugar.
10:38Agora vem com essa de botar a gente para fora, toque de caixa.
10:41Qual é?
10:41Isso é safadeza, não se faz.
10:43Querencio, eu vou ser muito, mas muito, muito franca com você.
10:47Eu e o Romeu gostamos demais de você, você sabe disso.
10:50Mas você e sua filha morando aqui dentro de casa junto com a gente, isso não vai dar certo.
10:55Eu sei, mas eu juro que a gente não quer incomodar.
10:58Fazer o quê?
10:59E para onde?
11:00Se eu tivesse dinheiro, eu dava um jeito, mas eu estou numa maré de sapo.
11:03Seu problema é a cachaça, né, Querencio?
11:06Aliás, dos dois.
11:09A cachaça?
11:11Não.
11:12Outro dia mesmo eu disse para o Romeu, eu vou parar de beber.
11:16E não vai demorar muito não, hein?
11:17Tá aí, esse é um milagre que eu quero ver, ó.
11:25Você vai ver.
11:26Eu paro a hora que eu quiser, eu tenho força de vontade.
11:29Agora, por enquanto, faz esse favor.
11:32Você não imagina como a filozinha está nervosa.
11:34Ontem ela me deu uma caquerada na cabeça com a frigideira, o apopoco não me mata.
11:39Sente aqui o tamanho do galo, só não aperta que ainda está dolorido.
11:42Olha pra isso, essa garota tem um gênio, é do cão.
11:45Vocês já imaginaram ela aqui dentro de casa, resolve se encrespar comigo e me dar uma caquerada também?
11:52Vai faltar frigideira pra eu dar uma caquerada nela.
11:55Eu não quero isso aqui dentro de casa, eu não quero.
11:57Desculpa, Valfa do Canto, aqui dentro de casa eu não quero.
11:59Não quero, não quero, não quero, não quero, acabou.
12:01Como vai, Filomena?
12:30Bem, bem, bem.
12:31Eu posso entrar?
12:32Ah, claro, pode, por favor.
12:34Obrigada.
12:40Pra fazer o que aqui, Marta?
12:43Veio botar a gente na rua.
12:45O delegado pediu pra eu conversar com vocês.
12:48Filomena, o seu Nazinho tá pedindo força policial pra fazer o despejo.
12:52Mas o delegado não quer fazer um negócio desses.
12:54Seu Nazinho tá cumprindo a ameaça mesmo.
12:56E ele ainda disse que você o ameaçou com uma faca.
12:59É verdade?
13:00Ele por acaso contou pro delegado o que foi que ele pediu em troca de uns dias a mais na casa, né?
13:05Não, não, isso eu não sei.
13:07Bom, mas de qualquer forma ele não apresentou uma queixa.
13:09E disse que dessa vez vai perdoar.
13:11Mas ele quer a casa.
13:12Ele vai perdoar?
13:13É isso, dessa vez ele vai perdoar.
13:16Se acontecer de novo eu juro que eu fatio o pepino dele.
13:18Mas juro.
13:19Filomena, é melhor evitar confusão.
13:20É, fala isso porque não foi com você.
13:23Mas tudo bem.
13:25E aí, pelo que eu estou vendo, a mudança já tá em andamento.
13:28É, fazer o quê, né?
13:30Olha, Marta, pode dizer pro delegado que ele não precisa mandar os meganhas, não?
13:34Porque a gente vai sair numa boa, tá?
13:37E vocês já arranjaram outra casa?
13:38Você tá aprontando aí, hein, Joca?
13:58Trabalhando, mãe, não tá vendo?
14:00O quê?
14:01Explica.
14:05Eu vou te contar porque talvez eu precise que a senhora me ajude, viu?
14:07Mas tem que ficar de bico calado.
14:10Eu não sei se eu tô afim de te ajudar nessas roubadas.
14:13Não tem roubada nenhuma, mãe.
14:14É uma investigação.
14:16Pior ainda.
14:21O que você tá armando aí, hein?
14:23Eu vou grampear o telefone da dona do resort.
14:38Aquela tal madame do...
14:39Durel.
14:40Durel.
14:41Durel.
14:41Ah, sei lá como é que se diz, mãe.
14:44Grampear.
14:45Você quer dizer vai instalar essa tranqueira na casa dela pra escutar o que ela fala no telefone?
14:50É, mas fala baixo, mãe.
14:52Fala baixo.
14:54Isso a rigor é uma prática ilegal.
14:57Dá até cana se neguinho descobrir.
14:59Eu acho que você pirou de vez, meu filho.
15:01Você nunca viu isso no cinema, não?
15:03Ah, no cinema é fácil.
15:05Agora com você, eu já vi tudo.
15:07Vai se estrepar.
15:08Ai, mãe, para com isso.
15:10Para de me botar pra trás.
15:11Ei, eu sou um profissional.
15:14Hã?
15:15Vai ver.
15:17Quem vai botar o assassino na cadeia vai ser eu pra desespero do ajuricaba.
15:22Por que você não arruma um emprego normal, como todo mundo?
15:27A gente já passa tanta necessidade, você ainda vai arrumar sarna.
15:32Que emprego normal, mãe.
15:33Já esqueceu a grana que eu levantei?
15:35Agora eu só quero saber o seguinte.
15:37Você vai ou não vai me ajudar?
15:39Fala logo, porque senão eu tenho que arrumar outro assistente.
15:42Outro assistente.
15:44E você acha que você vai enrolar com essa conversa?
15:47Tá afim ou não tá afim, mãe?
15:48O que é que eu tenho que fazer?
15:56E quanto que eu vou ganhar?
16:11Ah, então ele pode recebê-la agora mesmo.
16:15Está bem, então.
16:16Doutora Arminda está indo pra aí.
16:17E por favor, agradeça o senhor prefeito e o nosso nome.
16:20Tá bem, bom dia.
16:22Foi mais fácil do que a gente esperava, né?
16:24Ou esse prefeito não tem nada pra fazer, ou ele vai largar tudo pra te atender.
16:30Aquele bobalhão tem mesmo que se sentir honrado em me receber.
16:34Mas escuta, será preciso mesmo fazer esse convite pessoalmente?
16:38Não pode mandar pelo correio ou pela internet?
16:40A senhora mesmo ressaltou a importância da gente conquistar os corações e mentes desse povo.
16:45E pra isso, nada melhor que uma visita pessoal.
16:48Está bem.
16:48Que aí vai.
16:49Mas eu fico falando essa besteira de corações e mentes.
16:53Odeio esta expressão.
16:54Quem inventou isso foi um general americano no tempo da guerra do Vietnã.
16:58Que nós todos sabemos como terminou.
17:01Depois ficou todo mundo com essa mania de ficar falando essa besteira.
17:04Ok, não está mais aqui quem falou.
17:06Ah, antes de você ir para a sua audiência, eu gostaria que vocês dois me esclarecessem uma dúvida.
17:12Por que esse homem chamado de Ari Jumento?
17:15E pelas suas qualidades físicas ou pelos seus dotes intelectuais?
17:19Não entendi.
17:21Também não.
17:22Estou vendo que vocês não entendem nada da mentalidade do povo.
17:25Lembro perfeitamente o que se costumava chamar de Jumento, os homens, digamos assim, bem dotados fisicamente.
17:37Entendeu?
17:38Creio que sim.
17:39Ora, vocês estão cansando de dizer que o prefeito é um imbecil completo.
17:43O estúpido também costuma ser chamado de Jumento.
17:48Daí a minha dúvida.
17:49O prefeito é chamado de Jumento pelas suas qualidades físicas ou pelos seus dotes intelectuais?
17:55Pelo intelecto, certamente.
17:57Pelo resto, não faço a menor ideia.
17:59Nem faço questão de saber.
18:00Sabe que pelo que eu notei, ele não se importa nem um pouco com esse apelido.
18:04Eu acho até que ele gosta.
18:05Vai ser difícil conversar com ele agora e não cair na gargalhada.
18:10Veja lá, hein?
18:11Você está divorciada há muito tempo.
18:15Deus me livre, madame.
18:16Desse jeito eu desisto da visita, hein?
18:19Que horror!
18:20Que horror!
18:31Guarde o seu sorriso só pra mim
18:35Eu te dou o universo em meu olhar
18:42Se sentir na pele um arrepio
18:48São meus dedos te tocando
18:53Pra te contar
18:56Sou fã do seu jeito
19:01Sou fã da sua roupa
19:05Sou fã desse sorriso estampado em sua boca
19:11Sou fã dos seus olhos
19:15Sou fã sem medida
19:18Sou fã número um
19:21E com você sou fã da vida
19:25Quero convencer seu coração
19:30E o meu amor foi feito pra você
19:37Quero te dizer que essa paixão
19:43Não encontra outra forma pra dizer
19:48O prefeito não vai poder receber vocês agora
19:52Infelizmente apareceu o imprevisto
19:55E ele vai ter que desmarcar a agenda toda
19:57Bom dia
20:06Eu tenho uma audiência com o prefeito
20:08É dona Arminda, não é?
20:10Muito prazer
20:11Eu vou anunciar que a senhora chegou
20:16Obrigada
20:16Ela já chegou
20:31Pois é
20:32Só ela
20:33Ela é uma mulher fina
20:36De alta sociedade
20:37Você não entende nada
20:38Manda entrar?
20:39Não
20:40Ah, espera um pouco
20:41Ela tem que entender que falar com o prefeito de Ribeirão do Tempo não é fácil
20:46Vai, vai
20:47Parou tudo pra receber a mulher na mesma hora que ela ligou?
20:51Quer mais facilidade que isso?
20:52Ih, o que a senhora entende de política, hein?
20:55Eu sei o que eu tô fazendo
20:56Para de me criticar
20:58O que será que ela quer, hein?
21:03Dona Virgínia
21:04Não seja encherida
21:09E aí
21:11E aí
21:24E aí
21:29A senhora já pode entrar.
21:50Fiz a senhora esperar na mesma mil desculpas.
21:54Eu poderia ter vindo outra hora.
21:55Não, a hora está certa.
21:57É que a vida de prefeito de uma cidade como a nossa é muito sacrificada.
22:01A senhora nem imagina.
22:02É governador, é Brasília, é deputado.
22:06A senhora não vai acreditar.
22:08Até o presidente me liga.
22:10Ali estou pensando em nomear fulano para o novo ministério.
22:14É o dia inteirinho assim.
22:16Por favor, vamos sentar.
22:18A senhora quer tomar uma água, um refrigerante?
22:22Não se incomode, eu não quero nada.
22:23É um prazer e uma honra conhecê-la.
22:27Em que posso ser, Vila?
22:29Talvez o senhor já tenha ouvido falar que nós estamos recebendo a visita de Madame Duhel,
22:33a presidente internacional do grupo que está construindo o resort.
22:36Alguém me falou alguma coisa sobre isso.
22:39Veja você como nossa cidade está ficando importante, não é mesmo?
22:43Está mesmo.
22:44E posso adiantar ao senhor que Madame adorou o lugar, adorou o centro histórico.
22:49Que bom.
22:50Madame Duhel deve ser uma pessoa muito bacana.
22:53Eu adoraria conhecê-la.
22:54Duhel, seu prefeito.
22:56Como?
22:57O nome dela é Duhel.
22:58Duhel.
23:00Não é Duhel, não é mesmo?
23:02É que essa coisa da língua estrangeira, eu acabo me enrolando todo, desculpa.
23:06Eu estou aqui justamente para convidá-lo, porque Madame Duhel também quer conhecê-lo.
23:11Não diga.
23:12Digo.
23:13E no sábado ela vai fazer uma recepção para se apresentar às pessoas mais ilustres da cidade,
23:18como o senhor, o senador Érico.
23:20Ela gostaria muito de convidar o doutor Flores também, mas diante do que aconteceu...
23:24Ai, que tragédia, que tragédia, dona Amina.
23:28Nem me fale.
23:30Eu fiquei chocada, arrasada, coitado daquele homem.
23:34Eu sei que o doutor Flores tem sido muito duro com vocês, mas no fundo ele é boa pessoa, pode acreditar.
23:44Tem um coração de ouro.
23:45Eu acredito.
23:47Pessoalmente eu não tenho nada contra ele, apesar dele ter entrado com uma ação contra nós.
23:51Mas este é assunto a ser resolvido pela justiça.
23:56Dona Arminda, eu quero que a senhora saiba que a prefeitura não tem nada a ver com esta ação.
24:02E como primeiro retardado, quer dizer, como prefeito, eu sou a favor, sim, do ressorte.
24:11Mas, por outro lado, eu também não posso esculhambar com o doutor Flores, que é muito querido na nossa comunidade.
24:17Daí que eu resolvi prestar uma homenagem a ele.
24:21O senhor tem os seus interesses políticos, é compreensível.
24:25Fazer o quê, né?
24:27Não se preocupe que nós não vamos esquecer o apoio que o senhor tem nos dado, senhor Eri.
24:31Fique tranquilo.
24:32É, eu vou precisar muito da ajuda dos amigos, como a senhora sabe.
24:36A eleição vem aí.
24:38Bom, eu sou...
24:40Eu sou um homem pobre, batalhador.
24:42Claro.
24:44E também um governante indispensável para Ribeirão do Tempo.
24:48O senhor tem que ser reeleito.
24:50Indispensável.
24:51Agora a senhora falou tudo.
24:54Dona Arminda pode ficar descansada.
24:57Como diz o povo, uma mão molha a outra.
24:59Uma mão molha a outra.
25:02O prefeito tem toda razão.
25:04E quando o madame Barrel vai receber os ilustres?
25:06No sábado.
25:08Pode anotar o meu nome no seu caderninho.
25:10Porque essa eu não perco por nada nesse mundo.
25:13E ainda vou levar um presentinho típico de Ribeirão para a madame.
25:17Eu tenho certeza que ela vai gostar.
25:21Vai.
25:22Brincalhão com jeito de menino
25:28As pessoas de mim sempre rindo
25:33Popular louco...
25:35Eu indo para o ginsato.
25:38No caso do filho do seu Lincoln?
25:40É.
25:40Que absurdo.
25:42Tem que parar a investigação do assassinato da dona Dice
25:45por causa de um ovo na cara.
25:47Parece mentira.
25:48Se o senhor quiser, eu vou no seu lugar.
25:49Eu faço questão de estar junto.
25:53Eu quero garantir que o juiz aplique
25:55pelo menos a pena de regime de semiliberdade.
25:58E foi o que o senhor pediu.
25:59É.
26:00E o promotor acatou o meu pedido.
26:02E se esse novo juiz for um homem de justiça mesmo
26:05não vai livrar a cara do rapaz não.
26:09Agora se foi desses juízes que...
26:12É melhor não falar.
26:13Olha, doutor, eu não gosto de dar palpite.
26:17Mas você não acha que está sendo muito severo, não?
26:20Doutor, o André é apenas um menino.
26:22Meu pai sempre dizia
26:24é de pequenino que se torce o pepino.
26:27E se a justiça não for enérgica
26:29esses bandidos, esses vagabundos
26:32criam raízes
26:33e depois quem é que vai segurar?
26:35Ele mandou um ovo na cara de um delegado.
26:39E isso não é pouca ousadia, não.
26:41Amanhã ele manda uma bala
26:42entre os meus cornos.
26:44Então é bom o senhor estar preparado, viu?
26:46Porque se puserem o moleque
26:47em regime de semiliberdade
26:48o pai dele vai fazer o maior auê.
26:52Pois é isso mesmo que eu quero que ele faça.
26:55Quanto mais esse jornalistinha
26:57de meia tigela reclamar, melhor.
27:00É sinal que ele está sofrendo.
27:02Isso me faz bem.
27:03Oi, pai.
27:05Oi, filhinha.
27:07Tudo bem?
27:08E aí, Marcos, como é que você está?
27:12Vamos indo.
27:13Pai, eu estava precisando daquele cheque.
27:15Pode ser agora?
27:16Meu Deus, me esqueci completamente.
27:18Eu já vou fazer.
27:20Dá uma caneta, por favor.
27:22É, Sônia, o André, o filho do seu Lincoln
27:25ele é seu colega de turma no colégio, não é?
27:28É, por quê?
27:29A Marta está achando que eu estou sendo
27:31severo demais com aquele arruacervo.
27:33Aquele marginal.
27:34Ah, entendi.
27:34A Marta está achando.
27:36Entendi, pai.
27:36O que você está pensando em fazer com ele?
27:39Eu nada.
27:40O juiz é que vai determinar a pena.
27:43Quer dizer, a medida sócio-educativa.
27:46Que é o termo legal que é usado hoje
27:49quando se trata de menores de idade.
27:50É, o seu pai está pegando pesado, viu, Sônia?
27:53Minha filha, o que você acha desse rapaz?
27:57Ah, pai, sei lá, a gente mal se fala.
28:00Mas eu não gosto muito dele, não, sabe?
28:02Carinha metida, vive ditando regra, querendo botar banca.
28:06Mas eu acho que ele também não vai muito com a minha cara, não.
28:08Você não deve nem cumprimentar aquele bandido, viu?
28:11Ah, tá, tá bom.
28:12Aquela gente não presta, ele não é de hoje.
28:14Tá, pode deixar.
28:15Pode deixar que eu não vou cumprimentar ele, não.
28:17Mas quando é que vai ser esse julgamento?
28:18Ah, não é um julgamento, é uma audiência.
28:20Vai ser daqui a pouco.
28:21Ah, tá, mas ela também não quer saber dessas paradas, não, né, pai?
28:24Faz o que você achar que é direito, que é melhor.
28:26Essa é a minha filha.
28:29Não adianta querer julgar ela contra mim, não, viu, dona Marta?
28:34Eu e a Virgínia soubemos educá-la.
28:36Mas e quem disse que eu estou contra o senhor?
28:39Eu só acho um certo exagero, mas o senhor é que sabe.
28:43Exatamente, eu é que sei.
28:47Eu fui fora, decidiu eu perco a hora.
28:49Filhinha, acompanha o papai até do outro lado da praça.
28:53Claro, pai.
28:54Vamos, tchau, Marta.
28:56Tchau.
29:00Pelo amor de Deus, André, você não faça nenhuma provocação.
29:04Olha, tudo que o juiz perguntar, você responda educadamente, com boa vontade, tá bom?
29:09Fica tranquila, mãe, eu não vou criar casa, tá?
29:12Tranquila?
29:12Como é que eu vou ficar tranquila?
29:14Você tem sangue quente, igual seu pai.
29:18Basta o Ajuricaba dizer alguma besteira e você vai logo querer tomar satisfações.
29:22Eu conheço o padrão da família.
29:24Bora, bambora, que já estamos em cima da hora, hein?
29:27Olha, eu estou recomendando cabeça fria para o André e isso serve para você também.
29:32Não vão entrar nas baixarias do Ajuricaba, porque ele vai provocar.
29:37Dependendo do que ele disser, ele vai escutar.
29:39Você está vendo?
29:41Por esse tipo de atitude é que me preocupo.
29:44Será que você não percebe que desse jeito você influencia o garoto?
29:48Vão acabar os dois presos por desacato.
29:50Patrícia, menos, por favor, fica tranquila.
29:54Porque se esse juiz tiver o mínimo de bom senso, ele vai simplesmente mandar arquivar o procedimento.
30:00Pelo menos eu quero que vocês dois me prometam que vão se controlar.
30:03É pedir muito.
30:03Não, não é pedir muito.
30:04Nós prometemos a você que nenhum de nós vai ser encarnado pelo incompetente do Ajuricaba.
30:10Agora, por favor, vamos, meu filho.
30:12Tem muita graça você sair e me deixar aqui assim, aflita desse jeito.
30:15Mas tudo bem, vão.
30:17Vão embora, eu não vou falar mais nada.
30:20Fica fria, tá, mãe?
30:22Eu vou me segurar.
30:23Vamos, vamos, vamos, vamos, vamos, vamos, por favor.
30:25Você precisa de ser brincadeira.
30:29Boa sorte!
30:33Boa sorte!
31:03Você não ia morrer?
31:04Nós ainda não chegamos, tá, Tito?
31:07Relaxa!
31:08Curte o visual!
31:12Quando chegar lá embaixo, eu relaxo, meu amor.
31:15Ah, esse tio é muito esquisito mesmo.
31:44Mas não acredito em nada que ele diz.
31:46Aí, será que ele não tem mãe?
31:48Não tem família?
31:49Não tem ninguém?
31:50Ou será que ele fugiu de casa, escondido aqui na cidade?
31:53Vai ver que tá sendo procurado até pela polícia.
31:56Aí, você acha que a gente pode se dar mal porque a gente ajudou ele?
32:00Vai ver, o cara é até bandido.
32:02Vai ver se tá esperando a oportunidade pra ir lá na nossa casa e roubar tudo.
32:12Aí, depois ele desaparece e a gente nunca mais vê a figura.
32:15O cara é estranho, Carlos.
32:17Mas não é bandido.
32:19Vai ver ele até a olheira de alguma quadrilha que vai assaltar a cidade aí.
32:22Já vi, sim, muito filme.
32:26É, em filme ele pode até ser um superboy.
32:29Mas que ele tem um segredo, ele tem.
32:32Mas não é essa de bandido, não.
32:34Qual será o segredo, Tião?
32:35A rigor, nessa audiência, eu deveria ouvir apenas o menor e sua família.
32:45Mas solicitei a presença do doutor Juli Cabo na tentativa de resolvermos de uma vez essa questão.
32:51E isso se a promotoria não se opuser.
32:53De forma alguma, meritíssimo.
32:54A boa justiça anda de braços dados, com a rapidez.
32:57Então vamos adiante sem maiores formalidades.
33:00Me diga, André, por que você atirou um ovo no delegado?
33:05Coisa gostosa na tela se dá, que simpatia tem.
33:17E coisa louca também, antipatia tal.
33:20Eu entro pela novela que empatia tem.
33:22Saio na vida real, é fantasia tal.
33:25Vejo na tela você, tá que cardia dá.
33:27Dizer na cena final, a vida como ela é.
33:30Eu quero ver, bato o pé pra botar moral.
33:33Trambique, politiqueiro, telecomunicado.
33:37A coisa fica pior, telecomunicado.
33:39Mas o que vai dar o nó, telecomunicado.
33:42É nosso amor vira pó, telecomunicado.
33:45Pois somos dois em um só, telecomunicado.
33:47Até a terra virar, teleco, nosso xodó.
33:51Transcrição e Legendas Pedro Negri
33:57A CIDADE NO BRASIL
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