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  • há 22 horas

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Transcrição
00:00O Pinadinho também, né? Então, veja, tem duas abordagens para esse problema.
00:06Um, a gente tem que se preocupar com o fornecimento de água para um segmento agrícola,
00:10hoje que é muito importante, gera muito emprego e contribui para a alimentação do Brasil inteiro
00:16e até de parte do mundo. E aí, a gente tem que se preocupar com a bacia de São Francisco.
00:22Todos os governos do Nordeste, do Brasil, tem que se preocupar muito com recuperação de margem, etc.
00:28porque o volume de água da bacia pode diminuir. Então, essa é uma preocupação muito grande.
00:34Do ponto de vista da ciência, da Embrapa, os parceiros, as instituições, a Univasf e outras,
00:39a gente está tentando ao máximo aumentar a eficiência do uso da água.
00:43Então, a cada 10% que eu economizo de água, são 10% a mais de área irrigada ou de água economizada
00:49dentro da bacia de São Francisco. Então, essa é uma abordagem muito importante.
00:53A segunda abordagem é, do ponto de vista da agricultura ainda, é a gente estar tentando desenvolver tecnologias
01:02para transformar a produção de frutas em carbono neutro, limitar a pegada de carbono da produção agrícola
01:10e que é complexo porque tem a produção dentro do campo, mas depois tem ainda processamento, embalagem, etc.
01:17e transporte que também gera carbono. Então, é um esforço muito grande, muitos produtores estão conscientes
01:23e adotando isso já. Tem várias empresas que estão se preocupando em adaptar o sistema
01:29para que ele seja mitigador de emissão de carbono e estão conseguindo.
01:33Então, hoje a Embrapa, por exemplo, está começando um programa de pesquisa para fruticultura
01:38carbono neutro ou carbono zero, para que isso seja viável e a gente consiga manter e reduzir o impacto.
01:46E a gente não pode precisar, porque tem alguns que estão fazendo sem a gente saber, entende?
01:51Então, eu não posso dar uma precisão. Mas hoje quem está pegando...
01:55A Cadeia da Mangra já começou há um tempo atrás. Nós já começamos os trabalhos para isso.
01:59A gente está começando com a uva agora, que são as duas com maior área.
02:02E depois devem ligar para as outras. Mas isso está sendo todo semiárido. Outras cadeias também estão participando disso. Caju lá no Ceará e no Rio Grande do Norte, Piauí, Limão na Bahia e lá em Pernambuco também.
02:18Então tem várias cadeias que estão participando desse processo. E dizer um número agora não seria preciso.
02:32Nas árvores, quais são as variantes? Variedades genéticas também. Aquelas mais eficientes, menos exigentes em nutrientes, por exemplo.
02:45Mais eficientes na fotossíntese, que vão gerar mais produção, menos exigentes em água.
02:50Mas agora uma coisa que é muito importante é incorporar carbono no solo.
02:54Aí tem várias. Desde o uso mais simples, que seria o uso de esterco, composto, até mesmo o cultivo de plantas de cobertura do solo.
03:03Aí tem dois impactos na mudança climática. Uma você aumenta uma variável que a gente chama de albedo, que é a retenção de calor, não reflete direto do solo para a atmosfera.
03:14E o outro é isso. Pela fotossíntese, transformar o CO2 em matéria orgânica que é incorporada no solo.
03:20E isso tem uma ciclagem, mas é lenta. Então, se a gente consegue continuar incorporando matéria orgânica continuamente, com diferentes estratégias, isso vai reduzir.
03:30A outra coisa interessante, por exemplo, é tirar... fazer um círculo fechado.
03:37Hoje, tem empresas que já estão usando resto de poda como fonte de energia.
03:46Então, significa que ela está produzindo matéria que ela mesmo queima e produz energia, então ela reduz o consumo de combustíveis fósseis.
03:54Então, ela está contribuindo dessa forma.
03:56E a planta cresceu. É como se estivesse plantando floresta também.
04:00Então, é uma poda de uva, uma poda de manga. O pessoal usa isso como fonte de energia em uma caldeira, por exemplo, para gerar vapor.
04:07Uma abordagem circular.
04:08Exatamente. Aí, é esse o termo. Exato.
04:12A economia circular nesse aspecto.
04:14E aí, quanto mais a gente incorporar isso, o uso de bioinsumos ao invés de defensivos sintéticos.
04:22Então, é esse conjunto de alternativas que está sendo adotado continuamente.
04:27Nos últimos 15 anos, nessa questão de uso de bioinsumos, o Vale deu um salto histórico.
04:34O Brasil é o maior usuário de bioinsumos, mas acho que a cadeia de fruticultura, principalmente no Vale de São Francisco,
04:41deve ser a maior usuário de bioinsumos entre as cadeias brasileiras.
04:45Tanto que hoje, uma prova disso é que, onde tem o maior número de empresas comercializando bioinsumos.
04:53Então, tudo isso, se somando, vai reduzindo a pegada ou a contribuição dessas empresas para a emissão de carbono.
05:02E, na verdade, volta ao contrário, começar a aumentar o sequestro de carbono no solo.
05:07E também, esse ambiente agrícola se torna um subidouro de carbono.
05:11Agora, as outras cadeias, a gente precisa trabalhar.
05:17Capri Milvino, por exemplo, tem algumas instituições fazendo trabalhos muito bacanas na Bahia.
05:22O IRPA é um parceiro nosso.
05:26Temos vários projetos em conjunto.
05:27Então, a gente está trabalhando uma componente muito importante, que é o homem no campo.
05:32Porque a atividade agrícola, a gente sabe, degrada.
05:36Você precisa alterar o ambiente para produzir alimento.
05:38Então, como fazer isso sem causar grandes transtornos, sem aumentar a emissão de carbono?
05:43Então, algumas instituições já estão pegando trabalhos bem interessantes nessa linha também.
05:49E isso é uma construção de 30, 50 anos de pesquisa que se acumulam, mostram os mecanismos e princípios.
05:58E agora, a gente começa a aplicar e usando os parceiros para aumentar a capilaridade.
06:04Usando, no bom sentido, os parceiros para aumentar a capilaridade de onde a gente consegue chegar,
06:08porque eles têm muito mais agilidade do que nós para isso.
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