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Entre escombros e esperança, as histórias de quem sobreviveu ao tornado no PR
obemdito
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00:00
Foi muito terror, né? A gente, os vidros estilhaçando, a gente apavorado, foi feia coisa.
00:08
Entrei debaixo da minha mesa, que é de madeira ali, e me protegi.
00:12
Meu marido saiu pra frente, no marinho, do fundo ali, e a gente ficou sem saber o que fazer, na hora.
00:20
Então nós temos que dar graças a Deus que nós pensamos os danos materiais, né?
00:24
Mas tem muitas pessoas aí que ficaram sem nada, que as casas levantaram tudo.
00:29
Levou com tudo, teve gente que morreu, né?
00:33
Agora a gente vai de gabarzinho, né? Não tem como fazer rápido as coisas, tem que uns ajudar os outros.
00:41
Não é fácil, pra ninguém, né?
00:44
É aqui que é o lugar da gente, a gente mora aqui, né?
00:47
Nunca aconteceu esse tipo de coisa, mas agora aconteceu, né?
00:51
E a gente vai fazer o quê?
00:54
Quem que pode com a natureza, né? Coisa da natureza.
00:57
No momento que teve o sinistro aqui, né?
01:03
Apareceu o alerta da defesa civil lá em quedas pra mim.
01:07
Era em volta de 5 e alguma coisa da tarde.
01:11
E por aquele momento já estava em contato, depois não tinha mais contato.
01:15
E aí tivemos que vir pra cá, os primos, minha tia, que trouxeram daqui.
01:20
E quando chegamos aqui, o desastre já estava desse jeito aqui, ó.
01:25
Tudo espelhado, ela apavorada, passando mal.
01:29
E como ela relatou, ela se escutou um estrondo e se protegeu como pude, né?
01:37
Badeu de mesa, tudo, e aí em cima caindo pedaço de telha,
01:42
desmoronando e apavorada.
01:46
Os materiais, como eu posso falar, se recupera.
01:51
Pode se comprar ou pode se refazer de novo.
01:53
Mas eu me senti alegre e contente por ter ela com vida.
01:58
É o mais importante é a vida.
02:01
Unido, graças a Deus, Deus põe as pessoas até dentro dos lugares.
02:07
O governo está me ajudando, nós.
02:09
As telhas eu tenho que ir, eu já afio o cadastro, né?
02:13
Daí eu tenho que ir logo a pouco pra poder cobrir pelo menos a parte da casa,
02:17
onde molha tudo, com os móveis aí, ó.
02:19
Tudo molhado, tudo zoado.
02:21
Muita diferença, é uma ajuda, porque do nada aconteceu um desastre desse, né?
02:27
Graças a Deus, eu me convido, mas algumas pessoas perdem a vida, né?
02:31
E já fica mais pesado o clima, né?
02:34
O que acontece já é um desastre, fica mais pesado o clima.
02:37
E que eu me fico até sentindo com essas percas.
02:43
São famílias que com desastre tem uma perca maior, que é a vida.
02:47
Se fosse só material, não seria tanto.
02:51
Mas a vida, com as percas da vida, as percas de tudo.
02:54
A esperança de reconstruir tudo e voltar a vida ao normal, né?
03:00
Cheguei uns minutinhos depois, quando vi as primeiras notícias, eu moro em Laranjeiras,
03:04
vi correndo, cheguei aqui, encontrei o pai e a mãe aqui do lado,
03:07
o pai sem camisa, com alguns cortes, mas assim, bem, a mãe também.
03:10
E isso aqui tudo destruído, né?
03:12
Foi a sensação que a gente vive nesse momento, é indescritível.
03:17
Porque você não sabe o que vai encontrar.
03:19
Você vai encontrar os pais com vida, você vai encontrar a cama, né?
03:23
Então, mas graças a Deus, foi material, eles estavam bem.
03:27
O que a gente entendeu que é emergência, é retirar o entulho, o lixo.
03:31
Tem muito lixo, os móveis estão todos estragados.
03:34
Então, aquilo que a gente serve, os assentos que não têm serventia, joga para a rua,
03:38
a prefeitura está fazendo um trabalho ágil e muita gente ajudando, removeu o entulho.
03:43
E depois, depois a gente vai pensar, a partir de amanhã, como recomeçar,
03:47
cobrir a casa deles, que é a emergência, e depois, aos poucos.
03:51
Muita solidariedade, né?
03:52
Eu sinto que o poder público, uma preocupação muito grande,
03:56
vir da parte do Estado, do governo, a gente tem acompanhado pela mídia.
04:01
Isso é fundamental, todo mundo vai precisar.
04:03
Ninguém estava guardando dinheiro para esse tipo de coisa, ninguém imagina isso, né?
04:07
E das pessoas, muita solidariedade.
04:09
Isso é importantíssimo, a gente tem sentido isso.
04:12
E além da solidariedade para ajudar, também aquece o coração saber que as pessoas estão
04:17
se preocupando em solidárias nesse momento tão difícil, né?
04:20
É fundamental.
04:22
Agora vai precisar de ajuda de todo mundo e...
04:25
Para reconstruir isso, reconstruir a cidade, né?
04:27
Que não tem mais cidade, dá para ver isso.
04:29
E, às vezes, esses momentos fazem com que as pessoas movem, construam novamente,
04:37
com ajuda, com certeza, não é fácil.
04:40
Mas a gente acredita que a cidade vai ganhar outra cara amanhã ou depois.
04:43
E tem que ser otimista, não dá para desanimar nesse momento.
04:46
É, assim, na hora eu peguei e pensei, não adianta entrar em pânico, né?
04:51
Porque se eu entrar em pânico, já está todo mundo em pânico, só vou atrapalhar.
04:54
Então, eu acabei nem pensando muito na hora sobre a questão de casa, as coisas que foi tudo, né?
05:01
A gente pensou em ajudar quem pudesse.
05:04
Tinha a senhorinha vizinha aqui do lado, que não criou as andador, tudo.
05:08
Então, a gente foi ajudar elas e só foi pensar no outro dia de noite.
05:12
Porque daí, de manhã, não conseguimos dormir.
05:15
Daí, de manhã, cinco da manhã, eu estava aqui limpando já, tentando salvar a coisa.
05:19
Então, foi pensar ontem de noite, praticamente, só sobre o que aconteceu, né?
05:25
Agora, a gente já limpou quase tudo.
05:27
Porque a questão, a casa era de madeira, então tudo estava empilhado lá.
05:31
Então, tinha como ver o que dava de socorrer ou não.
05:35
Ontem, veio bastante gente da família, bastante amigos, que ajudaram a tirar essas roupas.
05:42
O que sobrou, a questão, meu pai e minha mãe conseguiam socorrer bastante roupa e eletrônicos.
05:46
Mas eu, assim, que das minhas coisas, não sobrou praticamente nada.
05:50
Roupa, calçado, foi tudo, sabe?
05:54
Mas o problema é onde morar, né?
05:57
Eu acho que é o principal problema da agora.
06:00
Então, a gente já começou com uma vaquinha fazendo esse pedido, né?
06:04
De ajuda.
06:05
E a ideia, assim que possível, começar a reconstruir a casa, né?
06:09
Sim, eles pegaram um jatão, já tem gente aqui reconstruindo as casas, né?
06:13
Os principais aqui.
06:15
Mas a maioria vai ir atrás de reconstruir mesmo, seguir a vida.
06:21
Porque dos mais próximos nossos aqui, ninguém se machucou feio.
06:25
Foi mais cortes, lesões, o pai que se machucou mais.
06:28
Mas a maioria ficou num estado, assim, só mais de pânico, né?
06:33
Pânico pelo momento.
06:37
O importante é que tá todo mundo vivo, né?
06:40
Dá esperança, dá esperança demais.
06:42
Muitas pessoas que estão aqui, a gente nunca tinha visto.
06:45
Vieram, chegaram agora aqui e já estão ajudando nós, né?
06:49
A família que vieram de outros municípios só pra ajudar nós a limpar, salvar alguma coisa, né?
06:56
Então, até os que estão longe, veio minha irmã de Foz do Iguaçu na noite já pra iria ajudar.
07:03
Então, ter esse apoio de amigos, família, pessoas até que a gente ainda não conhece, né?
07:09
É importante demais esse momento.
07:11
Eu e o meu esposo.
07:13
Parecia que ele tinha chegado do serviço, né?
07:14
Geralmente ele chegava às 6 horas da tarde, né?
07:17
Mas naquele dia parece que foi Deus que mandou ele dizer assim,
07:20
não, eu vou sair do serviço, vou pra casa.
07:22
E ele chegou, acho que era umas 5 e meia, 5 e 40 por ali.
07:24
E que horas que começou aqui, todo o problema aí, né?
07:29
Que nós olhemos nos celulares que já era passado às 7 horas da noite,
07:33
mas aqui no caso que começou tudo foi 6 horas da tarde, no caso.
07:37
Daí meu marido tava aqui na janela aqui da sala, ele olhou ali pra fora ali.
07:44
Logo o tempo tava feio, eu até falei assim, fiquei preocupada com a mãe,
07:47
que dela mora lá na Arapongas, né?
07:49
Com o boco pra frente ali no assentamento.
07:50
Daí falei assim, meu Deus do céu, amor do céu, ela vai pegar lá na mãe,
07:55
porque vinha de lá de baixo, né?
07:56
Passou até lá perto da mãe, passou pertinho lá da mãe.
07:59
E daí falei assim, o que que vamos fazer?
08:02
Porque daí vamos socorrer como, né?
08:05
Daí ele viu aqui passando aqui os telhados ali na frente ali,
08:09
e ele falou, se joga embaixo da mesa.
08:11
Nossa mesa é de mármore, né?
08:12
Ele falou, se joga embaixo da mesa, foi questão assim, de um segundo pro outro, sabe?
08:16
Foi muito, muito rápido, meu Deus do céu.
08:18
Foi questão de entrar embaixo da mesa e caiu tudo.
08:21
E daqui o telhado, ele é de telha, né?
08:24
Ali estragou tudo, meus móveis, ali deu perda total.
08:28
Total, total mesmo.
08:30
As cadeiras, assim, minhas cadeiras que são de almofada, né?
08:33
Onde é que pegou a telha, cortou.
08:36
Se tivesse pegado na higiene, Deus livre, não sei o que tinha acontecido aqui.
08:39
Eu masquei aqui, minha perna, tá tudo cheio de...
08:42
Onde é que pegou os cacos de vidro da janela?
08:44
Tava roxo, minhas canelas ali, tá tudo.
08:47
Daí se abaixei embaixo, né?
08:48
Foi.
08:50
Ali nós se abaixamos embaixo ali, e eu só gritava.
08:52
Eu gritava com todas as minhas forças, assim, sabe?
08:54
Aclamando a Deus, sabe?
08:55
Pedindo socorro.
08:57
E eu não escutava a minha voz, sabe?
09:00
Eu gritava, gritava desesperada, assim, meu marido gritava, se acalma, se acalma.
09:04
E eu gritava, eu não conseguia escutar a minha voz.
09:06
De tão alto foi o barulho, foi...
09:09
Horível, horrível, horrível.
09:10
Agora, assim que a gente já tá um pouco mais descansada, essa noite conseguimos dormir,
09:16
mas de sexta pra sábado, sem chance.
09:20
Não dormimos nada, nada.
09:21
Era uma hora da manhã, daí temos na cama, três horas, eu já tava de pé, já.
09:24
Não sabemos o que vamos fazer, porque vai tirar de onde?
09:29
Meu marido era empregado.
09:31
Foi tudo, acabou tudo, o comércio.
09:34
O pessoal que trabalhava nos comércios, vai fazer o que se tem o comércio estragou?
09:41
Não sabemos o que vamos fazer da vida.
09:43
Até agradecemos, porque fiquemos sabendo que o Ratinho Júnior tá vindo pra ajudar.
09:49
Meu Deus do céu, temos tudo que agradecer a ele por ajudar a gente, porque o que vamos fazer da vida agora?
09:54
Nós levamos todos os móveis lá na mãe, mas não tem quase lugar pra andar, sim, porque...
10:00
Sem condições, tomando banho, eu ainda que tenho água, mas que hora que vai voltar a luz pra daí poder lavar uma roupa, alguma coisa?
10:11
Sem condições.
10:13
Tá triste, eu não consigo chorar, eu não consigo...
10:16
Sabe, a gente tá em choque ainda, sabe, parece que num...
10:21
Sei lá, parece que em qualquer momento a gente vai acordar do pesadelo.
10:23
Tudo, a família da gente, tudo simples, vai...
10:26
Como é que vão ajudar?
10:27
Porque ajudar vai ser em coisas de serviço, financeiramente, sem condições.
10:46
Tchau, tchau.
11:16
Tchau, tchau.
11:46
Tchau.
12:16
Tchau.
12:46
Tchau.
12:47
Tchau.
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