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Yé Borges, irmão do cantor e compositor Lô Borges (1952-2025), visita locais onde a família frequentou em Santa Tereza, em Belo Horizonte, compartilha memórias e revela a rotina dos músicos quando eram jovens. Um passeio emocionante pela história antes do Clube da Esquina.

Reportagem: Gustavo Werneck
Imagens: Larissa Kümpel e Leandro Couri
Edição de vídeo: Larissa Kümpel

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#loborges #bh #musica

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Transcrição
00:00Aí vamos lá em Santa Tereza, Gustavo, o Leandro, Larissa e o Leninho.
00:12Leninho, deixa eu te falar.
00:16Nós vamos primeiro em Santa Tereza?
00:19É, vamos lá que a gente faz lá.
00:23Aqui nesse sobrado foi onde o Lu nasceu.
00:27Ele nasceu aqui em 10 de aniversário de 1952.
00:33E em 1952 mesmo, nós mudamos para a casa da rua de Guinópolis.
00:39Acho que o Gabriel Guedes que nem falou isso, sabe?
00:42A respeito da casa em seu e que o Lu tinha nascido nessa casa.
00:46Enfim, não, é muita coincidência, né?
00:48A gente veio logo para... logo aonde, né?
00:52E a gente conseguiu.
00:53O Belo Horizonte toda, a gente procurava um lugar para alugar.
00:58E depois de só aqui, o preço melhor que nós achamos.
01:03Muita coincidência, né?
01:04Pois é, é um prazer, o seu Ié.
01:07O Ié.
01:07Ié.
01:08Ié.
01:09Ié.
01:10Seu irmão dele mais velho.
01:12Não, seu mais novo.
01:13Tinha mais velho.
01:14Eu tenho oitinho de cabeça cobrana.
01:16E aí, ele só tinha muito depois do inverno, ele ficou tudo ali e também.
01:23E aí, encontrar o irmão?
01:25Não, o Lobó.
01:26É.
01:27É uma marada.
01:28Foi aqui.
01:29Conversa muito, excepto aqui o Gabriel Guedes, né?
01:33Ah, o Gabriel Guedes.
01:35É, excepto aqui o Gabriel Guedes, tipo o meu sobrinho, ele só me chama de tio.
01:39É, ele tá sempre aqui o Peça e o Vento, né?
01:42O Gabriel Guedes.
01:43O Gabriel Guedes, tipo o meu.
01:44O Gabriel Guedes, tipo o meu.
01:46Enquanto tem essa tradição aí, né?
01:47Da música.
01:48Ah, o São Teresa é o peço da coisa, né?
01:51Você também não é músico.
01:53E não toca alguma coisa.
01:55O que é a casa?
02:06Do lessen.
02:07É essa aqui.
02:10Eu fui o primeiro que nasci aqui, mas é ele que eu tinha com a minha cara, mas eu fui o primeiro que morei.
02:14Quando teve um festival internacional, um festival de música, que lá na antiga Secretaria de Saúde, ali onde é agora o...
02:23Minas Seto.
02:24Minas Seto.
02:25E aí, veio aqui os Golden Boys.
02:27Nossa!
02:28Quem mais?
02:29Então, a casa tava cheia.
02:31É, cheio, todo mundo que veio, que participou do festival.
02:36Depois, baixou pra cá.
02:39Aí, meu pai fez aquela panelona de macarrão que já tinha muita gente.
02:43E a casa virou uma festa.
02:45Eu lembro do Naná Vasconcelos.
02:48Eu saindo por aqui, naquela porta ali, eu era muito magro.
02:52Do Naná Vasconcelos com a garrafa de...
02:55De...
02:56De...
02:56De...
02:56De...
02:56De...
02:56De...
02:57De...
02:57De...
02:57De...
02:58De...
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02:59De...
02:59De...
02:59De...
03:00De...
03:03De...
03:04De...
03:04De...
03:04Ele achou que eu era muito alto, ele me chamava de basquete e ele gravou no disco dos boys, ele gravou na minha música, que é o Enfamilha.
03:18É minha casa sempre tem, lugar pra quem vem de pé de paz de bem, porque essa casa sempre foi isso.
03:34Aqui a gente se encontrava, tocar violão, passar noites fazendo chugueira, rindo, então a gente curtia até que ali tinha uma piscina,
03:58a gente estava criando em clubes, depois a gente falou que ali era um clube mesmo e a gente estava a inventar, coisa de cachaça,
04:04então a gente saia de lá, minha mãe disse, cadê aí, cadê o Loyé? Ah, eles estão lá na esquina, eles estavam aqui no Clube da Esquina,
04:13minha mãe é que veio, esse nome foi minha mãe que veio com essa história de Clube da Esquina.
04:19Essa é a Bocaiúva, essa é a Kimberlita, aqui é a Tenente, não sei o nome, aqui é a Boa Despaixa, a você.
04:37E a que você estava buscando?
04:38Alto Despaiole.
04:40Por quê?
04:40É porque a turma que vinha aqui, nos anos 70, 70 e pouco, todo mundo tinha um cabelo desse tamanho,
04:51os que não desciam, ficavam para cima, os que desciam ficavam na cintura, então o pessoal falava assim,
04:58ah, isso aí deve estar cheio de pioi, aquela turma do alto dos pioi, que achava que a gente era cheio de pioi,
05:04que era uma forma de zoar com a gente, mas aqui sempre foi chamado, por conta disso, o alto dos pioi.
05:12Aqui em Santa Teresa, eu roubava o carro do meu pai e saía para dar pega aqui com os amigos que tinha,
05:18que roubava os carros dos pais do meio, e dava pega, porque aqui ela virava a pista de corrida,
05:23mas naquele tempo, o que que é?
05:25Devia ter, não tinha estando de carro, não tinha tanta gente, era muito diferente, era um...
05:32A gente fazer isso, a gente deu muita coisa que...
05:36Algumas eu não posso nem dizer.
05:41São republicados.
05:42São republicados.
05:49Aqui no Bolão era o lugar onde a gente terminava as noites, independente de onde a gente estava,
05:56que às vezes a gente tivesse saído para ir para um lugar mais longe, ou estivesse lá na esquina mesmo,
06:02e falava assim, no final da noite, era o macarrão do Bolão.
06:06Quantas vezes a gente via aqui de madrugada, comia um macarrão, eu, o Lô, o Marcinho, depois de Cia, rindo.
06:13Também tinha o Rochedão.
06:15O Rochedão era aquele PF maravilhoso que tinha aqui, que vai fazer muita falta.
06:21Então, faz parte da história, nossa e do bairro.
06:25A gente vai chegar aqui só para fazer uma imagem, porque isso aqui, eu mostro, o Lô, o Lô, o Lô.
06:31Ah, parece que tem uma pessoa mais antiga, ela é gigante.
06:34Gigante, sim.
06:38Aqui era o colégio Sindicato dos Bancados.
06:42Agora é regional, o Leste.
06:43Aqui, eu vou te falar, mudou só a utilização.
06:47E aí, estudou em qual série?
06:48Fez o ginásio.
06:51Qual é?
06:51Ginásio é o Silvio Ed agora, né?
06:53É o Ed.
06:53Então, ele já estava na música, né, quando o Estridor tinha aí.
06:57Estava entrando na música.
06:58Quando ele entrou na música, ele foi para o Rio, aí demorou para voltar, ficou um tempo lá em Mar Azul, em Niterói.
07:08Depois, aí, gravou para o Guesquina, que fez sucesso.
07:12Aí, eu não queria que ele gravasse um disco, mas ele já estava doido para vir para Belo Horizonte.
07:19Tanto que a contracapa do disco do Lourdes, o tênis, se você reparar a foto que está na contracapa, é o cara mais mal-humorado.
07:30Ele está com a cara, mas o cara aqui não queria tirar foto, não queria ir jogando para Santa Elisa, podia voltar para a terra.
07:35Ia se tirar o bala das fotos, mas ele gostava daquela cara, estava tudo, não estava querendo ficar lá, mãe, não.
07:41Tinha uma mansão lá em São Paulo, ali, que já estava vazia, não sei onde, onde que ficava, a gente estava cheio de amal.
07:54Então, a gente estava por um lote válido, tinha do lado, ia lá no fundo, pulava e ia nadar.
08:01Mas eu nadava até lá, de muito disso, pulava a roupa.
08:05Aí, a gente deixava a roupa de fora.
08:06Teve um dia que a gente exigia da casa, ele chegou, pegou todo mundo na facinha, saiu todo mundo correndo.
08:13E ele pegou a roupa do Beto.
08:16O Beto não conseguiu pegar a roupa para sair de torno.
08:19E quando chego, na minha cama...
08:27Quero mostrar o 1.704%
08:31Deixa eu te falar, meu amigo.
08:37É o 17º que a gente morava.
08:41É, o pessoal levava o sabato lá do 16º.
08:43Ah, então tá.
08:44Então tá.
08:46Eu não lembrava desse detalhe, deve ter sido sempre assim, né?
08:51Olha que interessante.
08:54Tem muitos anos que eu não vim aqui, né?
08:56Não é assim séculos, viu?
08:59Depois que a gente mudou daqui, eu quero ver se eu venho.
09:02Tá bom, não é?
09:02Bom demais.
09:03Bom dia.
09:04Bom dia.
09:05Está vendo essa área daqui?
09:06Ah, sim, senso.
09:08Essa área daqui?
09:10Aqui?
09:11É aqui, tá vendo?
09:12Aqui é a área.
09:13Ah, não.
09:13Aqui assim tem nenhuma coisa.
09:15A gente pulava aqui, passava por aqui e ia pra lá.
09:20Bons anos da minha vida.
09:21Eu passei aqui.
09:22Aqui, está vendo essa cicatriz aqui, ó?
09:24Isso é interessante.
09:26Um dia, minha irmã correndo atrás de mim, nessa área aqui, tinha uma lâmina, uma...
09:33Uma máquina de lá pra lá, não sei se era uma máquina, alguma coisa.
09:37Eu tinha uma lâmina, eu passei correndo, cortei a mão.
09:41E desculpado.
09:42Um...
09:43No outro dia...
09:44Essa doerra, né?
09:44Essa doerra, essa doerra.
09:44No outro dia, o Lou não importou.
09:48Ele tem uma cicatriz igual a essa aqui, no mesmo lugar.
09:51Um dia depois, o outro irmão correndo atrás dele.
09:55Aí, meu...
09:56Aqui também.
09:57Aqui também, no mesmo lugar.
09:58No mesmo lugar.
09:59Situação idêntica.
10:00Só que o que estava ocorrendo, meu lembro, acho que era a Sônia.
10:04E quem estava correndo atrás do Lou, acho que era a Sandra.
10:07Ele tem uma cicatriz igualzinha essa aqui.
10:09Aqui que começou a música, né?
10:12A música começou aqui.
10:13Ah, para aí.
10:14Vamos parar em outro andar qualquer, que eu quero ver aqui.
10:16Acho que no sexto aí.
10:17O sexto, para no sexto.
10:18Acho que o Bituca morava no sexto.
10:20Ele morava aqui.
10:21Morava.
10:22Tinha um...
10:23Tipo uma...
10:24Era tipo uma pensão.
10:26Uma pensão, não.
10:27Como é que fala aqui?
10:28Quarto da República.
10:29República.
10:30E aí, a gente descia essa escada.
10:32Vai parar aqui.
10:33Mais escorregando pelo...
10:36Não sei se...
10:37Pelo corremão.
10:38Isso aqui, quando a gente era pequeno, isso aqui era...
10:41Chegava aqui sentado.
10:43Esse aqui é um pouquinho maior ali.
10:47Ó.
10:48Então, o cara pulava no barco.
10:49Ia.
10:50O Lou estava descendo uma vez aqui e escutou o violão.
10:53A gente usava pouca escada.
10:55Pouco, pouco elevador.
10:57O Lou descendo para ele comprar pão.
10:59Quando a gente tinha mandado ele comprar pão,
11:02ele escutou um violão tocando.
11:05Que coisa linda isso aí.
11:08Parou.
11:09E começou a...
11:12A conversar.
11:14Poxa.
11:15Aí, não se conversando não.
11:17Começou.
11:18Ficou parado escutando.
11:19Aí, o Ituga perguntou.
11:20Você gosta?
11:21Não gosto.
11:22Não sabia tocar nada, né?
11:24A gente já tinha...
11:26Tinha a barra do cover, né?
11:30Quando a gente era criança.
11:31E aí, começou.
11:33Porque o Ituga já tinha feito amizade primeiro com o Marcinho e com o Marildo,
11:37que eram os mais velhos da idade dele, né?
11:40Tocava na noite.
11:41O Marildo tocou com ele na noite.
11:43E agora eu tô na noite.
11:45Você voltando.
11:46Então, essa matéria tem várias revelações.
11:48Me lembrança.
11:49Vem aqui.
11:50Que fantásticos.
11:51Fim, gente.
11:52Desculpa.
12:07Desculpa, gente.
12:09Eu tinha prometido que não ia chorar.
12:13Que isso, você tá entre amigos.
12:17Pode ficar à vontade.
12:18É, porque eu sei que vai ficar cicatriz, né?
12:21Agora, a ferida ainda tá aberta.
12:23Depois fecha, mas a cicatriz não sai mais.
12:27É igual isso aqui, ó.
12:29Que ele tinha também.
12:30É, exatamente.
12:31Parece um laço de sangue, né?
12:33É.
12:34Ele já sabe que tinha sido um impacto que a gente tinha feito.
12:38Não foi eu, né?
12:51Só na cabeça.
12:54Uh!
12:55E aí
13:03Legenda Adriana Zanotto
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