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O vereador do Rio de Janeiro Rafael Satiê está em Pânico com a situação do estado nos últimos dias! Ele trouxe a verdade sobre a megaoperação que parou a cidade maravilhosa. Para um bom entendedor, meia palavra pode bastar, mas quem disse que bastar é o suficiente? Ainda bem que Satiê não economiza e detona a "narco-cultura" da elite que, segundo ele, faz um ativismo para politizar a segurança pública e atrapalhar o trabalho policial. Ele rebateu a narrativa dos intelectuais (ou intelectualidade das narrativas), usando a sua experiência pessoal para desmistificar o luto dos familiares de bandidos e apontou a hipocrisia da grande imprensa, que não está impressionando muita gente ultimamente.O vereador do Rio de Janeiro Rafael Satiê está em Pânico com a situação do estado nos últimos dias! Ele trouxe a verdade sobre a megaoperação que parou a cidade maravilhosa. Para um bom entendedor, meia palavra pode bastar, mas quem disse que bastar é o suficiente? Ainda bem que Satiê não economiza e detona a "narco-cultura" da elite que, segundo ele, faz um ativismo para politizar a segurança pública e atrapalhar o trabalho policial. Ele rebateu a narrativa dos intelectuais (ou intelectualidade das narrativas), usando a sua experiência pessoal para desmistificar o luto dos familiares de bandidos e apontou a hipocrisia da grande imprensa, que não está impressionando muita gente ultimamente. #Pânico
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DiversãoTranscrição
00:00Eu vejo o seguinte, você faz obviamente um trabalho um pouco diferente do que a maioria faz.
00:06E daí, o que a gente vê é muitos especialistas, muitas pessoas tratando sobre segurança pública,
00:14tendo uma visão, falando assim, coitado, ele é uma vítima da sociedade, o traficante é vítima do usuário.
00:22E quando você vê para a sociedade, você pergunta, mais de 50% das pessoas aprovaram essas operações de segurança no Rio de Janeiro, etc.
00:33Mas essas pessoas que têm uma visão diferente descolada da realidade, muitas vezes elas estão presentes aí na grande mídia.
00:40E daí parece que a impressão, parece que é a opinião delas que conta, parece que essa é a opinião da sociedade inteira.
00:49Opinião da Rede Globo, né?
00:50Sim, exato.
00:51Você está dando a opinião da Globo News.
00:54Pessoas repetem o que a Globo fala.
00:56Exato.
00:56Só que quando você vai lá para o Data Uber...
00:58Aqui eu não tenho a opinião da Globo News.
00:59Quando você vai para o Data Uber e pergunta para o motorista de Uber...
01:02É outro mundo.
01:03É outro mundo.
01:04Então, você enxerga isso na sociedade, de fato, um descolamento, porque você faz esse trabalho diferente, né?
01:10Um descolamento entre o que a grande mídia, aquele pessoal da elite acadêmico muito inteligente fala,
01:16e o que a sociedade, de fato, pensa sobre essa crise que a gente está vivendo?
01:21Obrigado pela pergunta, Emílio.
01:23E a equipe do Pânico é sempre uma honra poder estar aqui com vocês participando desse programa de grande relevância.
01:27Bom, é extremamente importante dizer que essas pessoas estão completamente desconexas com a realidade, tá?
01:34Embora essa operação policial tenha atingido o sucesso de um nível que a gente não tinha visto antes.
01:40Não somente pela assertividade em conseguir alvejar somente aqueles que eram envolvidos, aqueles que eram narcotraficantes,
01:50bem como também pela quantidade, além do que, inclusive, nenhuma pessoa inocente, né?
01:57Exceto os quatro policiais, honrosos policiais que perderam a sua vida em combate.
02:02Você não teve, por exemplo, o caso de uma Rebeca.
02:04Você não teve a dona Maria ou seu José alvejado, eventualmente, por uma bala perdida.
02:08E que é evidente que isso acontecesse, essa bala perdida fatalmente seria da polícia e jamais dos narcotraficantes.
02:14Isso não aconteceu. Por essa razão, a própria esquerda política e alguns setores da sociedade,
02:20sobretudo da grande imprensa, está tentando, de alguma forma, achar uma brecha para tentar vincular
02:25ou achar algum tipo de fracasso inexistente nessa operação.
02:30E, por essa razão, a imprensa tenta criar diversas narrativas nesse sentido, fazendo com que ela se perca
02:36e perca total conexão com a realidade, que é o que o Data Uber muito bem diz.
02:40Mas essa operação, propriamente dito, nem isso está acontecendo.
02:45O próprio Otávio Guedes, que é um comentarista na Globo News,
02:49ele fez uma declaração muito pertinente a respeito da assertividade desta operação.
02:55Então, assim, essa operação, óbvio, praticamente nada é perfeito.
02:59Ela pode ter algumas situações adversas aqui e ali, acolá.
03:03Mas, ao que tudo indica, até esse exato momento,
03:06ela é uma operação que grande parte da maioria, não vou falar de 50%,
03:1180% a 85% da população da cidade do Rio de Janeiro, os cariocas e do estado do Rio de Janeiro,
03:18os fluminenses, concordaram com essa operação e viram que essa operação
03:23foi uma operação extremamente bem-sucedida, totalmente contra aí
03:27aos que os especialistas de cabelo azul em segurança pública estão dizendo
03:32em internet e em outros canais e veículos de comunicação.
03:36A assertividade, a gente viu a letalidade dessa operação,
03:40mas a letalidade dessa operação foi atribuída aos narcotraficantes
03:45que estavam, por sua vez, portando fuzis e usando roupas camufladas,
03:49preparado para uma guerra.
03:50Todo mundo sabe que, diante de uma guerra, você pode matar,
03:53como você pode morrer.
03:55Neste contexto, apenas quatro policiais, infelizmente,
03:59acabaram perdendo a sua vida em combate e mais de 130 bandidos
04:03acabaram também perdendo a sua vida, também em combate.
04:07Ô Satie, você não acredita que deveria ter uma reunião aí dos governadores
04:14para resolver esse problema do narcotráfico?
04:18Eu, assim, não sou político nem nada disso,
04:21mas acredito que essa deveria ser a pauta número um, né?
04:23Primeiro resolver tudo isso aí e depois pensar em outras coisas, né?
04:28Porque esse é um problema não só do Rio de Janeiro, tem outros estados
04:32e o Pimentel veio ontem aqui no programa e falou que existem,
04:36eles estão fazendo escola com esse modelo de facção do Rio de Janeiro.
04:39Não seria a medida mais, não sei, seria a medida mais comum,
04:45propícia para o momento?
04:47Sim.
04:48Embora seja um lema positivista, que eu não compactuo com o positivismo,
04:52o que está escrito na bandeira do Brasil é muito pertinente.
04:54Ordem e progresso, não é à toa porque está escrito assim.
04:58É porque antes do progresso, antes da construção, da industrialização,
05:01da educação e do crescimento financeiro e monetário, é necessário ter ordem.
05:06E o que acontece hoje no Rio de Janeiro é o desornamento, a desordem, melhor dizendo.
05:11Então, de fato, a gente já viu alguns governadores,
05:14principalmente o governador do estado de Goiás, o Caiado,
05:18prestar as suas condolências, a sua solidariedade,
05:20para além das condolências e solidariedade,
05:23ele disponibilizou as tropas das forças de segurança do estado de Goiás
05:28para o Rio de Janeiro.
05:29Não só isso, além dele, o governador Tarcísio,
05:33que é o governador do maior estado do Brasil,
05:34mais 40 milhões de habitantes, o maior PIB do Brasil,
05:37também se colocou à disposição,
05:39bem como Ratinho Júnior, do estado do Paraná,
05:42e o Romeu Zema, do estado de Minas Gerais.
05:44E é importante levar em consideração aqui,
05:47que todos os governadores que se colocaram à disposição,
05:51coincidentemente ou não, estão à direita,
05:53ao espectro da direita,
05:55que tem esse perfil mais combativo na pauta da segurança pública.
05:59Não só no discurso e nos apoios propriamente dito
06:01das forças de segurança dos seus respectivos estados,
06:04os governadores vieram ao Rio de Janeiro para uma reunião.
06:07Essa reunião, ela vai acontecer,
06:09aconteceu já uma reunião com a Comissão de Segurança Pública,
06:13coordenada pelo Paulo Bilinski, de Brasília,
06:15aconteceu no Rio de Janeiro, também a Comissão dos Direitos Humanos,
06:18também está no Rio de Janeiro para fazer uma impulsão na favela,
06:22bem como a Comissão de Segurança Pública.
06:24E os governadores, por sua vez, vão se reunir.
06:27O problema do Rio de Janeiro não é um problema restrito
06:29à população do Rio de Janeiro.
06:31E isso aqui não é para me eximir da responsabilidade como carioca
06:35ou como cidadão fluminense.
06:36Muito pelo contrário.
06:37O que o problema do Rio de Janeiro, ele é um problema do Brasil?
06:40Porque o Rio de Janeiro, ele sofre de um fenômeno,
06:42que é o fenômeno da vitrine.
06:44O Rio de Janeiro, ele é a vitrine do Brasil.
06:45Quando você vai para um shopping luxuoso, por exemplo,
06:48você se sente até constrangido em encostar na vitrine da Louis Vuitton
06:52ou da Tiffany Coates, qualquer outra grife,
06:54justamente em razão da preciosidade do produto que eles estão vendendo.
06:57Quando se fala do Rio de Janeiro ou do Brasil,
06:59fora do Brasil, ninguém quer saber de Brasília,
07:01ou muito menos São Paulo.
07:03Com tudo respeito às brasilienses, aos meus irmãos paulistas.
07:05Mas as pessoas só falam do Rio de Janeiro,
07:07porque o Rio de Janeiro é a porta de entrada.
07:09O que acontece no Rio de Janeiro acaba sendo repercutido em todo o Brasil.
07:13Por isso que qualquer situação que acontece no Rio de Janeiro
07:16acaba sendo reverberada.
07:17E eu julgo aqui, ouso a dizer, melhor dizendo,
07:20que o Rio de Janeiro, ele não é a cidade mais violenta do Brasil.
07:23Ela é a décima sexta.
07:25Mas esse efeito de vitrine, ele é muito relevante,
07:28porque uma bomba que estoura nessa vitrine,
07:31ela acaba sendo, gerando efeito colateral para todo o Brasil.
07:34O Rio de Janeiro, para além da capital da República,
07:37do golpe militar de 1889, do 15 de novembro,
07:41ele foi a capital do Império.
07:42Então o Rio de Janeiro é o centro nervoso político e cultural do país,
07:45desde o Império, da República e até hoje,
07:48mesmo não sendo capital.
07:50O Rio de Janeiro, ele importa,
07:52e exporta, melhor dizendo, coisas boas e coisas ruins para todo o Brasil.
07:55Pronome neutro nasceu aonde?
07:56Rio de Janeiro.
07:57Banheiro Unissex nasceu aonde?
07:58Rio de Janeiro.
08:00Pissol levando aluno de saia para o colégio.
08:02Rio de Janeiro, Partido Comunista em 1822,
08:051922 nasceu aonde?
08:07Rio de Janeiro, Getúlio Vargas, Rio de Janeiro.
08:09O Rio de Janeiro é o centro das atenções do ponto de vista bom,
08:12do ponto de vista ruim, cultural e do tráfico também.
08:15Por isso que o problema do Rio, ele é um problema de todo o Brasil.
08:18E os governadores acertaram em vir dar esse suporte
08:21para o governador do Rio de Janeiro, Emílio.
08:23É, como diz aquela música,
08:25Rio de Janeiro é a cidade maravilha da beleza e do caos.
08:29É isso aí.
08:30O Rio de Janeiro é o nosso cartão postal,
08:32é a cidade que o brasileiro inteiro gosta, ama,
08:35a gente gosta de ver aquela imagem do Rio de Janeiro que tem lá fora.
08:38E essas imagens que a gente vê ontem também,
08:41em todos os canais do mundo, é muito triste.
08:44E você, meu querido Satie, você é um legislador.
08:47Eu acho que tudo isso está baseado na impunidade.
08:50O que a gente vê de lei, a lei hoje em dia,
08:53ela sempre pode pegar,
08:55a lei está sempre dificultando o trabalho do policial
08:58e facilitando a bandidagem.
09:01E eu acho que é aí que está o problema de tudo isso.
09:04Vocês que são legisladores,
09:06vocês têm a caneta na mão para fazer leis mais duras.
09:10Certo.
09:10Para que isso realmente acabe, né?
09:12Eu acho que é a lei que é...
09:14Frouxa.
09:15Não é que a lei é frouxa,
09:16a lei dificulta para a polícia e facilita para o vagabundo.
09:21É isso que a gente vê.
09:22A gente sempre está falando sobre isso.
09:24É uma série de fatores, Emílio.
09:27E, evidentemente, a nossa legislação,
09:28ela acaba sendo uma legislação branda.
09:30O próprio CEPOL, que é o Cury, o Felipe Cury,
09:34que hoje ele é o chefe da Polícia Civil,
09:36ele disse isso.
09:37Pode mandar o MIT, pode mandar a CIA, pode mandar a NASA.
09:40Se a gente não resolver a questão da nossa legislação,
09:43dificilmente o problema real será resolvido na cidade do Rio de Janeiro.
09:47Mas, para além disso, você tem um fenômeno muito interessante,
09:49que é a narcocultura.
09:52É importante a gente falar da narcocultura,
09:53que acaba motivando esses anti-jovens,
09:56e depois, posteriormente,
09:58depois de uma decisão de entrar no crime,
09:59criminosos, a se envolverem nessa vida errada.
10:02Então, você tem hoje artistas, músicos,
10:05que acabam glamorizando essa cultura,
10:08que é o que a gente chama de narcocultura,
10:09e também o narcoativismo,
10:11onde muitas pessoas acabam também,
10:14a serviço desses narcotraficantes,
10:16fazendo algum tipo de manobra.
10:17que isso vai acontecer e vai se evidenciar nos partidos políticos,
10:21que acabam distoando da realidade,
10:23achando que essas pessoas que foram vitimadas,
10:25em razão de estarem portando um fuzil na criminalidade,
10:28dizendo que essas pessoas são simplesmente pessoas.
10:31Eu, inclusive, vi algum jornalista,
10:32do setor de comunicação da velha imprensa,
10:34corrigindo, inclusive, o entrevistado.
10:37Quando o entrevistado disse que morreram 130 bandidos,
10:40ele disse, bandido não.
10:41É óbvio que são pessoas,
10:45mas eram pessoas que estavam, naquele momento,
10:48ali, servindo ao tráfico de drogas.
10:50E, evidentemente, para a legislação.
10:51A gente tem uma legislação muito branda.
10:53A gente está vendo hoje aí
10:55os próprios partidos dos ministros das alta corte,
10:58da mais alta corte do Brasil,
11:00soltando pessoas que têm diversos envolvimentos
11:02com narcotráfico.
11:04E a gente percebe que a polícia está amarrada.
11:06É a Câmara de Vigilância para a Polícia.
11:08Quer saber de onde saiu o disparo.
11:10Toda bala perdida que pega em alguém
11:12vem da polícia.
11:13Então, isso inviabiliza o trabalho do policial.
11:15Mas é evidente que a sua pergunta é pertinente
11:17e a sua afirmação é pertinente.
11:19Amílio, quando você diz que a nossa legislação
11:22precisa ser uma legislação mais dura,
11:24a gente precisa realmente ter um trabalho coordenado
11:26de poder executivo, as polícias,
11:29o poder legislativo, aqueles que fazem as leis,
11:33e o poder judiciário,
11:35para não soltar, evidentemente, os bandidos
11:37depois que são presos diante dessas operações.
11:40Rafael, eu queria saber de você,
11:44que a gente vê o Cláudio,
11:46ele foi muito bem votado no Rio de Janeiro,
11:47obviamente a gente sabe disso.
11:49A gente consegue entender quando familiares dos bandidos
11:53se revoltam, fazem protesto,
11:55mas como que você enxerga quando artistas
11:58que moram no Leblon, moram em áreas nobres,
12:02vêm falar a respeito de uma questão
12:03que eles não vivenciam, né?
12:05A gente viu, eu vi um vídeo do Orwan,
12:06a gente consegue entender, obviamente, o porquê,
12:09mas você vê artistas que,
12:12às vezes, vai para o morro só para curtir uma festa,
12:14ou de repente comprar alguma coisa,
12:16e ficam revoltados.
12:17Você acha que é o quê?
12:19É descaso com a população?
12:20Eles querem politizar por conta da direita e esquerda?
12:25Como que você enxerga isso daí, hein?
12:27Bom, isso aí já não dá para chamar
12:29de perca de conexão com a realidade,
12:32porque hoje, com acesso à internet,
12:34a gente sabe o que acontece nas comunidades,
12:35nos balifantes.
12:37O que acontece com a classe alta e essas províncias,
12:39que eu uso chamar de províncias da Zona Sul,
12:41e a Ipanema, Leblon, é mau caratismo.
12:44São pessoas que têm um mau caráter,
12:47que fazem com a má intenção de prejudicar
12:49o trabalho da polícia,
12:51sem conhecer a realidade das favelas,
12:52porque eles prejudicam o trabalho da polícia
12:54e, posteriormente, prejudicam a vida
12:56dos trabalhadores honestos que vivem lá,
12:59e eu ouso dizer que são mais de 95%.
13:02Sobre o luto dos familiares,
13:04olha, eu tenho um lugar de fala
13:05para falar a esse respeito,
13:06eu já fiquei em luto pelo meu irmão,
13:09que foi morto, morreu no tráfico de drogas,
13:13o meu pai já foi preso,
13:14e tem um irmão, nesse exato momento,
13:15preso no complexo de Bangu,
13:17que é o maior complexo penitenciário
13:19da cidade do estado do Rio de Janeiro.
13:21Bom, eu tenho um lugar de fala,
13:22as minhas escolhas foram escolhas individuais,
13:24não tomei as escolhas que meus irmãos tomaram,
13:26e eu entendo que as escolhas são individuais,
13:27mas as famílias nada tem a ver com isso.
13:29Então, o coração de uma mãe ilutada
13:31precisa ser respeitado, sim.
13:33O problema é que a imprensa
13:34e essa galerinha aí,
13:35esses artistas do Lebron,
13:37eles olham para as mães
13:38e publicam a foto das mães no jornal.
13:40E aí, qual é a sensação
13:42e a mensagem que se passa
13:44ao você ver uma mãe com o coração ilutado?
13:46Ó, tiraram o filho dessa mulher,
13:48que injustiça.
13:49Mas não contam o contexto,
13:51não contam que o filho
13:52tinha um certo envolvimento,
13:53e uma série de outras questões.
13:55Olha, isso aí é a minoria barulhenta,
13:57porque a maioria,
13:58ela é silenciada por vários motivos,
14:00inclusive o próprio motivo do tráfico de drogas.
14:03Dentro da própria favela,
14:04a grande maioria,
14:05não é que a maioria concorda
14:07e quer que mate todo mundo,
14:08eu não estou dizendo isso,
14:10mas eu estou dizendo que
14:11há um consenso dentro das favelas
14:13que quem é envolvido
14:15com tráfico de drogas
14:16está suscetível a ir preso,
14:19ou a ir morto,
14:19ou as outras coisas.
14:21É, é romantizado, né?
14:23Exato.
14:23A gente ficou muito tempo,
14:25muito tempo assistindo filme,
14:27sempre que o Alba fala, né?
14:29Que é a guerra cultural,
14:30a gente ficou o tempo inteiro
14:31ouvindo isso,
14:33e a gente passa a meio que
14:35acreditar nessa história,
14:37mas parece que a coisa está mudando.
14:39Você vê ontem, né?
14:41A repercussão
14:43para o governador,
14:44mesmo todos esses artistas,
14:46essa turma
14:47que fica com essas histórias,
14:49essa narrativa,
14:51você vê que a maioria da população
14:53é lá favorável a isso aí.
14:54Aumentou a popularidade.
14:55E eu imagino que dentro da favela
14:58é mais ainda
14:59do que a gente viu em rede social,
15:01porque lá o cara ele cobra
15:03pra van,
15:04ele cobra o gás,
15:07ele cobra a internet,
15:08eles tomaram conta daquilo lá.
15:11É difícil a situação do morador.
15:14É terrível.
15:15Você falando sobre isso,
15:16Osatier,
15:17o governador do Rio de Janeiro
15:19tem uma guerra de narrativas
15:20também com o governo federal.
15:22Vai lembrar que a pauta
15:23de segurança pública
15:24que é pro ano que vem, né?
15:25A gente começou com o governo
15:26falando que era pra roubar
15:27pra tomar uma cervejinha,
15:28a fala infeliz sobre o traficante,
15:30e aí ficou agora o impasse.
15:32Parece que o Lewandowski
15:33agora e o governo federal
15:34vai apoiar o Rio de Janeiro,
15:36mas eu gostaria que você falasse
15:37do papel do governo atual
15:39com a segurança pública.
15:41Sim, o governo federal
15:42tem total participação,
15:45ou deveria ter total participação
15:46diante desse processo,
15:48tendo em vista a magnitude
15:49dessa operação.
15:50Por exemplo,
15:51poderia gerar e trazer de volta
15:54a GLO,
15:55que é um dispositivo de 1999,
15:57se não me falha a memória,
15:58e que já foi usado no Rio de Janeiro
16:00em outras ocasiões, inclusive.
16:03Então poderia ter sido feito isso.
16:04O governo do estado do Rio de Janeiro
16:06notificou a Polícia Federal,
16:08e isso o próprio diretor da Polícia Federal,
16:09numa entrevista coletiva,
16:11deixou claro isso.
16:12E depois o Lewandowski,
16:13o ministro da Justiça,
16:14o interrompeu,
16:15mas já era tarde demais.
16:16Ou seja,
16:17houve uma mensagem do governo estadual
16:20para o governo federal,
16:21e não foi uma não.
16:21Foram dois,
16:22ou melhor,
16:23foram três pedidos e solicitações
16:25de apoio ao governo federal,
16:28com blindados e uma série de coisas.
16:30Nesse momento não dá para politizar.
16:31O governo federal tem que se colocar
16:33à disposição do estado,
16:35das forças de segurança do estado,
16:37e ajudar a solucionar um problema
16:38para trazer paz para a população
16:40que vive nessa região.
16:41Em contrapartida,
16:43uma vez que mais uma vez,
16:44o governo federal
16:47negligenciou a segurança pública
16:48por razões óbvias.
16:50Por razões óbvias.
16:51A gente sabe o crescimento exponencial
16:54de determinada facção no Rio de Janeiro,
16:56em razão da DPF 635.
16:57A gente sabe do que tem acontecido
17:00e da campanha eleitoral
17:02que o Lula fez
17:03nessa mesma localidade
17:04em 2022.
17:07Tudo isso foi veiculado,
17:09para todo mundo ver.
17:11Isso aí não é uma narrativa
17:12que eu estou criando.
17:13E por consequência disso,
17:14o governo Cláudio Castro
17:15fez sozinho
17:16e foi bem sucedido.
17:18Resultado,
17:18a popularidade do governo
17:20aumentou exponencialmente.
17:22E óbvio,
17:22a gente não está aqui
17:23para falar de números
17:23de redes sociais,
17:25porque ele cresceu
17:26nas redes sociais.
17:26mas acaba sendo um indicativo
17:28do seu crescimento.
17:29E esse indicativo mostra
17:31que nas últimas 48 horas
17:32o Cláudio Castro,
17:33o governador do estado
17:34do Rio de Janeiro,
17:35cresceu mais de 100 mil
17:37seguidores
17:37nas redes sociais.
17:38Se você fizer
17:39dar uma olhada
17:40e um panorama
17:41até pelas páginas
17:42de fofoca,
17:43que predominantemente
17:44tem esquerdistas,
17:45todas as vezes
17:46que eles fazem
17:46alguma publicação
17:47a respeito dessa mega operação
17:49no Complexo da Penha,
17:50os comentários
17:51são de grande maioria
17:52em apoio.
17:53até as páginas,
17:55por exemplo,
17:55de alguns desses artistas,
17:57o Luan,
17:57o Pôs,
17:58o pessoal do Podpá,
17:59todos esses artistas.
18:01Se você entrar
18:01nos comentários,
18:02você vê um apoio massivo
18:04à mega operação
18:05das forças de segurança
18:06do estado do Rio de Janeiro.
18:08Isso mostra
18:08que o governo federal
18:10não participou,
18:11por razões óbvias,
18:13a operação
18:13foi bem sucedida,
18:15talvez pela não participação
18:16do governo federal,
18:18justamente por essa razão,
18:19e hoje a coisa
18:21está com um cenário
18:22muito mais favorável
18:23para as forças de segurança.
18:24Se vocês me permitem,
18:25mais uma análise,
18:26eu queria fazer aqui
18:27uma deferência
18:29às igrejas protestantes
18:30que estão lá
18:31prestando luto,
18:33prestando condolências
18:35às famílias
18:36que estão enlutadas.
18:37A mesma esquerda,
18:38inclusive,
18:39e essa galera
18:40da alta sociedade
18:40que fica descredibilizando
18:42as células religiosas,
18:43chama os evangélicos
18:44de fundamentalistas religiosos,
18:46os católicos,
18:46os espíritas,
18:47e essas pessoas,
18:48esses babalorixás,
18:50esses padres,
18:51pais de santos
18:52e pastores
18:53estão dentro da favela.
18:54Eu faço deferência aqui
18:55em uma igreja
18:56que eu nem faço parte,
18:57mas eu vi
18:57e fiquei muito comovido,
18:59Emílio e a audiência
18:59qualificada do pânico.
19:01A Igreja Universal,
19:02que colocou uma tenda
19:03com água gelada,
19:04estava prestando
19:05as condolências,
19:06as sinceras condolências
19:07aos corações
19:08das famílias inlutadas.
19:09A Igreja Universal,
19:10que a esquerda bate,
19:11que a esquerda quer
19:12fechar as portas,
19:13e que esse governo federal,
19:14que a pauta é ela,
19:15persegue o tempo todo,
19:17dia após dia,
19:18nos chamando
19:19de fundamentalistas religiosos.
19:22Quando o couro come,
19:24quando o filho chora
19:25e a mãe não vê,
19:26quando o cinto aperta,
19:27quem está próximo
19:28dessas pessoas
19:29na favela,
19:30nos lugares
19:30de maior vulnerabilidade,
19:32é a Igreja,
19:32a Igreja Universal,
19:33a Igreja Católica,
19:34os espíritas,
19:35e todas as outras
19:36sortes de religiões
19:37que estão lá.
19:37Então, quero aqui também
19:38fazer uso da palavra
19:39e deferência
19:40e parabenizar os religiosos,
19:42evangélicos,
19:42católicos e os membros
19:44da Igreja Universal
19:44que estão prestando
19:45as sinceras condolências
19:46aos corações das famílias
19:47inlutadas nesses dias
19:48tão difíceis
19:49na cidade do Rio de Janeiro.
19:50Agora, eu também concordo
19:53com você.
19:53Agora, Satie,
19:54o que a gente tem que falar também,
19:55querendo ou não,
19:56que a gente está
19:57no momento político
19:58e até o Barba mudou o tom.
20:01Opa, total.
20:01O Barba mudou o tom.
20:03Então, você vê que isso...
20:05A pauta.
20:06O ano que vem
20:06a gente vai ter eleição.
20:07Você sabe,
20:08político, ele só olha o voto,
20:10ele só olha se ele vai ser reeleito ou não.
20:12E agora, a gente tem
20:13algo que aconteceu
20:15e a gente vai olhar
20:17quem é a favor dos bandidos
20:19e quem é
20:20contra os bandidos.
20:21Exatamente.
20:22Porque a gente sempre viu
20:24muitos políticos favoráveis
20:26à bandidagem.
20:28E eles falando publicamente isso.
20:30A gente viu até uma declaração
20:32há pouco tempo atrás
20:33do presidente falando isso, né?
20:34Que o narcotraficante
20:36era uma vítima do falário.
20:37E até ele, parece que ele mudou o tom
20:40pela repercussão da população
20:43que não está ligada aos intelectuais,
20:46não está ligada a esse jornalismo militante
20:50que a gente vê por aí.
20:52Nem os artistas.
20:52Aos artistas,
20:53essa turma da canhota,
20:56ela perdeu nessa narrativa.
20:57Mesmo fazendo essa chantagem emocional
21:00com a gente,
21:01mesmo a gente tendo assistido
21:02tanto filme que falava isso,
21:04que era contra a polícia,
21:05que a polícia é do mal,
21:06que a polícia é o quê,
21:07para você ver que ponto
21:08chegou o Rio de Janeiro,
21:10que ponto chegou o pessoal
21:12que mora na favela.
21:13Não aguenta mais.
21:13É isso aí.
21:15Essa operação foi tão bem sucedida
21:18que fez o governo agora mudar
21:19e virar a casaque
21:20e mudar a narrativa.
21:22Eles estavam tentando fazer de tudo.
21:23Eu volto a dizer,
21:25a operação foi bem sucedida
21:26porque não morreu nenhum inocente.
21:29Se tivesse uma Rebeca de sete anos,
21:31se tivesse o seu José de setenta e seis anos,
21:33eventualmente tomando um tiro de bala perdida,
21:36era o caos,
21:36porque eles iam ter o elemento necessário
21:39para inviabilizar a operação.
21:42Mas isso não aconteceu.
21:44Então, fica muito evidente,
21:45muito claro,
21:46que a defesa dos partidos
21:47do espectro da esquerda,
21:49sobretudo o governo federal,
21:51o PSOL e o PT,
21:52estavam defendendo,
21:54efetivamente, aqueles homens.
21:55Tentaram levar ali
21:56para a questão racial,
21:57mas eu já quebrei essa narrativa.
21:59A polícia não sobra na favela
22:00para matar gente preta.
22:02Afinal de contas,
22:03o maior contingente,
22:04ou grande parte do contingente
22:05da polícia no estado do Rio de Janeiro
22:07é formada e composta
22:08por pretos e por pardos.
22:10Não faz sentido nenhum
22:11essa narrativa irresponsável
22:14que inviabiliza, inclusive,
22:15a luta racial,
22:16que é uma luta muito pertinente.
22:18Então, o governo está tentando mudar a pauta,
22:19visando já as eleições de 2026,
22:22e já fica claro e evidente aí,
22:23em 2026,
22:25o que vai ser falado,
22:26uma das pautas que serão faladas,
22:28além das pautas econômicas,
22:29que também é uma pauta
22:30que atinge frontalmente
22:31o governo federal,
22:32é a pauta da segurança pública.
22:34Já que vocês entraram nesse assunto,
22:36nos últimos governos,
22:38melhor dizendo,
22:38no governo anterior
22:39do Jair Messias Bolsonaro,
22:40nós tivemos uma diminuição
22:42de 20 mil homicídios,
22:4520 mil homicídios,
22:46de 60 para 40 mil homicídios.
22:49Isso é um número muito significativo
22:50que agora voltou,
22:51porque esse governo,
22:52infelizmente,
22:53acaba dando aí reta guarda,
22:55eu uso dizer isso,
22:57para todo tipo e toda sorte
22:58de marginais e marginalização
23:01dentro do nosso país.
23:03É roubar para tomar uma cervejinha,
23:05é o bandido que é vítima
23:06do usuário,
23:09e uma série de situações
23:10que vai tentando mudar
23:11o consciente coletivo
23:13da nossa população,
23:14mas, felizmente,
23:16a população não caiu,
23:17a verdade está aí
23:18para todo mundo ver,
23:19não adianta mascarar,
23:21não adianta criar narrativa,
23:22todo mundo viu,
23:23e todos aqueles
23:24que foram mortos
23:25neste conflito,
23:26nessa mega operação,
23:27eram pessoas
23:28que eram envolvidas
23:29no narcotráfico.
23:30Ninguém torce
23:31pela morte de ninguém,
23:33ninguém solta fogos
23:34pela morte de ninguém,
23:36mas todo mundo sabe
23:37da responsabilidade,
23:38da consequência
23:39que se tem,
23:40uma vez que você está
23:41no lado mau
23:42e no lado ruim da força,
23:44inclusive dentro da favela
23:45também em seu consenso.
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