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  • há 3 semanas
A Polícia Civil investiga novos detalhes sobre o assassinato de Maria Clara Aguirre Lisboa, de 5 anos, morta em Itapetininga (SP). O padrasto da criança, Rodrigo Ribeiro Machado, enviou áudios ao pai biológico afirmando que a menina estava morta duas semanas antes de o corpo ser encontrado.

Nos registros, obtidos pelo g1, Rodrigo aparece irritado e manda o pai da vítima “parar de encher o saco”, dizendo que a menina “não existe mais”. Em um dos trechos, ele afirma que não havia mais vínculo entre o homem e a ex-companheira, Luiza Aguirre Barbosa da Silva, mãe da criança:

“Já falei, sua filha está morta, não existe mais. Pare de ficar enchendo o saco. Você não tem mais vínculo com a Luiza. Não tem filho, não tem mais nada”, diz o padrasto no áudio.

De acordo com a avó paterna, Vanderleia Monteiro do Amaral, os áudios foram enviados pelo telefone de Luiza. Ela contou que o padrasto chamava a menina de “marota” e “mal-educada”, e que a família paterna já havia notado marcas de agressões nos punhos da criança durante visitas.

Corpo enterrado e concretado

O corpo de Maria Clara foi localizado nesta terça-feira (14), enterrado e concretado no quintal da casa do padrasto. Segundo o delegado Franco Augusto, os suspeitos demoraram dois dias após o homicídio para ocultar o corpo.
A perícia indica que a menina estava morta há cerca de 20 dias.

Durante o interrogatório, Rodrigo e Luiza confessaram o crime e disseram que a criança “atrapalhava a vida do casal”. Eles admitiram agredir a menina com uma rebitadeira, ferramenta encontrada pela polícia com manchas de sangue.

Ainda conforme a investigação, Rodrigo já tinha histórico criminal e torturava psicologicamente a mãe e a filha, usando a criança como forma de pressão.

Denúncia ao Conselho Tutelar

O caso chegou às autoridades após denúncia feita pela avó paterna ao Conselho Tutelar, que registrou o desaparecimento da criança. Inicialmente, a polícia não trabalhava com a hipótese de homicídio.

Os dois foram presos no mesmo dia em que o corpo foi encontrado e tiveram as prisões mantidas após audiência de custódia nesta quarta-feira (15).
Rodrigo foi transferido para a cadeia de Capão Bonito, e Luiza, para Votorantim.

A Polícia Civil também apura a responsabilidade dos pais de Rodrigo, que moravam na casa onde o corpo foi enterrado e são proprietários do imóvel.

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Transcrição
00:00Fala aí, parceiro. Não vou mais nem responder o senhor, mano.
00:02Falei, sua filha tá morta, não existe demais, parceiro.
00:04Para de ficar encher o saco. Entendeu?
00:06Para de mandar mensagem, falou?
00:07Vixão, eu não vou perder mais meu tempo que falou.
00:10Porque é o seguinte.
00:11Você não tem mais vínculo nenhum com a Luísa, certo?
00:14Não tem fio, não tem mais nada, certo?
00:17E já tá morto.
00:18Então eu preciso gastar essa lei porque você nem respondeu.
00:21Nem a família sua, falou?
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