00:00Agora está mais calmo, mas pouco antes da gente chegar a situação estava caótica aqui.
00:05A gente viu aqui imagens do pessoal mostrando que pessoas tentaram invadir o prédio da prefeitura,
00:12pessoas entraram em confronto com a polícia, teve spray de pimenta,
00:16teve muita gente que apanhou aqui, que entrou em confronto com a polícia,
00:19teve pessoas que ficaram feridas, mas agora a situação se acalmou mais.
00:24O que é que está acontecendo aqui?
00:25São frentes populares que estão reivindicando moradia em diversas cidades,
00:30Paulista, Recife, Olinda e também Jaboatão.
00:34São várias famílias, a gente tem informação aqui preliminar de que pelo menos 4 mil famílias
00:40estão sendo representadas aqui nesse ato, que começou na rua Martins de Barro,
00:47no cruzamento com a 1ª de Março e também na rua de Perador, no cruzamento com a 1ª de Março.
00:52Depois disso, essas frentes populares vieram em direção aqui à prefeitura, na Avenida Casa do Apolo.
00:58Agora, eu queria chamar a Elias para vir aqui junto comigo,
01:02que a gente vai conversar com a Helena Fernandes, que é assistente social.
01:07E ela é uma das representantes das frentes populares que estão aqui fazendo esse protesto.
01:11E eu quero saber de você, Helena, qual é a principal reivindicação do pessoal?
01:16É moradia.
01:17Mas o que é que vocês querem com esse protesto aqui na frente da prefeitura?
01:20Com esse protesto, simplesmente a gente quer dizer ao prefeito que a Secretaria de Habitação dele não nos representa.
01:26O secretário e Felipe, que estão nessas cadeiras, eles não respeitam movimentos, eles não atendem movimentos,
01:34eles ficam enrolando com os movimentos.
01:36A gente vê um tratado eletista, que só atende movimentos que têm representação nacional.
01:42Mas nós estamos aqui na região metropolitana, temos até movimentos aqui de Caruaru,
01:46que têm ocupações, que têm famílias, então são destratados dessa gestão.
01:51Nós temos representação de vários conselhos, de vários municípios,
01:56e no entanto a gente não é atendido por essa secretaria.
02:00E a gente hoje não quer mais a secretaria, a gente quer que o prefeito escute as nossas reivindicações,
02:07veja as nossas faltas.
02:08Então, o que a gente viu aqui foi uma barbárie.
02:10Nós tivemos pai de famílias, nós estamos com idosos, crianças,
02:14e a gente teve companheiras nossas que foram socorrentes, espancados,
02:20homens espancados aqui pela Guarda Municipal.
02:23Nós somos cidadãos, nós temos o direito de entrar na prefeitura.
02:27E no entanto isso está sendo nos impedido.
02:29A gente trouxe ofício, a gente tinha protocolado.
02:32No entanto eles não deram acesso, eles chamaram a polícia,
02:35chamaram a Guarda Municipal como se estivesse tratando com marginais.
02:38E vocês pretendem fazer o protesto aqui até conseguir conversar com o prefeito, é isso?
02:44A gente vai permanecer aqui até ter uma pauta ou uma agenda com o prefeito marcada.
02:51São quantas frentes populares que estão sendo representadas aqui?
02:54A Frente Popular hoje tem 11 movimentos, no total.
02:58Cada movimento nos seus municípios tem sua representatividade,
03:02em conselhos, nas conferências de cidades.
03:05Em todos os espaços nós estamos, em termos de nossas ocupações.
03:09E a gente não aceita o descaso com que a Secretaria de Habitação trata essas famílias.
03:14Tá certo, muito obrigado.
03:15Arthur, eles continuam aqui fazendo protesto.
03:18Como ela falou, eles querem ter uma agenda com a casa
03:22para serem ouvidos e terem suas reivindicações atendidas.
03:25Nesse momento, eles fazem gritos de guerra aqui,
03:29pedindo por moradia, pedindo para serem atendidos.
03:32E eu repito, o trânsito aqui está bloqueado na Cajapolo,
03:36tanto de um lado como do outro.
03:38O trânsito está bloqueado aqui porque eles estão na frente da Prefeitura
03:42realizando esse protesto.
03:43E eles disseram que vão ficar aqui até serem atendidos pela casa.
03:49E agora eles estão com gritos de guerra aqui, reivindicando por moradia.
03:53Obrigado.