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  • há 2 dias

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Transcrição
00:00E se todas saírem do papel de parede como eu saí?
00:04Que padrão é esse? Onde se odiar é o correto?
00:09Um padrão canhoto, de tão destro.
00:14Quem é que cabe?
00:16Gabriela Duarte, em Curitiba, para dois dias de peça.
00:19Uma peça que é um livro, um monólogo, que retrata esse livro,
00:23que é um clássico da literatura feminina.
00:26Mas junto disso, eu estava participando de uma coletiva com ela agora há pouco,
00:29que a gente estava ouvindo ela falar, as histórias.
00:32E o que traz esse livro é antigo, são antigas, mas ainda são muito atuais, né, Gabriela?
00:37Sim. É uma atualidade assustadora, assim, né,
00:44se tratando de uma história que foi escrita no século XIX.
00:49E, enfim, eu acho que essa que é a beleza, né, do teatro,
00:53é poder contar, contar para o espectador a trajetória aqui, né,
01:01de onde viemos e onde estamos, em que ponto estamos,
01:06para onde estamos caminhando, como sociedade, como seres humanos, né,
01:10eu acho que essa é uma característica muito bonita e muito forte, assim,
01:17da dramaturgia.
01:18E eu acho que é o que nos conecta mesmo, né, como seres humanos.
01:22Então, é isso.
01:24Eu acho que a escolha desse texto está muito ligada a essa vontade de mostrar
01:30ao público como que a gente evoluiu, mas é como a gente ainda tem o que evoluir.
01:39A gente viveu recentemente a pandemia que fez nos prendermos.
01:44O texto também fala um pouco dessa questão da prisão mental.
01:47Como que você consegue entender o reflexo de tudo que a gente viveu
01:51e de como a gente ainda se sente, não só as mulheres, mas os homens também,
01:56presos mentalmente com tantos problemas que a gente vem enfrentando hoje em dia,
01:59quanto essa peça mostra isso também?
02:01É, uma peça que fala bastante sobre saúde mental, sobre ocupar lugares que não foram
02:11uma escolha sua, que, né, que às vezes são escolhas impostas, né, por outras pessoas,
02:19por pai, mãe, marido, mulher, amigo.
02:22Enfim, né, existem diversas possibilidades, diversos cenários, né, nesse sentido,
02:30e que a gente, até que ponto a gente quer continuar, a gente quer permanecer, né,
02:36naquele, seguindo aquele padrão.
02:38A peça fala muito sobre isso, padrão, e o quanto você não poder ser você mesmo
02:43vai te adoecendo.
02:45Então, eu acho que em épocas mesmo de pós-pandemia e tal,
02:49o texto, ele traz uma coisa muito atual e muito forte, uma mensagem bastante impactante,
02:56mas também nada com que a pessoa não consiga também se divertir, o texto tem seus momentos
03:03ali onde você consegue dar risada, e até rir, rir de si próprio, né, eu acho que a gente
03:10ri da gente mesmo, isso é maravilhoso.
03:14Ouvindo você falar, é o primeiro monólogo da Gabriela, né, a gente pode dizer que junto
03:19disso, você tá inaugurando talvez uma nova fase de Gabriela Duarte, mais sensível, mais
03:25entregue, talvez até mais política, mais vulnerável também?
03:30Ah, eu acho que tudo isso que você falou, e acho que mais, mais, com mais autonomia
03:38pra falar as coisas que eu realmente acredito e as coisas que eu gostaria mesmo de poder
03:44falar, né, as coisas que eu acho relevantes, então, acho que sim, acho que é uma fase
03:50onde quando você mostra força, você também mostra vulnerabilidade, quando você mostra coragem,
03:56você também mostra medo, então, acho que no final das contas é uma fase nova, é uma
04:02reinvenção, mas, mas muito, muito feliz, assim, muito, eu acho que o público tem aceitado
04:11muito bem, né, essa nova fase, que já não é mais as mocinhas, as boazinhas, que eu amava
04:17fazer, mas, eu acho que a maturidade também traz uma visão diferente da vida, né?
04:24Bom, então, eu vou te abraçar aqui pra gente abraçar os leitores e eu vou deixar o microfone
04:28com você, vou ficar aqui do teu lado só, pra você convidar, porque sábado e domingo
04:32tem tempo, tem ingresso ainda que dá pra ir assistir a peça.
04:34Ainda dá, é, no Teatro Regina Vogue, sábado às 20 horas, domingo às 19 horas, únicas
04:41oportunidades e gostaria muito de vê-los lá pra, enfim, depois até saber o que que
04:50vocês acharam, eu gosto, assim, sabe, de depois saber, você gostou, eu gosto de sentir o que
04:56o público, de que forma a coisa chegou, né, pro público, então, fica aqui meu convite,
05:02venha, eu vou ficar muito feliz, Teatro Regina Vogue, sábado e domingo, só, então vem
05:09rápido.
05:10Obrigado.
05:11Quem é que quer caber nesse padrão do quanto?
05:15Quantos anos eu tenho, quanto eu ganho?
05:17Eu sou!
05:19Quem tem preço é coisa!
05:21Gente, tem valor!
05:23Independente de onde eu nasci, da cor da minha pele, pra quem eu rezo, quanto eu ganho,
05:28quanto eu peso, eu sou tudo que eu amo.
05:32Obrigado.
05:33Obrigado.
05:34Obrigado.
05:35Obrigado.

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