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  • há 22 horas

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Transcrição
00:00É uma dor muito grande para essa família, uma mistura de saudade e revolta pelo que aconteceu.
00:06A aposentada tinha 67 anos, dona Iris Maria Bezerra.
00:11Ela estava seguindo na noite daquele 25 de setembro com o neto de 10 anos,
00:17levando a criança para uma aula de Karatê.
00:20Era um percurso que ela sempre fazia saindo aqui da casa, que fica no bairro de Sapucaia, em Olinda,
00:25e levando até o local de treinamento do menino, a Avenida Beberibe, ali próximo ao posto de saúde.
00:33Nas imagens da câmera de segurança, dá para ver o momento em que a idosa e o neto vão passando pela faixa de pedestre.
00:42O sinal está fechado para os carros e, consequentemente, aberto para quem ia atravessar.
00:48Eles esperam um pouco e, quando vão seguindo, já chegando no meio da faixa,
00:52os dois são atingidos por essa moto que ultrapassa o sinal vermelho.
00:59A mulher cai no chão, a criança também, sendo que o menino consegue levantar rapidamente,
01:05ele num sinal de desespero, ali tentando entender tudo o que tinha acontecido,
01:08e a idosa permanece no chão.
01:12Infelizmente, foi uma pancada muito forte, ela bateu a cabeça no chão.
01:17Então, eu vou conversar com a filha, filha única da idosa, Lívia, para contar detalhes.
01:22Lívia, como foi que você ficou sabendo do que tinha acontecido?
01:26O meu filho, ele levantou, olhou para ela, viu que ela já estava desacordada,
01:32e correu para pedir ajuda.
01:35Então, quando eu cheguei, cheguei rapidamente no local.
01:39O socorro demorou muito.
01:40Tinha muita gente ajudando, muita gente ligando,
01:46mas da hora que eu cheguei, ela já estava desacordada.
01:51Eles diziam que não tinha viatura do SAMU.
01:56A viatura do bombeiro chegou, acho que uma hora depois,
02:01e eles disseram que eles tinham vindo de piedade,
02:05ou foi candeias, não recordo ao certo.
02:07Fizeram, né, o socorro, só que o tempo todo eles falaram
02:11que ela precisava de uma viatura, de uma ambulância do SAMU.
02:17Essa idosa, gente, ela foi socorrida depois para o Hospital da Restauração.
02:22Ficou do dia 25 ao dia 28, internada.
02:26Quando a filha chegou ao HR, ela não recebeu a notícia da morte da mãe.
02:31Ela descobriu, por conta própria, que a mãe tinha morrido.
02:35Como foi isso, Lívia?
02:36Fui para lá, cheguei lá, acredito que 8 horas, a visita era 21 horas.
02:41Tinha muita gente, muita gente, muita confusão.
02:46O pessoal queria invadir, porque ninguém tinha notícia de nada.
02:50Aí só depois que você conseguiu entrar, foi que você viu a sua mãe já morta?
02:55Isso. Eu entrei, quando a gente conseguiu entrar, era perto de 11 horas da noite.
03:00Quando eu cheguei, eu já vi o monitor. Cheguei perto, eu vi que o monitor estava apagado e eu vi que ela estava coberta.
03:07Então eu disse assim para a minha esposa, o monitor dela estava apagado.
03:12Aí veio uma enfermeira e disse, você está procurando o quê?
03:15Eu disse, minha mãe, mas eu já estou vendo.
03:17Aí ela disse, olha, a gente chama.
03:18Eu disse, não, você não chamou.
03:20A hora nenhuma você chamou.
03:21E ninguém do serviço social ali para dar apoio a vocês naquele momento?
03:26Não, não.
03:27Não tinha, não teve uma assistência, só teve um enfermeiro que estava em um intervalo,
03:34porque eu tive uma crise de ansiedade muito forte.
03:37E ele me deu assistência e pediram que me levasse para a UPA, porque não tinha uma medicação, não tinha nada.
03:45E a polícia tem falado o quê até agora?
03:47Eu fui na delegacia de delitos de trânsito.
03:53Eles falaram que iam pedir imagens do ônibus, imagens de câmeras, mas até agora eu não tive nenhuma resposta.
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