Caso envolve acusações de lesão corporal, ameaça e injúria; vítima pede medidas de proteção para si e a filha
Manaus (AM) — Uma jovem de 22 anos registrou boletim de ocorrência na sexta-feira (12) alegando ter sido vítima de violência doméstica cometida pelo companheiro e por familiares dele. O documento aponta lesão corporal, ameaça e injúria.
De acordo com o registro, Alice Melo da Silva relatou que o ex-companheiro, Petherson de Souza Matos, 21 anos, a mãe dele, Gislene Paulo de Souza, 48, e a irmã, Amanda de Souza Rodrigues, 30, participaram das agressões. A vítima afirmou ter sido atingida com golpes de caneta, chutes e socos, até que o padrasto de Petherson interveio para encerrar o episódio.
O caso ocorreu na presença da filha do casal, de 7 anos. Um exame de corpo de delito realizado confirmou as agressões, segundo o boletim.
No documento, Alice solicitou medidas urgentes de proteção para ela e a criança. O registro formaliza as acusações e descreve as condutas atribuídas aos três citados, incluindo lesão corporal, ameaça e injúria. O caso segue acompanhado pelos órgãos competentes.
00:00Estou muito acabada, muito acabada, porque hoje foi um dos piores dias da minha vida.
00:05Eu só queria meu ex-namorado e a família dele me bateram e eu estou resistindo.
00:12Mordida, roxa, furada.
00:22Furaram com caneta, com caneta, tudo isso na frente da minha filha de 7 anos.
00:28Eu vou contar, vou tentar resumir só de um mês e meio atrás.
00:34Eu estava viajando, voltei com dinheiro e quando eu voltei, a gente voltou a se falar, a gente voltou a se falar, se vê e tal.
00:47E ele veio com a história de que ele queria uma moto, queria uma moto, queria uma moto, queria uma moto, queria uma moto, que era o sonho dele.
00:52E eu acabei cedendo, acabei dando 2.500 e vendi um iPhone, porque era 3.000 de entrada e mais 1.500 para pagar o amigo dele, que estava tirando a moto.
01:06Aí ele falou e tal.
01:10Nesse dia eu brilho com a minha mãe, falei pra ele que eu estava formatando o celular pra vender e discutindo com a minha mãe, né, porque minha mãe viu.
01:19Eu e ele brigando mais cedo e minha mãe chamou e desigolou, falou um monte de coisa dele e eu fui defender ele.
01:25Eu fui defender ele, aí eu falei isso pra ele, ele veio assim, pode vir pra minha casa e tal.
01:34Chamou a mãe dele pra falar que eu estava voltando a morar lá e tal, tudo isso.
01:40Aí desde aí foi inferno, eu traí de inferno.
01:44Pegou, né, a moto e ele saía, me deixava lá sozinha e sim, a gente tinha voltado, né, porque senão eu não teria voltado pra fazer, não teria dado meu dinheiro pra ele.
01:55Aí, aí, aí ficou por isso, né, aí todo dia o sofrimento, todo dia o sofrimento, só quem sabia que eu estava passando era minha amiga, né, que tudo contava pra ela.
02:11Tudo, tudo, tudo que acontecia eu falava pra ela.
02:14E foi isso, né, aconteceu que a gente acabou brigando pelo celular dele, né, eu estava sem celular, estava sem redes sociais, eu estava sem nada.
02:25E ele tinha tudo, tudo, tudo, tinha família, moto, tinha celular, tudo, tudo, tudo.
02:31E, então, deu, deu um dia, né, e coisou.
02:38Aí, até que um belo dia, né, eu fui conversar com ele, todo dia eu chamava ele pra conversar, não, bora conversar, bora tentar resolver isso, não sei o que, não sei o que.
02:47E, tipo, sem coisa aí, eu só me sentia ousada, entendeu, ousada por ele ter feito isso comigo, estava me passando, me humilhando, todo dia ele mandava eu ir embora da casa dele e ele sabia muito bem que eu não tinha pra onde ir.
03:02E, até que um belo dia, né, eu, sei lá, eu surtei, surtei, depois de praticamente um mês, né, um mês eu surtei, aguentando isso, dia depois dia, chorando, indo dormir chorando, acordando chorando, passando a tarde chorando.
03:21E, e, foi isso, e eu empurrei a moto, eu só fiz empurrar assim a moto e ela caiu e ele veio correndo lá de dentro do quarto dos irmãos dele e me bateu, me bateu na frente da minha filha de sete anos, é, é, tacou minha cabeça na parede, ficou um catombo aqui na minha cabeça e cuspiu na minha cara, jogou minha roupa, meus materiais de trabalho, tudo na rua, roupa da minha filha, tudo, tudo, tudo.
03:51Tudo no meio da rua, tudo, os pessoal viram o que tava acontecendo e tal e chamaram a polícia, né, eles mesmo que chamaram, eu não chamei, nem ele chamou, chamaram a polícia e o policial chegou, chegou lá e tal.
04:06E eu comecei a soltar a merda do vigilador, falei que ele tava, né, trabalhando com o estereogatário, né, tava roubando dinheiro do povo, tudo, e, e comecei a falar lá, falei do celular dele,
04:21que ele tinha meio uns cinco celulares lá e, e ficou por isso, ficou por isso que os policiais, eu não fiz um B.O. contra ele, que ele tinha me batido, nem nada,
04:33e nesse mesmo dia eu falei pra ele que eu tava suspeita, né, que eu tava grávida, porque a minha menstruação tava atrasadíssima, não veio mais passado, não veio até agora,
04:45e eu tava sentindo enjoo, muito enjoo, só de escovar o dente eu já tava sentindo enjoo, e, e eu falei, se o policial pudiu, e os policial simplesmente deixaram pra lá,
04:58ele pagou 1.500 pro policial, e, mais uma vez, não deu em nada, né, mais uma vez.
05:04Aí, hoje aconteceu que eu peguei umas coisas no celular dele, ontem, é, ele foi pra, pra Coari, com os amigos dele,
05:16foi pra lá, do nada, do nada, atravessou o rio, foi embora, foi embora, e nem falou nada, só foi.
05:24Me deixou sem carregador, me deixou sem nada lá, e foi embora, foi embora.
05:34Ele voltou hoje, em umas 4 horas da tarde, 4, quase 5 horas da tarde, e chegou, já foi direto dormir, né,
05:42que tava cansado e tal, chegou, foi direto dormir, até que ele deixou o celular de bobeira, desbloqueou o celular dele,
05:48e viu muita coisa lá, muita coisa, muita coisa, muita mulher, muito contato, ele marcando de sair, e, tudo, tudo, tudo,
05:58até menino casado, ele levando pra ir ver mulher, e tudo.
06:06E, eu, meio que tive um surto de novo, né, porque que mulher que vai ver isso e não vai fazer nada?
06:13Quem é a mulher, né, e, e eu peguei o celular dele, peguei o chip dele, quebrei o chip dele,
06:20e quebrei o celular dele, e ele foi lá na casa da mãe dele, falar pra ela, né, tudo,
06:26e a mãe dele foi lá, lá no quarto dele, foi com um negócio de ferro, assim, de botar na mão,
06:33e ela já foi na intenção de me bater, né, porque senão eu não teria ido com um negócio de ferro na mão,
06:38então, ela foi com a intenção de me bater, e, ela começou a me bater, começou a me bater,
06:45e, olha isso, isso aqui tava mais linchado, foi porque foi sete horas, sete horas da noite,
06:52agora já é três horas da manhã, mas eu sei que amanhã vai acordar muito feio,
06:56porque ele já fez exatamente isso comigo, exatamente, meu olho encheu, ficou roxo, roxo, roxo,
07:03e, e a mãe dele foi na intenção de me bater, já, foi na intenção de me bater,
07:10porque senão eu não teria levado aquele negócio, e ela me bateu, e tal, né,
07:15eu tentei não reagir por conta da respeito, né, ser senhora e tal, tentei não reagir,
07:23aí depois ele foi lá, também me bateu, e a irmã dele foi lá, a irmã dele me mordeu aqui,
07:31me mordeu, e a irmã me furou com a caneta,
07:37me furou com a caneta, tudo isso na frente da minha filha de sete anos, tudo isso, tudo isso,
07:50na frente da minha filha, a minha filha chorando, chorando, chorando, e ninguém nem aí,
07:56porque se eu estivesse ligando, estaria acusando, fora as humilhações que me humilharam pra caralho lá,
08:03me humilharam muito, muito, muito, muito mesmo,
08:08e foi isso que aconteceu, e eu quero só, só que, não sei, me ajudem a chegar em,
08:17em alguém que realmente resolva essa situação, as minhas coisas estão tudo lá,
08:22não deixaram trazer nada, eu vim com a roupa do corpo, descalça, descalça, e minha filha também com a roupa do corpo,
08:30eu tô toda dolorida, minha costela tá doendo, tá tudo, tudo péssimo, tudo, tudo,
08:36e é só isso que eu peço de vocês, só que me ajudem a chegar em alguém que realmente consiga resolver,
08:43porque eu não vou deixar isso assim, se for pra falar do esquema dele de historiografia, eu vou falar,
08:49eu vou falar, e isso que ele é um agressor de mulher, tudo, tudo, tudo, tudo eu vou falar.
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