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  • há 2 meses
Transcrição
00:00Atenção, por favor.
00:02Professor na tela, oi gente, como é que vocês estão, tudo bem?
00:05Bem-vindos de volta ao Arte ou Nada, seu canal de arte, cultura e um monte de coisa.
00:10Hoje nós vamos para o nosso terceiro tema mais cobrado no Enem, então, finalizando, hein, gente.
00:16Terceiro tema mais cobrado no Enem, que são as artes de vanguarda.
00:19Essas artes de vanguarda vão se desdobrar no segundo tema mais cobrado no Enem,
00:23mas aí vocês vão ter que esperar até a semana que vem para poder saber qual é esse assunto,
00:28o segundo assunto mais cobrado no Enem.
00:31Sem enrolação, vamos entender o que significa vanguarda ou vanguarda artística.
00:41Bom, gente, antes de falar sobre as vanguardas artísticas e essas estéticas,
00:47a gente precisa entender o que é vanguarda, o que significa essa palavra, né?
00:51Isso vem do francês, avant-garde, e significa guarda avançada ou guarda avante, né?
00:59São aqueles soldados que, numa guerra, eles são o fronte, né?
01:05Eles são aqueles soldados que vão para cima e abrem caminho para o restante dos militares.
01:11São os que mais se lascam numa guerra, com certeza, principalmente numa guerra que é corporal.
01:19Mas ser avant-garde significa exatamente isso, né?
01:22Significa você abrir caminhos para a tropa, para quem vem ali atrás.
01:29E o que essa galera fez foi realmente abrir caminho para os outros artistas, né?
01:35Para as outras estéticas, principalmente.
01:37Para a gente entender, de fato, como surgiram essas vanguardas,
01:41eu acho importante saber um pouquinho do histórico, né?
01:45Porque a gente tinha ali, desde o Renascimento até ali um período do Romantismo,
01:51pinturas que eram mais fiéis possíveis ao natural.
01:57Lógico que tinha um estilo ou outro.
01:59No Barroco a gente tinha o Tenebrismo,
02:01no Rococó a gente tinha muito Floreio, uma paleta de cor mais clarinha.
02:07No Renascimento, tentativa matemática de imitar a natureza e corrigi-la,
02:14deixando melhor, mais harmônica, né?
02:17Mas aí a gente chega numa época de revolução industrial.
02:23Tecnologias surgindo aí no mundo, não só o do Têxtil, mas em outras áreas.
02:29Tem a Primeira Grande Guerra, ou a Primeira Guerra Mundial,
02:34ela já estava se anunciando a coisa, o povo ali na Europa já estava sentindo que tinha uma tensão no ar,
02:43aquilo estava ficando cada vez maior, poderia culminar numa guerra.
02:49E aí até veio a Primeira Grande Guerra, ou Primeira Guerra Mundial.
02:54Então a gente tem avanço tecnológico, que está passando na cabeça do povo nessa época.
03:00Avanço tecnológico, tensão, futuro, que era incerto, né?
03:05Será que vai ter um futuro pra gente?
03:07Como vai ser esse futuro?
03:10E os artistas desse período, ali entre a Primeira Guerra Mundial e a Segunda,
03:15Primeira Guerra Mundial, um pouquinho antes,
03:18eles entenderam que a arte, que era produzida até então,
03:23já não representava o pensamento daquela época.
03:28A arte é isso, a arte sempre representa o pensamento de sua época.
03:32A arte do Renascimento, ela representava tudo aquilo que,
03:36não só os artistas, mas os intelectuais, os professores e as pessoas comuns
03:41pensavam na época do Renascimento.
03:44E ainda tinha a coisa da fotografia, eu já falei em alguns vídeos sobre,
03:51hoje em dia a gente fala que a fotografia libertou o artista.
03:56O artista não precisava mais imitar a natureza,
03:58porque a fotografia fazia isso muito bem, muito rápido,
04:01e num preço que era cada vez mais acessível.
04:05O artista levava um ou dois anos pra pintar uma pessoa,
04:08a fotografia ficava pronta num dia, numa semana.
04:10Então, isso fez com que alguns artistas virassem fotógrafos pra sobreviver,
04:17mas tiverem também aqueles que insistiram em ser artista
04:20se reinventar pra sobreviver.
04:24E isso tudo também influenciou a arte de vanguarda.
04:30Bom, acho importante a gente fazer esse comparativo aqui
04:32com o que vinha antes e o que vem depois.
04:35Primeiro, a gente tem uma arte clássica, um período chamado de academicismo.
04:41Todo o estudo feito no Renascimento e no maneirismo,
04:44ele se tornou material de escola de belas artes.
04:49Então, faculdade de belas artes, escola de belas artes,
04:52tradicionalmente ensina aquilo que foi aprendido no Renascimento,
04:57maneirismo, barroco.
04:58E isso se torna a escola acadêmica, arte academicista.
05:03É uma arte que acredita que se você não segue essas regras,
05:06você não tá fazendo arte.
05:07E o artista moderno, o artista de vanguarda,
05:10ele não quer seguir regra.
05:11Ele quer originalidade, ele quer se expressar,
05:13ele quer experimentar materiais novos,
05:16coisa que arte clássica é pintura,
05:19tem que ser óleo sobre tela,
05:22e aí vem a tinta acrílica,
05:24enfim, que dá um outro acabamento,
05:27aí vem a aquarela, aí vem outras coisas, né?
05:30E aí eu criei uma linha do tempo mais curtinha,
05:33só pra vocês entenderem um pouco do que tá acontecendo.
05:35Aqui, exatamente onde tá esse corpinho aqui,
05:38onde tá a minha cabeça,
05:40é o estilo rococó.
05:41Então, a gente já estudou em algumas aulas aí sobre barroco,
05:44eu falei um pouquinho sobre rococó,
05:46mas reparem que dá pra ver,
05:48eu tô tampando e eu não tenho nem onde ficar, né, gente,
05:52por conta dessa linha do tempo que eu fiz,
05:53vocês me desculpem.
05:54Mas aqui dá pra ver cores claras, suaves,
05:57uma forma humana ali, bonitinha.
05:59Aí você vai pro neoclássico,
06:00continua a mesma coisa,
06:02você vai pro romântico,
06:03apesar de ter uma história sendo contada aqui no romantismo, né,
06:07que é da coisa da França,
06:10mas a gente ainda consegue ver a figura humana,
06:12a mesma coisa no realismo.
06:13Vejo figura humana, vejo paisagem,
06:16tudo bonitinho.
06:18Impressionismo, já surge a fotografia,
06:20esse mito que eu falei do artista,
06:21como a gente vai viver futuro incerto, né?
06:24A fotografia tirou a nossa obrigação de refazer o que era feito no realismo,
06:29no romantismo, no neoclássico, no rococó e antes dele.
06:33Mas agora a gente tem possibilidades.
06:35E aí uma das primeiras possibilidades a serem exploradas ali foi impressionismo e pós-impressionismo.
06:41A aplicação da textura, demonstração de um sentimento.
06:46Mas a gente entende também que havia uma representação de uma imagem aqui.
06:53Dá pra ver uma pessoa, dá pra ver uma paisagem.
06:56E a coisa não foge tanto do natural.
07:00Tem uma textura interessante.
07:02Mas a naturalidade da coisa se mantém aqui.
07:05Agora dá uma olhada na linha de baixo.
07:08Nas obras aqui de baixo.
07:09Dá pra falar que elas representam o natural?
07:14Dá pra falar que elas fazem o chamado mimetismo?
07:17O que é mimetismo?
07:18É a imitação da natureza.
07:21Não tem essa obrigação mais.
07:23Você vê que lá no surrealismo,
07:25onde que você vai ver esse tipo de cenário na natureza?
07:29Soltam assim.
07:31Essas cores aqui do fulvismo.
07:33A gente não enxerga essas cores no mundo normal.
07:36É importante entender que a arte de vanguarda vai libertar o artista nesse sentido.
07:45De tirar dele, de fato, tirar, arrancar a obrigação de fazer uma arte que é interpretada,
07:53que é percebida através do olhar, que é quase que uma fotografia.
07:57E vai dar a ele a expressividade.
08:02Então é mais interessante eu me expressar e mostrar aquilo que a dança me remete
08:09do que a cena que eu vi de dança.
08:14E aí a gente vai fazer o seguinte.
08:15Pra cada um daqueles quadrinhos da linha do tempo que eu acabei de mostrar na parte de baixo,
08:20eu vou trazer uma explicaçãozinha pra vocês entenderem esses estilos de vanguarda.
08:25Cada estilo merece uma aula.
08:28Então, vamos lá.
08:30Primeiro eu quero falar sobre o fulvismo.
08:32Ele surge ali em 1905, iniciozinho do século XX.
08:36A tensão da Primeira Guerra Mundial já estava rolando.
08:42E ele surge na França.
08:43Esse nome, fulvismo, vem de fera, no sentido de besta, de ferocidade, de selvageria.
08:51Os artistas do movimento fulvista eram chamados assim porque eles usavam as cores do jeito mais puro possível.
09:00Então ficava muito saturado, ficava muito forte.
09:03Hoje em dia é comum a gente ver cores saturadas, cores fortes, até na roupa, né?
09:07Mas naquela época não era comum, não era certo.
09:10Então eles estavam fazendo uma coisa que era absurda no mundo das artes.
09:13Por isso eram chamados de fulvista, que é a palavra francesa, para designar heróis, bestial, animalesco e por aí vai.
09:24Então, além das cores muito fortes, o que a gente percebe no fulvismo?
09:30Formas que não são muito realistas, mas que expressam emoção.
09:34Mas eu acho que a principal característica do fulvismo são cores fortes, cores vibrantes, tá?
09:41Anrimatice é o principal nome, então você está fazendo a prova, viu lá?
09:45No enunciado da prova, o nome Anrimatice já começa a pensar em fulvismo.
09:51Aqui, gente, eu preciso chamar a atenção de vocês.
09:53Estou falando agora sobre o expressionismo.
09:55Também surge em 1905, vai até 1920, então ele vai um pouquinho adentro, nem a mais do que o fulvismo.
10:03Tem uma coisa da cor forte, tem uma coisa da...
10:08O emocional é que guia o artista, não é a realidade.
10:13Mas esse quadro aqui, ele é considerado expressionista, assim como os quadros do Van Gogh.
10:20E eu quero chamar a atenção, eu preciso chamar a atenção de vocês para o seguinte.
10:23Nem esse quadro, nem os quadros do Van Gogh são expressionistas.
10:28Por quê?
10:28Porque eles inspiram o movimento expressionista.
10:33Então, a gente está vendo aqui o grito do Eduard Munch.
10:36É uma pintura muito interessante.
10:39Recentemente foi descoberto que ele não saiu do manicômio, ficou atordoado com a cena do pôr do sol.
10:47Houve uma erupção do vulcão Krakatoa.
10:49Uma erupção gigantesca, espalhou cinza e fulvismo para tudo quanto é lado.
10:53E essa erupção alterou a cor do céu.
10:56Então, o que o cara está vendo aqui não é só o céu do fim de tarde qualquer.
11:03É o céu de um fim de tarde depois de uma erupção vulcânica que todo mundo ficou atordoado.
11:10Porque foi uma coisa gigantesca.
11:11Então, a gente tem no expressionismo visão pessimista do mundo.
11:18Então, o expressionismo vai mostrar qual é o sentimento que vai ser exibido em uma obra expressionista.
11:23Angústia, medo, solidão, favor.
11:28Acreditar que vai dar tudo errado.
11:30Esse é o tipo de sentimento, sensação que a pintura impressionista vai trazer.
11:38Coloquei aqui o grito e já falei para vocês.
11:40Não é expressionista de fato.
11:43Ele inspira o expressionismo.
11:46Isso aqui pode ser considerado pós-impressionismo.
11:49E a gente tem impressionismo, pós-impressionismo e expressionismo.
11:54Tudo na sequenciazinha.
11:56Pós-impressionismo.
11:57Com certeza é esse aqui.
11:58E o Van Gogh.
12:00Mas é possível, dependendo do livro, dependendo do autor, não sei o que.
12:04A gente pode pegar essa confusão.
12:07Porque tem muita gente que faz mesmo essa relação que eu fiz aqui.
12:10De falar que isso é expressionismo.
12:13Como é que a gente descobre, então, professor, o que é expressionismo?
12:16A gente vai ver pincelada forte, bem demarcada.
12:19Está vendo onde o pincel passou?
12:21Isso fica ali.
12:22Cada risquinho.
12:24E cada risco vai ter uma cor diferente.
12:26Então, é como se o artista fosse pegando cores diferentes do pincel e misturando na própria tela.
12:31A gente tem o uso de textura muito forte.
12:33Essa é a herança do Van Gogh.
12:35Então, aqui a gente tem um verdezinho ali.
12:38A gente tem a água e o movimento da água, que é feito com textura.
12:41O movimento da madeira do deck com textura.
12:43O movimento do céu laranjado com texturas de linhas.
12:46Tem muita linha formando textura aqui.
12:50Isso é muito Van Gogh.
12:51Mas o Eduardo Munch também trabalhava bastante com a criação de imagens através de texturas.
12:58Tentar sentido a imagem.
13:00À medida que você vai fazendo a imagem, você vai dando sentido às coisas.
13:04Isso é muito comum.
13:05E aí, como eu falei de medo, angústia, solidão, nananã.
13:08Coisas pontiagudas.
13:09Pode ser que você veja a figura formada por ângulos.
13:13Pode ser que você veja a figura formada por...
13:16Parecendo filme de terror, sabe?
13:19Aquele texto bem pontudo, assim, como se fosse um espinhento, uma coisa assim.
13:26O rosto um pouco meio deformado.
13:28Tudo é bem deformado no expressionismo.
13:31Pesquise no Google aí agora.
13:33Expressionismo, alemão, pintura.
13:37E aí vocês vão ver como é que era essa estética.
13:39Bom, o cubismo do Picasso, Pablo Picasso e George Braque, são os dois principais nomes desse movimento.
13:49A gente tem o efeito chamado de rebatimento.
13:53O que é o rebatimento?
13:54Nesse quadro a gente já tem um exemplo disso.
13:57O Picasso entendia que quando a gente olha para uma pessoa, seja de frente ou seja de perfil,
14:03o cérebro entende aquilo que o olho não vê.
14:07Se eu vejo vocês, se vocês estão me vendo aqui de frente, talvez na minha imagem não dê para ver as minhas orelhas.
14:16Mas o cérebro sabe que, vocês estão vendo o meu rosto aqui ou a cabeça, não tem orelha, tem o pescoço, né?
14:23Tem isso tudo.
14:25E aí o que é que o Picasso, ele fez?
14:27Ele começou a rebater, ele começou a pegar aquilo que não é visto pelo olho,
14:32mas que o cérebro sabe que está ali, e jogar isso para frente.
14:36Então quando ele joga isso para frente, ele joga em uma outra posição.
14:40Repare que nesse quadro das damas de Avignon, tem uma que está agachada lá no cantinho, o rosto dela está muito estranho.
14:46O nariz, tem tipo uma seta assim, preta, que é o nariz.
14:51Repare na posição do olho.
14:53Se fosse pintar essa pessoa, essa pessoa está meio que de costas, agachada de costas, olhando para a gente de lado.
15:00O que o Picasso fez foi pegar o lado que não é visível, o nosso olho, e virar ele para frente, encaixar ele aqui de frente.
15:10Então o cubismo, ele começa com essas coisas do rebatimento.
15:13Eu pego aquilo que o cérebro sabe que existe, mas que o olho não vê, e jogo para frente.
15:18Eu jogo tudo numa bidimensionalidade.
15:20Então eu tiro o 3D, tiro o tridimensional.
15:25Faço uma coisa que a câmera fotográfica não consegue fazer.
15:29Então isso foi muito inspirado na obra de Cezanne.
15:32O Cezanne começa a fazer uma geometrização das formas.
15:36E o cubismo tem dois momentos, analítico e sintético.
15:39Começa com o analítico, tudo vai sendo geometrizado.
15:45Ao ponto de você não reconhecer mais as formas.
15:48Até chegar ao cubismo sintético.
15:53Quando você chega num momento que o cubismo analítico, ele fica tão abstrato que você nem sabe o que você está vendo mais, o que você está pintando mais.
16:01A gente volta a colocar algum reconhecimento da forma do objeto que a gente está pintando.
16:07Sem perder todo o estudo que a gente fez.
16:10Então o analítico, a gente vai abstraindo, abstraindo, abstraiu demais.
16:13Mais sintético, abstraiu de menos, volto um pouquinho.
16:17Futurismo.
16:18Então aqui você vê que a gente está na Itália.
16:20E você vê que a gente está passeando, né?
16:22Países aí.
16:24Por isso vanguardas europeias.
16:25Elas emergiram de vários países.
16:28Inclusive o Picasso.
16:32O cubismo surge na França, mas o Picasso não é francês.
16:35Então vamos aí.
16:37Outra coisa, falarem sobre cubismo.
16:40Ah, que máscara africana.
16:41Assim, máscara africana influenciou o Picasso na criação do cubismo.
16:46Por conta da geometrização das formas.
16:48Agora eu estou falando do futurismo de Marinette.
16:51Lembra sempre de Marinette.
16:52Filipe o Marinette.
16:54Que era um poeta.
16:56Já como Bala.
16:57Fez essa pintura aqui do lado.
16:59É um artista também, um nome muito conhecido.
17:01Mas futurismo de Marinette.
17:02Pronto.
17:03Já sabe, está lá na prova falando.
17:04Marinette, futurismo.
17:05É isso.
17:06Então o que inspirou o movimento futurista?
17:11Modernidade, tecnologia, velocidade, máquina, progresso, futuro.
17:15A gente estava caminhando mais rápido.
17:16A gente estava se deslocando mais rápido.
17:19A gente estava alcançando outros lugares.
17:22Era outro movimento.
17:23Era máquina.
17:23Era o carro.
17:24Era o trem.
17:25Isso influenciou bastante.
17:27Tem também a energia elétrica.
17:29Tem também tudo quanto é novidade e tecnologia.
17:32Mas principalmente o movimento.
17:34O futurista, o artista do futurismo, ele não queria pintar o objeto máquina.
17:42Ele queria pintar o futuro.
17:45No caso de um carro, dificilmente ele iria pintar o carro como a gente vê.
17:50Como se fosse uma fotografia de um carro.
17:52Mas ele pintaria o movimento do carro.
17:54E não é o carro com a roda se mexendo.
17:57É o movimento do carro.
17:59A velocidade do carro.
18:01Lembra que a gente está falando aqui de uma coisa que é o emocional.
18:05O estado emocional.
18:06Qual é o estado emocional.
18:07Qual é o sentimento que a gente tem quando a gente está dentro de um carro.
18:10E esse carro está muito rápido.
18:12Um trem de alta velocidade.
18:14Então é esse sentimento.
18:15Essa sensação que o artista quer transmitir.
18:18Então aqui a gente tem no futurismo uma coisa muito característica que são as linhas.
18:24Está vendo que tem umas linhas aqui que parecem que tem uma sombra.
18:26Parece até que tem um relevo.
18:29Parece até uma colagem.
18:31Essa é uma característica muito forte do futurismo.
18:34Da pintura futurista.
18:36Já mostrei várias vezes essa obra do Marcel Duchamp.
18:38E lá vem ela de novo.
18:39Gente, isso aqui é icônico.
18:40Isso aqui é muito importante.
18:42É o head made.
18:43O que é head made?
18:44É você pegar um objeto comum e colocar ele como obra de arte.
18:49Tirar da sua função de objeto comum e dar a ele a função de obra de arte.
18:54É o que eu falei em algum vídeo aí para trás.
18:57A pergunta que a gente tem que fazer não é o que é arte.
19:00Mas quando é arte.
19:02Porque a gente pega uma coisa.
19:06Qualquer coisa que a gente pega a gente transforma em arte.
19:09Então é isso que o Duchamp está chamando a atenção.
19:12O dadaísmo tinha esse intelecto muito desenvolvido.
19:16E esse nome Dada vem da criança que fala Gugu Dada.
19:20Ou seja, é uma palavra que não tem sentido.
19:24Dadaísmo é anti-arte.
19:26É nonsense mesmo.
19:28O que aconteceu?
19:30A gente está aqui em 1916.
19:32A gente está no meio da Primeira Guerra Mundial.
19:34Meio para o final.
19:35E nada fazia sentido.
19:37Era gente indo para campo de batalha para morrer.
19:41Qual o sentido?
19:42Então o dadaísmo pensava assim.
19:44Se tudo que a gente fez racionalmente, raciocinando, sendo humano, intelectual, levou a gente a uma guerra.
19:53A gente tem que pensar de um modo diferente.
19:55Ou parar de pensar.
19:57Para não entrar em guerra de novo.
19:58Porque guerra não faz sentido.
20:01Essa era a ideia do pessoal aí do dadaísmo.
20:04Repara que estão na Suíça.
20:06Outro país.
20:07Europa.
20:09Arte de vanguarda espalhada pela Europa.
20:11E aí, então, os dadaístas questionavam a lógica, o padrão, a razão.
20:17Poemas dadaístas.
20:19Pega uma revista, sai recortando palavra.
20:22Joga no saquinho.
20:23Sacode, sacode, sacode.
20:24Vai pegando essas palavras.
20:25Do jeito que você pegou, você vai colando.
20:28E você vai montando um poema dadaísta.
20:30Tinha muita coisa.
20:34Se vocês pesquisarem aqui no YouTube mesmo, sobre dadaísmo, vídeos, apresentações, performance dadaísta,
20:42vão ver muita coisa que era sem sentido algum.
20:45Mas é a forma de criticar a guerra, principalmente.
20:49Criticar a cultura que levou a Europa a entrar em guerra.
20:54E mostrar que aquilo não fazia sentido.
20:57Que aquele momento que a Europa vivia, que o mundo vivia, não fazia sentido algum.
21:03Os artistas criticavam terrenhamente a ideia de que um jovem tem que ir para uma guerra para se matar e morrer.
21:12E aí, né?
21:15Destrói, aí é bomba para cá, bomba para lá, destrói casa.
21:18E qual o sentido disso?
21:21Era a crítica mais forte do movimento.
21:24E o motivo do movimento dadaísta existir.
21:28Por fim, né gente?
21:28Nós temos o surrealismo.
21:30O surrealismo já nasce ali no período entre guerras.
21:33Entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
21:37Ele vem do dadaísmo, tá?
21:39É a herança do dadaísmo.
21:41É uma evolução do dadaísmo.
21:43Só que aqui, a gente não quer o sem noção.
21:47A gente quer pegar essa informação, essa ideia conceitual do dadaísta.
21:53E misturar com o estudo do Freud.
21:57Sobre a psique humana.
21:59Sobre a psicanálise.
22:01Sobre o onírico.
22:03Quando vocês verem essa palavra onírico.
22:05O que é onírico?
22:06É sonho.
22:07É devaneio.
22:10Aliás, é uma palavra diferente que pode aparecer, né?
22:12Então assim, o que o surrealista queria...
22:17Viu uma imagem.
22:19Tá? Vamos lá.
22:20Viu uma imagem.
22:22Parece o sonho de alguém.
22:24De tão confuso que é.
22:25De tão estranho que é.
22:26Reconhecer uma pintura surrealista é muito fácil.
22:30A pintura surrealista não é geométrica, não é abstrata.
22:34Ela é abstrata sim, mas sem ser geométrica.
22:37Ela é figurativa.
22:39E ao mesmo tempo é abstrata.
22:40Esse monte de relógio derretido aqui.
22:43Hoje em dia a gente poderia fazer um cenário, ir lá com maçarico, derreter, mas não ficaria tão igual aqui.
22:49Entende?
22:50E se você pega as obras do Salvador Dalí, que é o principal nome do surrealismo,
22:58você vai ver que tudo parece um sonho.
22:59Parece que ele sonhou, acordou e pintou, porque ele fazia isso de verdade.
23:04Ele pintava aquilo que ele sonhava.
23:05Uma das coisas que os surrealistas faziam, que eles pegam essa mistura da herança do dadaísmo com a obra do Freud,
23:13era deixar o subconsciente pintar.
23:18Eu vou pegar o pincel, as tintas que eu tenho a tela, e eu simplesmente vou.
23:24Eu não vou pensar no que eu estou pintando.
23:28Eu não vou.
23:29Eu simplesmente vou pintar.
23:31Vou deixar com que o meu subconsciente me guie.
23:33mergulho o pincel na tinta, passa na tela e vamos embora.
23:37Vê o que acontece.
23:39Vamos ver o que vai vir aqui de imagem.
23:42Essa é a ideia do surrealismo.
23:44Quando você deixa a imagem vir do jeito que ela tiver que vir,
23:48é o seu subconsciente agindo.
23:50Então é extrair informação de uma parte da mente que está tão profunda
23:54que a gente não reconhece.
23:56Esse é um dos trabalhos, uma das contribuições do Freud para a psicologia, para a psicanálise,
24:05para os estudos da mente humana.
24:07Por hoje, minha gente, é isso.
24:09Não vou ficar me estendendo.
24:10Eu precisaria de pelo menos uma aula para cada movimento para trazer conteúdo bacana para vocês.
24:14Estamos terminando já o terceiro tema.
24:18Então daqui a pouco vem o segundo e o primeiro.
24:20Então estamos terminando essa primeira série de vídeos.
24:23E aí numa segunda série de vídeos, vídeos mais robustos,
24:28eu vou falar sobre movimentos artísticos, sobre cada artista.
24:32E aí vou trazer muita informação mais interessante.
24:36Se você gostou dessa aula, daqui a pouquinho, logo daqui a pouco,
24:39daqui a pouquinho não, logo daqui a pouco,
24:41vem conteúdo mais denso sobre cada uma dessas aulas aqui.
24:44Aqui é um resuminho bem mastigadinho.
24:47Ficou com dúvida?
24:47Vai na internet, pega imagem, pega texto e se informa um pouco melhor.
24:52Aqui é só o tempero da carne.
24:55Então vamos lá, gente.
24:56Arte de vanguarda significa arte à frente de seu tempo.
25:01Arte que abre caminho para o que a gente conhece hoje em dia.
25:05Revolução industrial, tecnologia, Primeira Guerra Mundial,
25:08Isso tudo motiva o artista a pensar numa arte condizente com o tempo da Revolução Industrial,
25:17da tecnologia e da Primeira Guerra Mundial.
25:19Talvez até da Segunda Guerra Mundial.
25:22O artista precisava de liberdade criativa e experimentação.
25:26Precisava porque aquele momento pedia para você retratar aquele momento,
25:30você precisava daquilo.
25:31Mas também precisava porque a fotografia veio e tirou esse ganha-pão da maioria dos artistas.
25:37A gente fala dos grandes nomes da arte, mas tinha muita gente que vivia da pintura.
25:43E aí passou a virar fotógrafo, foi fazer outra coisa ou insistiu na pintura.
25:49E são nomes um pouco menores, não menos importantes, mas menos conhecidos.
25:54Porque tem artistas espalhados pelo mundo todo.
25:57A gente conhece um pouquinho daqui e dali.
25:59Foram os que conseguiram se destacar, sabe-se Deus lá, porque mentira, a gente sabe.
26:03Eu vou explicar para você um dia, bem mais para frente.
26:06Por enquanto, eu peço para que você se inscreva no canal, porque toda quarta-feira tem vídeo novo.
26:12Deixe um joinha.
26:15Ative o sininho.
26:17Comenta o que foi legal, o que não foi.
26:20O que eu falei errado.
26:21Isso aqui é uma obra aberta, a gente tem que compartilhar informações.
26:26Me corrijam, não tem nenhum problema em relação a isso.
26:29E no mais, até semana que vem.
26:33Um beijo, um queijo.
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