Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 3 meses
A Equipe Ibiara Notícias lançou o documentário “Lendas de Ibiara”, produzido com o apoio da Lei Paulo Gustavo. O projeto tem como objetivo preservar e dar visibilidade às narrativas populares da cidade, muitas delas baseadas em fatos reais que, com o tempo, se transformaram em lendas.




O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa detalhada, que incluiu entrevistas com moradores, visitas a locais históricos e análises culturais. Entre as histórias retratadas no documentário estão a do “Bicho do Açude”, que surgiu a partir de acontecimentos reais ocorridos na região, e a da “Morta Viva”, registrada na história do município.

Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00Prepare-se para embarcar em uma jornada intrigante pelas lendas e mistérios de Ibiara.
00:25Neste documentário exploraremos a essência das lendas, o confronto entre narrativas do real ao mito.
00:32Começaremos nossa jornada com as lendas mais antigas e documentadas, mergulhando na história do misterioso bicho do açude e na assombrosa lenda da morta-viva.
00:41Em seguida, desvendaremos outras lendas ocultas, cuja busca foi repleta de desafios.
00:47Prepare-se para descobrir os segredos entrelaçados à rica tapeçaria das histórias de Ibiara.
00:55Entre encantos e mistérios
00:57Onde lendas e mitos se entrelaçam em seus fios
01:06Do bicho do açude a mulher da estrada
01:15Histórias que a noite escura nunca calma
01:23Na casa assombrada
01:28Espíritos vagueiam
01:32As lendas muitas vezes nascem de fatos reais, locais ou personagens históricos, temperados com a imaginação popular.
01:44Elas preservam a memória do passado, contando histórias de bravura, amor, tragédias e superação que moldaram a identidade da comunidade.
01:53As lendas são um patrimônio cultural inestimável, que contribui para a preservação da identidade de um povo.
02:01Elas conectam as gerações, fortalecem o senso de comunidade e celebram a riqueza da cultura local.
02:07As lendas são mais do que simples histórias, são portais para a alma do povo, revelando sua cultura, valores e visão de mundo.
02:16Preservá-las e compartilhá-las é um dever de todos, pois elas nos conectam com o passado, moldam nossa identidade e nos inspiram a construir um futuro melhor.
02:25As lendas são como um rio que flui através do tempo.
02:29É nossa responsabilidade garantir que esse rio continue a fluir, irrigando as gerações presentes e futuras com a sabedoria e a beleza do passado.
02:38As lendas são como um rio que flui, irrigando as gerações presentes e futuras com a sabedoria e a beleza do passado.
03:08Histórias que a noite escura nunca acalma.
03:16Na casa assombrada espíritos vagueiam, sussurros e gemidos pelas paredes ecoam.
03:27O velho da madrota figura sombria, som de repente, deixando apenas a névoa fria.
03:38Ibiara, cidade das lendas, onde a fantasia se mistura com a realidade.
03:51Comadre florzinha protege a mata, estátua que gira, guarda um segredo em sua testa.
04:00Acreditar ou não cada um decide, mas as histórias de Ibiara jamais se esquecem.
04:14É dos do passado que no presente residem, encantando a alma e alimentando a mente.
04:23Lendas, particularmente e historicamente falando, elas são criadas, são contadas para dar sentido,
04:43para dar um significado a algum fato ou alguma coisa que de fato aconteceu.
04:50Dar significado, atribuir significado a alguma coisa que aconteceu e dê sentido àquilo.
04:59É verdade? Aconteceu? Acontece? Não sei. É mentira? Também não posso afirmar.
05:05As lendas, embora envoltas em mistério e fantasia, podem conter grãos de verdade.
05:12Frequentemente nascem de eventos reais, reinterpretados e adornados com elementos folclóricos ao longo do tempo.
05:19Assim, mesmo que um ser metade cobra e metade gente ou uma morta viva não existam,
05:25as lendas que o cercam podem refletir perigos reais da natureza ou medos ancestrais da humanidade.
05:30É nesse ponto que reside o fascínio das lendas, na tênue linha entre o real e o imaginário,
05:37onde a história se transforma em um espelho da cultura local.
05:45Essa lenda faz parte da história de Biara.
05:49Então, assim, é algo que faz parte da história, né?
05:51Acredito que não tem como a gente desprender da história de Biara essa lenda.
05:55A lenda conta que uma menina teve um filho, engravidou, teve um filho,
06:03e para que esse boato, essa história, não se espalhasse,
06:07ela teve que jogar a criança no açude, teve que se desfazer da criança.
06:12Jogou a criança no açude, e essa criança veio a tornar-se um bicho que aparecia para as pessoas,
06:19até que apareceu para um senhor que duvidou dessa lenda, dessa história.
06:28E esse bicho apareceu, né?
06:31Conta-se que esse bicho pode ser metade pessoa e metade cobra, ou outro tipo.
06:38E apareceu, e ele sumiria, no caso, se um grande religioso viesse a batizar essa criança.
06:46Então, já tem uma misticidade religiosa envolvida também.
06:51Até isso acontecer, esse açude nunca secaria.
06:56E de sete em sete anos, esse bebê também chora, né?
07:08Pessoas escutam o choro dessa criança.
07:11Eu acredito, assim, culturalmente falando, a lavanderia já fazia parte do açude, né?
07:21Eu não tenho conhecimento de quando o açude foi feito, né?
07:26Nem por quem, nem quando.
07:28Não sei se quando Joaquim Lopes chegou já tinha esse açude.
07:32Ou ainda não tenho, não tive acesso a registros que datam,
07:36Nem pessoas que conheçam a data de construção desse açude.
07:44É que as pessoas utilizavam da água justamente para lavar roupa, né?
07:48Como era comum em todas as cidades.
07:51Conta na lenda que ele pode ser de três tipos, né?
07:54Pode ser metade cobra e metade homem.
07:58E pode ser também que é um grande peixe.
08:03Que é um grande peixe ou que é metade cobra e metade homem, né?
08:08Mas ele fazia aparições, né?
08:11Como forma de assustar.
08:12E as pessoas, por desconhecerem, né?
08:14E por terem medo dessa coisa diferente, né?
08:18Se assustavam.
08:20Historicamente falando, a gente pode entender que,
08:23Como a lenda inicia falando que uma mulher teve que jogar
08:27Esse bebê dentro do açude para que essa história não se espalhasse,
08:32Dá a entender que, possivelmente, ela teve essa criança com um homem
08:36Que era casado.
08:37Ou que ela não era casada, né?
08:40E não poderia assumir essa criança sozinha.
08:43Já que estamos falando, possivelmente, de um período
08:45Que a mulher não tinha essa liberdade, né?
08:49Essa individualidade, essa independência.
08:51E teve que se desfazer da criança.
08:56Teve que jogá-la, né?
08:57Em algum lugar ou ir embora da cidade, né?
09:01Para que essa história não se espalhasse
09:02E não ferisse a moral e os bons costumes.
09:06E pode-se entender também que
09:09O ensinamento que passa é que
09:12As mulheres não deveriam, né?
09:15Mesmo que tenham feito um ato errado
09:17E ter engravidado
09:19Não deveriam se desfazer de uma criança, de um bebê
09:24Porque isso poderia trazer consequências
09:27Para a própria população, né?
09:30Como essa...
09:31Como esse bicho do açude
09:33Criar esse bicho no açude
09:36Já que não foi jogada a criança
09:39Conhecida como Mãe Sinara
09:47Residia na cidade de Biara
09:49E teve um...
09:51De repente teve um ataque
09:52Chamado ataque de catalepsia
09:55A catalepsia é um distúrbio neurológico
09:58Que causa episódios repentinos
10:00De rigidez muscular
10:01E perda da consciência
10:02As pessoas em estado cataléptico
10:04Podem ficar em posições bizarras
10:06Por longos períodos de tempo
10:07Sem sentir dor ou desconforto
10:10Elas também podem ter dificuldade
10:12Em falar, respirar e mover os olhos
10:14Não recobrava os sentidos, né?
10:18O pessoal que a acompanhava
10:20Ficou agoniado
10:21E entenderam
10:23Todos entenderam
10:24Que ela estava morta
10:25Essas questões de morte
10:26Antes
10:28Hoje ainda precisa
10:29Mas antigamente
10:30Necessitava muito
10:32E acreditava-se muito
10:33Em ter a presença de um religioso, né?
10:36Para fazer esses ensaios pós-morte
10:38Dar esse último adeus
10:40Deixar o morto ali tranquilo
10:43O morto capaz de fazer a passagem
10:46Fazer aquelas rezas
10:47Para que ele pudesse alcançar a eternidade
10:50E com isso
10:51Chamou-se o vigário
10:53Que residia na cidade de Piancó
10:56Como era um percurso bem longe
10:59O transporte, né?
11:00Ainda era
11:01Não existia carros
11:03Veio a cavalo
11:05E enquanto isso
11:06O pessoal foi fazendo, né?
11:08Vestindo a mortalha
11:09Colocando-a no caixão
11:11Ou possivelmente numa rede
11:13Que era onde enterrava
11:14E fazendo todos os rituais
11:17As rezas
11:17As orações
11:18Esperando a chegada do vigário
11:20Para dar a reza final, né?
11:24Só que quando o vigário chegou
11:26Depois de muito tempo
11:28Percebeu que no momento da oração
11:32Mãe Senhara se mexeu, né?
11:35E aí todo mundo começou
11:37Ficou apavorado
11:38E com medo, né?
11:41De um morto ali
11:43Teoricamente
11:44Se mexendo, né?
11:45Abrindo os olhos
11:46E aí depois de um bom tempo
11:49Percebeu-se que Mãe Senhara
11:51Não estava morta, né?
11:53Tinha tido apenas um
11:55Como coloca-se na lenda
11:57Uma rigidez dos músculos, né?
12:00E ficado ali paralisada
12:01E teoricamente, né?
12:04Ali morta
12:05As pessoas acreditavam
12:07Que ela estava morta
12:08Mas depois de um tempo
12:09Ela foi voltando à vida, né?
12:12Então assim
12:13Como o período
12:14Não tinha essa medicina científica, né?
12:18As pessoas não tinham conhecimento
12:20Não tinham médicos ali
12:22Para fazer aquela avaliação
12:24Nem tinha essa ideia
12:26De esperar 24 horas
12:27Para poder enterrar
12:29Então
12:30Todo mundo achou
12:31Que ela era morta, né?
12:32Mas há uma explicação
12:33No caso
12:34Médica para isso, né?
12:36É uma doença
12:38No caso
12:38Um ataque
12:38Que dá
12:39E a pessoa fica imóvel
12:42E pode entender
12:43Que ela está de fato morta, né?
12:45Mas depois de um tempo
12:46Ela volta à vida de novo
12:48Novamente
12:49Essas foram as duas lendas
12:51Mais famosas de Ibiara
12:53A lenda do bicho do açude
12:54E a história da morta-viva
12:56Mas a cidade tem um bocado
12:58De outras histórias incríveis
12:59Uma delas
13:00Que muita gente conhece
13:02É a lenda da mulher de branco
13:03O pai da filha que vinha
13:13De Diamante
13:14Para Ibiara, né?
13:15Que quando chegou ali na curva
13:16Um pouquinho depois da curva
13:18Tinha uma mulher
13:19Toda vestida de branco
13:20Tá?
13:21Pediu carona
13:22Essa mulher foi entre o pai
13:23E a filha
13:24No carro
13:25E nisso
13:26Elas começaram a conversar
13:28A filha
13:29Tanto a filha
13:30Como o pai
13:30A conversar com essa mulher
13:31E foi a estrada
13:33Quase
13:33Chegando ali na Diamantina
13:35Um pouco
13:36Depois da Diamantina
13:37Tem aquela cidade da Diamantina
13:38Que também tem uma curva
13:39Um pouquinho mais pra frente
13:41Um pouquinho
13:42Que não é reta
13:42Diz que o pai
13:43E a filha
13:44Começaram a sentir um cheiro
13:45Muito forte de rosa
13:46E aí o pai e a filha
13:49Olhou assim pro lado
13:50O pai também olhou pro outro
13:51Pra ver onde é que vinha
13:52Porque eles vinham
13:53Do lado da janela
13:53E aquele cheiro de rosa forte
13:55Eles olharam pra ver
13:56Se tava vindo
13:57De algum lugar
13:58Da estrada
13:58Quando eles viraram
14:00Quando a filha e o pai
14:01Viraram pra
14:02Comentar sobre o cheiro
14:03Cadê a mulher?
14:04Não tava mais no carro
14:06De botija
14:13Eu tenho amigos
14:15Que
14:15Que
14:16Já sonharam com botija
14:18Que foi
14:19Que foi até o
14:20Acho que é o nome dele
14:22Eu não sei se foi Cleone
14:23Sei que era um dos irmãos
14:24Que eram vizinhos na minha casa
14:25Que sonhavam com a botija
14:27Ali
14:27Num pé de
14:29Como ele já falou
14:30Eu vou falar
14:30Porque quando diz que fala
14:32Ela não tem
14:33Não tem mais
14:34Não existe mais
14:35Você tem que
14:36Ir lá atrás dela
14:36Sozinha
14:37Ou com a pessoa
14:38Que você tem
14:39Que aparece no sonho
14:40Então ele sonhava
14:41Que tinha ali
14:42Num pé de joar
14:43Ali do lado
14:44Da casa
14:45Quando eu moro hoje
14:46No
14:46No sítio dos Ramalho
14:49E inclusive
14:50Esse pé de joar
14:50Ainda tem até hoje
14:51Esse pé de joar
14:52E essa
14:53Era uma mulher
14:53Que dizia
14:54Sempre ir pra ele ir lá
14:55Pra ele pegar
14:56Essa
14:56Caça da botija
14:57E ele
14:58Sonhava quase todo dia
14:59Ele pegou
15:00E aí
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado