00:00E aí a gente está falando do João do River, que era um time que realmente era lotado de créditos da seleção argentina, tinha na Paraguai, como você lembrou também.
00:07E aí eu queria perguntar para você, eu não sei nem se você estava na área nesse momento do gol do Juninho, que você estava lá atrás, de onde você estava nesse momento, qual foi a sua reação?
00:16Você se surpreendeu, porque é uma partida de muito longe, né? Como é que foi?
00:19O primeiro é que foi um dos jogos mais difíceis que eu tive na minha carreira, porque a qualidade do time do River, mais a força do torcedor, aquilo ali foi uma pressão que eu não tinha visto há muito tempo.
00:34E quando você tem a pressão só do torcedor, é uma coisa, quando você tem a pressão de um time que tem qualidade, aí fica mais complicado ainda.
00:42Então o que a gente via naquele momento ali, que só uma bola parada, porque a gente não conseguia mais chegar na frente, a gente estava indo e pum, parava, pum, parava.
00:53Então aconteceu um lance que foi importante, que o Juninho entrou, o Juninho vinha com problemas no pubis, e depois o Wagner também entrou, junto com os dois entraram.
01:05E aí o Wagner sofreu a falta, e o Juninho bateu a falta, que acabou nos dando a condição de chegar à final, que fez um golaço.
01:14Então, eles não conheciam, né? Acho que a batida deles a gente já conhecia.
01:19E aí, assim, hoje em dia, a torcida da Mascaína leva esse jogo muito, não foi a final, mas como se fosse a final, né?
01:25Eu imagino que na época vocês não tinham essa noção, mas olhando para trás, vocês têm essa percepção de que quando aquela bola entrou, eu falo que a gente vai ser campeão.
01:34Existe isso hoje?
01:35Olha, eu acho que o momento que a gente empatou aquele jogo, para nós, a gente foi um alívio, né?
01:44Porque a gente estava indo já, praticamente, para os pênaltis, né?
01:48E aí nos pênaltis a gente sabe que tudo pode acontecer.
01:51Mas a minha maior preocupação naquele momento, quando eu falava com meus companheiros, era não tomar o segundo gol.
01:57Se a gente tomasse o segundo gol, aí ia acabar tudo.
02:01Não ia ter mais condições de, nem nos pênaltis, de reverter essa situação.
02:05Então a gente fechou ali, a gente conversou com alguns jogadores, vamos fechar aqui, deixa o pessoal lá da frente, Luizão e Donizete decidirem.
02:14Mas aí aconteceu esse lance da falta, que foi importantíssimo.
02:21E uma coisa assim que tem que ressaltar o nosso time, desse 97, 98, 99, ele fazia muito gol de bola parada.
02:31Eu acho que 40% dos gols eram de bola parada.
02:34Ou de bola parada direta, ou de uma cabeçada, um desvio de alguém.
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