A Polícia Civil do Estado do Pará (PC) apontou que o capitão do rebocador que colidiu com a nova ponte do Outeiro, que está sendo construída, teve responsabilidade pelo acidente. De acordo com perícia da polícia, o comandante identificado como Mário Lima assumiu o risco ao não tomar medidas para evita-la. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra) informou que a estrutura da ponte não foi danificada. As obras continuaram nesta segunda-feira (18) e prazo para término da ponte é de até 70 dias.
REPORTAGEM: CIRA PINHEIRO IMAGENS: BRUNO MACEDO E DIVULGAÇÃO/ PC EDIÇÃO: KARLA PINHEIRO (SUPERVISÃO TARSO SARRAF)
00:00O comandante da embarcação que colidiu com a ponte de Oteiro neste domingo já está preso.
00:06Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Raimundo Benassulli, ele foi imprudente e assumiu o risco de causar o acidente.
00:15Na realidade, assim que nós soubemos, a equipe policial da delegacia fluvial se deslocou para o local
00:21e lá constatou inicialmente que não se tratava de um acidente culposo, ou seja, aquele onde a pessoa não tem intenção de provocá-lo.
00:29Muito pelo contrário, se verificou ali que a questão da maré, da profundidade do rio, dos ventos, definiu que a ação havia sido dolosa.
00:40O capitão da embarcação, o piloto, no caso, ele assumiu o risco de provocar o acidente, ou seja, ele bateu na ponte,
00:49ela foi danificada ali na parte de baixo, pelas gaiolas, e isso tudo poderia ter sido evitado se ele tomasse outro curso.
00:56É um piloto com experiência e não havia justificativa para ele ter tomado aquela decisão de seguir aquela rota.
01:03Essa ponte de Oteiro atingida pela embarcação está em construção.
01:07Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Adler Silveira, a altura da ponte não está baixa e a estrutura não foi danificada.
01:17É importante ressaltar que, desde a concepção do projeto, todos os dados de construção foram apresentados à Marinha do Brasil, via Capitania dos Portos,
01:28bem como as empresas que fazem a navegação ali no canal do Maguari.
01:32É importante ressaltar que nós temos hoje as cartas de anuência dessas empresas que fazem essa navegação,
01:38ou seja, elas têm conhecimento da altura do gabarito da ponte, que é a distância entre o leito, a lâmina d'água do rio para a estrutura da ponte,
01:49que hoje é de 11,40 na maré baixa e 13,90 na maré alta, respeitando todas as normas de acordo com o que existe na norma técnica da Capitania dos Portos
02:01para quem navega ali no leito do rio Maguari.
02:04Então, o que a gente está seguindo é uma norma técnica instituída pela Capitania dos Portos para a construção da ponte.
02:11E, consequentemente, as empresas precisam estar adequadas a essa mesma norma técnica
02:15que é instituída pela Capitania dos Portos para a navegação ali no braço do Maguari.
02:21Sendo que há as cartas de anuência exatamente para a gente não ter essa, deixar de ter essa confirmação que elas sabem,
02:28a altura da estrutura de navegação.
02:30A Majonave Transporte Fluvial da Bacia Amazônica, empresa responsável pelo rebocador,
02:36se posicionou sobre o caso por meio de nota publicada nas redes sociais.
02:41A empresa explicou que, em razão das condições naturais da área,
02:45influenciadas pela maré, correntezas e ventos,
02:49a embarcação foi deslocada e acabou tocando a gaiola de segurança instalada na estrutura da ponte.
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