O jornalista e escritor Ullisses Campbell, mestre do jornalismo investigativo e autor do aguardado livro Tremembé: o presídio dos famosos, revela bastidores do complexo prisional no interior de SP que já abrigou nomes como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Alexandre Nardoni, Anna Carolina Jatobá, Robinho e os irmãos Cravinhos. História, crime e curiosidade, tudo no mesmo papo!
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NotíciasTranscrição
00:00Esse aqui é o nosso craque que é o Ulisses Campbell.
00:03Sim.
00:04Ele está com o livro novo, meu querido Morgadão.
00:06Tudo bem, Ulisses?
00:07É muito bom, sim.
00:07Muito bom, vou mostrar aqui para a nossa câmera.
00:10Aqui, ó, Tremembé, o presídio dos famosos aqui, ó.
00:13Ó que legal.
00:15Todos os livros aqui, best-sellers, todo mundo adora.
00:18Tem da Suzane, tem a turma toda.
00:20Primeiro, bem-vindo ao nosso programa.
00:22Eu queria saber quem está no Tremembé.
00:25Quais são os famosos, porque nós temos uma lista que eu já estou vendo aqui.
00:27É, os protagonistas, né, as estrelas, os famosos que ainda estão em Tremembé.
00:36É o Lindenberg, que é o sequestrador e assassino da Eloá.
00:40Ah, que é aquele caso que foi, né, ao vivo e tudo mais na televisão.
00:44Sequestra ao vivo.
00:46A história dele está abordada nesse livro.
00:49Tem os novos, né, que é o Robinho, o ex-jogador, e o Tiago Brenan,
00:53que é o empresário que é acusado de estuprar diversas mulheres.
00:57Ainda está lá também o Roger Abdelmacy, que é outro médico famoso pelo estuprador cereal.
01:05Médico de inseminação, né?
01:07Nossa, esse caso, sim.
01:09E aí tem no presídio feminino aquele casal homoafetivo, Ana Flávia e a Karina.
01:14Não sei se você lembra, que eles tocaram fogo na família inteira,
01:18no São Bernardo do Campo, dentro do carro.
01:20Ela é uma Suzane 2.0, porque ela matou a Ana Flávia, no caso, que era a filha.
01:26Ela matou o pai e a mãe e mais o irmão para ficar com a herança.
01:30A Suzane ainda poupou o irmão, aceitou, tipo, dividir a herança com o irmão.
01:35A Ana Flávia, ela não poupou o irmão.
01:38É um caso bem conhecido, que eles tinham um quiosque de perfume no shopping.
01:42Meu Deus.
01:44Não, mas é só caso, né?
01:45É, celebre.
01:46Ulisses, deixa eu só convidar a turma, realmente, onde que compra o livro?
01:50Não, então, o livro, a gente tá lançando aqui a capa.
01:54Não, a capa.
01:55A capa da Matrix.
01:56Inclusividade, né?
01:57Só quem tá aí, o Paulo da Matrix, ele já é...
01:59Grande Paulão.
01:59Esse é sócio, meu, desde a época dos irmãos bacalhau, meu.
02:03Grande Paulão da Matrix.
02:04Então, lançamento aqui...
02:06O Paulo é ali, o dono da porra toda é o Paulo.
02:07O livro, ele tá, nesse momento, na gráfica, rodando.
02:10A gente trouxe esse livro aqui, é fake, se você abrir...
02:13Ah, é?
02:14Vamos ler o livro.
02:15Olha, tem um negócio de tarô.
02:16Não, não, não, isso é Kama Sutra.
02:17O que que é isso?
02:18É só a capa aqui.
02:19Não, muito bom, mas você sabe que é Dimensão Sobrevivência.
02:22Eu não leio.
02:2350 posições de Kama Sutra, o que é isso?
02:25É, zíper das paredes.
02:27Ó, deixa eu contar uma coisa.
02:28Eu tava vendo várias entrevistas, a gente quer abordar sobre este livro, que, pô, todo mundo vai querer saber daqui a pouco.
02:33Você recebe ligações, cartas, de pessoas que já pensaram em matar alguma vez?
02:41É verdade isso?
02:42É quando eu lancei a Elize Matsunaga, a mulher que escortejou o marido, em 2021.
02:49Eu tava na época da pandemia, e aí eu comecei a receber mensagens pelo Instagram de mulheres que se identificavam com a Elize,
02:59mas não tinham chegado até o fato de matar o marido, né?
03:03Elas pensaram em matar o marido, eu lembro de uma que chegou a tentar matar o marido.
03:07E aí, como tava na época da pandemia, eu comecei a conversar com essas mulheres.
03:11Eu até pensei em fazer um livro, porque elas sempre me mandavam mensagem de madrugada, e eu comecei a chamar elas.
03:17Fiz um grupo de mulheres possíveis assassinas.
03:21Mulheres insônios, eu chamei o grupo, porque elas...
03:24Cara, olha isso.
03:25É uma boa.
03:25Mas se você conversar com elas, tipo, cara, é uma coisa muito dramática.
03:31Por exemplo, eu lembro que eu fiz um Zoom com uma delas, ele é até de Belém do Pará.
03:36E aí era uma senhora, assim, dos seus 60 anos, uma senhora muito bonita e tal.
03:41E aí ela tinha um sorriso, assim, bem bonito.
03:44Ela perguntou, o que você acha do meu sorriso?
03:45Eu falei, a senhora tem um sorriso muito bonito.
03:48Os seus dentes são muito bonitos.
03:50Ela disse, pois é, é tudo porcelana, porque meu marido quebrou todo o seu corpo, me esmorrando.
03:55Que coisa, hein?
03:55E aí eu falava, mas por que a senhora nos separa?
03:58Porque ele é um ótimo pai.
04:00Tipo, meus filhos, porque ainda tem isso, né?
04:02O que é o dilema da Elize Matsunaga hoje.
04:06A Elize, ela tem que fazer um acerto de contas com a filha, não pra explicar por que ela matou o marido,
04:12pra explicar por que ela matou o pai da menina.
04:14E a filha tá com os pais do...
04:17Os pais do Marcos.
04:18Voltando a falar da Elize.
04:19Tá com os pais do Marcos.
04:20Então, as mulheres que me mandavam mensagem, elas tinham histórias, assim, muito parecidas.
04:25Eram mulheres...
04:25Caramba!
04:26Eu lembro de uma que ela me mandou uma mensagem, ela era do interior do Pará, de Altamira.
04:32E ela me mandou uma mensagem, ah, eu vou matar meu marido.
04:34Aí depois ela passou um mês, ela me mandou uma mensagem, ela já tava morando no interior do Mato Grosso.
04:39Ela trabalhava em Garimpo.
04:41Ah, eu vou matar meu marido.
04:42Aí depois ela me mandou uma mensagem morando no interior de Santa Catarina,
04:46dizendo assim, acabei de matar meu marido.
04:48Mentira!
04:49Meu Deus!
04:49Tipo, aí ela me mostrou as fotos, sabe, do que ele fazia com ela ao longo de tudo.
04:55Ela morava numa cidade, o marido era garimpeiro e ela trabalhava na lanchonete do Garimpo.
05:02Eles se conheceram assim.
05:04E aí, ele batia nela de noite, ela ia na delegacia, dava queixa, já tava na época das medidas restritivas.
05:13Mas ela conseguia essas medidas, o marido mesmo assim desrespeitava a medida, batia nela.
05:19Ela mudava de cidade e ele mudava atrás.
05:22Cara!
05:22Por último, em Santa Catarina, quando ela resolve matar, ele já tava abusando sexualmente do filho dela de 12 anos.
05:30Nossa!
05:30Aí ela disse, não, agora...
05:32Você acha que a maior motivação das pessoas matarem é por vingança, violência doméstica?
05:37Tem algum dado que fala por que as pessoas matam?
05:40Impassional, assim, no caso, assim, eu tô falando de um recorte que é meu trabalho, que é tudo crime contra a vida.
05:46E geralmente, geralmente é crime passional.
05:48Você vê, por exemplo, o Tremembé, qual é o perfil de Tremembé?
05:51É a mãe que matou o filho, a filha que matou a mãe, o marido que matou a mulher, a mulher que matou o marido.
05:57Ou seja, são crimes intrafamiliares que precisam de toda uma história por trás, assim, do crime.
06:04É muito diferente do recorte, por exemplo, do traficante que tá preso porque tá traficando, ou do latrocida, que é aquele ladrão profissional que sai todo dia de casa, entre aspas, pra trabalhar e vai meter uma arma na cara de uma pessoa, me dá teu celular e se tu não der, tu leva um tiro.
06:23Então são diferentes, assim, não são...
06:26Não tem uma regra.
06:27Não são bandidos profissionais.
06:31São pessoas, inclusive o livro, ele tem muito isso, assim, ele tenta trazer...
06:36Ele se chama Tremembé, o presídio dos famosos, mas tem muita história de presos anônimos, que eu particularmente acho até mais interessante.
06:44E ela tenta trazer essas histórias pra perto da gente, assim, tipo, o que que você pode fazer pra cruzar uma linha e ir pra lá dentro de Tremembéra?
06:56Legal, como separou lá.
06:57Sim, como a gente usa, como exemplo, desculpa, o Fernando Sastre, que é aquele rapaz que foi pra balada, bebeu, pegou aquele Porsche azul lá do pai milionário e bateu num sandeiro do Ornaldo, que tava fazendo...
07:11Foi recente.
07:13É recente, ano passado, que tava trabalhando fazendo transporte de aplicativo.
07:18Então é isso, basta você beber e dirigir pra uma fatalidade e parar lá dentro de Tremembéra, né?
07:25Ô, Ulisses, que é uma história...
07:27Não, vai lá, vai lá, deixa o morgadão.
07:28É uma história que ele acabou de contar, curiosa, dessa mulher que falou, vou matar, vou matar, acabou falando...
07:34E o que que aconteceu? Ela foi presa? Qual foi o despejo dessa história?
07:38Porque é uma coisa muito louca, né? A mulher te confessar, abrir isso pra você, você sabe o que aconteceu? Se ela foi presa? O que que aconteceu lá no estado de Santa Catarina?
07:49Ela foi presa, ela foi pra audiência de custódia, quando chegou na audiência de custódia, ela aprovou, foi praticamente uma legítima defesa e tal, porque...
07:58O cara foi atrás, né?
07:59Então, ela não foi presa, o juiz mandou soltá-la na audiência de custódia.
08:04Claro que quando a pessoa comete um crime mesmo em...
08:08Mesmo que seja legítima defesa, abre-se um processo, perícias, pra poder concluir legalmente que aquilo foi uma legítima defesa.
08:17E falando do livro, você acha que... Por que que Tremembé tem tantos esses casos de pessoas famosas?
08:24É por conta disso que você falou, que pessoas que não são, entre aspas, profissionais do crime, e lá...
08:29A gente sabe que muitas pessoas acabam indo pra cadeia e não são profissionais e acabam virando, né?
08:36Por próprio envolvimento, às vezes, com facção.
08:39Por que que Tremembé é esse lugar que vai muitos casos que ficam famosos lá?
08:43Tremembé é considerada uma penitenciária diferenciada.
08:47Ela é uma penitenciária de alta segurança.
08:51Ela tem uma peculiaridade que ela tem muros baixos.
08:54Ela não tem, apesar dela ser de segurança máxima, ela tem esse paradoxo de ser uma penitenciária de muros baixos.
09:02O semi-aberto de Tremembé, pra tu ter uma ideia, do masculino, atrasa nenhuma muralha, é uma seca.
09:08E qual é o perfil do preso que vai parar lá?
09:11Esse perfil é definido pela Secretaria de Administração Penitenciária, que é o órgão do governo que gerencia todas as cadeias.
09:19Tem alguns tipos de preso que não são profissionais do crime, que se você colocar, por exemplo, o rapaz que matou a mãe no Pinheirão,
09:29que é o presidente Wenceslau, que são penitenciários onde tem traficante, rapidamente esse rapaz é cooptado pro tráfico.
09:37Então, eles conseguem, na medida do possível, criar nichos dentro de algumas penitenciárias onde pode receber esses presos.
09:47E, além desses que não são, pra não serem cooptados, presos que não resistiriam.
09:52Por exemplo, um estuprador, ele tem que ficar numa galeria só de estupradores.
09:57Porque se você colocar um estuprador, principalmente estuprador de criança, se você colocar numa penitenciária comum,
10:04essa pessoa não sobrevive um dia.
10:06Primeiro banho de sol, ela é assassinada.
10:08Existem regras que não estão escritas em lugar nenhum, mas elas funcionam dentro da cadeia a ferro e fogo.
10:15Tipo, pedófilo, por exemplo, tem que ficar junto.
10:17O maníaco do parque tá em áreas, numa galeria onde só tem estuprador,
10:20porque ele não sobreviveria se ele tivesse sido colocado junto com traficante, por exemplo.
10:25Por conta dessa peculiaridade lá de ter esses presos considerados especiais,
10:31é que eles acabam mandando os famosos pra lá, porque eles estão considerados presos vulneráveis.
10:37O Estado, ele tem um cuidado a mais com esses presos,
10:41porque se acontecesse alguma coisa com a Suzane von Richthofen dentro da penitenciária,
10:46isso repercutiria na mídia muito mais forte do que se acontecesse com o anônimo,
10:50e isso resvalaria no trabalho da Secretaria de Administração Penitenciária.
10:56Ulisses, pegando carona em tudo isso que você acabou de falar agora,
11:00que a gente sabe que todo presídio tem regras, tem normas,
11:03tem praticamente a lei que funciona ali dentro, que é a lei deles.
11:07Entre membro, tem alguma regalia essa galera?
11:10Tem algum diferencial?
11:11Kenice falou agora, pô, eles não podem ficar junto e tal e tudo mais,
11:16mas tem algo que é diferente de outros presídios convencionais,
11:19tipo, desde alimentação a banho de sol, outras coisas, visitas,
11:24tem alguma coisa que pode ser considerada uma regalia?
11:27Falar, pô, isso daí é demais.
11:29Tem umas regalias, mas elas não são, é tipo a comida, os horários de banho de sol,
11:34isso é padrão em todos os penitenciários.
11:36O que Tremembé tem de especial, primeiro que ele fica numa região do Vale do Paraíba,
11:41que é uma região muito bucólica, e eu acredito que é muito mais agradável
11:45você cumprir pena num lugar tão aprazível como aquele,
11:49do que você tá numa penitenciária de Pinheirão, do lado da Marginal.
11:53Sem Pinheirão, em Guarulhos.
11:54É arborizado.
11:54Eu imagino que é muito agradável pros homens que estão ali cumprindo pena
11:59junto com o Robinho no banho de sol, ter acesso a um ídolo, né?
12:03Jogar uma bola com o Robinho.
12:04Vai ser treinado, que ele agora é treinador, né?
12:06Do que tem o Tremembé Esporte Clube lá, que botam estuprador versus assassinos.
12:12É mesmo?
12:13Meu Deus.
12:13E o livro traz essas partidas de futebol.
12:16Como é que é?
12:17Eles dividem.
12:18Tem um, tem um, tem tal hacker de Arapiraca.
12:22Araraquara.
12:23Araraquara.
12:23O hacker de Araraquara e o Robinho.
12:25Isso é uma notícia, não sei se é verdade.
12:27Eu que dei a notícia, tá?
12:28Mas no meu blog é.
12:29Que eles vão fazer uma bet?
12:30Vou fazer uma bet.
12:31Não é possível.
12:32O hacker de Araraquara e o Robinho vão fazer...
12:36Adivinha o que você descobriu?
12:38Vai chamar Robete.
12:40Então eu descobri, porque como eu tava fazendo...
12:42Não, então Tremembete, né?
12:46Tremembete é bom.
12:47Eu descobri, porque como eu tava no final da pesquisa pra esse livro, eu tenho muito contato
12:52com os funcionários da penitenciária e com as professoras que entram pra dar aula.
12:56E ela dá aula pro hacker e pra outros presos e eles estavam comentando isso na sala de
13:00aula e ela me contou.
13:01Agora, claro, isso é uma ideia, uma intenção, né?
13:04Tipo, não tem nada...
13:06Ulisses, e vai ter uma série de Tremembete?
13:09Como é que é essa história?
13:10Vai ter uma série de Tremembete que eu trabalhei na sala de roteiro também.
13:15Ela estreia no final do ano, eu não sei a data, até o final do ano ela estreia.
13:19Que tem a Marina Rui Barbosa fazendo a Suzane, a Carol Garcia fazendo a Elize.
13:25Essa série, ela é baseada no livro Suzane, Assassina e Manipuladora e Elize Matsunaga,
13:31a mulher que esquartejou o marido.
13:32Que compõe aquele boxe Mulheres Assassinas.
13:36Assassinas.
13:36Olha o Gani aqui.
13:37Ulisses.
13:38Então o Alan Gani, nosso querido filho.
13:39Esses criminosos, eles sentem culpa depois?
13:43Tem alguma espécie de redenção?
13:44Tipo uma coisa meio crime, castigo ou não?
13:47Zero sentimento?
13:47Essa é uma pergunta interessante.
13:50Quando o preso que comete um crime tão violento quanto esses que estão em Tremembete,
13:54quando eles estão próximos de sair da cadeia, eles estão submetidos a exames criminológicos
13:59onde eles são atendidos por psicólogos e psiquiatras forenses.
14:03E uma das questões básicas para eles migrarem para regimes mais brandos,
14:07como o semiaberto onde fica em liberdade, é provar a culpa.
14:11Alguns conseguem provar a culpa, outros não conseguem provar a culpa.
14:15Eles são submetidos àquele exame de rochá, que são aquelas pranchas que aferem os sentimentos
14:21que a pessoa não quer trazer à luz e tal.
14:24A Suzane, por exemplo, ela provou que ela tem culpa de ter matado a mãe, mas não tem culpa de ter matado o pai.
14:33A Elize Matsunaga, ela prova que ela tem culpa do esquartejamento, mas não por ter matado o marido.
14:41E a culpa está ligada ao remorso.
14:44Sim, a culpa como significado de remorso, isso.
14:47Mas esses exames são...
14:49Porque culpa pelo crime e responsabilidade, eles são confessos.
14:52Esses exames, pelo que eu li, eles não são tidos em muitos lugares como provas, né?
15:00Isso, existe uma certa especulação, um certo erro estatístico.
15:04Ou a lei brasileira entende o exame como uma prova científica.
15:10Pergunta baixinha.
15:10O teste de rochá, ele é um teste projetivo.
15:13Todos os testes projetivos no campo da psicologia já fica...
15:19Já é motivo de polêmica porque não é uma ciência exata.
15:22São psicólogos e psiquiatras interpretando.
15:26O que a gente tem de legal é que é uma exigência da lei de execução penal, que ela diz, dependendo
15:33do crime que você cometeu, você tem que passar por uns exames criminológicos até para
15:38saber se você não vai reincidir.
15:40Agora, o exame criminológico, ele é um parecer.
15:45O juiz determina que faça, ele nomeia os peritos que vão lá, faz, o resultado é anexado
15:52no processo de execução penal, o juiz lê e decide.
15:56Ele pode...
15:56Eu já vi casos em que ele lê um exame que o resultado é completamente negativo, como
16:02da própria Suzane, por exemplo, que nunca provou que é arrependida, e eles libertam.
16:07Assim como tem exames criminológicos, como do Gil Rougai, por exemplo, que também está
16:12aí no livro, Gil Rougai, que o Gil Rougai, que os exames criminológicos mostram que ele
16:18não tem culpa nenhuma, até porque ele nem confessa que matou os pais.
16:21E ele ganhou a liberdade mesmo assim, então vai variando.
16:24Esse é o Ulisses Campion, que ele é um cara que é um craque, aliás, está muito famoso
16:29agora, True Crime, ele tem a Suzane, o livro da Elize, que a gente já falou, da Flor de
16:34Elize, e ele está agora com o Tremembé, que é o presídio dos famosos.
16:39Ulisses, sabe o que eu queria te perguntar?
16:41Você estava contando no começo da entrevista a sua forma de trabalhar, e você falou que tem
16:45alguns funcionários que trabalham no presídio, que você tem acesso e eles te passam algumas
16:49informações.
16:50Cara, é assim, no Brasil, você é a maior referência para escrever livros sobre crimes,
16:55sobre esses famosos.
16:56É muito legal, cara, enaltecer o seu trabalho.
16:59Mas como é o processo dele?
17:00Então, para esse livro, é como você falou, à medida que eu fui publicando livros sobre
17:05crimes, eu fui conquistando um certo respeito entre quem também trabalha com isso.
17:10Por exemplo, para esse livro eu entrei duas vezes dentro da penitenciária de Tremembé, graças
17:19ao respeito que o pessoal da secretaria tem pelo meu trabalho.
17:22A turma conhece o seu trabalho.
17:23Sim, tipo, como é um livro sobre esse universo da penitenciária, eu precisava voltar, eu já
17:31tinha entrado, a primeira vez que eu entrei em Tremembé foi em 2014 para entrevistar o ex-senador
17:37Luiz Estevam, que estava preso lá.
17:39Que ele, inclusive, também está no livro, né, o Luiz Estevam.
17:44E aí eu entrei lá a primeira vez, só que para entrar em Tremembé, a gente tem que
17:48fazer um pedido oficial, às vezes é o juiz que autoriza, às vezes basta a secretaria
17:52de administração penitenciária, inclusive por quem eu faço aqui dois agradecimentos
17:56importantes.
17:57Bacana.
17:57Eles começaram a me ajudar muito, a acessar processos, o Tribunal de Justiça aqui, a assessoria
18:03de imprensa, franquia com facilidade para mim.
18:05E aí eu consegui criar laços com quem trabalha dentro de Tremembé.
18:09Ah, que interessante.
18:10E aí eles têm interesse, o interesse deles é porque quando você está coletando informações
18:15de bastidor, você consegue, você geralmente recorre em erros, porque as pessoas mentem
18:20às vezes, né.
18:21Quando você vai no oficial, no funcionário que está lá todo dia, no policial penal, tem
18:27umas mulheres que trabalham recebendo cartas, você sabe que as cartas que saem e entram
18:33no presídio, elas têm que ser lidas por funcionários.
18:36Certo.
18:37Né, os funcionários deles leem, eles...
18:38Familiares, ou pessoas que também...
18:40Familiares, todo tipo de carta eles recebem, tipo o Robinho, por exemplo, agora está recebendo
18:45500 cartas por mês, então essas cartas estão lidas, algumas são entregues, outras não
18:50são entregues, tem umas pessoas que mandam nudes, por exemplo, obviamente que é...
18:53Ó, aí sai e processa o Estado, violação de, não é?
18:56É.
18:57Mandam nudes pro Robinho.
18:58E aí essas pessoas já viraram minha fonte, sabe, então...
19:03Os próprios, né, o Robinho, né, a Suzane, você teve até um contato, você pode entrevistar?
19:09Como é que funciona esse processo?
19:10Então, no caso da Suzane, como o livro dela é uma biografia não autorizada, ela não
19:14participa.
19:14Eu tive contatos com ela porque a gente acaba tendo contatos, né, olha, eu tô fazendo
19:18um livro, topa fazer uma foto, topa dar uma entrevista, eu tenho obrigação...
19:22De comunicar.
19:23A risca de comunicar e deixar claro que se quiser colaborar...
19:29E eles colaboram normalmente?
19:31Alguns sim, tipo, a Elize Matosnaga, eu lembro que colaborou muito de forma indireta, porque
19:35ela tava gravando um documentário da Netflix, não poderia dar entrevista, exatamente, mas
19:40o advogado dela me ajudou muito.
19:43Eu tenho muita ajuda, assim, de pessoas ou do biografado ou de pessoas do entorno, que
19:50aliás, são as melhores informações, é de quem tá no entorno e não...
19:53Não, mas é muito legal a pré-produção até chegar, né, na pauta que é o livro,
19:56que é fantástico.
19:57Quero convidar a turma inteira aqui, ó, Tremembé, o presídio dos famosos, Ulisses
20:02Kempel, esse craque aqui, arroba Ulisses Kempel...
20:05Melhor que temos.
20:06Ele é o melhor que temos, você tem razão, gente boa, competente e, cara, se você ler
20:10um livro dele, você vai se apaixonar, cara, se apaixonar não pela pessoa, no caso,
20:16né, Morgadão, como se fosse a Suzane Richthoff.
20:17Você vai se apaixonar pelo talento do Ulisses, que você fica preso em cada livro que ele
20:22escreve.
20:23Parabéns.
20:23Muito obrigado.
20:24O lançamento, ele vai tá nas livrarias no dia 1º de setembro, em todas as livrarias
20:30do Brasil, já tá em pré-venda na Amazon, eu acho que, não sei se o link fica embaixo,
20:34alguém me pediu o link da produção.
20:36Dá pra pôr o link na descrição?
20:37Eu mandei pro...
20:39Pra quem?
20:40É que é difícil, se você manda...
20:42Entra no Instagram.
20:43No Instagram.
20:45É...
20:45A noite de autógrafos é no dia 8 de setembro, na livraria Drummond, do Conjunto Nacional
20:51aqui da Paulista, a partir das 18 horas.
20:54Boa.
20:55E é isso.
20:56Boa.
20:56Livraria Drummond, 8 de setembro, 20 horas, vai prestigiar...
21:0018 horas.
21:0118 horas, o nosso grande Ulisses Kempel.
21:04Obrigado, irmão, valeu.
21:05Daqui a pouco a gente tá de volta, uou, Reginaldo.
21:08Vamos pro break, daqui a pouco a gente...
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