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Ouro Preto ganhou um novo capítulo em sua trajetória histórica. Inaugurado recentemente, o Palácio D’Ouro transforma um casarão de 1705 em centro cultural com uma proposta única: reunir arte, história e memória da escravidão em um só percurso.

Durante o processo de restauração, foram mapeadas mais de 60 minas de ouro sob o terreno.

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#PalácioDOuro #OuroPreto #HistóriaDeMinas #TurismoMG

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Viagens
Transcrição
00:00Destinos turísticos precisam sempre de inovar e inovação passa sempre por novos atrativos
00:08nesses destinos. Hoje no podcast Why Turismo a gente vai falar sobre uma nova possibilidade
00:14na cidade de Ouro Preto, a mais famosa cidade histórica de Minas Gerais.
00:18Graduada em Museologia pela Universidade Federal de Ouro Preto e especialista em conservação
00:31e restauração de escultura e madeira pela Universidade Santa Úrsula. Seu percurso acadêmico
00:37e profissional é marcado pelo estudo aprofundado dos processos de musealização, da função
00:43social dos objetos de arte e do imaginário devocional. Além disso, ela possui formação
00:49complementar em artes, patrimônio e turismo. Desenvolve projetos curatoriais voltados ao
00:55diálogo entre arte, memória, mineridade e produções contemporâneas. Atualmente, ela coordena o
01:01Centro Cultural Palácio Douro, recentemente inaugurado em Ouro Preto, Minas Gerais. Bem-vinda
01:08ao podcast Why Turismo, Ana Maria Toledo.
01:11Muito obrigada, Isabela. É um prazer estar aqui com vocês hoje e é isso.
01:16Ana, quando a gente fala de destino já consolidado, a gente sempre imagina que é sempre a mesma
01:25coisa e os destinos precisam de inovação, como eu falei aqui no início. Eu sei que o Palácio
01:32Douro é um imóvel muito antigo, passou por um longo período de restauração. Me conta um
01:38pouquinho, assim, quanto tempo de restauração e o que vocês encontraram por lá.
01:43Então, o Palácio, hoje, a gente consegue afirmar que é um dos primeiros casarões de
01:48ouro preto. Então, ele data do princípio do século XVIII, 1705, mais ou menos. E, desde a sua
01:56construção, ele sempre foi residência. Então, diversas pessoas, personalidades da história de Minas
02:03Gerais, moraram no Palácio. E, durante esse período, ele foi se deteriorando, que é normal,
02:08mas não houve essa preocupação em restaurar a casa, em manter essa casa muito bem restaurada.
02:15E aí, durante esse período, até 2008, ela foi se deteriorando, quando a gente adquiriu a casa,
02:21a família Toledo, e demos início ao processo de restauração. Esse restauro durou aproximadamente
02:2815 anos. Então, houve sempre uma preocupação muito grande em manter os sistemas construtivos
02:34da época. Então, a gente vai ter lá dentro ainda as paredes de pau a pique, as estruturas
02:39de madeira, telhado. Então, mãos amigas, que são os encaixes de madeira. E não tem ferragem,
02:46por exemplo, na estrutura.
02:47Ah, não?
02:47Não. É tudo madeira, como se fazia no século XVIII e XIX.
02:51E vocês mantiveram esse estilo de construção todo?
02:53Todo esse estilo de construção. Isso não só na casa principal, mas também nos anexos,
02:59que eram usados também para mineração. E sempre preocupando bastante com isso.
03:06Porque a gente, minha família, de uma forma geral, viajou muito esses estados de Minas Gerais,
03:11essas cidades de Minas Gerais, porque a gente trabalha com antiguidades, né?
03:15Então, a gente ia viajando, procurando antiguidades.
03:18Mas, a gente via esses sistemas construtivos perdendo.
03:23Então, por isso, também, né? Um dos motivos de ter demorado tanto tempo foi por conta dessa preocupação.
03:29As pinturas também foram todas recuperadas.
03:32Então, a gente foi fazendo prospecção, né?
03:34Que é retirar as camadas de pintura que ficam na superfície,
03:38para conseguir encontrar a camada original.
03:40Então, tudo isso a gente consegue ver dentro do Palácio Douro.
03:44E era um palácio mesmo? Ou é o nome que vocês deram?
03:47Então, isso é bem interessante, porque a construção, a casa, é como se fosse um forte.
03:55Então, a gente vai ter pontos de guardas, seteiras, que também eram estruturas de guarda,
04:00onde os guardas ficavam.
04:02Porém, no século XVIII, não se era permitido ter palácios fora de Portugal,
04:07porque nós éramos colônia.
04:09Então, possivelmente, o palácio não foi reconhecido na época enquanto palácio,
04:15justamente por estarmos aí enquanto colônia de Portugal.
04:18Mas a casa tem toda essa pompa de um palácio, né?
04:22Toda essa riqueza, sofisticação e preocupação, principalmente, em guardar o que estava lá dentro, né?
04:29E, para além de um palácio, é um complexo de mineração.
04:33Então, a gente encontrou, durante a restauração, muita curiosidade.
04:38Então, minas de ouro, né?
04:40Então, a gente tem uma para visitação, que é a mina do Pascoal.
04:43Porém, dentro da área do palácio, a gente conseguiu mapear, até o momento, mais de 60 minas de ouro.
04:48A gente costuma brincar que ouro preto é um queijo suíço.
04:50Então, é cheio de buraquinhos.
04:52Isso porque o primeiro morador da casa foi o Pascoal da Silva Guimarães.
04:56Ele foi um português, um caixeiro viajante, e ele chega aqui em ouro preto, né?
05:02Em ouro preto, em busca desse ouro.
05:06E esse ouro, no primeiro momento, era o ouro de aluvião, as pepitas.
05:08Ele morava lá?
05:09Ele morava no Rio, veio por conta do ouro.
05:12E aí, quando ele chega...
05:13Nem era palácio, hein?
05:14Nem era palácio.
05:15Eu acho que não tinha nada ainda, né?
05:17Quando ele...
05:17O olho preto é de 1698, ele chega a 1704, aproximadamente.
05:23E, quando ele chega, a mineração ainda era mineração de aluvião, mas estava acabando.
05:29Então, ele traz alguns homens escravizados que já tinham esse conhecimento de exploração de minas de ouro.
05:34Então, todo esse conhecimento é um conhecimento desses homens escravizados.
05:38E aí, ele começa a minerar toda a encosta atrás do Palácio Douro.
05:42Onde que fica o Palácio Douro para as pessoas se localizarem?
05:44O Palácio está localizado hoje no bairro das Lajos.
05:48A gente está a 800 metros da Praça Tiradentes, que é a praça principal da cidade.
05:53Então, a gente tem o Museu da Inconfidência, que tem o Obelisco do Tiradentes, a Escola de Minas.
05:59Ambos estão em processo de restauro agora.
06:03Então, é bem pertinho mesmo.
06:05Não é o pertinho de mineiro.
06:08Dá para ir a pé.
06:10Temos estacionamento lá também.
06:12Então, o acesso é muito fácil.
06:13E fica localizado, principalmente esses jardins, essa parte de mineração, no Morro da Queimada.
06:20Que é muito conhecido também por conta da sedição de Vila Rica, a Revolta de Filipe dos Santos,
06:24que se passam, então, nos jardins do Palácio.
06:29É que quando a gente fala de ouro preto, assim, em um lugar tão próximo do centro,
06:33a gente não imagina um espaço tão grande, né?
06:35Exatamente.
06:36E isso é muito interessante, que é o que mais surpreende as pessoas, os visitantes, os convidados, que chegam ao Palácio.
06:42Porque muita gente, por mais que a gente fale, né?
06:44Ah, tem isso, a gente vai...
06:46Essa com 60 minas.
06:47Pois é.
06:48E quando a gente fala o que tem no Palácio, as pessoas falam, ah, tudo bem.
06:51Mas quando eles entram, passam pela porta principal e já se surpreendem.
06:56Porque, de fato, não se imagina, não é possível de imaginar de fora o que tem lá dentro.
07:02Então, a gente está em um dos pontos mais altos da cidade, né?
07:06E também foi bem estratégico lá no século XVIII, quando o Pascoal escolheu essa região.
07:10Porque ele não estava só em busca de ouro, né?
07:12Ele precisava ter todo um olhar ali para quem estava se aproximando, como se aproximava,
07:19até para ele proteger as pessoas, né?
07:21Esse ouro que ele estava minerando lá dentro.
07:24Então, a gente está num ponto muito alto, onde a gente tem esse olhar muito privilegiado
07:29de quem está se aproximando.
07:30Então, uma outra curiosidade que a gente tem, né?
07:33É que quando a casa foi construída, ainda não existia quase nada em ouro preto.
07:38Então, dos mirantes, a gente consegue imaginar mesmo como que seria ouro preto, né?
07:43A Vila Rica, sem nenhuma daquelas construções.
07:46Porque a gente está, de fato, num dos pontos mais altos.
07:48Tudo que você fala no plural, né?
07:50São minas, mirantes...
07:52Sim!
07:53Porque é uma área muito grande, né?
07:56E, assim, hoje a gente trabalha basicamente com visitas mediadas lá dentro do palácio.
08:03Até porque a gente se importa muito com essa questão da experiência.
08:07Essa pessoa só vê, ela não necessariamente, ela está absorvendo a história que aquele
08:11lugar está contando, né?
08:12Isso é uma coisa que me incomodava muito em ouro preto, assim, quando a gente via aquelas
08:16excursões, aqueles meninos correndo, aquela correria.
08:19Tinha uma amiga minha de ouro preto que ela falava assim, esses meninos não têm ideia
08:22de onde que eles estão pisando.
08:23Exatamente!
08:24E isso é muito legal, principalmente quando a gente fala com crianças, assim.
08:28Eu sou apaixonada com as crianças no palácio porque eles realmente se encantam.
08:33Porque, às vezes, eles chegam super cansados, né?
08:36Porque quando fazem uma viagem, assim, pra conhecer uma cidade nova, os pais têm uma
08:40programação super extensa e aí os meninos têm que acabar se adaptando àquela programação
08:45por mais que tenha uma adaptação por parte dos pais também.
08:48Mas eles não se envolvem muito com aquilo, até porque a linguagem não é muito acessível
08:52pra eles.
08:54Muitas vezes é só legenda, né?
08:56Então, eles não se sentem pertencentes.
08:58E as crianças buscam essa interação.
09:00Exato!
09:00Ainda que seja humana, né?
09:02Mas tem que ter uma interação.
09:03E lá no palácio, como a gente trabalha com as visitas mediadas, a gente consegue isso.
09:07Então, a gente tem essa interação, a gente vai explorar muito essa questão dos sentidos.
09:12Então, olfato, cheirinhos diferentes pela casa.
09:16O paladar, então a gente tem sempre alguma coisinha ali pros meninos degustarem também.
09:21Não são os meninos, os adultos, os meninos grandes também.
09:24A visão, a gente tá num lugar muito bonito, né?
09:28A casa, ela é muito bonita.
09:30Os mirantes, tudo lá é muito bonito.
09:34E eu falei olfato, o paladar, a visão, a audição.
09:39Então, sons diferentes, né?
09:41Até mesmo o som da natureza.
09:43Então, como a gente mesmo comentou mais cedo, a gente tá muito próximo da Praça Tiradentes.
09:49E mesmo estando muito próximo da Praça Tiradentes, a gente tem uma mata.
09:54No palácio.
09:55Então, nem parece que a gente tá dentro da cidade, né?
09:58Tão próximo do centro.
10:00E do lado de uma das principais vias de acesso da cidade, que é a Conselheiro Quintiliano.
10:04Então, isso tudo surpreende bastante.
10:08E o tato, né?
10:10Então, a gente tem uma parede de pigmentos.
10:12Então, o material, né?
10:14A formação geológica que eles tiravam, o pigmento, pra fazer tintas que iam coloriar a cidade inteira.
10:21Peças antigas, né?
10:23Como a cerâmica ceramenha.
10:24Então, a gente consegue brincar bastante.
10:27E a mina de ouro também, né?
10:28Que os meninos adoram.
10:30Então, pensando nessa visitação da criança, eles se surpreendem bastante.
10:33Eu quero voltar um pouquinho na história e depois eu quero que a gente fale um pouquinho da curadoria do palácio.
10:40Esse processo todo de restauro aí, de 15 anos, a mão de obra foi toda de ouro preto?
10:48Não.
10:48Como é que vocês conseguiram organizar isso tudo?
10:52A gente tentou bastante essa mão de obra em ouro preto, mas, infelizmente, a gente não conseguiu ela só em ouro preto.
10:58Então, a gente buscou vários profissionais de cidades próximas.
11:03Às vezes, nem tão próximas, né?
11:05Então, Piranga, São João del Rey, Tiradentes.
11:09Mas sempre em Minas Gerais?
11:10Mas sempre em Minas Gerais.
11:11É mesmo?
11:12100% da mão de obra foi em Mineira, então?
11:14100% Mineira.
11:14Então, assim, a gente tem muito especialista, né?
11:16Muito.
11:16Nossa, ouro preto, Minas Gerais, é riquíssimo em conhecimento, em ancestralidade, né?
11:23Em esse conhecimento, esse saber fazer também, né?
11:26E essa parte técnica, né?
11:28Exatamente.
11:28Porque vocês estavam fazendo ali de métodos de construção que hoje não se usam mais.
11:33Não se usam mais.
11:34E meu pai, ele é formado em engenharia, né?
11:37Então, isso auxiliou bastante também até que a gente, pra que a gente auxiliasse esses profissionais que trabalhavam com a gente,
11:43pra que eles se especializassem.
11:45Mas muitos já tinham essa bagagem, já tinham tido alguma experiência também, pra ajudar a gente nessa restauração.
11:52Que bom, fico feliz de saber que a gente tá com essa mão de obra toda, assim, especializada, né?
11:58Porque a gente tem passado por um apagão de mão de obra especializada, assim, né?
12:03E é bom saber isso.
12:04Oficiais, né?
12:05Marcineiro, carpinteiro, ferreiro.
12:08Hoje é super difícil de encontrar.
12:10Sim, sim.
12:11E Ana, e agora vamos falar um pouquinho dos...
12:14Tanta gente famosa da história que passou pelo palácio, né?
12:19A gente, você começou contando aí do Pascoal, né?
12:22Quando ele foi por causa da mineração mesmo, antes de ter o palácio.
12:26Exato.
12:27E como é que foi o processo de construção do palácio e quem ocupou o palácio?
12:33Em relação a esse processo de construção, a gente não tem muitos registros.
12:37Quem começou?
12:38Quem começou foi o Pascoal.
12:40A construção do prédio mesmo.
12:41A construção do prédio.
12:42E com a sedição de Vila Rica, em 1720, ele vai embora de Ouro Preto.
12:47E aí a gente perde também essa documentação referente ao palácio, ao casarão, né?
12:53Ainda não era palácio, mas a gente perde essa documentação.
12:56E a casa, a gente acredita que ela tenha ficado em posse do governo, da capitania de Minas Gerais
13:04até ali no princípio do século XIX, quando o barão, o Visconde de Caeté,
13:10o José Francisco da Teixeira Vasconcelos, ele passa a morar no palácio.
13:17O Visconde de Caeté, ele foi o primeiro presidente da província de Minas Gerais.
13:22E aí ele fica, ele mora no palácio ali no princípio do século XIX.
13:26Depois a gente tem um outro apagão nessa história.
13:29Mas aí já para o final do século XIX, a gente tem o Barão de Saramenha.
13:34Que é o Carlos Gabriel de Andrade.
13:36Então a casa fica em posse da família do Barão de Saramenha até 1930, aproximadamente.
13:42O barão, ele foi político em Ouro Preto.
13:47E o filho dele, o desembargador Aracet Andrade, também tem uma influência bastante,
13:51bem grande na história de Ouro Preto.
13:54Então sempre pessoas bastante influentes, principalmente politicamente, ali dentro do palácio.
13:59E na década de 1930, a família Correia de Araújo, eles adquirem a casa e ficam até 2008.
14:07A família Correia, o Pedro Correia de Araújo, Pedro Luiz Correia de Araújo, Elieba Correia de Araújo.
14:13Eles eram um casal.
14:15O Pedro, ele era um artista.
14:18Até antes da família do Pedro, então, era uma casa de nobres, né?
14:23De nobres, isso.
14:24Até mesmo a família Correia de Araújo.
14:26Também?
14:26Eles também eram, eles têm títulos de nobreza.
14:30E, se não me engano, a família do Pedro Luiz, ele manteve a família real no exílio, na França.
14:38Ajudou a manter.
14:39Então sempre pessoas bem influentes.
14:41E o Pedro, o próprio Pedro, ele foi responsável pela Semana de Arte Moderna de 1922.
14:50Então a gente achou bastante documentação da casa referente à Semana de Arte.
14:55A criação do IFAM.
14:56Isso tudo está no acervo.
14:58Tudo no acervo.
14:59Ele também dividiu o ateliê na França com Matisse.
15:04E recebeu na casa, no palácio, diversos artistas muito importantes.
15:08Então, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Pancete, Dica Alvalcante.
15:14Então são todos os nomes que passaram pelo Palácio Douro.
15:18E tem registro?
15:19Temos, temos registros.
15:21Oana, e aí a gente teve esse pessoal todo ocupando a casa e aí a história da sua família se mistura com o palácio.
15:29Exato. Isso na década de 1960, 1950, 1960.
15:34Meu avô, ele era sapateiro.
15:36E aí ele passa a trabalhar no casarão, no palácio, limpando, fazendo manutenção dos móveis, dos jardins.
15:45E a Lili, que era a esposa do Pedro, né?
15:48Ela gostava muito de antiguidades.
15:50Ele falou, nossa, o senhor tem uma habilidade ali igual, eu tô sentindo que tem alguma coisa aí que vai me ajudar a encontrar peças antigas e peças boas, né?
15:59Pra minha casa, pro palácio.
16:01E aí o meu avô, ele passa a viajar pelo interior de Minas Gerais buscando peças pra Lili.
16:08E a partir daí ele começa a trabalhar com antiguidades.
16:11Compra, vendendo, comprando, vendendo.
16:14Pra além da Lili.
16:15Pra além da Lili, exatamente.
16:17E aí o tempo passa, ele já não trabalhava mais com a Lili, também deixou de lado um pouco desse ofício do sapateiro.
16:25E começa a focar mesmo na antiguidade.
16:29E aí todo tipo de antiguidade?
16:31Todo tipo de antiguidade.
16:32Por exemplo?
16:33Nossa, o nosso acervo, ele é muito diverso.
16:37Então a gente trabalha desde mobiliário, então móveis de forma geral, mesas, cadeiras.
16:43É aquele antiguário, quando a gente tá chegando, desce e vira direita, né?
16:46Certamente, a antiguidade de Toledo.
16:48São 70, 80 anos praticamente, 70 anos.
16:52Então, muita gente já ouviu falar, né?
16:55A gente tá bem consolidado no mercado das antiguidades.
16:59E é uma curiosidade muito grande, né?
17:01Porque foi a partir daí que a gente começa a trabalhar com antiguidades.
17:05E depois, né?
17:0960 anos depois, em 2008, a casa já tava bem deteriorada.
17:14Ela tava abandonada?
17:15Não, moravam na casa.
17:17Mas já não conseguiam mais.
17:18Mas o custo ali pra restauração ia ser muito alto.
17:22A mão de obra que a gente tava falando também, muito difícil.
17:25Tanto que a gente não encontrou ela em ouro preto, a gente teve que buscar fora.
17:28E praticamente tudo na parte externa da casa não estava pra ver mais.
17:35Porque tava tudo cheio de mato, de terra.
17:37Que com o tempo a encosta foi descendo, né?
17:39O palácio, ele tá numa encosta.
17:42Então, quando meu pai e meu avô compraram a casa, eles realmente achavam que era só o palácio.
17:49Não tinha muitos jardins, nem muitos mirantes.
17:52Era somente a casa.
17:53E aí, a partir desse momento que eles começam a limpar a casa, eles começam a descobrir um novo mundo.
18:00Então, os jardins...
18:02Que lá na década de 60, quando seu avô trabalhava lá, ele também não sabia que tinha?
18:05Também não sabia.
18:06Porque já tava abandonado.
18:08Já tava em processo.
18:09É, já tava nesse processo.
18:10Então, à medida que a gente foi limpando, a gente foi encontrando estruturas de mundel que são únicas no palácio.
18:17Então, um estudioso, ele chegou a comentar pra gente.
18:19A gente mostrou o palácio pra ele e falamos, nossa, essa estrutura que a gente tem aqui é uma estrutura muito rara.
18:25E ele, não, rara não.
18:27Única.
18:28Porque, de fato, não existe mais.
18:31Então, que é a estrutura do mundel, que era onde era feito o beneficiamento do ouro.
18:36Então, isso é uma curiosidade também, né?
18:38Porque no palácio a gente consegue ver esse passo a passo da mineração.
18:41Desde quando era tirado esse material de dentro da mina de ouro, até chegar nessa estrutura do mundel, pra ser beneficiado, pra gente chegar no ouro em pó, pra depois ser fundido.
18:51Então, a gente vai ver também toda essa parte da função, as barrinhas, os lingotes.
18:56Isso tudo a gente faz questão de mostrar dentro do palácio, pra tornar a visita ainda mais interessante, mais curiosa.
19:03E didática também, porque às vezes a gente vai visitar um espaço e vai falando, falando, falando, mas você não consegue...
19:09Visualiza aquilo, né?
19:10Exatamente. E no palácio a gente consegue visualizar tudo isso.
19:13Além dos mirantes, né?
19:14Então, são pontos estratégicos de visão mesmo, de proteção, de guarda da casa.
19:20A seteira, que vai ser onde os guardas ficavam, né?
19:23Que faz referência aos castelos medievais, onde você tirava com arco e flecha.
19:27Então, ela tem um formato diferenciado.
19:29A gente achava que os fortes ficavam só perto dos oceanos, no meio dos mares, mas não, né?
19:34Ali era uma área muito observada.
19:36Exato. E Ouro Preto, Vila Rica, né? Ouro Preto, no século XVIII, era extremamente violenta, perigosa.
19:42As pessoas iam para a mineração.
19:44Então, tinha muita preocupação, muita segurança.
19:48Nesses detentores, né?
19:49Exatamente.
19:50Oana, e aí você me falou também que o seu avô, ele tinha, falando do prédio da casa mesmo,
19:57que ele tinha uma curiosidade de conhecer por dentro, que ele não conhecia.
19:59Isso, na verdade, foi o meu pai.
20:01Ah, seu pai.
20:01O meu avô, ele trabalhava dentro da casa, né?
20:04Sem manutenção dos móveis, mas o meu pai, como ele era muito criancinha, ele tinha cinco anos na época,
20:10ele ficava do lado de fora.
20:12A antiga proprietária tinha medo, até.
20:14Eu também acho que...
20:15Não sei.
20:15O menino, ele solto dentro da casa, dependendo do que tivesse, muito vidro, porcelana, poderia quebrar.
20:23E aí, ele ficava quietinho ali do lado de fora, esperando o meu avô sair do trabalho.
20:28E ele sempre teve uma curiosidade muito grande de entrar na casa, né?
20:31O que será que tem lá dentro que eu não posso entrar?
20:35E mesmo quando eles compraram a casa, isso vai parecer que nem... não é possível,
20:40mas eles compraram a casa sem entrar na casa.
20:42É mesmo.
20:43De tão apaixonados que eles eram...
20:46Independente do que tivesse lá.
20:48Exatamente.
20:48Então, eles entraram, assim, só na portinha pra ver se realmente tinha uma casa.
20:55Mas entrar nos cômodos e tudo mais foi somente depois que eles já tinham comprado a casa.
21:02E agora me conta um pouquinho da senzala.
21:05É uma senzala?
21:05Mais de uma?
21:06Como é que é?
21:07Na verdade, a gente conta quase com o resumo de ouro preto no palácio, né?
21:10Exato.
21:11Que é o que mais surpreende o nosso convidado, o nosso visitante.
21:16A senzala, a gente... é bem interessante a gente pensar, porque o Pascoal da Silva Guimarães,
21:21né?
21:21Que foi esse primeiro proprietário, a gente tem registros que ele tinha mais de 3 mil homens
21:25entre soldados e homens escravizados.
21:28E a gente vai ter lá no palácio duas estruturas, né?
21:31A senzala externa e a senzala doméstica.
21:34Então, muita gente pergunta, ah, mas onde ficariam esses homens, outros homens, né?
21:39São 3 mil pessoas.
21:41Pois é, é tudo muito, né?
21:41É muito.
21:43E aí eles ficariam em estruturas que a gente chama de cafuas, que ficariam espalhadas
21:47ali pelo morro, né?
21:49E eram feitas com materiais mais simples, de pedra, madeira...
21:52Pedra, madeira...
21:54É.
21:54Que misericórdia.
21:55Então, a ideia mesmo era que eles ficassem na propriedade, mas não tinha tanto esse
22:01zelo, esse cuidado com esses homens.
22:03E a senzala externa, ela seria voltada aí para esses homens que tinham conhecimento da
22:09mineração, sabiam onde encontrar esse ouro.
22:12Então, é uma senzala muito mais fechada, com muito mais fechaduras, porque se havia a
22:17mesma preocupação em prender esses homens, que eram tidos como mercadorias, e mercadorias
22:22muito valiosas.
22:24E a gente tem a senzala doméstica, que ela fica dentro da casa.
22:29Que aí seria destinadas para amas de leite, damas de companhia, pessoas voltadas aí para
22:33limpeza.
22:34O trabalho doméstico.
22:34Exatamente.
22:35Limpeza e manutenção da casa.
22:37E dentro da senzala, a gente busca sempre valorizar todo esse conhecimento que foi trazido
22:42por essas pessoas escravizadas para o Brasil.
22:45Então, toda a gente falando...
22:46As duas são abertas à visitação lá.
22:48A senzala doméstica, a gente vai entrar e tem todo um acervo em exposição também,
22:54onde a gente vai falar um pouco sobre isso.
22:56Porque como é que transforma tanta dor em acervo?
22:59Como é que é isso?
23:00Exato.
23:00Então, a gente trabalha com três temáticas diferentes dentro da senzala.
23:03Primeiro, a questão do trabalho e conhecimento.
23:08Então, todo o conhecimento que foi trazido por essas pessoas escravizadas para o Brasil.
23:14Então, ofícios como carpintaria, marcenaria, ferraria, mineração, oriversaria.
23:21Então, todos esses ofícios trazidos por eles, que eles desenvolviam aqui, conhecimento
23:25de medicina, aí a gente tem também a temática da tortura, a punição.
23:32Então, acho que é muito importante a gente falar sobre isso para que a gente não repita
23:35todo o sofrimento e também não apague esse sofrimento.
23:39E a gente tem pouca coisa dedicada a essa temática.
23:42Exatamente.
23:43Então, não é o nosso foco principal, mas acho que a gente não poderia deixar de falar
23:47sobre, até mesmo para a gente honrar esses homens e mulheres escravizados que sofreram
23:52tanto na construção de ouro preto.
23:54Então, ouro preto é uma cidade feita por pessoas escravizadas e que, de fato, a gente
24:00não ouve falar muito sobre isso.
24:02É, por tanto que a gente sabe, principalmente quem é mineiro, porque quem é mineiro a gente
24:06ainda passeou mais por essa história de Minas.
24:09Não sei se os outros estados estudam tanto a história de Minas igual mineiro estudam.
24:12É verdade.
24:13Verdade, assim.
24:15Eu não sei, mas ainda assim, pelo tanto que a gente sabe, pelo tanto que a gente tem
24:18documentação, a gente mostra isso pouco, assim, para as pessoas e a gente acaba não
24:23contando a história que precisa ser contada, né?
24:25Sim.
24:25No Palácio a gente valoriza muito isso, sabe?
24:29sobre essa história, até para a gente não esquecer e não repetir.
24:33Então, a gente sempre vai trazer sempre essa história.
24:37E a terceira temática que a gente trabalha é a questão religiosa, né?
24:41Do sincretismo religioso, associações religiosas.
24:47De matriz africana, com o catolicismo português, né?
24:52Exato.
24:52Então, a gente vai trabalhar toda essa questão para entender um pouquinho mais também
24:56sobre essa cultura, sobre essa religião, até mesmo porque esses homens escravizados
25:00que chegavam aqui no Brasil, eles tinham a religião católica imposta a eles.
25:05Então, muitas vezes eles encontravam, a partir do sincretismo religioso, né?
25:09Essas associações religiosas, uma forma de cultuarem seus deuses, seus orixás.
25:15Então, a gente vai conseguir trabalhar isso também dentro da senzela do Palácio.
25:19Ana, e falando da visitação mesmo, assim, né?
25:22Como é que acontece essa parte guiada dentro do Palácio?
25:26São vários espaços, a pessoa escolhe o que ela quer fazer, ou é um padrão?
25:31Como que é?
25:32E eu queria que a gente visse algumas imagens também.
25:34Então, a gente vai ter um roteiro, que vai ser a base ali da visitação.
25:39Obviamente, tem alguns espaços que as pessoas, os visitantes, eles podem optar por não entrar,
25:44ou por não conhecer, principalmente o espaço da senzala, que é um espaço de memória sensível.
25:50Então, muita gente sente algum desconforto e aí opta por não entrar.
25:54E também a mina de ouro, que também gera ali um certo desconforto,
25:58às vezes por ser um lugar fechado.
26:00Aí tem gente que sente mal também, que aí a gente tem...
26:02É aqui, né?
26:03Isso, aqui a gente tem algumas imagens da mina de ouro.
26:07Aberta a visitação é uma?
26:09Hoje a gente só tem uma.
26:10Acredito que para o próximo ano a gente consiga abrir mais uma para a visitação.
26:15E é bem interessante.
26:16E aí vocês fizeram essa iluminação, isso tudo?
26:18Isso, toda essa iluminação foi adicionada.
26:21E pensando mesmo em valorizar toda essa estrutura, né?
26:24Então, são feitas, as minas, elas são feitas em arco até mesmo para segurar essa estrutura da mina,
26:30para que com o tempo ela não venha abaixo.
26:32Essa mina do palácio é uma mina que foi feita para fins de exploração, de fato, de ouro.
26:38E no eixo principal a gente vai caminhar e vai encontrar, então, esse veio de ouro, né?
26:43Que a gente ouve tanto falar.
26:45Como que eles descobriam esse ouro?
26:47Dá para entender isso tudo dentro da mina?
26:49Dá para entender tudo isso.
26:50É uma mina relativamente curta, então a gente vai ter 38 metros de extensão.
26:56E é muito curioso porque é uma mina um pouco diferente, né?
26:59Porque ela é mais alta, as minas costumam ser mais baixinhas.
27:02Dá para ficar em pé.
27:03Dá para ficar em pé.
27:04Então, isso acaba trazendo um conforto, né?
27:08Entre aspas, para o visitante quando vai fazer essa visitação.
27:11Até para ele poder entender mesmo como seria essa vivência dentro de uma mina de ouro.
27:16E até quanto é o tempo que você fica?
27:19É um grupo de até quantas pessoas?
27:21Então, a gente trabalha com um grupo de até 12 pessoas.
27:24Então, são grupos pequenos, até mesmo porque a gente divisa bastante essa questão da experiência.
27:29Então, para a gente conseguir ouvir, para a gente trocar a ideia, né?
27:32Para a gente poder ouvir e falar com todas as pessoas.
27:37Então, a visita vai durar em torno de uma hora e meia, uma hora e quarenta.
27:41Variando também de acordo com o grupo.
27:42Tem gente que pergunta bastante, tem gente que já não pergunta tanto.
27:46Então, isso tudo vai influenciar bastante na visitação.
27:48Mas a gente começa a visitação pela casa principal, onde a gente vai ter todo um acervo, né?
27:55Vamos passando aqui um pouquinho para ver se a gente tem alguma imagem da casa.
28:00Aqui a gente já tem algumas imagens dos jardins.
28:03Eles também foram reproduzidos ou não?
28:06Então, isso é uma curiosidade também que a gente até fala sobre isso na visitação.
28:10Mas os jardins, no século XVIII, não eram de fato jardins.
28:14Eles eram contenção, eram rejeito da mineração.
28:17É mesmo? Desde essa época, né?
28:19Isso. Aí os muros que a gente tem aqui são muros de contenção.
28:23Então, são 22 patamares até o topo da montanha para segurar a encosta.
28:28Aqui a gente tem mais algumas imagens do jardim.
28:30A mina de ouro.
28:35Os detalhes do jardim já estão um pouquinho diferentes.
28:39O telhado também.
28:40Isso. O telhado é bem interessante.
28:43Principalmente quando a gente está no mirante do Visconde.
28:45Eu adoro essa perspectiva.
28:47Porque normalmente o telhado a gente vai ver de baixo para cima.
28:50E quando a gente está no mirante do Visconde de Caeté,
28:53a gente está no mesmo nível do telhado.
28:54Então, a gente vai ver as telhas coloniais, né?
28:58Que muitas vezes eram conhecidas como telhas feitas nas coxas.
29:02Que virou uma expressão também nas coxas, né?
29:05Que, na verdade, eles tinham um molde, uma forma para fazer essas telhas.
29:09Mas elas eram marcadas com os dedinhos ali para escoamento de água.
29:13Então, pensando também nessa preservação, no sistema construtivo.
29:18Então, esse telhado é muito, muito interessante.
29:20Aqui, a gente já tem as paisagens do palácio, né?
29:25Então, como eu falei para vocês, o palácio está em um dos pontos mais altos da cidade de Ouro Preto.
29:30Ali é o Museu da Inconfidência?
29:31Isso, aqui no centro.
29:33Isso, o Museu da Inconfidência.
29:35Aí, do lado ali tem a São Francisco, o de Assis, a igreja.
29:38Aqui o prédio da Escola de Minas.
29:41E Ouro Preto são 13 igrejas, né?
29:43Então, a gente consegue ver nove do palácio.
29:46Nossa!
29:47Só as mais baixas e as mais distantes que não.
29:49Então, essa é uma das vistas que a gente tem do Salão dos Nobres, né?
29:54Então, uma paisagem bem bonita do centro da cidade.
29:58Isso tudo aqui é área, né?
29:59Isso aqui foi no período do restauro mesmo, né?
30:02Isso, aquela já era no período da restauração.
30:06E hoje, o que mudou dessas fotos, Ana?
30:09Dentro da casa, o acervo que foi adicionado.
30:13Então, o acervo foi reunido aí ao longo de mais de 70 anos, né?
30:16Pelo meu avô, pelo meu pai, agora eu e meu irmão.
30:18E agora, por exemplo, você falou que está completamente diferente.
30:20Está bastante diferente, né?
30:22O mobiliário, ele se mantém.
30:25Esse mobiliário é um mobiliário do período do Império no Brasil.
30:29Então, a gente faz essa relação, né?
30:31Desses monarcas que passaram aqui no Brasil, de uma forma geral.
30:35Aqui a gente já tem essa perspectiva durante a restauração.
30:38Então, aqui tem a pintura, que a gente chama de marmorizado.
30:44Então, no Brasil, no século XVIII, não tinha mármore.
30:48Mas nos palácios europeus, né?
30:50Esse mármore se fazia muito presente.
30:52E como trazer essa sofisticação dos palácios para cá
30:56se a gente não tem o mármore?
30:58Então, os artífices, os artistas vão fazer a pintura imitando o mármore.
31:03Então, esse mármore que a gente vê nas igrejas, nas capelas, até mesmo no palácio...
31:08É uma pintura.
31:08É uma pintura imitando o mármore.
31:10Então, é uma curiosidade que a gente tem lá dentro também.
31:13E esse muro aí é a senzala?
31:15Não.
31:15Aqui é uma estrutura que a gente chama de seteira, que eu comentei com vocês.
31:19Ah, é aí.
31:19Entendi.
31:20Então, é uma janelinha bem pequenininha, né?
31:22Então, quando a gente entra no palácio, nem consegue ver, porque ela passa...
31:26Vê e não é visto, né?
31:27Vê, exatamente.
31:28Então, a gente passa desapercebido por essa janelinha e lá de dentro a gente tem uma
31:34visão muito privilegiada para o principal ponto de acesso, a casa principal, né?
31:38E na visitação a pessoa tem a perspectiva de dentro e de fora.
31:41Exatamente.
31:42E é muito interessante porque muitas vezes a gente comenta ali, fala brevemente, né?
31:47Quando passa em frente e ninguém nem dá atenção.
31:50E aí quando tá de dentro...
31:52É mesmo?
31:52Nossa, eu realmente não tinha percebido.
31:56E aí isso é muito interessante.
31:57Elas ficam...
31:57Essa aí é a parte mais alta.
31:59Não, essa na verdade é logo na entrada, que tá na parte mais baixa.
32:02Mas ela vai proteger a casa principal.
32:06Então, que seria a parte mais importante, digamos.
32:09Sim.
32:09As pessoas, né?
32:10Tem esses valores e pessoas.
32:11Aham.
32:14Ioana, o que mais que a gente vai ouvir aí?
32:18Gastronomia passando várias vezes.
32:20Vocês têm espaço para alimentação também lá?
32:22Isso, a gente tem uma cafeteria dentro do palácio.
32:24Então, a gente vai ter alguns produtos de Minas Gerais, né?
32:28Então, um pão de queijo que não pode faltar.
32:32A goiabada de São Bartolomeu também.
32:34Que a gente trouxe aqui pra gente, né?
32:36Que é patrimônio imaterial.
32:37Conta um pouquinho da goiabada enquanto eu abro.
32:39Claro.
32:40A goiabada, ela é produzida num distrito de Ouro Preto, que é patrimônio...
32:44E ela foi considerada como patrimônio imaterial de Ouro Preto.
32:48Então, ao saber fazer, bastante antigo também, né?
32:53As pessoas não sabem o tanto que Ouro Preto é grande em extensão territorial, né?
32:56Sim.
32:56Então, a gente tem...
32:57Nossa, eu nem vou chutar quantos distritos Ouro Preto tem.
33:00Eu acho que são 13.
33:0113?
33:02Eu acho.
33:02Eu não vou nem chutar, porque eu realmente não sei.
33:07Mas, vários desses distritos produzem...
33:10Até porque Ouro Preto, isso é bem curioso.
33:12Porque Ouro Preto, no século XVIII, não produzia alimento, né?
33:15Olha isso, gente.
33:16Isso é uma boa quantidade.
33:18É uma delícia, né?
33:19E essa é a goiabada cascão, né?
33:21Então, ela é muito saborosa.
33:22Que é feita naqueles taxas em baú.
33:23Exato, taxas de cobre.
33:25E é muito interessante, né?
33:27Porque em São Bartolomeu, vocês conseguem visitar e ver a produção do doce.
33:32Então, é realmente pessoas que dá do vilarejo, que fazem esse doce por gerações.
33:39Então, avô, bisavô, mãe.
33:41Todo mundo fabricando o doce que é hoje.
33:44E são cogoiabas nativas, né?
33:46Exato.
33:46Não é uma coisa de plantar e colher e tudo.
33:49Ela tem que dar mesmo ao longo do ano.
33:51Por isso que a produção é pequena, né?
33:52Exatamente.
33:53E sobre os distritos, né?
33:55Ouro Preto, ela não produzia comida.
33:57As pessoas iam para Ouro Preto focadas na mineração.
34:00E não tem um solo favorável para o plantio.
34:03Muito acidentado, né?
34:05Topograficamente complicado.
34:06Exato.
34:07Até mesmo por conta da questão da mineração.
34:09Então, não é um solo fértil.
34:11Então, essa alimentação de Ouro Preto, ela vinha principalmente dos distritos.
34:15Então, Cachoeiro do Campo, São Bartolomeu, Laura.
34:18Do entorno.
34:19Do entorno.
34:20E também de fora.
34:22Então, Salvador, Rio, São Paulo.
34:25Até mesmo de Portugal.
34:26Então, quando essa comida chegava para a gente ali no século XVIII, ela era extremamente cara.
34:32Então, essa é uma outra curiosidade que a gente vai ter dentro do palácio.
34:35É que é a questão dos valores da comida, né?
34:37Então, a gente costuma brincar bastante em relação ao queijo.
34:40Mineiro não pode faltar o queijo na mesa.
34:42Mas está ficando caro, né?
34:43Caríssimo.
34:43Mas, na época, um queijo custaria aí 18 mil reais.
34:48Comparando...
34:49Exato.
34:50Trazendo isso para valores atuais.
34:52Era um artigo de luxo.
34:53Artigo de luxo.
34:54O azeite, né?
34:55Que vinha também de fora.
34:57Um barril de azeite seria 301 mil reais.
35:00Está quase.
35:01É.
35:02Nós estamos voltando para o mesmo lugar, né?
35:04Pelo jeito.
35:05Mas, um pastel, né?
35:06Um pastel de feira, 1.700 reais.
35:10Então, a alimentação, ela era extremamente cara.
35:12E quem era essa pessoa mais simples que morava lá comigo o quê?
35:16Então...
35:17Aí, ela tinha que aprender a fazer.
35:19Exato.
35:19E também, empatia ali para os vegetais, né?
35:22Então, o orapronóvis, que também está super, né?
35:25Foi, ficou super conhecido.
35:28Couve, mostarda.
35:31Todas essas...
35:32Que é a base da nossa culinária mesmo, né?
35:34Exatamente.
35:35O angu, os grãos, né?
35:37Então, o milho, ele vai ser muito usado.
35:39A carne de porco, né?
35:40A carne de porco.
35:41A gente tem registro de que as pessoas morriam de fome sentadas em potes de ouro, em ouro preto.
35:47Porque tinha muito ouro, mas não tinha o que comprar para comer.
35:51Então, realmente, as pessoas passavam fome em ouro preto no século XVIII.
35:56Então, por isso, muita fruta também na alimentação, né?
36:00Eu lembro que na casa da minha avó, a gente comia muita banana com arroz.
36:04E que era para dar mais sustância mesmo.
36:07E vira cultural, né?
36:09E vira cultural.
36:09E é isso, assim, a alimentação de Minas Gerais, ela foi se adaptando muito por conta dessa escassez.
36:17E uma outra coisa, assim, essa já é uma teoria minha.
36:21Mas os mineiros são muito fartos, né?
36:24A mesa do mineiro está sempre muito cheia.
36:26E eu acredito que seja justamente pela escassez que a gente viveu no passado.
36:29Para compensar, né?
36:29Exato, para dar uma compensada.
36:32O Ana, me conta, além do Palácio Douro ali, você falou que você está muito perto do centro de ouro preto, né?
36:37Daquele centro que a gente conhece ali da Praça Tiradentes.
36:40O Palácio Douro, quanto tempo que a pessoa precisa reservar para...
36:44A gente começou a falar da visitação e eu acabei interrompendo, porque é muita coisa.
36:49Mas, na visitação do Palácio, a gente pede aí uma hora e meia, duas horas.
36:54Até para poder tomar um cafezinho depois.
36:56Porque a gente vai ver a casa.
36:57Então, esse acervo para contar um pouco sobre o cotidiano, o dia-dia das pessoas que viveram aqui nas Minas Gerais.
37:02Então, muita curiosidade, né?
37:04Objetos que eram usados e hoje já não são mais.
37:08A gente vai ter lá peças, por exemplo, que eram usadas para comer coxa de frango.
37:12Tem um objeto especificamente para isso.
37:14Para não comer com a mão.
37:15Para não comer com a mão.
37:17Candeeiros, né?
37:18Que eram usados para iluminação.
37:20Caixas de transporte de ouro.
37:22Então, várias curiosidades que a gente vai trabalhando dentro da casa, principalmente.
37:26A cozinha, né?
37:27Então, muito detalhe.
37:28A cozinha mineira, ela é muito rica, com muita história.
37:32Então, a gente traz isso também na visitação.
37:34As senzalas, que já é, por ser um espaço de memória sensível, a gente gasta um pouco
37:39mais de tempo.
37:40A gente fica...
37:40As pessoas ficam mais curiosas também.
37:41Ficam mais curiosas.
37:43E mais reflexivas também.
37:45Sim.
37:45A estrutura do mundéu.
37:47Então, é um passo a passo.
37:48Então, também não tem como a gente não deixar de falar dele.
37:50A mina de ouro também.
37:52Então, acho que duas horas seria o tempo ideal para a pessoa conhecer com calma, descansar
37:57um pouquinho depois.
37:58E o que mais que ela vai ver em ouro preto ali, além do Palácio do Ouro, que você
38:02sugere?
38:03Além do roteiro padrão.
38:04Porque o padrão, a gente sabe, né?
38:06O Museu de Odenco, Confidência, São Francisco de Assis, a Rua São José.
38:11Mas o que as pessoas, igual ao Palácio do Ouro, assim, eu acho que vai ser uma grande
38:14descoberta para muita gente.
38:15Sim.
38:16E, assim, a gente costuma brincar que se tiver com pouco tempo, o Palácio, ele já vai
38:20dar check em vários atrativos, né?
38:23Aquele resumão que a gente falou.
38:24Aquele resumão, exato.
38:25Porque tem toda a questão da religião católica, com a capela, o acervo, né?
38:30Então, o mobiliário, objetos, mina de ouro, jardins, mirantes.
38:35Então, tudo isso a gente consegue ver dentro do Palácio.
38:37Mas, para além do Palácio, eu acho que não tem como fugir da São Francisco de Assis.
38:41A igreja, ela é maravilhosa.
38:43É uma das sete maravilhas do mundo moderno.
38:46Exato.
38:46Aí tem a feirinha de Pedra Sabão, que é ali em frente também.
38:49Então, para conhecer, se saber fazer de ouro preto, né?
38:52A Pedra Sabão, que é super conhecida e apreciada mundo afora, né?
38:59Então, ali tem alguns artistas que produzem a peça na hora.
39:03Então, acho que isso é muito legal de conhecer, de viver a experiência de ouro preto também.
39:07Hoje, o Museu da Inconfidência e a Escola de Minas estão fechados para a restauração.
39:15Então, pensando em hoje, o que fazer em ouro preto hoje é visitar o Palácio.
39:20A São Francisco de Assis, a Feirinha de Pedra Sabão.
39:24Acho que passar na Rua Direita, ali também, que tem muito do comércio local.
39:29O Museu do Oratório.
39:30É lindo o acervo que ele vai contar um pouquinho, então, sobre essa questão da religião católica em ouro preto,
39:36Minas Gerais, de uma forma geral.
39:39Gosto muito, também, da Casa dos Contos, a Casa da Moeda.
39:43Então, acho que isso tudo vai se fechando dentro dessa história, né?
39:47Que a gente vai começar ou terminar no Palácio.
39:49Mas todos esses pontos, eles vão se ligando e agregando muito valor, né?
39:54Eu acho que é muito importante.
39:55Ouro Preto é uma cidade muito rica, com muita história.
39:59Então, só passar por ouro preto, eu acho que é um pouquinho triste, assim.
40:03Sem entender onde que você está.
40:05Então, acho que é legal conhecer o ouro preto desbravando mesmo essa história, conhecendo personalidades, né?
40:12Então, Marília de Disseu, o próprio Tomás Antônio Gonzaga, o Tiradentes.
40:19Quem foram essas pessoas, né?
40:20Por que elas são tão importantes, são tão conhecidas?
40:23Então, acho que tudo isso deve ser explorado quando se conhece o ouro preto.
40:27E aí, a gente consegue fazer isso só nessa área mais central mesmo, assim, pra quem não tá com muito tempo, né?
40:33Sim, e uma outra coisa...
40:34São bem legais, né?
40:35Não, os distritos eu acho fascinantes, principalmente São Bartolomeu, por toda essa questão dos doces, né?
40:41Hoje a gente fala mais da Goiabada, que é patrimônio.
40:44Mas são vários.
40:45Mas são doces.
40:45Porque trabalha a sazonalidade, né?
40:47Exato.
40:47Então, a gente tem o doce de leite, doce de laranja, as compotas, né?
40:51Doce de figo.
40:52Então, acho que é bem legal porque eles mostram como faziam, né?
40:56A gente tem o queijo em Confidentes também, que é um queijo super saboroso, que eles também têm a visitação.
41:02Tem, tem uma experiência super legal lá.
41:04Exato.
41:05Então, acho que são experiências fora de ouro preto, mas que valem muito a pena ser conhecidas.
41:11E eu acho que é isso, assim.
41:15Ouro preto no centrinho ali é legal de fazer a pé.
41:19Sempre, né?
41:20A gente conhece uma cidade, tem que ser a pé, né?
41:21E, principalmente, hoje, o trânsito em ouro preto, ele tá muito cheio.
41:26A cidade cresceu, né, gente?
41:27Cresceu muito.
41:28E tem muito turismo.
41:29O turismo cresceu muito, né?
41:31A população também cresceu muito.
41:33Os carros, né?
41:34Aumentaram muito também.
41:35É uma cidade universitária.
41:36É uma cidade universitária.
41:38Então, quando falam pra mim, ah, estou indo pro ouro preto, eu falo, venha de tênis.
41:44Primeiramente, venha de tênis, deixa o salto, a bota de salto.
41:47Pra outra ocasião.
41:49Venha de tênis, deixa o carro no hotel.
41:51No Airbnb, na casa que for ficar, explore a cidade a pé ou usando táxis, aplicativos
41:57de transporte, porque você vai ser muito mais tranquila durante o passeio, né?
42:02E aproveitar o máximo, né?
42:03Sem ficar com desconforto, né?
42:05Sim.
42:05E, obviamente, que as ladeiras, elas acabam atrapalhando um pouquinho pra quem, né,
42:11tem alguma dificuldade de locomoção, de mobilidade.
42:14Mas, os aplicativos e o táxi hoje, eles auxiliam, né?
42:18Pra, nesse caso, dessas pessoas.
42:20Entendi.
42:20Mas, eu acho que explorar Ouro Preto à Pela é fundamental.
42:24A gente vai deixar os links todos, até pro Palácio do Ouro, a visitação é paga?
42:29Sim.
42:30A gente é uma instituição particular, né?
42:34A gente não teve, não tem ainda, nenhum patrocinador, nem apoio.
42:40É investimento de uma vida e de um sonho.
42:41De várias vidas.
42:43Então, são várias vidas investidas nesse sonho, né?
42:48Então, a gente precisa desse ingresso pra manter o espaço.
42:53Então, hoje, a gente trabalha com ingressos no valor de 100 reais inteiro e 50 reais na minha entrada.
42:59Os passeios, eles são todos mediados.
43:01Então, tem um mediador ali que vai ter todo um treinamento, um conhecimento pra auxiliar e pra passar também esse conhecimento sobre a história do Palácio de Ouro Preto, de Minas Gerais.
43:12E vão durar em torno de uma hora e meia, duas horas, né?
43:17Uma hora e quarenta, duas horas.
43:19Então, é um passeio bem completo, né?
43:20A gente consegue, como eu falei, dar cheque em várias atrações de Ouro Preto só no Palácio.
43:25Então, é um passeio que é muito interessante.
43:28É surpreendente mesmo, assim.
43:30Não falo porque eu estou lá.
43:32Mas é porque, realmente, é uma coisa que a gente não acredita, assim.
43:37É único.
43:38É um espaço, de fato, único.
43:39Então, a gente recebe muita gente de fora que fala que nunca viu nada parecido, que a experiência é inesquecível, que se surpreendeu, que só viu isso fora do Brasil.
43:50Isso valorizando.
43:51É bom que a gente tenha isso aqui dentro, né?
43:53Um reconhecimento, né?
43:53Um reconhecimento.
43:54Então, tem pessoas que viajaram em mais de 50 países e falaram, nossa, isso me surpreendeu.
44:00Aí você vê que vale a pena, né?
44:02Exatamente.
44:02Emociona, né?
44:03E motiva também a gente a continuar, porque fácil não é.
44:07Não.
44:07Cultura, turismo, história.
44:11Exatamente.
44:12E a gente vive hoje, assim, o turismo para o interior de Minas tem crescido bastante, o que é muito bom.
44:20Então, a gente está bem feliz, assim, desse reconhecimento, né?
44:23O Palácio Hoje, dentro do TripAdvisor, que é uma das maiores referências para os viajantes, né?
44:29De 140 atrativos, se não me engano, ele é o atrativo número 1.
44:33Ai, que legal.
44:34Isso em dois anos.
44:36Então, a gente está muito, muito feliz com esses resultados.
44:39Wanda, e quem quiser ter mais informações?
44:41Vocês têm o site?
44:42Vocês têm o Instagram?
44:43Sim, nosso site é o palaciodouro.com.br.
44:47O nosso Instagram...
44:48Palácio Douro, tudo junto, né?
44:49De Mudo, isso, De Mudo Ouro.
44:52O nosso Instagram também, Palácio Douro, De Mudo Ouro.
44:57Temos o WhatsApp também, né?
44:58Então...
44:59Que a gente deixa aqui.
45:00Isso, porque aí as pessoas, os visitantes, os nossos convidados, a gente tem esse contato
45:05mais direto também, e sempre um atendimento personalizado.
45:10E precisa de reservar com antecedência ou não?
45:13Você pensa, ah, eu estou indo hoje para o Ouro Preto, ou já estou em Ouro Preto?
45:16Então, a gente indica o agendamento prévio, principalmente agora, mês de julho, a gente
45:20está em alta temporada.
45:22Então, esses horários, eles estão sujeitos à notação, como eu falei, são grupos pequenos.
45:25Então, é interessante agendar previamente, até para que você consiga chegar lá e já
45:30fazer a visitação.
45:30E ter certeza que vai.
45:31Exato, para não ter que ficar esperando.
45:33Mas, se tiver que esperar, temos o café também, que dá esse conforto maior.
45:37Mas, a gente indica sempre o agendamento prévio.
45:39Tá.
45:41Ô, Ana, eu sempre pergunto aqui, você está há muitos anos trabalhando, assim, totalmente
45:47envolvida nesse sonho.
45:49Sim.
45:51Mas, você viaja?
45:52E, quando você viaja, o que você gosta de fazer, quando você é turista e não está
45:55recebendo o turismo?
45:57Então, minhas últimas viagens foram a trabalho, mas eu tento sempre acrescentar...
46:02Mesclar um pouquinho.
46:03Mesclar um pouquinho, fazer alguma coisa voltada ali para o turismo, até para o lazer
46:07mesmo, para distrair um pouquinho a cabeça.
46:09Mas, a gente que trabalha com turismo, a gente, quando vai para uma cidade histórica, enfim,
46:13quando está viajando, a gente sempre busca também referências, é o que a gente pode
46:17melhorar, enfim.
46:18Mas, eu gosto...
46:20Eu me formei em museologia, então, eu sou apaixonada por museus, história.
46:25Você é ouro-pretana?
46:26Eu nasci em BH, mas sempre morei em ouro-preto, então, eu sou ouro-pretana, de coração.
46:33Mas, gosto muito de visitar museus, então, eu estou sempre visitando museus.
46:38Gosto muito de natureza também, então, trilha às vezes, mas eu gosto muito dessa história
46:45de museus.
46:45Histórico-cultural mesmo, né?
46:47Exato, é.
46:48Eu sou essa pessoa que viaja buscando ali pontos para conhecer a história do lugar que eu
46:53estou visitando.
46:55Então, mesmo que eu esteja indo a trabalho, eu vou querer conhecer a história daquela
46:59cidade, daquele lugar, porque, para mim, isso é muito importante, assim.
47:03Mistura, né?
47:04Quando a gente gosta muito do que a gente faça, você acaba não tem essa régua de até onde
47:08é trabalho e onde começa o lazer e o prazer.
47:11Então, pelo lazer, você acaba associando ali alguma coisa do trabalho, né?
47:15É, tem a parte boa e a parte ruim, né?
47:16É que você está trabalhando o tempo todo e não está trabalhando nunca, né?
47:19É, é isso.
47:21Ana, eu queria te agradecer muito mesmo.
47:22Eu que agradeço, Isabela.
47:23Pela sua participação.
47:24Muito obrigada.
47:25Seja muito bem-vinda sempre.
47:27Muito obrigada.
47:28Nos mantém atualizados.
47:29Pode deixar.
47:30Muito obrigada pelo convite.
47:32Fica convite também para conhecer o palácio com a família.
47:36Então, os meninos também sempre adoram o passeio.
47:38Aproveita com o pequenininho de férias, né?
47:40Pois é, então ele vai adorar, tenho certeza.
47:42Então, fica o convite de coração.
47:43Vai ser um prazer te receber lá no palácio e todos os ouvintes também do podcast.
47:49Então, o palácio, ele é de fato uma experiência muito diferente.
47:52Vai ser um prazer ter vocês lá com a gente.
47:54Obrigada, Ana.
47:55A você, não deixe de acompanhar as redes do Palácio Douro e, claro, o nosso conteúdo diário
48:01em turismo.ai.com.br, o nosso podcast semanal.
48:07E hoje você viu sobre o Palácio Douro e, ao longo do ano, a gente ainda tem mais coisas
48:11sobre turismo.
48:12Eu te vejo na próxima.
48:13Tchau, tchau.
48:13Tchau.
48:14Tchau.
48:15Tchau.
48:16Tchau.
48:17Tchau.
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