00:00Era por volta das 11 horas da noite do domingo, quando uma casa foi invadida no bairro Tancredo Neves, em Cachoeirinha.
00:08A vítima é um adolescente, de 16 anos de idade, que estava com a mãe, quando a casa foi invadida por dois suspeitos.
00:17O Alberto Alfredo da Silva, segundo informações de familiares, ele era usuário de drogas, vivia envolvido com vários delitos lá na cidade.
00:30No momento em que a residência foi invadida, a mãe estava deitada e se surpreendeu com barulho e em seguida o filho assassinado.
00:40O Hernando da Silva, é tio do Alberto Hernando, a mãe inclusive dele, está aqui desesperada, na verdade em estado de choque.
00:50É verdade. Pegaram ela lá, invadiram a casa, derrubaram a porta do quintal, aí estava debaixo da cama,
00:58aí tiraram debaixo da cama, botaram ela na sala, aí levaram para a cozinha e um tiro de 12 no peito e na cabeça um tiro de revolver, não sei dizer quantos tiros foi na cabeça.
01:10Quando ouviu o barulho, ele ouviu o barulho da porta sendo derrubada, os chutes, ele já tentou se refugiar embaixo da cama?
01:19Foi, viu as lanternas, tinha uma lanterna clareando e um chegou batendo na porta, não sei quantos eram, só viu dois dentro de casa.
01:28Batei na porta da frente, aí quando deu fé só viu a porta do muro sendo arrebentada, aí pegaram ele debaixo da cama, mandaram ela ficar na sala e levaram para a cozinha.
01:39Então, nesse caso, tinham mais de dois, né? Dois foram os que invadiram a casa, mas tinham outros também lá na frente para que ele não corresse, pelo que ela relatou.
01:49É, porque ela relatou lá, o que ela viu mesmo só foram os dois, né? Os dois que entrou dentro. Ela disse que quando viu, só viu os dois, não viu se tinha mais gente.
02:00Aí só fizeram pegar ele, mandaram ela sentar-se na cama lá, que é uma cama boxe, ele levantou e entrou para debaixo, mas foi perdido.
02:08Os caras chegaram, levantaram, botaram ela para lá, levaram ele para o que tal, já batendo nele mesmo, pegando no pescoço, ela dizendo.
02:17Aí quando chegou lá, só fizeram atirar nele.
02:19E os gritos de desespero, me ajuda a mãe, me socorre, não mata, não faz nada?
02:25Deu não, só quem gritava era ela, que eles pegaram no pescoço dele lá e não falavam, não fizeram mais, a sorte que não fizeram nada com ela, né? Graças a Deus.
02:34Ela pediu para não matarem o filho?
02:37Pediu muito, pedindo por todo jeito, pedindo por Deus, para ele não matar, mas foi perdido.
02:42Aplotou muito, né? Nesse mundo da droga, o coco é seco.
02:45Ele, além de usuário de drogas, mexia no que era alheio também?
02:50É, roubou muito.
02:52Poxa, é assim, é incrível o tempo que ele viveu, porque roubou muito.
02:56Roubava, roubou isso, o Caetano, roubou de todo canto, onde ele passou, onde ele viu o povo, um negócio fácil, ele roubava.
03:03Que é diferente, sabe? A casa minha é de um lado e a dele é de frente.
03:06Quando ele saiu de lá, meteu bala na porta da minha, pensando que as câmeras lá funcionavam, eu acho.
03:13Mas não estão funcionando?
03:14Estão não, não estão funcionando não, está instalada.
03:16Aí, quando começou o tiro batendo na porta, eu corri para pegar o menino que dorme num quarto, que é mesmo de frente da porta, que é grande, uns 15 metros por fundo, para chegar da garagem, né?
03:28Você ficou com medo que o seu filho fosse atingido por uma bala perdida?
03:32É isso aí, quem está tirando na porta, a bala passava direto na parede, a parede de tijolo de furo, eu corri para pegar o menino, para entrar para dentro do quarto.
03:39Aí, quando só vi os cinco disparos na minha porta, três pegou na porta embaixo e uns em cima para acertar a câmara, mas não acertaram.