O Brasil deve enfrentar chuvas mais intensas e períodos de seca mais prolongados até o final do século, segundo estudo da Universidade de Oxford e do Met Office, do Reino Unido. A pesquisa aponta riscos crescentes de eventos climáticos extremos no país. Reportagem: Beatriz Manfredini
Assista ao Jornal da Manhã completo: https://youtube.com/live/nOzNOt0aS2o
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
00:00A gente movimenta também a nossa reportagem nesta manhã, porque um estudo da Universidade Oxford e do Met Office do Reino Unido
00:06indicou que o Brasil deverá enfrentar chuvas mais intensas e menos frequentes até o final do século.
00:14Beatriz Manfredini participa aqui do Jornal da Manhã, tem mais detalhes pra gente a respeito desse estudo.
00:20Pois não, Beatriz, bom dia pra você, bem-vinda.
00:22Oi, Nonato, bom dia pra você também, pra Soraya, pra todos que nos acompanham aqui no Jornal da Manhã.
00:31Pois é, então essa é a previsão desse estudo, desse levantamento e claro que chuvas mais intensas, menos frequentes, elas também causam problemas.
00:40Como diz o próprio levantamento, é como, por exemplo, um maior número de eventos climáticos, como deslizamentos de terra, por exemplo,
00:49além de inundações repentinas, já que o volume de chuvas deve aumentar.
00:54E por outro lado, nós devemos ter no país também um número maior de ondas de calor,
00:59aquele período então que as temperaturas estão 5 graus acima da média, acima do previsto, então elevadas, além de bastante seca.
01:08De acordo com esse estudo, então, da Universidade de Oxford e também do MED Office, o Serviço Meteorológico do Reino Unido,
01:16até 2100 aqui no Brasil, a gente deve ter uma probabilidade três vezes maior do território nacional ser atingido por chuvas intensas.
01:26Então, triplicando o que a gente já tem hoje, né, dessas chuvas, além do normal, essas chuvas com maior intensidade, com maior força.
01:34Por outro lado, elas serão 30% menos frequentes do que atualmente.
01:39Mas o problema é justamente esse.
01:41Apesar de menos vezes, quando vierem, elas devem aparecer com três vezes mais força do que vem atualmente.
01:48E é por isso, então, que o estudo faz um alerta que o país precisa se preparar.
01:52Justamente porque, como a gente comentou agora, aumentam riscos de deslizamentos, inundações,
01:57mas, então, risco para a população no geral, além de impactar a saúde das pessoas com período de maior seca, por exemplo,
02:04e, inclusive, por exemplo, setores de alimentação, plantação, que são muito fortes aqui no nosso país, Nonato.
02:11Pois é, ou seja, acaba perdendo um pouco a regularidade, né, das chuvas e que seria necessária aí para o bem-estar das sociedades.
02:19Agora, Beatriz, um relatório da ONU também apontou recorde de temperatura média mundial.
02:25O que você tem de detalhes para a gente em torno desse tema também?
02:31Também. O ano passado, 2024, de acordo com esse relatório, Nonato, foi o ano mais quente dos últimos 175 anos.
02:40Nós ficamos 1,55 graus Celsius acima da era pré-industrial.
02:46Então, já ali num nível de aquecimento global que a gente vem comentando nos últimos anos, né?
02:52Então, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, esse recorde, então, esse número de ano mais quente em 2024,
03:00ele foi batido, o recorde, pela décima vez.
03:03Então, são 10 anos já que nós estamos, consequentemente, ano a ano, batendo os recordes de aumento de temperatura,
03:11de clima mais quente em todo o mundo.
03:13Com isso, o próprio relatório aponta que aumentou também o número de pessoas, claro, impactadas por eventos climáticos extremos,
03:21que vêm acompanhados, né, desse aquecimento global.
03:24De acordo com o levantamento, esse aquecimento global e essas mudanças climáticas causaram, no ano passado,
03:30do maior deslocamento relacionado ao clima dos últimos 16 anos.
03:35E também agravou a insegurança alimentar, além de, claro, perdas econômicas para todos os países do mundo.
03:42Para a gente ter uma ideia, a média de perdas econômicas está na casa, de acordo com esse relatório,
03:47de 200 bilhões de dólares por ano.
03:50E, quando se incluem os efeitos em cascata, então, ano a ano, né, esses problemas se acumulando,
03:55e também os danos aos ecossistemas, que são mais difíceis de recuperar,
03:58aí o total de perdas econômicas, de prejuízo mesmo, ultrapassa os 2 trilhões de dólares.
04:05De acordo com o levantamento, foram 124 milhões de pessoas impactadas por desastres, em média,
04:12em cada um desses últimos anos que a gente vem comentando,
04:15o que, entre 2014 e 2023, representa um aumento de 75% de pessoas prejudicadas.
04:22Pois é, muito obrigado, Beatriz Manfredini, atualizando a gente a respeito desse cenário,
04:29que é comentário aí, portanto, da meteorologia internacional.