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  • 19/07/2025
Fundada por uma família que fugia da escravidão em 1825, a Comunidade Quilombola do Rosário, em Salvaterra, no Marajó, mantém viva a memória de resistência e conexão com a natureza.

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Transcrição
00:00Esses três bacuriseiros, segundo nossos antepassados, que foram os primeiros moradores que vieram da região chamada Nabiju, nos anos de 1825.
00:09E com a chegada deles, que vieram fugidos de lá para cá e se instalaram no povoado, já existia esses bacuriseiros.
00:16Então, para nós, que hoje é a sexta geração, eles são centenários. É o marco histórico do nosso quilombo.
00:22Quem ouviu um solo sar de dor no canto do Brasil?
00:32Um lamento triste sempre ecoou, desde o guinho guerreiro foi pro cativeiro e de lá cantou.
00:42A nossa entidade, ela vem se organizando a longo exano.
00:59A nossa comunidade de Rosário, antes já povoado, ela foi povoada primeiramente, nos anos de 1825.
01:09Com a chegada dos primeiros moradores, na qual eu sou a sexta geração, na qual eu tenho descendência dessa ancestralidade,
01:18do seu Manoel Vasconcelo, o Ózimo e alguns dos nossos membros aqui,
01:23que é a família Assunção, que veio sete pessoas de uma região denominada Nabiju.
01:31E com essas primeiras pessoas, foi que formou o povoado de Rosário.
01:35Quando ele fala sobre pouca casa, era verdade.
01:39Fui as primeiras pessoas que chegaram, se instalaram, foram formando família,
01:44casando, ter o casamento parente com parente, e formou as primeiras famílias.
01:49Meu nome é Manoel Vasconcelo de Assunção, nascido e criado na comunidade.
01:58O mais que eu passei fora, foi três meses, e retornava de novo.
02:04Quando eu me entendi aqui, eram duas, três casinhas de conversa com telha.
02:12Tudo era no barro e na palha.
02:15Hoje em dia, a gente já não está vendo quase essas coisas, né?
02:21Já mudou muito.
02:23Também, era um pouco pequena a nossa comunidade,
02:28e hoje em dia está o dobro do crescimento, graças a Deus.
02:32Esse tempo era mais, muito mais diferente do que agora.
02:36Até esse negócio de venda, para comprar, a despesa de casa.
02:42A gente andava muito longe daqui, mais de hora, para poder chegar lá onde tinha.
02:48E agora, graças a Deus, está dependendo do real lá na casa.
02:53Antigamente, eu digo para os meus companheiros que não tinha celular, não tinha nada.
02:58O seu Manoel, ele ia de casa em casa.
03:01Olha, hoje tem reunião.
03:02Nós não tínhamos esse prédio aqui, nós reuniamos na casa da dona Joana.
03:06Então, ele saía de casa em casa, era o serviço de formiguinha.
03:10Hoje em dia, não.
03:11A gente coloca no grupo da associação, já vai ter reunião em Itaí, todo mundo se mobiliza.
03:15Então, como ele disse, ficou mais fácil hoje.
03:18Antigamente, hoje todo mundo tem, a maioria tem só moto.
03:23Antigamente, quem não tinha moto, ia de pés para essa reunião.
03:27Nós íamos para a reunião em Santa Luzia, que é um quilombo muito longe daqui, de bicicleta.
03:33Eu e a nossa companheira Ilhanete, que sempre era nós que saíamos a Boa Vista.
03:36Então, nós sempre lutamos.
03:38Hoje em dia, a gente luta pelo nosso título definitivo.
03:44Esse que está faltando.
03:45A gente já tem a nossa portaria, nós já somos reconhecidos pelo governo federal.
03:50Então, nós ainda falta esse título.
03:55Esse título é a cantada final.
03:58Másher!
04:15Obrigado.

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