- 09/07/2025
O presidente Lula convocou o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandados por Mauro Vieira, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, respectivamente, após o mandatário norte-americano, Donald Trump, anunciar uma taxação de 50% sobre os produtos brasileiros.
Comentaristas: Roberto Motta, Cristiano Beraldo e Luiz Felipe D’Avila.
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NotíciasTranscrição
00:00Deixa eu só trazer uma informação importante, inclusive.
00:03A nossa equipe em Brasília acabou de confirmar a reunião de emergência acontecendo neste momento.
00:08O presidente da República convocou o Ministério das Relações Exteriores,
00:12o Ministério da Fazenda e também o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
00:20Então, a reunião de emergência acontecendo neste momento em Brasília
00:23com os representantes desses três ministérios.
00:26Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Relações Exteriores e também Ministério da Fazenda.
00:32Chamar o Roberto Mota que é preciso também a gente tratar sobre
00:36de que maneira o Brasil deve se organizar, discutir o comunicado feito pelos Estados Unidos.
00:43Temos alguns dias, pouco mais de 20 dias até a vigência dessa determinação norte-americana.
00:52Quais são as opções? Qual é o cardápio de opções para o Brasil, hein, Mota?
00:57Levando em consideração que uma reunião de emergência acontece neste momento.
01:01Alguém, talvez, em algum momento da nossa audiência, diga
01:05Bom, mas a China devolveram a mesma moeda.
01:08Só que é preciso olhar para a balança comercial, né?
01:10A China tem condições de devolver na mesma moeda.
01:14Nós somos pequenos frente aos Estados Unidos, né, Mota?
01:17O que caberia ao nosso país fazer nesse momento?
01:21A sua pergunta é muito difícil, Canhato.
01:24Pela forma que você a formulou.
01:27Você perguntou o que o nosso país deveria fazer.
01:31Essa pergunta eu não sei responder.
01:33Agora, se você perguntar o que o Estado brasileiro deveria fazer,
01:39o que o governo brasileiro deveria fazer,
01:42é muito fácil responder.
01:44Eu tenho dificuldade, confesso a vocês, de acreditar
01:48que essa carta tenha sido surpresa para alguém.
01:53Eu fico pensando, quem em Brasília, quem no governo,
01:58quem no Estado brasileiro, realmente foi surpreendido por essa carta?
02:04Ninguém esperava nenhuma reação dos Estados Unidos?
02:08Eu tenho a impressão, pelos acontecimentos que eu vi,
02:14que essa carta foi cavada.
02:17Ela foi pedida.
02:18Ela é resultado do trabalho incansável do Itamaraty.
02:24Ela é resultado de uma longa lista de medidas judiciais tomadas
02:30contra empresas e cidadãos americanos,
02:33inclusive várias medidas que juristas brasileiros de renome dizem.
02:38São ilegais, inconstitucionais.
02:41Mas a carta me parece, principalmente,
02:45e aí a gente tem que ser justo e dar o mérito a quem tem mérito,
02:49ela me parece, principalmente,
02:50o resultado de uma política deliberada,
02:55explícita do atual governo federal
02:59de antagonizar de todas as formas possíveis
03:03o atual governo americano.
03:06Existe alguma coisa que pudesse ter sido feita
03:09para ofender o governo americano
03:12ou a nação americana,
03:14que não foi feita pelo atual governo brasileiro?
03:17É uma política que culminou nesse esforço tragicômico
03:22de transformar o BRICS
03:24numa espécie de G20 do mal.
03:28Lá tem o G20 e temos nós aqui.
03:32Rússia, China, Irã.
03:35E propagandear essa ideia,
03:38que é uma ideia feita.
03:41Eu acho que se a gente fizer aqui um concurso,
03:43vamos escolher uma ideia
03:45que tem o maior poder de irritar os Estados Unidos.
03:49A nação americana, o governo americano,
03:51o povo americano.
03:52Eu tenho uma ideia.
03:54Vamos propor substituir o dólar
03:56como moeda de reserva internacional,
03:58substituir o dólar nas transações comerciais.
04:02E aí, o governo brasileiro
04:04abraça Cuba, Venezuela, Irã.
04:06Existe algum adversário dos Estados Unidos
04:10que não tenha sido abraçado nessa história?
04:13Talvez só a Coreia do Norte.
04:14Acho que só a Coreia do Norte ficou de fora.
04:17Essa carta é o resultado de tudo isso.
04:20Então, é muito fácil responder a sua pergunta, Caniato.
04:23Se você está perguntando
04:25o que o Estado brasileiro deve fazer
04:27ou o governo brasileiro deve fazer
04:29para sair dessa sinuca de bico
04:32na qual eles próprios se colocaram,
04:34é fácil.
04:35É só fazer o contrário
04:36de tudo o que eles têm feito até agora.
04:39Pois é.
04:40Agora, Beraldo,
04:42quando o anúncio da taxação
04:45se apoia em questões comerciais,
04:47mas além de comerciais,
04:49questões políticas,
04:51aumenta o desafio
04:52para o governo brasileiro
04:54tomar uma decisão.
04:55Porque não bastaria fazer um ajuste
04:58e uma adequação
04:59em relação a essas questões comerciais
05:02destacadas na carta.
05:03Porque não se trata somente disso.
05:05E aí eu lhe passo a palavra.
05:07Qual é a reflexão
05:08que a gente precisa fazer?
05:09Quais são os caminhos possíveis
05:10para a atual administração?
05:14Bom, vamos lá, Caniato.
05:15A gente precisa entender,
05:17primeiro, o contexto das coisas.
05:19Há muita gente
05:20que não está aí,
05:22de uma certa forma,
05:24comemorando uma reação
05:26do governo brasileiro
05:27em defesa de Jair Bolsonaro.
05:30E é importante
05:31que a nossa audiência compreenda
05:33que o contexto não é esse.
05:36Esse movimento de Donald Trump
05:38não atende a pleitos
05:40do deputado Eduardo Bolsonaro
05:42ou dos apoiadores de Jair Bolsonaro
05:45que estão em contato
05:46com o governo americano.
05:48Porque estados que mais perdem
05:51com esses anúncios de tarifa feitos
05:54são justamente estados
05:56em que Bolsonaro
05:58tem uma posição eleitoral,
06:02um apoio muito forte.
06:04Tanto Santa Catarina
06:05quanto São Paulo
06:07tem nos Estados Unidos
06:08o seu maior destino
06:10de exportações.
06:12Então, o que foi anunciado
06:14pelo governo Trump
06:15é ruim para o país como um todo.
06:18Nós veremos uma série de empresas
06:21que terão dificuldade agora
06:25de escoarem a sua produção,
06:27de honrarem seus compromissos,
06:29vão ter que se reinventar
06:31adiante da perda de competitividade
06:35para um mercado tão importante
06:37quanto os Estados Unidos.
06:39Então, é importante fazer
06:41esse esclarecimento.
06:43Só que, Caniato,
06:44de novo,
06:46o governo brasileiro
06:47trabalhou meticulosamente
06:50para nos colocar nessa situação.
06:53O Mota destacou bem isso.
06:55E a gente precisa lembrar
06:57que, quando se fala BRICS,
06:59nós estamos falando,
07:00na verdade,
07:01da China.
07:03A Índia,
07:04presidente da Índia,
07:05inclusive,
07:06esteve com o presidente Lula ontem
07:10no Palácio do Planalto,
07:13mas a China
07:14é o grande ator mundial
07:16que antagoniza com os Estados Unidos.
07:20Essa disputa
07:21trata da China.
07:22A China é a ameaça
07:24para os Estados Unidos.
07:25E, de novo,
07:27o Brasil,
07:28ele é usado
07:29nesse momento
07:30para passar recado
07:31para os demais.
07:33Imagina esses países
07:34como Arábia Saudita,
07:36Emirados Árabes,
07:37que têm ligações
07:38muito fortes
07:39com os Estados Unidos
07:40diante desse cenário.
07:42Quem é que vai querer?
07:43A própria Índia.
07:45Quem é que vai querer
07:47se colocar numa posição
07:48de fomentar atitudes
07:51em relação
07:53aos Estados Unidos
07:54que estão sendo propostas
07:56pelo BRICS?
07:57Tendo o Brasil
07:57como porta-voz,
07:58a gente precisa lembrar
07:59que essa ideia
08:00da moeda
08:01única
08:02para os países
08:03dos BRICS
08:04veio do Brasil,
08:05ou pelo menos
08:06foi propagandeada
08:07pelo Brasil.
08:08O Brasil se colocou
08:09nessa situação
08:10de olhar
08:11para o gigante
08:12e ficar
08:13dando beliscão,
08:15jogando pedra,
08:16achando que com isso
08:17vai derrubar
08:18os gigantes.
08:19Não vai derrubar
08:20os gigantes.
08:21O Brasil é que vai
08:22sair perdendo
08:23e o Brasil
08:24sairá perdendo
08:25servindo de recado
08:27para outros países
08:28que estão montando
08:30estratégias de aproximação
08:32com a China.
08:33Portanto,
08:33Caniato,
08:34para que o Brasil
08:35saia dessa sinuca
08:37de bico,
08:37o governo vai ter
08:38que se movimentar
08:40além de fronteiras
08:41que ele tem demonstrado
08:42respeitar até aqui.
08:45Ele não está
08:45se colocando
08:46e nunca se colocou
08:47numa posição
08:48de entendimento,
08:49mas sim de enfrentamento.
08:50Resta saber.
08:52Vão saber
08:52baixar a cabeça?
08:54Vão saber recuar?
08:56Vão saber
08:56fazer o papel
08:57de humilhados
09:00para pedir
09:01por favor
09:01vamos sentar
09:02para conversar?
09:03Ou será que não?
09:04Pois é,
09:05reforçando
09:06para a nossa audiência,
09:07audiência rotativa,
09:08muita gente chegando
09:09aqui em Os Pingos nos Is,
09:10agradeço, viu,
09:11pela companhia.
09:12Neste momento,
09:13a reunião de emergência
09:14convocada pelo
09:15presidente da República
09:16com integrantes
09:17de vários ministérios,
09:19principalmente
09:19Relações Exteriores,
09:20Fazenda
09:21e também
09:22Desenvolvimento,
09:23Indústria e Comércio
09:24para tratar e discutir
09:26sobre esse anúncio
09:27do governo norte-americano,
09:29taxação de 50%
09:30sobre produtos brasileiros,
09:32vigência a partir
09:33do dia 1º de agosto,
09:35ou seja,
09:35alguns dias
09:36para tentar
09:37reverter
09:38esse anúncio,
09:39essa medida
09:40que foi anunciada
09:41por Donald Trump.
09:42você, Davila,
09:43queria também
09:43pedir sua análise
09:45e reflexão
09:45sobre os caminhos
09:46possíveis
09:47para o governo brasileiro,
09:48mas também
09:49levando em consideração
09:50esses aspectos
09:51que foram
09:52trazidos
09:53pelo Beraldo
09:54e que muitos analistas
09:55têm apontado,
09:57os impactos
09:58para
09:59os setores
10:00produtivos brasileiros,
10:02de que maneira
10:02também a população
10:04norte-americana
10:05acaba sendo impactada,
10:06enfim,
10:08quais são as saídas
10:09que você entende
10:09que são as mais
10:10adequadas para o governo
10:12brasileiro
10:12nesse momento?
10:15A saída para o governo
10:16brasileiro
10:16nesse momento,
10:17Caniato,
10:18é tentar
10:18despolitizar
10:20esse embate
10:20e tratar
10:21no nível técnico
10:22o máximo possível,
10:24ou seja,
10:25com a turma
10:26do Departamento
10:26do Estado americano,
10:28com o Departamento
10:28de Comércio americano
10:29e com o nosso
10:30Itamaraty,
10:31com o nosso
10:31Ministério da Indústria
10:33e Comércio,
10:34Ministério da Agricultura,
10:36quanto mais técnica
10:37for a conversa,
10:39melhor para
10:39despolitizar
10:41essa questão
10:41das tarifas,
10:42que é uma questão
10:43absolutamente
10:44política
10:44e mal feita.
10:46Eu vou dar um exemplo
10:47aqui de um setor
10:48que vai acabar
10:49nos Estados Unidos
10:50se esse acordo
10:51não for revisto
10:52imediatamente,
10:53a indústria
10:53do suco de laranja.
10:54A indústria
10:55do suco de laranja
10:56depende exclusivamente
10:58da laranja brasileira.
11:00Não tem mais laranja
11:01na Flórida,
11:01já acabou há muito tempo
11:02a laranja na Flórida.
11:04Então,
11:04imagina você,
11:05hoje,
11:06os produtores de suco de laranja
11:07ligando para o Donald Trump
11:08e falam assim,
11:08bom, nós vamos fechar
11:09nossas indústrias,
11:10nós vamos demitir
11:10mais de 60 mil pessoas
11:11aqui na Flórida
11:12e vai acabar
11:13a indústria do suco de laranja,
11:15porque sem a laranja brasileira
11:16não tem como manter a indústria.
11:18E aí,
11:18o que vai fazer?
11:20Alguém tem que chegar
11:20a ter o bom senso
11:21e falar,
11:21gente,
11:22tá bom,
11:22aí vai começar esse negócio.
11:23é 50% para isso aqui,
11:25mas não vai ser mais
11:26para o suco de laranja,
11:27porque senão,
11:28além do americano
11:29vai pagar suco de laranja,
11:30vai custar quase o preço
11:31de vinho,
11:32além de tudo,
11:33quebra a indústria local.
11:34Então,
11:35isso tem um impacto tremendo.
11:36Então,
11:36veja só um setor
11:37do agronegócio
11:39como tem um enorme impacto
11:41na vida
11:41do diário cotidiano
11:42do americano.
11:43Então,
11:43não dá.
11:45Essa coisa populista
11:46de acordar,
11:47mandar carta
11:47e falar
11:48que vai dar 50%
11:49de tarifa
11:50sem escolher setor,
11:52dá para todos os setores,
11:53isso é um absurdo,
11:54que prejudica demais
11:56o próprio Estados Unidos.
11:58O grande economista americano,
12:00que foi,
12:01inclusive,
12:01o ministro da Fazenda
12:03nos Estados Unidos,
12:04Larry Summers,
12:04ele fez uma conta
12:05que me chamou
12:07muita atenção.
12:07Ele disse
12:08que as tarifas
12:09de Donald Trump
12:10vão trazer
12:11um prejuízo
12:11equivalente
12:12a 300 mil dólares
12:15por família
12:16de quatro pessoas
12:17nos Estados Unidos.
12:18É isso que vai acontecer.
12:19300 mil dólares
12:21por família
12:21de quatro pessoas.
12:22é esse o impacto.
12:24Tarifa,
12:25gente,
12:25é imposto.
12:27É o maior aumento
12:28de carga tributária
12:29desde os anos 30
12:31nos Estados Unidos,
12:32no século passado.
12:34Desde que Donald Trump
12:35assumiu a presidência
12:36dos Estados,
12:37em janeiro,
12:38as tarifas de importação,
12:40em média,
12:40aumentaram mais de seis vezes
12:42do que era em janeiro
12:43de 25.
12:44Isso tem um enorme impacto
12:45no consumidor americano,
12:47na indústria,
12:48no comércio americano.
12:49Então, assim,
12:51é o que eu digo,
12:53é o populismo tarifário.
12:55Isso é um desastre
12:56para os Estados Unidos,
12:57é um desastre
12:58para o mundo.
12:59O que os Estados Unidos
13:01têm que fazer
13:01com a política tarifária,
13:03Caniato,
13:03é focar no seu principal alvo,
13:05que é a China,
13:07e focar numa indústria
13:08que é fundamental
13:10para os Estados Unidos
13:10continuarem a investir,
13:12que é a indústria de defesa.
13:13O resto
13:14tinha que ser coisa pontual,
13:16não existe tarifa genérica.
13:17Isso é um absurdo.
13:20Então, assim,
13:21nós temos de tentar
13:22esvaziar esse debate
13:24com discussões técnicas,
13:26setoriais,
13:27para mostrar
13:28o absurdo
13:29que isso vai causar,
13:31não só no Brasil,
13:32como nos Estados Unidos.
13:34É assim,
13:35descobrindo esses pontos
13:36em comum,
13:37que nós podemos
13:37salvar
13:38alguns setores
13:40dessa guilhotina
13:41dos 50%
13:43de tarifa
13:43dos Estados Unidos.
13:44Pois é,
13:45a gente tem recebido
13:46aqui,
13:47a nossa produção
13:47se debruçou
13:48e tem compilado
13:50manifestação
13:51de muitas figuras
13:52da nossa política,
13:53especialmente
13:53congressistas,
13:55deputados e senadores.
13:56Vou até pedir
13:57para a nossa produção,
13:58a gente consegue colocar
13:59o post de...
14:01Tá bom,
14:02daqui a pouco
14:02a gente vai trazer
14:02o post de um senador
14:05que fez críticas
14:06ferrenhas
14:07à atual administração,
14:09ao governo brasileiro,
14:11entendendo que trata-se
14:12de uma resposta
14:13às muitas medidas
14:14tomadas pela
14:15nossa administração.
14:17Antes disso,
14:18Mota,
14:18o Dávila fala
14:19na necessidade
14:20de despolitizar
14:22essas questões,
14:23é preciso se ater
14:24aos ingredientes técnicos
14:27para tomar
14:27a melhor decisão
14:29em relação
14:30à taxação
14:30do governo norte-americano.
14:33E aí,
14:33eu queria te perguntar,
14:34Mota,
14:34dadas as atuais circunstâncias,
14:37as características
14:38da atual administração brasileira,
14:40você acha que
14:40é possível esperar
14:42uma despolitização
14:44dessa questão,
14:45que a atual administração
14:46se atém
14:47às questões técnicas
14:49para escolher
14:51a melhor alternativa,
14:52Mota?
14:54Não existe
14:55a menor possibilidade.
14:58Eu entendo
14:59muito bem
15:00a argumentação
15:01do Dávila,
15:03e eu acho que
15:04do ponto de vista
15:05teórico e técnico
15:06ele está corretíssimo,
15:08mas a política
15:10é o determinante
15:12de tudo
15:12que está acontecendo.
15:14Como seria possível
15:16despolitizar
15:17Donald Trump?
15:18Um homem que,
15:20como ele mesmo disse
15:21recentemente
15:23num tweet
15:23que ele fez,
15:24passou por um processo
15:25quase igual
15:26ao que Jair Bolsonaro
15:28está passando
15:29aqui no Brasil.
15:30Ele disse
15:30com suas palavras,
15:32eu vivi isso.
15:33como é que se
15:35despolitiza
15:36a China?
15:38O Dávila mesmo
15:39contou,
15:40o Beral também
15:40já falava sobre isso,
15:42sobre o esforço
15:43da China
15:43para ganhar influência
15:45no mundo inteiro,
15:47conseguir cacife político.
15:49Como é que vai,
15:51como é que
15:51nós vamos
15:52despolitizar
15:53o BRICS?
15:55O que é
15:56o BRICS hoje?
15:57A não ser
15:58uma caixa
15:59de ressonância
16:00política
16:01para ampliar
16:02os projetos
16:03de poder
16:04dos líderes
16:07de nações
16:08que fazem parte
16:08do BRICS?
16:09Trump foi eleito
16:11para reviver
16:12o vigor
16:13dos Estados Unidos,
16:15para trazer
16:16de volta
16:17os Estados Unidos
16:18para o protagonismo
16:20mundial.
16:21Isso não é
16:21uma questão técnica,
16:23isso é uma questão
16:23política.
16:25As tarifas
16:26de Donald Trump
16:28que são péssimas,
16:30eu não detesto
16:31tarifa,
16:32eu duvido
16:32que qualquer pessoa
16:33que pare
16:34para pensar
16:35e refletir
16:36vá aplaudir
16:37aumento
16:38de tarifas.
16:39Isso é péssimo,
16:40isso é terrível,
16:42mas elas são
16:43apenas um aspecto
16:44da estratégia
16:45de Donald Trump.
16:46A gente não pode
16:47perder de vista
16:48o panorama geral.
16:49Lembrem
16:50o que aconteceu
16:51com a China,
16:53aquela escalada
16:55de Trump
16:56colocava uma tarifa,
16:57a China colocava
16:58outra maior,
16:58aí o Trump
16:59aumentava mais,
17:00estão conversando,
17:02estão se entendendo.
17:04O chinês
17:04não é bobo,
17:06o chinês
17:06não tem a esperança
17:08de que vai
17:09conseguir ganhar
17:10do governo americano
17:12do Donald Trump
17:12num jogo de pôquer.
17:14O panorama
17:15é geopolítico,
17:17não é técnico,
17:18não é comercial.
17:20Tem gente,
17:21eu duvido
17:23sinceramente
17:23que exista
17:25alguém em Brasília
17:26surpreso
17:26com essa carta.
17:27nossa,
17:28a gente não esperava
17:29isso,
17:30a gente achava
17:30que o governo americano
17:31estivesse gostando
17:32das coisas
17:33que a gente faz
17:34aqui.
17:35Cada vez que a gente
17:36faz um discurso
17:37pedindo para mudar
17:38o dólar,
17:39o governo americano
17:40não estava gostando
17:41disso?
17:42E quando a gente
17:42coloca um cidadão
17:44americano
17:45num inquérito
17:45aqui,
17:46o governo americano
17:46não gostou disso?
17:48Quando a gente
17:48aplica multas milionárias,
17:50quando a gente
17:51faz declarações
17:52ofensivas,
17:54usem os mecanismos
17:55de busca
17:56e vejam
17:57as inúmeras vezes
17:59em que figuras
18:00políticas
18:01aqui no Brasil
18:02se referiram
18:03ao Donald Trump
18:04ou,
18:05vou tirar um nome
18:06aleatório aqui,
18:07Elon Musk,
18:08que foi até pouco tempo
18:09o braço direito
18:10de Donald Trump,
18:12o homem mais rico
18:13do mundo,
18:13se referiram
18:14a essas pessoas
18:15em tom pejorativo.
18:17Então,
18:18eu não acredito
18:19que exista
18:21ninguém surpreso
18:23em Brasília.
18:25E tem gente
18:25que vai além disso,
18:26Caniato.
18:27Tem gente
18:28que diz que,
18:29na verdade,
18:30essa carta
18:31era realmente
18:31era isso
18:33que se queria,
18:34esse tipo de reação
18:36ou até alguma
18:37reação pior.
18:38Para agora dizer,
18:39olha,
18:40viu como eu tinha razão,
18:42viu como os americanos
18:43são malvados,
18:44como o Dávila disse,
18:46ou foi o Beraldo,
18:47nem me lembro mais.
18:48Vamos agora correr
18:49para o colo da China,
18:50vamos correr
18:51para o colo da Rússia,
18:52da Venezuela,
18:52de Cuba,
18:53de Nicarágua.
18:54Eles são os nossos amigos.
18:57Então,
18:58tem gente que acha isso.
19:00Eu não vou tão longe.
19:02Eu só acho
19:02que não tem ninguém
19:03genuinamente
19:04surpreso em Brasília.