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  • há 5 meses
Governo Lula faz acordo que pode elevar em até 61 bilhões recursos a deputados e senadores.
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Transcrição
00:00O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira o orçamento de 2025.
00:05Este projeto foi aprovado com três meses de atraso.
00:09A peça prevê superávit de R$ 15 bilhões, mas sem considerar despesas como precatórios e como o programa Pé de Meia.
00:18O texto também destina R$ 50 bilhões aos congressistas por meio de emendas parlamentares.
00:25Vamos ouvir o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, sobre a aprovação do orçamento.
00:30Eu quero engrandecer, na minha condição, o papel do Parlamento Brasileiro.
00:37Fortalecer o Parlamento Brasileiro é fortalecer a democracia.
00:41Dar a autonomia e a autoridade de deputados e deputadas, senadoras e senadoras,
00:47para construir a peça mais importante do Estado brasileiro, que é o orçamento,
00:52é fundamental para colocarmos os olhares de um país gigante, como disse ainda há pouco,
01:00com muitas diferenças regionais, com discriminações regionais,
01:05com diferenças sociais de um abismo que faz com que Estados brasileiros sofram hoje
01:13do ponto de vista da desigualdade social e regional.
01:17E só quem pode diminuir essas desigualdades é a casa do povo, é a casa da federação,
01:26que com um olhar atento às demandas da sociedade, novamente, nos rincões de um país de dimensões
01:34continentais como o Brasil, pode de fato e concretamente mudar a vida das pessoas aonde elas estão.
01:43Muito obrigado ao Parlamento Brasileiro, muito obrigado aos deputados e deputadas,
01:49muito obrigado aos senadores e senadoras.
01:53Mas esse orçamento só foi destravado por um acordo feito na quarta-feira à noite por Gleisi Hoffman.
02:00E quem conta essa história é o Wilson Lima no quadro Bastidores do Meio Dia.
02:04Boa tarde, Nácio, boa tarde para você que nos acompanha aqui no Meio Dia em Brasília,
02:21boa tarde para você, amigo de um antagonista, boa tarde para você, amigo do canal BMC News.
02:26Olha só, essa votação do orçamento só foi destravada porque houve uma reunião na quarta-feira à noite
02:36entre Gleisi Hoffman e os caciques do Congresso Nacional.
02:41O que ficou estabelecido aí nessa reunião?
02:45Que o governo Lula se comprometeu a não represar o pagamento das emendas parlamentares ao longo do ano de 2025.
02:51Outra questão importante, os parlamentares também se comprometeram a indicar,
03:01a sugerir ao governo federal a destinação de R$ 11,2 bilhões em despesas discricionárias do Poder Executivo.
03:09Ou seja, seria uma espécie de orçamento complementar.
03:15Os parlamentares já têm direito a indicar R$ 50,5 bilhões, que são frutos das emendas parlamentares,
03:23sendo que dessas, aproximadamente R$ 40 bilhões são recursos de caráter de pagamento obrigatório,
03:31aquelas emendas impositivas, ou seja, o governo federal é obrigado a pagar.
03:36O restante é indicação de emenda de relator.
03:40E ainda tem esses R$ 11,2 bilhões que os parlamentares vão poder sugerir a título de despesas discricionárias do Poder Executivo.
03:50Então, essa foi a parte de um acordo.
03:52Tem a promessa do Poder Executivo de pagar esses recursos de 2025 ainda no ano de 2025,
03:59para que não ocorra aí problemas, suspensão de pagamento,
04:03e que esse recurso não entre nos restos a pagar, para que só seja utilizado em 2026.
04:09Então, são dois pontos desse acordo.
04:11E aí, meu caro Inácio, também teve uma questão que envolveu as comissões temáticas.
04:17Como assim?
04:19Se você for perceber a composição das comissões, os partidos do Centrão, União Brasil, Republicanos, MDB, PT,
04:26ficaram com aquelas comissões que vão ter condição de gerir melhor esse orçamento.
04:31Por exemplo, o PL ficou com a Comissão de Saúde, e só a Comissão de Saúde vai poder indicar aproximadamente 4 bilhões em emendas parlamentares.
04:40Então, vejam aí que, na verdade, houve um grande acordão.
04:43E o PT, que é o partido de ocasião, ele ficou com as chamadas, com algumas comissões de caráter mais ideológico,
04:50ali, discussões meramente técnicas.
04:53Comissões essas que não têm necessariamente ali uma capacidade de indicação de recursos parlamentares.
04:58Então, esse acordo firmado aí, por debaixo dos panos, encabeçado por Glaise Hoffman,
05:05é a primeira vitória da nova ministra de Relações Institucionais.
05:09Por isso, meus caros, é que ontem a votação do orçamento, ela se deu de forma muito rápida.
05:15É bom lembrar que o texto do senador Ângelo Coronel, relator do orçamento, foi apreciado no início da tarde.
05:21Aí, três horas depois, o Estado brasileiro já tinha o orçamento de 2025, lindo e maravilhoso,
05:28para que todos possam ver e, digamos que, desfrutar a partir de agora.
05:34Rodolfo Borges, boa tarde.
05:37Em uma semana de trabalho, o Glaise Hoffman já fez mais que o Padilha em dois anos?
05:41Boa tarde a todos.
05:44Olha, acho cedo para cantar essa vitória aí.
05:48Ela entregou quase tudo que tinha para entregar.
05:51E aí, tudo bem, tirou do caminho essa peça, essa grande peça, a peça mais importante,
06:00o Alcolumbre se referiu assim ao orçamento,
06:02que veio a ser aprovado quase no final do terceiro mês do ano.
06:07E era para ter sido aprovado no ano passado.
06:09Então, o governo, a questão é que ele não tinha mais espaço para negociação nenhuma,
06:13se é que ele já teve algum espaço para negociar ali.
06:16Então, ele já estava com a corda no pescoço, já teve problema com plano safra,
06:22e agora precisava tirar isso do caminho.
06:24Tirou.
06:25Qual é o próximo passo agora?
06:28Fazer esse orçamento funcionar.
06:30E aí é o grande desafio.
06:31Porque eles, você mesmo já mencionou, Inácio, o pé de meia ficou de fora.
06:36Como é que o pé de meia ficou de fora?
06:37Se o fato de ele ter ficado de fora do orçamento do ano passado,
06:41levou o TCU a suspender os repasses?
06:44Vai funcionar como isso agora?
06:47Assim, ninguém está acreditando, obviamente,
06:50que o governo vai cumprir esse orçamento da forma como foi aprovado.
06:53Agora, a curiosidade agora é ver como é que eles vão fazer
06:57para sustentar a perspectiva de que esse orçamento será respeitado até o final do ano.
07:05Fizeram aí o compromisso com o Congresso de não contingenciar emenda parlamentar,
07:11o que só vai dificultar ainda mais o cumprimento desse orçamento.
07:16Porque é óbvio que o governo vai ter que contingenciar alguma coisa.
07:18Não tem para caber no arcabouço fiscal que esse próprio governo aprovou.
07:24Tem que ter limitação de gastos,
07:26porque não tem como cumprir um superávit de 15 bilhões prometido
07:30sem cortar a despesa.
07:33E a questão é que o governo já deu várias indicações
07:35de que não tem nenhuma perspectiva ou intenção de cortar a despesa
07:41no momento em que o Lula precisa recuperar a popularidade.
07:44Então, nesse cenário todo aí, é muito difícil imaginar
07:49que o governo vai conseguir cumprir o orçamento de 2025
07:52nos moldes que foi aprovado pelo Congresso Nacional.
07:56Wilson, você crê que o STF pode ter um papel em represar essas emendas
08:02sem o governo ter que falar, olha, fui eu,
08:05porque de repente justamente o STF mais uma vez, Flávio Dini,
08:08falando que precisamos de mais clareza na distribuição,
08:11quem que está mandando para onde.
08:13Seria esse o plano B que o governo tem para prometer não entregar
08:17e não ficar feio diante do Congresso?
08:21É muito pouco provável, Inácio, porque ontem, durante a sessão do Congresso,
08:25o líder do PL, o Sostenes Cavalcante,
08:28essa foi uma cena insólita ontem da sessão do Congresso.
08:32O Sostenes, ele foi ao público reclamar do não pagamento de emendas
08:36do PL e de outros parlamentares.
08:37E aí o Davi Alcolumbre falou, não, deputado, eu empenho a minha palavra
08:44que tudo será pago, vou ter a colaboração aqui do Randolfo Rodrigues,
08:47líder do governo do Congresso.
08:49E aí o Zaratini, deputado Carlos Zaratini, do PT de São Paulo,
08:53também indossou, não, mas o governo vai pagar,
08:56porque parte dessas emendas foram represadas por decisão do Supremo Tribunal Federal.
08:59Então ficou uma cena muito insólita ali, os deputados do PL
09:04cobrando as emendas parlamentares em pleno plenário,
09:07algo que a gente não poderia imaginar.
09:10Mas o grande desafio, só para a gente fechar o assunto, Inácio,
09:13é que o grande desafio do governo, como falou o Rodolfo,
09:17além da questão do pagamento das emendas,
09:19diz respeito ao próprio cumprimento desse orçamento.
09:22Porque além da questão do pé de meia, que não foi incluído no orçamento,
09:26foi incluído apenas 1 bilhão, só que o programa vai custar aproximadamente 13.
09:31Também tem a questão do pagamento dos precatórios.
09:33Só de precatórios o governo federal deve aproximadamente 44 bilhões.
09:37Então, assim, é muito dinheiro.
09:39E aí, detalhe, esse orçamento depende muito do que o governo vai arrecadar ao longo de 2025.
09:45E foi uma projeção que os próprios líderes disseram ontem,
09:48otimista por parte do governo Lula.
09:50Então, não descartem que até o final do ano,
09:53esse orçamento vai ser modificado e o governo vai ter que criar alguma mágica
09:58e alguma matemática para, de fato, incluir, deixar esse orçamento bonitinho
10:02para que ele se encaixe no arcabouço fiscal.
10:04E aí, até o final do ano,
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