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  • 30/06/2025
O edital do “I Concurso Público para ingresso na Carreira de Analista de Defensoria Pública”, publicado em 24 de janeiro no Diário Oficial do Estado de São Paulo, reserva a pessoas trans 2% (ou seja, um total de 8) das 400 vagas oferecidas para o cargo, além de 30% para pessoas negras e indígenas (o equivalente a 120 vagas) e 5% para pessoas com deficiência (20 vagas).

A jornada de trabalho é de 40 (quarenta) horas semanais e a remuneração inicial é de 9.123,70 reais.

Felipe Moura Brasil e Alexandre Borges comentam:

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Transcrição
00:00Eu queria trazer aqui a matéria que eu publiquei ontem e um antagonista com a ajuda da nossa equipe,
00:06mas eu fui lá vasculhar e encontrei o item de um edital da Defensoria Pública de São Paulo
00:13que prevê reserva de vagas num concurso de analista da Defensoria Pública,
00:20reserva de 2% das vagas, ou seja, 8 vagas de 400 para pessoas trans.
00:27A gente tem o trecho aí do edital para mostrar na tela, é o item 2 do edital, eu mandei o print, está aí, a produção colocou.
00:35Então, nos termos, ficam reservados a pessoas negras e indígenas, 30% das vagas oferecidas neste edital,
00:43pessoas com deficiência, 5% das vagas oferecidas neste edital, pessoas trans, 2% das vagas oferecidas neste edital.
00:52E eu quero saber o que vocês que acompanham o Papo Antagonista pensam a respeito disso,
00:58perguntei no X, perguntei no Instagram, recebi muitas, numerosas respostas e podem dizer aí no chat.
01:05Diga, Alexandre, se queria falar, fica à vontade.
01:07Então, é mais o que a gente estava falando, esse absurdo de falta de prioridade,
01:13porque o que esse tipo de lei pressupõe é que você tem pessoas competentíssimas de algumas minorias
01:20que, por causa de preconceito do Estado, por exemplo, elas não são aproveitadas,
01:23ou preconceitos dos contratantes, o que é uma bobagem.
01:27E o pior é gente, as pessoas que passam adiante esse tipo de agenda
01:34são pessoas que usam medicina privada, que não usam esse tipo de serviço público.
01:40Então, assim, é tudo de ruim.
01:42O Brasil precisa parar de importar essas pautas antigas americanas,
01:47porque essas pautas, a era woke acabou, junto com o Joe Biden, junto com o Kamala Harris,
01:51junto com aquela turma que ficou para trás e que o povo americano derrotou de uma maneira
01:55tão retumbante nas urnas, essa era acabou, as grandes empresas que estavam nessa
02:00estão voltando à sanidade, estão voltando ao mérito, e o Brasil, como dizia Milo Fernandes,
02:06quando uma ideia fica bem velhinha, vem morar no Brasil.
02:08Então, o Brasil, se puder, ele deveria entender que essa página triste da história do mundo,
02:20que não durou 10 anos, acho que a gente pode falar que alguma coisa ali
02:24entre 2013 e 2014 até o ano passado.
02:29Então, não foi tanto tempo, assim, uns 10 anos, no máximo.
02:33Mas essa é uma insanidade que eu, na época mesmo, já dizia que os nossos filhos e netos
02:38vão olhar para trás e vão lembrar, achando essa época, no mínimo, muito exótica.
02:43Pois é, é sempre bom trazer uma máxima de Milo Fernandes para mostrar como ele continua
02:50atemporal, como continua eterno, um episódio do presente ilustrando aquilo que ele falou
02:57tanto tempo atrás.
02:59Quando ele morreu, no dia que ele morreu, eu escrevi o poeminha para o Milo,
03:03já publiquei várias vezes aí nas redes sociais, de repente procurando, vocês encontram.
03:08Qualquer hora que fizer aniversário aí a morte dele, eu trago aqui para fazer,
03:12porque eu acho que é uma síntese do que ele representa para um jornalista como eu,
03:16para a nossa geração que quer fazer um jornalismo independente e vigilante.
03:23Não estou dizendo que toda a minha geração quer, nós aqui queremos, eu quero, Alexandre
03:29Borges, toda a nossa equipe.
03:31E o Milo Fernandes é um paraninfo dessa turma, ele que pregava que jornalismo é oposição,
03:40ele fazia um xixe, fazia uma troça em cima disso, o resto é armazém de secos e molhados,
03:46se referindo também a algo antigo ali para tratar do pessoal chapa branca.
03:53Olha, eu botei isso no meu Instagram, vieram 29 respostas com a palavra absurdo,
03:598 com a palavra ridículo, 6 com a palavra palhaçada, 3 com a palavra bizarro,
04:04fora pataquada, inconstitucional, imoral, injusto, maracutaia, lamentável, péssimo,
04:09pagunce, insano, fim da picada, fim dos tempos, muitas críticas.
04:13Um falou, é achar que trans não consegue passar no concurso, ou seja, chamá-los de burros.
04:17Se referindo à organização, à Defensoria Pública de São Paulo, absurdo, a capacidade cerebral é a mesma,
04:24independentemente do sexo, disse outro.
04:28E eu tenho uma pergunta, Alexandre, talvez você possa responder.
04:33É o seguinte, você acha justo uma branca pobre perder uma vaga para um trans rico em razão das cotas,
04:42mesmo tendo tirado nota mais alta que ele?
04:45Eu coloquei essa pergunta no meu Instagram, deu 99% dizendo, não, acho injusto.
04:50Uma mulher branca pobre perdeu uma vaga para um trans rico, por uma questão de cotas,
04:56mesmo tendo tirado a nota maior do que ele.
04:58E a gente tem que lembrar que o concurso público está aberto a pessoas trans.
05:03Elas simplesmente têm que tirar a nota maior do que os outros e passar, se classificar na vaga.
05:08Elas não estão impedidas de concorrer.
05:12Então, essa minha pergunta, ela é da série, como eu chamei, qual é a hierarquia, qual é a ordem, assim,
05:20primeiro, segundo, terceiro, das supostas minorias que alegadamente precisam ser compensadas pelo Estado
05:26em detrimento do mérito alheio, dos resultados maiores de outras pessoas.
05:32Quer dizer, o que vem primeiro?
05:33Porque, às vezes, dá um bug na cabeça do ativista quando você pergunta,
05:37ué, mas a mulher pobre, branca, ela, então, ela tem que estudar mais, ela tem que se preparar mais,
05:47ela tem que superar mais, ela vai ter menos vargas disponíveis para ela
05:51do que uma pessoa trans que tem uma condição social superior a ela.
05:58Que lógica é essa?
05:59Isso é uma pergunta já no detalhe, porque a maioria das pessoas aqui que estava respondendo
06:03é contra as cotas de uma maneira geral.
06:07Algumas dizem, olha, se for para ter que seja sobre aspecto social, sobre aspecto da faixa de renda
06:13e não sobre elementos identitários nesse sentido da cultura woke.
06:19Então, Alexandre, eu vejo com muita preocupação esse tipo de instituição e norma, esse tipo de naturalização,
06:31porque as pessoas, inclusive, eu recebi a dica de que o edital tinha essa cota
06:39de uma pessoa que está prestando concurso e que estava indignada, uma mulher que está prestando concurso
06:47e que estava indignada que ela, enfim, vai ter que estudar mais, se preparar mais ainda e tal,
06:56enquanto tem determinadas pessoas que têm um número de vagas reservado,
07:00mesmo que elas terem notas menores.
07:02Para concluir, Alexandre.
07:03Uma das maiores tragédias que o Brasil teve foi no passado, em Porto Alegre,
07:07muita gente branca, de olho claro também, ficou debaixo d'água.
07:11Essas pessoas merecem menos atenção, menos ajuda do Estado brasileiro.
07:16Então, assim, isso é uma loucura.
07:19Isso, de novo, é uma importação idiota de pautas americanas
07:23e, como diria a Camille Palha, é um sinal de queda civilizacional.
07:29Pois é, e muita gente, mais suscetível, inclusive, à propaganda woke,
07:34não consegue distinguir empatia e ação estatal.
07:38E a gente consegue.
07:40A gente precisa mostrar o resultado da enquete, mas, enfim,
07:43você pode ter simpatia por essas pessoas e entender que a ação estatal é injusta, é danosa.
07:59E aí

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