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  • há 3 meses
Candidatos à prefeitura de São Paulo participaram nesta segunda-feira, 30, de um debate promovido pelo UOL e pela Folha de S. Paulo.

Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam os principais momentos:

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Transcrição
00:00A gente fala agora sobre o debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo realizado nesta segunda-feira pelo UOL e pela Folha.
00:05Questionado sobre sua mudança de tom em relação à Venezuela, Guilherme Boulos do PSOL enrolou e criticou o que chamou de debate ideológico numa eleição municipal.
00:14É a maneira Boulos de enrolar. Tudo aquilo que é um ponto sensível para a campanha dele, ele finge que não é importante para essa eleição específica.
00:27Só que a coerência de um candidato é algo a ser contestado e é algo muito importante saber quais são os seus valores, se ele tem de fato valores democráticos,
00:37se ele muda de posição às vésperas da eleição só para tentar angariar um maior número de eleitores, sendo que depois não vai agir de acordo com essa posição passageira, efêmera.
00:49Vamos assistir a esse trecho.
00:50Se tem uma coisa que ninguém pode dizer de mim é não ter coerência com os meus princípios.
00:58Aliás, é por isso que eu sou tão atacado nas eleições, por isso que me chamam de radical, porque eu não nego a minha história.
01:04Não nego os meus compromissos e os meus valores.
01:08Isso sempre fui de peito aberto para falar da minha história, para defendê-la.
01:13Há candidatos aqui que se perguntar o que é que fez no verão passado vão gaguejar para responder.
01:19Eu não.
01:20Defendo meus princípios, minha história, tenho firmeza, tenho coragem e convicção.
01:25As pessoas podem discordar de mim, mas negar isso de forma alguma.
01:30A questão é que tenta-se fazer um debate ideológico numa eleição municipal,
01:36onde se deveria discutir os grandes temas da cidade.
01:38Alguém acha que quem sai cedo lá do Jardim São Luís, a preocupação dele é a Venezuela ou é o ônibus lotado?
01:47Alguém acha que quem fica oito horas numa UPA, a preocupação é as posições ideológicas de um candidato
01:56ou é o que ele vai fazer para a saúde?
02:00E como é que a população conhece esse candidato, as suas capacidades?
02:04Quer dizer, Guilherme Boulos sai pela tangente.
02:07Ele acusa os outros de gaguejarem caso sejam confrontados nos seus pontos sensíveis
02:12e quando confrontado, ele fala assim, eu não gaguejo, só que ele não responde.
02:17Então, assim, é uma pura malandragem.
02:20E tem gente que acredita, Duda Teixeira.
02:23Demorou muito para ele assumir que a Venezuela é uma ditadura.
02:27A gente não sabe ali o quanto autêntico ele está sendo ali realmente em relação aos princípios dele.
02:34Teve muita pressão para ele fazer isso.
02:37Agora, quando ele fala ali, olha, a gente tem que ficar debatendo os temas da cidade
02:41e não esses outros temas aí da Venezuela.
02:45Venezuela é um tema de todos os brasileiros.
02:47O sujeito que ele cita ali do Jardim São Luís, que acorda cedo para vir trabalhar no centro de São Paulo,
02:54talvez ele conheça, provavelmente ele conhece algum venezuelano que está morando na periferia aqui de São Paulo.
03:01Nós tivemos milhares de venezuelanos que vieram para cá procurando uma vida melhor.
03:07Então, não é um tema alienígena de outro mundo, é um tema de todo mundo aqui, sim.
03:14E no próximo bloco a gente vai ver mais um aceno ao eleitorado feminino
03:17feito por Pablo Marçal, que convidou Tabata Amaral para ser secretário de Educação caso ele vença a eleição.
03:24E fez elogios à candidata do PSV.
03:26Obviamente a Tabata Amaral não entrou no jogo, depois acabou chamando o Pablo Marçal de palhaço
03:32e eles ficaram no embate, tanto dentro do debate quanto posteriormente.
03:37Vamos tratar dessa cena e de várias outras ao longo aqui do Papo Antagonista fazendo a devida análise.
03:44A gente tem quanto tempo para o comercial, produção?
03:46A gente ainda tem bastante tempo.
03:48Então, Duda Teixeira, a pergunta para o Guilherme Boulos, ela também envolveu questão de drogas,
03:54questão de aborto, além da questão da Venezuela.
03:57Quer dizer, são posições aí que ele vai lidando de uma maneira diferenciada,
04:03porque ele sabe que as posições do PSOL, que é um partido com determinadas posições radicais no campo da esquerda,
04:11não são palatáveis para boa parte do eleitorado paulista, que está à direita do partido.
04:19Então, ele vai moldando, ele vai flexibilizando e, ao mesmo tempo, acusando os outros de fazerem aquilo que ele, pelo menos, também faz.
04:29Muito bem, eu estava falando aqui do momento em que o Pablo Marçal convidou a Tabata para ser secretária de Educação.
04:34Vamos assistir.
04:36Duas coisas sobre a Tabata.
04:38Realmente, as propostas são boas.
04:40Eu prometo carregar as que forem viáveis.
04:42E, segundo, se ela deixar esse esquerdismo e esse partido que ela está,
04:45ela é convidada a ser secretária de Educação, que ela é brilhante na educação.
04:49Só isso mesmo.
04:50A Tabata, ela fez uma leitura cirúrgica.
04:52Inclusive, quero deixar registrado, que avaliando o perfil comportamental de todos os candidatos aqui,
04:57a pessoa mais inteligente de todas é a Tabata Amaral.
05:00Tem que deixar isso registrado.
05:01Nos outros debates, nenhum dos homens se direcionam a mim, não mandam perguntas.
05:06E as mulheres são guerreiras, tanto ela como a Marina, que, inclusive, é uma pena ela não estar aqui no debate.
05:11Elas têm coragem de fazer perguntas, eles não.
05:14O Lulinho, Paz e Amor, que está aqui, ele é só uma figura de marquetagem.
05:21Ele é um cara com 42 anos de idade, que juntou um patrimônio, dá para comprar um terreno no interior de São Paulo.
05:26Como é que ele vai gerir uma cidade desse tamanho, com essa magnitude?
05:29Na hora de votar, no dia 6, não coloca a pessoa pequena demais para um cargo tão grande, com uma cidade tão poderosa.
05:36É esse o meu registro aí.
05:38Tá aí, o Paulo Marçal chamando o Guilherme Boulos, que é apadrinhado pelo Lula, de Lulinha, Paz e Amor,
05:43porque chega na reta final da campanha e ele posa de moderado.
05:47E depois do debate, a Tabata foi questionada em entrevista sobre esse convite do Marçal para ser secretária de Educação.
05:53Ela chamou o influenciador de palhaço e afirmou que jamais aceitaria estar ao lado de uma pessoa condenada por fraudes bancárias.
06:00Marçal também, no debate, afirmou que mulher não vota em mulher durante um outro embate com a Tabata.
06:06Vamos assistir.
06:06O esforço da Tabata é de parecer a mais sábia, ela é a mais inteligente, só que a sabedoria dela é a mais baixa.
06:12Por quê? A sabedoria envolve a experiência.
06:15E o fato dela ficar esbravejando, como se ela fosse a tia do colégio aqui entre nós,
06:20ela quer provar para você que é mulher.
06:21Ô Tabata, se mulher votasse em mulher, você ia ganhar no primeiro turno.
06:25A mulher não vota em mulher, a mulher é inteligente.
06:27Ela tem sabedoria, ela tem experiência, ela olha para você e vê você sempre nesse embate,
06:31não vai votar em você.
06:33Se fosse isso, pobre votaria em pobre.
06:36Negro ia votar em negro.
06:38O único aqui entre nós que tem um vice que é negro, lá de Pirituba,
06:43que é polícia, mulher, heroína, nordestina, se fosse assim, a gente ia vencer com 80% dos votos.
06:49O que você tem que ver aqui é que não é viável.
06:51Presta bem atenção nas pessoas que não são viáveis, que é a maioria dos que estão aqui.
06:55Primeiro, eu lamento a fala preconceituosa do Pablo Marçal,
06:58insinuando que quem vota em mulheres teria menos inteligência.
07:04Lamentável.
07:05Triste, triste ouvir isso de alguém que quer governar a maior cidade do Brasil.
07:12Em segundo lugar, é também lamentável a gente ver que um debate,
07:17com todos os desafios que tem em São Paulo,
07:19nos últimos cinco minutos rodou aqui entre os candidatos,
07:22sobre quem seria mais cristão, quem seria cristão verdadeiro.
07:25Francamente, eu não acho que esse é o tema que nós precisamos discutir
07:29quando a gente quer governar São Paulo.
07:31A gente precisa ter propostas.
07:33Eu vi uma notícia hoje cedo de que o Pablo Marçal foi recebido na periferia
07:37com protesto de cadeiras.
07:39Eu estava ontem fazendo uma caminhada pela minha vila missionária,
07:43foi a coisa mais linda,
07:44e uma mulher veio para a sacada com uma cadeira na mão,
07:47para, enfim, declarar apoio a mim,
07:49mas também para dizer que rejeitava muito esse candidato.
07:52Eu não defendo a violência, não, mas eu trago isso
07:54porque a única coisa que disparou nessa eleição foi a rejeição de Pablo Marçal.
07:59Adivinha entre quem?
08:00Mulheres, especialmente mulheres da periferia.
08:04Tá aí, Doutor Teixeira.
08:05O Marçal acabou se dando mal aí nessa declaração,
08:08porque ele estava, evidentemente, tentando ser um pouco mais irônico,
08:13mais debochado em relação a tábito,
08:15que ele chama de inteligente,
08:17chama de, até de competente, me parece que chamou,
08:20mas que não tem sabedoria, que não tem experiência.
08:23E aí ele foi falar das mulheres,
08:26que mulher não vota em outra mulher,
08:27querendo se referir à tábata,
08:29e aí falou que mulher é inteligente.
08:32E aí, obviamente, ficou parecendo que ele está falando
08:34que mulher é inteligente e logo não vota em outra mulher.
08:38É dizer, como se nenhuma mulher fosse capaz de gerir uma cidade,
08:42de ser prefeita, etc.
08:43O Boulos aproveitou a derrapada,
08:45falou que lamenta o preconceito,
08:47e, obviamente, isso vai ser usado aí contra o Marçal,
08:51eventualmente, para turbinar a sua rejeição no eleitorado feminino,
08:54que, de fato, está alta.
08:55Me parece que ele queria reduzi-la ao bajular a tábata,
09:00mesmo que daquele jeito mais canastrão.
09:02Felipe, o que eu entendi dessa frase do Marçal,
09:06é isso mesmo, ele falou,
09:07olha, as mulheres são inteligentes e, por isso, não votam em mulheres.
09:11Pois é, mas foi o que ele falou.
09:13E é uma frase extremamente infeliz.
09:19O Boulos chamou de preconceituosa.
09:21A gente pode imaginar também que é machista, é misógina.
09:25E não é a primeira vez que ele traz uma frase desse tipo.
09:30Ele já tinha falado no passado ali,
09:32olha, a tábata não pode governar a cidade
09:36porque ela não passou por um casamento.
09:39não era uma coisa assim, do tipo mulher solteira,
09:41como desvalorizando a mulher solteira, né?
09:44Ou ela só estudou porque ela não trabalha.
09:49São várias frases infelizes em relação às mulheres.
09:54E a tábata tem razão quando ela fala que a rejeição ao Marçal
09:58é maior entre as mulheres.
09:59Eu vi a pesquisa do Datafolha.
10:01O Marçal é o candidato hoje que tem a maior rejeição.
10:04Acho que a ordem é de 40%.
10:07Mas entre as mulheres é superior a 50%.
10:11E aí eu acho que tem até um paralelo que a gente pode fazer
10:14do Marçal com o Trump.
10:17O Trump nos Estados Unidos também tem uma rejeição alta entre as mulheres
10:20porque elas rejeitam muito não só as declarações machistas,
10:30mas também esse tipo de linguagem mais agressivo
10:34que para as mulheres não gostam.
10:37Elas têm também essa preocupação das pessoas que estão assistindo,
10:43se criança está vendo os adultos fazendo esse tipo de comentário
10:48nas redes sociais, até a postura.
10:52Então tudo isso pega muito mal entre as mulheres.
10:56E aí no momento ruim, quer dizer, agora é o momento que o eleitor já decidiu muito,
11:02a maior parte do eleitor já decidiu muito em quem vai votar.
11:06Você consegue crescer muito pouco em alguns grupos específicos.
11:12E aí ele está meio que minando qualquer possibilidade de crescimento
11:16entre esse eleitorado, que é o eleitorado que mais vota,
11:19mais aparece para votar nas eleições municipais.
11:23Ao contrário da eleição federais, governador,
11:27nas municipais as mulheres comparecem mais para votar
11:30porque elas estão mais preocupadas com a qualidade dos hospitais, das escolas.
11:35Então é uma declaração infeliz, não só porque é quase uma ofensa
11:40para as mulheres todas, como também vai contra a candidatura dele.
11:45Pois é, é que ele cai na própria banana que ele colocou,
11:52na casca de banana que ele colocou no caminho.
11:55Aliás, é como ele chama o prefeito Ricardo Nunes de bananinha,
11:59mas é o próprio Marçal que está escorregando na casca de banana.
12:03Ele vai tentar reduzir a sua rejeição no eleitorado feminino
12:09com tanto deboche que ele próprio acaba formulando uma frase
12:16pior do que aquilo que podia ser a sua intenção,
12:20que soa evidentemente preconceituosa.
12:22E quando você já tem um repertório de frases que soaram assim,
12:27vai se cristalizando aquela sensação de que é uma figura machista,
12:31de que é uma figura que tem preconceito em relação às mulheres,
12:33como aconteceu com o Trump, lembrado pelo Duda.
12:36E essas frases muitas vezes pegam.
12:38Você lembra, Duda Teixeira, do Aécio Neves, na eleição de 2014,
12:43quando num debate a Luciana Genro do PSOL, mesmo o PSOL do Guilherme Boulos,
12:48se dirigiu a ele e ele falou que ela estava sendo leviana.
12:53E embora, evidentemente, haja um significado de leviana
12:56para algo superficial, você colocar algo de uma maneira sem uma argumentação sólida, etc.,
13:03você tem uma interpretação ali no Nordeste que associa leviana à garota de programa, etc.
13:10Então aquilo pegou muito mal para a candidatura do Aécio,
13:13foi explorada por outras candidaturas para turbinar a rejeição dele
13:16entre o eleitorado feminino.
13:18E isso numa palavra onde ainda existia, no mínimo, uma ambiguidade.
13:23Quando o Boulos dá uma cartada dessa para os seus adversários,
13:26quando o Marçal dá uma cartada dessas para os seus adversários
13:29e o Boulos consegue emplacar ali o seu lamento instantaneamente
13:33e depois a Tabata ainda vai em cima,
13:36é óbvio que não é bom para a campanha dele.
13:39Mas ele tenta ali manter a pose, deveria ter sido mais...
13:45É que deveria ter sido porque a gente não vê muito essa autenticidade,
13:49essa espontaneidade, a gente vê mais a elaboração de estratégia,
13:52aquele lado calculista.
13:53Então quando falta justamente a autenticidade, a espontaneidade,
13:58aquele elemento genuíno naquela consideração delicada em relação às mulheres,
14:04o sujeito acaba se enrolando na própria corda.
14:08E o Marçal perguntou ao Boulos se ele já usou drogas
14:11e o candidato do PSOL negou que já tenha usado cocaína,
14:14mas admitiu que provou maconha na adolescência.
14:17A gente vai assistir a esse vídeo no próximo bloco,
14:20aqui do Papo Antagonista,
14:21a gente vai dando aqui alguns spoilers antes dos nossos comerciais na TV BMC.
14:27Lembrando que a gente, a partir de hoje,
14:29tem o Papo Antagonista às 18h às 19h30,
14:32com alguns intervalos comerciais pequenininhos aí de dois minutos
14:36para quem assiste pela TV.
14:37E a transmissão segue ao vivo no YouTube,
14:39no canal de O Antagonista.
14:41Ali na aba Playlist, Papo Antagonista com Felipe Moura Brasil,
14:43você encontra as íntegras e os trechos de destaque.
14:47Duda Teixeira, quer destacar algo mais a respeito dessa história?
14:51É, mais um, eu fiz a comparação aqui do Marçal com o Trump,
14:55mas também essa questão de ficar colocando apelido nos outros,
14:59é muito do Trump, né?
15:00Ele fala ali do Bananinha, depois também falou do Goiabinha,
15:05tudo bem, ele fazer alguma crítica ao prefeito,
15:11ou ao governador do Estado,
15:13mas fazer alguma crítica embasada, né?
15:16Essa questão de ficar por um apelido,
15:18pega ali bem entre os eleitores dele,
15:20mas também, assim, é meio que subverter o debate mesmo das ideias, né?
15:27É, o debate anterior, inclusive, proibiu esses apelidos.
15:32Cada debate tem feito as suas regras,
15:35e os candidatos assinam, obviamente,
15:37que vão participar dentro daquelas regras.
15:39O Marçal, ele acabou expulso, né, do debate do Flow,
15:43mas teve debate em que os apelidos foram proibidos.
15:46E hoje eu vi que ele usou só lá na consideração final.
15:50E aí já estava o Ricardo Nunes levantando o dedo
15:52para pedir direito de resposta, quer dizer,
15:54ele fica sempre esticando a corda ali na provocação aos adversários.
15:58Agora, vários fugiram aí de muitos pontos sensíveis
16:02em relação aos seus posicionamentos.
16:04Em outro momento, como eu disse,
16:06o Pablo Marçal perguntou a Guilherme Boulos
16:08se ele já usou drogas.
16:09O candidato do PSOL negou que já tenha usado cocaína,
16:11mas admitiu que provou maconha na adolescência.
16:15Mas não ficou bem da cabeça ali,
16:18segundo o próprio Guilherme Boulos.
16:19Vamos assistir como ele falou.
16:21Os princípios do Guilherme são
16:23depredar patrimônio público.
16:25Ele fala com muito prazer que faz isso em defesa
16:27daquelas pessoas que estão sem abrigo,
16:29mas não tinha ninguém abrigado dentro da Fiesp.
16:31Segundo lugar, apoia o rachadinho
16:33quando ele poderia moralizar o Congresso Nacional.
16:37Terceiro lugar, ele sempre defendeu,
16:40batendo no peito, a descriminalização de todas as drogas.
16:43Se a Tabata bem falou sobre o problema que a nação enfrenta
16:47sobre as apostas, imagina liberar droga.
16:51Se a gente não está conseguindo controlar as pessoas
16:54em relação a apostas,
16:55hoje o brasileiro investiu 56 bilhões de reais em apostas.
17:00Você imagina com droga liberada.
17:01Não libere o Guilherme para ser prefeito,
17:05porque ele é alguém que ama a ideologia que ele defende.
17:09Só para que todo mundo registre,
17:11vocês viram que ele tentou aqui forçar mais uma fake news,
17:15tentando utilizar, ele queria deixar para a reta final,
17:18porque é assim que eles usam.
17:19Esse é o método, tentar gerar confusão.
17:21Foi desmascarado aqui ao vivo,
17:24como já havia sido pela boa reportagem da Folha de São Paulo
17:27no outro caso.
17:28E aí muda de assunto.
17:29É assim que eles funcionam, né?
17:31Aí começa a falar de outras coisas, da ideologia,
17:34enfim, do que é a especialidade da extrema direita em produzir fake news.
17:37Uma pergunta para o Guilherme, se ele puder responder e tal.
17:39Você nunca usou cocaína, nem usou maconha, nem uma droga?
17:44Você é um cara que nunca usou?
17:46Só uma pergunta simples.
17:47Nunca usei cocaína, para que fique muito claro.
17:50Não uso drogas.
17:52E já que ele quer saber se é um nível lamentável,
17:54maconha, eu provei uma vez na adolescência,
17:57me deu uma dor de cabeça danada e nunca mais.
18:01Quem me conhece sabe muito bem disso.
18:05Esse é o nível do debate entre candidatos à Prefeitura do Estado de São Paulo.
18:11Duda, em primeiro lugar, o que o Boulos falou sobre o método do Pablo Marçal?
18:17Só para contextualizar, para quem não entendeu,
18:20é porque houve uma jornalista que questionou o Pablo Marçal
18:24a respeito da acusação de que o Boulos cheira cocaína.
18:28E ela mostrou que, de acordo com a reportagem da Folha,
18:31havia um processo sobre um homônimo do Guilherme Boulos,
18:34quer dizer, uma outra pessoa que tem Guilherme e Boulos no nome,
18:38mas tem um nome do meio que é diferente.
18:40E que isso teria servido como base para que o Marçal fizesse essa insinuação,
18:45essa acusação.
18:46E como o Marçal usou a expressão aspirador de pó,
18:51depois a defesa dele, a campanha dele,
18:53ele disse que, na verdade, a aspirador de pó não era por causa de cocaína.
18:57Acho que foi até num processo.
19:00Exatamente, foi num processo.
19:01A defesa fez essa ligação de que é aspirador de pó porque vai atraindo todo o lixo, etc.
19:08Colocou a coisa de uma maneira metafórica.
19:11E aí o Marçal falou assim, minha defesa alegou isso, é uma defesa técnica, etc.
19:15Ele deu uma enrolada e ele tinha prometido revelar no último debate,
19:19que vai ser o debate da TV Globo,
19:21alguma evidência ou, enfim, por que ele chamou o Boulos daquela maneira.
19:27Então o Boulos, quando descreve o método do Marçal, está correto.
19:30É o método de se colar colou, de você joga sem saber exatamente se é aquilo mesmo.
19:36E depois, se você é contraditado, você enrola, você, enfim, ou deixa para depois e tal.
19:42Está correta essa descrição do Boulos.
19:45O problema é que o Boulos também esconde os seus posicionamentos.
19:49O Boulos também enrola quando é questionado sobre os pontos sensíveis,
19:52como a gente está vendo no programa de hoje.
19:54E aí no final vem esse momento pitoresco aí, de Boulos assumir.
20:00Uma fumadinha de maconha ali.
20:03Bom, eu fiquei agora curioso para saber como todos os candidatos responderiam a essa pergunta.
20:09Se usaram alguma droga e que droga que foi essa.
20:12Claro que eu acho que todo mundo tem liberdade para usar ou não drogas,
20:16mas eu acho que, por um cargo de prefeito, se o sujeito usa demais, é um viciado,
20:24a gente pode entender que isso pode realmente interferir no trabalho dele
20:29e aí sim é uma questão mais de interesse público e não tão pessoal assim.
20:35Agora, a questão da descriminalização das drogas no Brasil
20:39é uma questão que causa arrepios em grande parte do eleitorado brasileiro.
20:44Isso que ele falou aí de tipo, não cheira cocaína, mas eu já provei maconha,
20:52para uma quantidade importante do nosso eleitorado, isso é uma coisa que não vai pegar bem.
20:59É claro que para o pessoal que é mais de esquerda aqui de São Paulo,
21:03que é mais para a Frentex, para a Frentex é um termo antiguíssimo que eu usei aqui agora.
21:09E em geral a elite que vota no PSOL, seja em São Paulo, seja no Rio de Janeiro,
21:13é uma coisa mais popular.
21:15Não vê nenhum problema nisso, mas talvez em alguns grupos mais evangélicos,
21:21mais independentes, mais conservadores,
21:25isso daí que poderiam até vir a votar nele,
21:29não vão votar só por causa desse depoimento dele de ter provado uma vez.
21:34E talvez houvesse essa intenção aí do Pablo Marçal,
21:38de manchar o bolo de vez com o eleitorado evangélico,
21:41apesar de já não ter grande aderência nesse segmento da população,
21:45fazê-lo admitir que pelo menos usou uma vez em determinado momento.
21:49Obviamente isso pode gerar uma rejeição maior.
21:53E o Marçal está precisando de cada pontinho aí para ficar na frente
21:58de pelo menos um desses candidatos rivais,
22:00o Ricardo Nunes ou o Boulos, nesse trio que tem disputado a dianteira.
22:04Em outro momento houve um embate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos
22:07em razão dos casos de rachadinha.
22:09André Janunes e Flávio Bolsonaro foram citados.
22:12Vamos assistir.
22:14Agora quem fez de verdade, quem pôs a caneta lá,
22:18foi o seu Guilherme Boulos para poder normalizar a questão da rachadinha.
22:22O que é a rachadinha do Janunes?
22:24É o cara pegar o dinheiro público e rachar com o funcionário,
22:28provado com áudio.
22:29Ele foi lá e liberou Janunes e normalizou a rachadinha,
22:34só que a Polícia Federal foi lá e abriu inquérito.
22:37Então nem adiantou você fazer esse ato de auxílio,
22:41de incentivo à corrupção, que é isso que você fez lá, Boulos,
22:44porque a Polícia Federal foi para cima.
22:45Agora em relação à rachadinha, me impressiona muito ele trazer esse tema aqui.
22:50Ele que é aliado do Flávio Bolsonaro, o rei da rachadinha.
22:53Ele é o rei do camarote, que enquanto estava lá 2 milhões de pessoas sem luz,
22:59estava no camarote da Fórmula 1, aliado ao rei da rachadinha.
23:03Ele que, na acusação da máfia das creches,
23:06foi acusado de receber cheques de rachadinha das creches na sua conta.
23:11Em relação ao Janunes, para deixar muito claro,
23:13para mim, pau que bate em Chico, bate em Francisco.
23:16Se o Janunes for determinado culpado pela PF, pelo Judiciário,
23:20que pague, como Flávio Bolsonaro ou como qualquer um.
23:24O que eu não poderia permitir é chicana no Conselho de Ética da Câmara.
23:28Aliás, o deputado do partido do Ricardo Nunes votou a favor do meu relatório.
23:32Aliás, o partido do Janunes apoia o Ricardo Nunes.
23:36Qual é a autoridade moral para trazer esse tipo de questão aqui?
23:41Bom, eu preciso destacar uma mentira do Guilherme Boulos.
23:44Quando ele fala pau que bate em Chico, bate em Francisco, não é verdade.
23:48Ele talvez devesse formular isso de acordo com aquilo que ele fez,
23:53que eu já mostrei aqui como é imoral,
23:56como pau que não bate em Chico, não bate em Francisco.
24:01Porque ele aliviou o André Janunes,
24:04alegando que os bolsonaristas acusados de rachadinha
24:07também tinham sido aliviados no Conselho de Ética,
24:10que não é a posição moralmente elevada,
24:13é a posição de quem limpa a sujeira do próprio grupo
24:17na sujeira do grupo adversário.
24:19Que é o que o Guilherme Boulos faz nessa resposta.
24:22O Ricardo Nunes fala sobre a sua atitude de blindar o André Janunes
24:26contra a acusação de rachadinha na Câmara dos Deputados.
24:29E ele fala, ó, quem é você para falar disso
24:32e anda com o Flávio Bolsonaro, o rei da rachadinha.
24:34E é isso que virou a política brasileira.
24:38Um se limpando na sujeira do outro
24:40e ninguém fazendo aquilo que é certo.
24:42Porque se o outro já fez errado,
24:45seja um crime, seja o ato de blindagem
24:48de um membro da mesma tribo,
24:50então todos têm que fazer errado também.
24:53Então o Guilherme Boulos, ele integra
24:56essa turma da política brasileira
24:58que se limpa na sujeira do outro
24:59e que limpa o seu aliado na sujeira
25:01do grupo adversário da corrente ideológica adversária.
25:04Não é isso que a gente prega aqui.
25:06Alguém tem que começar a dar o exemplo.
25:09Mostrar que, olha, outros passaram pano
25:11para criminosos dentro do seu grupo.
25:14Nós não vamos fazer isso.
25:16Então surgiram aqui indícios, surgiram provas, etc.
25:19Nós queremos sim a cassação,
25:22nós queremos expulsar do partido,
25:24nós achamos que isso é caso para a justiça, etc.
25:27Mas não, faz toda essa enrolação,
25:30toda essa lábia e tal,
25:33é para passar pano para a sujeira.
25:34No fundo é isso, Duda Teixeira.
25:35E isso de limpar a própria sujeira
25:38na sujeira do outro,
25:39realmente são situações diferentes,
25:42porque faz todo sentido criticar o Boulos
25:46na questão da rachadinha do Janones,
25:48porque ele de fato,
25:50como deputado federal do PSOL,
25:52ele não condenou ali o Janones
25:55no Conselho de Ética,
25:57apesar de todas as evidências.
25:59A gente teve os áudios todos
26:02daquelas conversas do Janones
26:04com os funcionários deles,
26:05falando ali de que tinha que ceder
26:07uma parte do salário.
26:08Então isso ficou muito claro.
26:09A hora que ele disse que o Nunes fez isso,
26:12ou é o grande amigo do Flávio Bolsonaro,
26:15não tem isso.
26:17O que tem o PL,
26:19que é o partido do Jair Bolsonaro,
26:20de fato está dentro dessa colisão
26:22do Ricardo Nunes aqui em São Paulo.
26:25Agora, dizer que tem uma relação
26:27de proteger a rachadinha do Flávio Bolsonaro,
26:31que é filho do Jair Bolsonaro,
26:32quer dizer, é uma coisa que está muito distante,
26:36aí não tem uma conexão direta.
26:39Existe a aliança do Ricardo Nunes
26:41com o Jair Bolsonaro,
26:43porque Jair Bolsonaro apoia
26:44a campanha do Ricardo Nunes.
26:45Agora, você não tem um ato,
26:48só para a gente separar,
26:49dentro desse jogo sujo
26:52da política brasileira,
26:54a dimensão, pelo menos o grau
26:56de envolvimento de cada um.
26:59Não tem um ato do prefeito Ricardo Nunes
27:03para blindar o Flávio Bolsonaro.
27:05Você tem a aliança do Ricardo Nunes
27:06com o pai do Flávio Jair Bolsonaro,
27:08que o apoia nessa eleição.
27:09O Guilherme Bolsonaro, você tem um ato dele,
27:12ele foi o relator lá,
27:13ele defendeu que o André Janone
27:15ficasse impune na comissão de ética
27:17da Câmara dos Deputados.
27:18Então, você tem essa diferença.
27:20Ele tentou colocar todo mundo
27:22no mesmo patamar,
27:24que é uma das maneiras de você sair
27:26quando você é encurralado.
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