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  • 29/06/2025
Neste episódio do Sala Antagonista, Luiz Biagi relembra a trajetória da família que montou um império no interior de São Paulo e fala também sobre a Vinícola Biagi

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00:00Música
00:30Entre, sente-se, fique à vontade, esse é o nosso Salantagonista.
00:35No episódio dessa semana eu vou falar com Luiz Lacerda Biagi, que é herdeiro da família Biagi,
00:40essa família que saiu da Itália há mais de 100 anos, numa situação bastante complicada
00:45para tentar a vida aqui no Brasil e montou um império no interior de São Paulo.
00:50O Luiz tocou algumas empresas da família, tocou empresas próprias e hoje está montando uma vinícola,
00:57a vinícola Biagi, que segundo ele é uma homenagem a essa família que tanto fez aí no interior de São Paulo.
01:04Ele montou a vinícola na região de Ribeirão Preto, que para alguns vinicultores é uma região complicada
01:10de terroar para você criar vinhos, mas segundo os enólogos, isso deve ter uma resposta daqui a 100 anos,
01:17é que a gente vai saber se isso deu certo ou não.
01:20Lembrando que o Salantagonista vai ao ar toda segunda-feira às 20 horas, então não perca.
01:25Depois do falecimento do meu pai, eu tive uma divergência com os acionistas,
01:34então eu saí da empresa e aí nós fomos nessa carreira só.
01:38O vinho é um desafio muito, talvez na agricultura, o vinho seja o maior desafio, eu acho.
01:47E esse vinho muito especial, de qualidade, já foi premiado pelo Decanter em Londres.
01:55Só um grupo que nós nos reunimos, tem um grupo que nós nos reunimos de São Paulo, de 10 vinícolas,
02:02só esse grupo já recebeu mais de 100 medalhas do Decanter em Londres.
02:06Isso nunca aconteceu no Brasil.
02:09Então é uma nova tecnologia, é um novo mundo.
02:12Esse é o motivo do entusiasmo.
02:15Olá, seja bem-vindo ao nosso Salantagonista.
02:33No episódio dessa semana eu vou falar com o Luiz Biagi,
02:36que é um dos herdeiros da família Biagi,
02:39família grande e uma família que montou um império no interior de São Paulo durante algum tempo,
02:44chamado de Império dos Biagi.
02:46E hoje ele está criando uma vinícola que tem apenas 4 anos, a vinícola Biagi, em Ribeirão Preto,
02:53que também é um lugar que pouca gente, próximo a Ribeirão Preto, ali na região de Ribeirão Preto,
02:58que também pouca gente acreditava que é um espaço prolífico para vinícolas.
03:05Ele vai explicar um pouquinho para a gente dessa trajetória,
03:07dessa família que saiu da Itália muitos anos atrás para tentar a vida no Brasil
03:12e conseguiu vencer todos os obstáculos dessa jornada
03:17para se transformar em uma das famílias mais influentes que a gente tem no interior de São Paulo.
03:21E também vamos falar um pouco desse negócio da vinícola,
03:24que é um negócio que o pessoal da enologia fala que você tem que esperar só 100 anos
03:30para saber se fez a escolha certa ou não.
03:33A gente vai falar um pouco sobre isso.
03:34Pode ficar comigo que você não vai se arrepender.
03:43Dr. Luiz Biagi, vamos começar aqui, como eu sempre começo esse programa.
03:48Antes de mais nada, agradecendo a presença do senhor.
03:50Eu sei que você é uma pessoa muito ocupada, mas eu queria a história desde o começo.
03:58Inclusive no livro lá que tem o estilo de negócio de Luiz Biagi, seu livro,
04:04a história, o livro da sua história, tem ali, você começa junto, justo com a vinda do seu avô para cá,
04:13Pedro Biagi, não é isso?
04:14Sim.
04:15Como um colono italiano que vai tentar a vida no Brasil, saindo de uma situação que não era uma situação muito confortável na Itália na época.
04:26Eu queria que a gente lembrasse um pouquinho dessa trajetória até chegar em você.
04:31Como é que é essa história da família Biagi, porque eu sei que você é um dos entusiastas familiares.
04:38Por exemplo, foi você que foi buscar essa história dos Biagi, né?
04:42Pode contar um pouco para a gente?
04:43Pois não, Rodrigo.
04:44Prazer muito grande estar aqui com você e teus ouvintes, né?
04:48Uma honra para mim.
04:50Eles vieram em 1888, numa época que na Itália as dificuldades eram imensas, estavam passando fome.
04:58E não sei porquê, não sei nem te explicar, eu me lembro disso todo dia, sabe?
05:05Da mesma forma que eu me lembro também todo dia da vinda da minha esposa, que veio da Romênia,
05:13que também fugiram de uma situação um pouco diferente, que era a situação da implantação do comunismo naquele país, né?
05:23Então, essa memória afetiva, ela é muito forte.
05:28Todo dia a gente comenta ou fala alguma coisa, é muito viva.
05:33E na criação da vinícola, eu quis homenagear essas pessoas que tiveram essa força, né?
05:40De sair.
05:41Você vê o Natália, que era o meu bisavô, que veio, né?
05:45O meu avô veio junto com ele, tinha 8 anos.
05:48Eles vieram com 4 filhos, tinha uma menina de 4 anos, uma menina de 2 anos, né?
05:55A minha bisavó tinha 31 anos, você imagina, com 4 filhos pequenos, né?
06:01Sem nenhum dinheiro no bolso, sem saber onde iria trabalhar, o que seria do futuro da vida deles, né?
06:09A cidade lá na Itália?
06:12É um lugarzinho perto de Pádua, que chama Campagnola.
06:17É um lugarzinho pequenininho, que chama Campagnola, na Itália.
06:23Então, foi realmente, foram anos muito difíceis, então sempre tem essa lembrança, né?
06:29Muito forte, e sempre tem essa gratidão muito grande, né?
06:34Pela coragem que eles tiveram, né?
06:37O senhor chegou a conviver com o seu avô, Pedro, né?
06:41Convivi bastante com ele, convivi bastante com ele, porque ele viveu 94 anos, ele viveu bastante, então...
06:49Ele contava dessa época, né?
06:51Ele contava dessa época, ele sempre falava, eu já coloquei isso em outros locais, né?
07:00Ele sempre falava que a pobreza não tem assunto, né?
07:04Eu era pobre, a vida era difícil, não tem glamour nenhum, né?
07:09A pobreza é um tema que não tem assunto nenhum, praticamente, né?
07:13Então, é uma...
07:15Agora, tem uma passagem no livro, o que eu achei muito interessante, que é ele voltando...
07:21Eu não lembro se é ele ou se é o seu pai, já, o Maurílio, voltando para visitar a família, aqueles que não saíram da Itália, né?
07:28Exato. Em 1938, 50 anos depois que ele chegou aqui, as datas, quando o tempo passa muito largo, você não avalia corretamente, né?
07:43Você fala de César, são 2 mil anos, né?
07:47Você não tem mais a noção correta, mas 50 anos depois da chegada dele, ele voltou na Itália e esteve com a família dele
07:57e ficou muito preocupado e muito decepcionado com a situação que a Itália se encontrava ainda, né?
08:07Imagina, depois de 1938, ainda aconteceu a Segunda Guerra e tudo, né?
08:12E nunca mais ele quis voltar para a Itália, nunca mais ele quis.
08:16E ele já tinha... a situação financeira da família já tinha melhorado aqui, né?
08:21Em 1938 já tinha melhorado, em 1908 eles montaram uma olaria, em 1899 meu bisavô comprou um sítio em Pontal, lá perto de Ribeirão Preto
08:36e começou esse sítio com... era ainda uma casa de sapé com o chão batido, a porta eram uns fueiros, né?
08:45E meu pai sempre contava que quando ele saiu uma noite no sábado, na hora de chegar em casa, corria porque quem ficava por outro tinha que colocar os fueiros.
08:53Sabe o que é fueiro? São os paus, não tinha a porta.
08:56Tinha duas ripas assim e você coloca os paus, os pauzinhos para fechar.
09:02Então tem que colocar, sei lá, 50 pauzinhos assim, né?
09:06Fueiro são esses pauzinhos, né?
09:09Para fechar a porta, né?
09:11Então eles vinham correndo para casa para poder...
09:13Para no seu último.
09:14Para no seu último e ter que colocar os fueiros, né?
09:17Para fechar, fechar entre aspas, né?
09:19Tudo ficava aberto, né?
09:22Mas era uma vida bastante...
09:24Foi uma vida muito, muito difícil mesmo.
09:27E ele conseguiu...
09:30Montou uma olaria e o primeiro imposto que ele recolheu foi em 1908.
09:37Tem um tique do primeiro imposto recolhido.
09:40Depois ele montou uma casa de comércio, de secos e molhados, na pracinha da cidade.
09:49Em 1922 ele montou o primeiro local para produção de açúcar.
09:56Naquele ano, produziu...
10:01Acho que 4 mil sacas de açúcar naquele ano.
10:06Ele já plantava cana ou não?
10:08Plantava cana.
10:09Já plantava, né?
10:09Já começou a plantar cana em 1922.
10:14Então a nossa família está nisso faz 102 anos, né?
10:18Está nessa atividade faz 102 anos.
10:22E aí vem o seu pai...
10:23O seu pai é o que a gente até comentava aqui antes de começar a gravar.
10:26Seu pai, na minha opinião, é o grande divisor de águas da família.
10:30Quando a família realmente cria essa ideia do império dos viagens, né?
10:35O Pedro criou, né?
10:37O Pedro criou as bases, né?
10:40O Pedro criou as bases, né?
10:42E os conceitos também.
10:44Ele tinha muito bom senso, era muito equilibrado, né?
10:47Era uma pessoa muito sábia, tinha muita sabedoria.
10:51Ele criou as bases e propiciou oportunidade.
10:55Meu pai estudou contabilidade em Campinas e foi, em 1936, foi trabalhar, começar a trabalhar na Usina Santa Elisa,
11:07que era um novo empreendimento que ele também viabilizou, que o Pedro também viabilizou.
11:12Então, o Pedro foi uma figura importantíssima, né?
11:16Muito importante nesse processo.
11:18E sempre teve essa ideia também de formar pessoas.
11:22Eu acho que a grande sabedoria que eles tiveram foi de formar pessoas.
11:26Porque naquele tempo você não tinha gente preparada para nenhuma...
11:30Todas aquelas atividades eram novas na região, praticamente, né?
11:37E teve também lá naquela região uma pessoa que teve uma influência grande,
11:42que foi o Francisco Schmidt, que foi um grande produtor de café e que montou a primeira usina.
11:51Que hoje nós transformamos essa primeira usina no Museu da Cana.
11:54Hoje essa primeira usina, você não conheceu lá ainda, né?
11:57Não.
11:58Mas vai ser muito importante você visitar lá pertinho de Ribeirão.
12:03É aberto para público a semana toda.
12:05Tem todos os equipamentos originais.
12:07A primeira usina foi em 1906.
12:10Foi a primeira usina do estado de São Paulo, de tamanho grande, vamos dizer.
12:17E eles aprenderam muito ali.
12:18Meu avô e minha família e todas as pessoas ali.
12:22Os descendentes de italiano que trabalhavam ali, emigraram para aquela região,
12:28aprenderam muito com a atividade desse empresário.
12:31Esse empresário foi muito importante lá para a região de Ribeirão Preto.
12:36Perfeito.
12:37Bom, aí vem seu pai, Maurílio, expande os negócios, os negócios crescem bastante.
12:42Como é que era o seu relacionamento com ele?
12:44Então, eu tinha um relacionamento muito bom com ele.
12:48Mas era um homem ocupado, eu imagino, né?
12:50Ele era um homem muito ocupado, né?
12:52Ele era muito regrado, assim, era uma pessoa muito regrada.
12:56Tinha horário para tudo, assim, era uma coisa rara até.
13:02Horário para almoço, para jantar, para mantinhar, assim, uma...
13:09Uma rotina.
13:10Uma rotina muito rígida, né?
13:12Só trabalhava, vamos dizer, todas essas pessoas praticamente só trabalharam a vida toda, né?
13:22Realmente não existia lazer, né?
13:26Não existia lazer.
13:27E você, qual era o plano do Luiz Biagio?
13:30O que o Luiz Biagio pretendia fazer quando criança e adolescente?
13:34Eu vim, eu nasci em Ribeirão, fiz o grupo escolar na escola da Fazenda, na escola da Fazenda.
13:42Quer dizer, a escola da Fazenda já era um nível...
13:45Sempre eu enfatizo isso porque eles se preocuparam com a educação.
13:51Tanto meu avô como meu pai se preocuparam muito com a educação.
13:54Quer dizer, o pessoal que trabalhava na Fazenda tinha acesso a essa escola, que era a mesma escola que vocês iam.
13:58Era a mesma escola.
13:59Todo mundo estudou na mesma escola, né?
14:02Porque hoje você coloca os filhos numa história escola bilingue, né?
14:09Hoje as pessoas que têm mais oportunidade.
14:13Não, naquele tempo não.
14:15Todo mundo estudou naquela mesma escola e todo mundo se desenvolveu ali.
14:22Era proibido empregar analfabeto.
14:25Já em 1936, não dava o emprego.
14:32Ensinava a pessoa a ler e escrever para depois ter o emprego.
14:34Poder trabalhar.
14:35Então, essa coisa do estudo, eu acho que foi a coisa mais importante da vida deles.
14:42Eu acho que foi a coisa...
14:43Eu continuei fazendo esse trabalho através da Fundação Primeiro Mundo,
14:47que é uma fundação que apoia pessoas que têm inteligência acima da média
14:52e não têm condições de estudar, apoia na universidade.
14:57Nós damos bolsa de estudo para pessoas que têm inteligência acima da média e não podem estudar.
15:01Então, isso nós fazemos já há mais ou menos 35 anos.
15:07E antes disso, tinha a escola da Fazenda.
15:12Depois disso, tinha a escola da Zanini.
15:14A escola da Zanini formou milhares de jovens.
15:17A Zanini era uma das empresas da família que você vai trabalhar.
15:20Que eu fui trabalhar em 76, comecei a trabalhar no escritório aqui em São Paulo.
15:27A Zanini fabricava o quê?
15:28A Zanini fabricava todos os equipamentos para as usinas de açúcar e etanol.
15:35Caldeiras, moendas.
15:37Todos faziam uma usina turnkey.
15:40Construí uma usina turnkey.
15:41Depois foi para outras áreas, cimento, mineração.
15:44Eu trabalhei lá mais em torno de 20 anos e depois eu saí de lá e junto com a minha esposa, com a Karina,
15:54nós começamos um empreendimento, lojas, nós tínhamos lojas.
16:02Eu saí da Zanini e começamos a fazer uma carreira solo.
16:08Então, desde esse período, a gente fez uma carreira solo.
16:13Fomos trabalhar na parte do varejo.
16:17Tínhamos lojas de roupa, fóruns, sidewalks, benetons.
16:22Participamos do crescimento dessas franquias no Brasil.
16:29E revendas de automóveis também.
16:32Então, fomos numa carreira, nesses anos, a partir da década de 80,
16:41fomos numa carreira independente, fora dos negócios da família.
16:45Na Zanini, vamos começar ali na Zanini.
16:48O que você falou até, a gente comentou antes, dessa importação de tecnologia para o Brasil.
16:55E isso tem a ver com essa passagem pela Zanini, né?
16:57Exato. Lá, a principal atividade, depois nós construímos um edifício aqui na Vida Paulista,
17:05o Edifício Pedro Biage, os escritórios eram aqui.
17:08E a minha função era vendas.
17:11Eu achei engraçado, desculpa, vou fazer só um parênteses aqui.
17:13Eu achei engraçado que você me contou essa história do prédio e falou assim,
17:16essa é uma coisa de caipira, né?
17:18O negócio do caipira era ter um espaço aqui na Paulista, né?
17:23Então, era importante isso mesmo, na verdade.
17:24Era um sonho, era um sonho, era um sonho.
17:27Era uma consagração.
17:29É como se fosse uma realização.
17:31Quando foi para fazer o edifício, era um terreno que pertenceu ao Bamerindos.
17:36Eu comprei o terreno e fui pedir autorização para o meu avô para pôr o nome dele,
17:41porque o meu avô dizia para você nunca colocar o nome em nada.
17:45Se você for muito bom, você vai inibir os que vêm depois.
17:50E se você for muito ruim, você vai prejudicar.
17:54Então, você nunca deve colocar o nome em nada, o seu nome em nada.
17:58Aí eu fui na casa dele, chamar de Nono, né?
18:01Nono, posso colocar o seu nome no edifício?
18:05Ele falou, ah, não, mas eu não acho válido, porque não é bom a gente se expor dessa forma e tal.
18:12Mas eu vou pensar.
18:15Falei, tá bom.
18:15Aí, depois de uns duas semanas, voltei lá, ele falou para mim textualmente a seguinte frase.
18:21Luiz, na avenida mais importante da América Latina, eu vou aceitar.
18:27Olha.
18:28Ele fez esse...
18:29Eu achei interessante isso.
18:30Na avenida mais importante da América Latina, eu vou aceitar.
18:35E ele era, porque eu tenho essa passagem dessa visita, né, a família de volta lá nos anos 30, no final dos anos 30, na Itália,
18:44que ele comenta sobre a situação que ele estava vivendo no Brasil, né, que era uma situação já de bonança,
18:51e que o pessoal lá, a família meio que fica assim, ah, esse cara veio aqui contar lorota para a gente.
18:56Exatamente.
18:58Ele procurou minimizar a evolução que ele tinha tido, e os italianos lá, com esse tovênico hiper, diributia, budia, né, budia.
19:09Budia é mentira em italiano, né.
19:11Esse aqui veio lá do Brasil aqui para mentir para nós, né.
19:15Então, realmente, acharam que ele estava contando papo, contando vantagem, né.
19:20E ele tinha minimizado muito, falado números muito inferiores ao que ele já estava usufruindo, né.
19:29Então, foi realmente um momento, assim, muito... que impactou muito ele, né.
19:36Ele viu a família ali em situação ainda de muita dificuldade, né.
19:42Bom, vou voltar aqui que eu acabei interrompendo você.
19:44O prédio, então, faz o prédio aqui na Paulista, o Pedro Biagi.
19:49E aí, você já está trabalhando na Zanini, e aí tem essa história de importação de tecnologia.
19:54Eu queria que você falasse um pouco disso.
19:55Então, nesses anos, a gente tinha muita carência de tecnologia, quer dizer, nós não tínhamos equipamentos de alto nível.
20:04Então, eu saí pelo mundo buscando novas tecnologias.
20:10Join Venture, fizemos também Join Venture para a produção de turbinas a vapor,
20:14de redutores de velocidade, com duas empresas da Alemanha, caldeiras com a empresa dos Estados Unidos, a Foster Wheeler.
20:24Tudo para a usina, usina de...
20:26Tudo para a usina e também para o setor química, petroquímica, papel celulose, cimento, mineração.
20:33Naquela época, a gente forneceu muitas caldeiras para Petrobras, fornecemos, naquela época, caldeiras também para Suzano,
20:42que eram empresas que estavam também em um desenvolvimento muito grande.
20:48Então, é a ideia do Brasil ser independente tecnologicamente, né?
20:52Que hoje o pessoal nem se incomoda com isso, né?
20:56Ah, compra, ninguém se incomoda.
20:59Mas, não sei, a gente se formou pensando nessa dependência tecnológica,
21:03de ter que importar, de não ter o know-how, de não ter o conhecimento.
21:08Então, a gente sentia a falta de ter assistência técnica nas usinas.
21:14Então, foram feitos muitos acordos de tecnologia com vários países, né?
21:19Com os Estados Unidos, com a Alemanha, com a Itália, com todos esses países que a gente se relacionou.
21:28E deu muito certo, foi muito bom, porque houve uma evolução muito grande na produção de etanol mais eficiente, né?
21:36Nós fizemos um trabalho para destilarias mais eficientes de etanol.
21:43Então, isso aí valorizou muito o setor, né?
21:46O setor sucro energético no Brasil foi muito valorizado.
21:50E ainda pegou ali o Proalco, mais ou menos nessa época, né?
21:53Foi o início do Proalco.
21:55Naquela época, nós fizemos um trabalho que apresentamos ao presidente Gás,
21:59o chamado Fatossíntese, como fonte energética.
22:02Em cima desse trabalho, ele homologou, ele criou o Programa Nacional do Álcool.
22:07Em cima desse trabalho que foi realizado por um grupo de usinas,
22:11o Família Ometo, o Pedro Ometo, que era da usina da Barra,
22:18o Cícero Junqueira Franco, da Vale do Rosário,
22:21o Lamartine Navarro, o Renato Rezende Barbosa, que era um usineiro da região de Assis, né?
22:28Essas pessoas se uniram, o Cícero Junqueira Franco, que era lá de Orlândia.
22:34Essas pessoas se uniram e juntos foi feito esse trabalho.
22:39Eu era o mais novo deles, aí eu corria, assim, para ajudar na coordenação,
22:44para ir em Brasília entregar.
22:46Eu era meio um office boy desse grupo, né, de pessoas mais sêniores, né, na época.
22:52E deu certo, foi criado o Programa Nacional do Proálcool, né?
22:59E esse trabalho que contribuiu para isso, né, na época, né?
23:04E a gente aí já tinha os equipamentos adequados, com performance, produtividade adequada,
23:11quer dizer, igual os do primeiro mundo.
23:12Então, foi uma conjunção de fatores que levou o setor a uma pujança muito grande, né?
23:19Muito grande.
23:20É, que acaba desembocando quase que no carro flex que a gente tem hoje, né?
23:24Se isso não tivesse acontecido lá atrás, a gente não ia nem ter isso hoje, né?
23:27Exatamente, exatamente, exatamente.
23:30E naquela época, a Petrobras fazia um trabalho, criticando o Proálcool,
23:35argumentando de que a mistura carburante iria prejudicar a Petrobras
23:40porque iria sobrar a gasolina.
23:43Porque a hora que você enfiava 20% de etanol na gasolina,
23:47iria sobrar e não tinha demanda de exportação na América Latina, né?
23:52Mas na época, nós tínhamos o projeto das colunas de destilação de petróleo,
23:58que nós tínhamos feito o projeto para a Petrobras.
24:00Então, nós mostramos numa reunião em Brasília,
24:04que mudando aquelas colunas, nós levamos o projeto reformulado
24:08para mudar as colunas e produzir menos gasolina.
24:12Então, naquela época, o presidente Figueiredo determinou que a Petrobras
24:16executasse a nossa proposta.
24:17Então, isso ajudou muito porque a Petrobras não pôde impedir a evolução do Proálcool.
24:24Porque teve um momento que a Petrobras se sentiu muito prejudicada.
24:28Porque o álcool foi uma invasão dentro da Petrobras, né?
24:31Quer dizer, ela perdeu, de uma certa forma, 20% da receita, né?
24:35Então, foi uma...
24:38Era uma ameaça, né?
24:39Foi uma ameaça, foi uma ameaça muito grande.
24:42E o conhecimento e a tecnologia nos salvou, nos salvou.
24:46O conhecimento sempre salva, né?
24:48É.
24:48Sempre salva a gente, né?
24:50Esse é o maior ensinamento do seu pai, não?
24:52Eu acho, eu acho, do conhecimento, eu acho, eu acho, do conhecimento, eu acho que...
24:58Você chegou, foi à faculdade, você se formou em...
25:01Eu fiz Mackenzie, eu fiz a economia no Mackenzie, aqui em São Paulo.
25:07Pronto, e aí foi trabalhar na empresa da família e saiu por quê?
25:11Naquela época, eu tive uma divergência com relação à orientação do futuro.
25:17Eu tive uma divergência com relação ao futuro, ao desenvolvimento do negócio e...
25:24Depois do falecimento do meu pai, eu tive uma divergência com os acionistas e...
25:35Então, eu saí da empresa e aí nós fomos nessa carreira solo.
25:39Iniciamos uma nova vida, iniciamos uma nova vida.
25:41Mas não era brigado com a família?
25:44Não, não era brigado com a família.
25:47Era divergência de perspectiva, né?
25:50Divergência de estratégia, né?
25:52De caminho a seguir, de futuro, né?
25:55Muito bem.
25:56Passado tudo isso, aí você já está mais descansado, né?
25:59Aquela coisa, diminuindo um pouco o trabalho.
26:02E aí, um dia você acorda e fala assim, pô, vou abrir uma vinícola porque eu estou com pouco problema para resolver, é isso?
26:09É, foi um erro de avaliação minha, mas foi uma falha minha.
26:17Foi uma falha minha, sabe, Rodrigo?
26:18Mas é verdade, é verdade.
26:20Você deduziu.
26:22A gente estava achando que estava meio ocioso, né?
26:25Estava achando que estava meio ocioso.
26:26Para quem não sabe, eu acabei visitando a vinícola antes.
26:36E uma das coisas que o pessoal fala ali quando a gente está fazendo a visita,
26:40porque tem um enoturismo ali, pela fazenda,
26:46que você mora lá na fazenda, né?
26:48Sim, nós moramos, eu e a Karina moramos.
26:51Os filhos já foram.
26:52Os filhos saíram.
26:55E a enóloga fala, olha, a gente ainda não sabe o terroir,
27:01que é aquela coisa do terreno, o clima, tudo junto, na uva,
27:04a gente não sabe ainda se isso vai dar certo ou não vai,
27:08mas normalmente só precisa de um pouco de paciência,
27:12coisa de 100 anos, está tudo certo, né?
27:14Mas eu queria entender por que, então, abrir a vinícola,
27:19começar uma vinícola.
27:21Agora, o senhor já está com quantos anos?
27:24Ah, já estou com bastante.
27:27Bastante ótimo.
27:29E aí vai ter mais 100 ainda para esperar, né?
27:30Esse é o plano, é isso?
27:34O plano é isso, é esperar viver mais, né?
27:38Mais uns 100 aninhos também não faz mal para ninguém, né?
27:40Mas me explica como é que nasceu essa ideia, então,
27:45de criar uma vinícola num lugar que é...
27:48Porque você tem aqui na Serra da Mantiqueira,
27:50aqui nessa região da Mantiqueira de São Paulo,
27:53tem vinícolas, etc.,
27:55mas ali mais para o interior mesmo,
27:56para o oeste, norte paulista, não tem quase vinícolas.
27:59Não tem.
28:00Ali na nossa região, atualmente, nós temos...
28:03Uma, duas, três...
28:08Nós temos quatro vinícolas ali,
28:11cinco vinícolas ali na nossa região.
28:13Agora já tem cinco vinícolas.
28:15A fazenda fica em...
28:16Cravinhos.
28:17Fica em Cravinhos.
28:20E...
28:20Uma coisa, assim, que motivou bastante
28:23é essa nova tecnologia da dupla poda.
28:29Ela está sendo aplicada só no Brasil.
28:31Não existe, né?
28:33Foi desenvolvida aqui no Brasil,
28:35pela Embrapa,
28:36pela...
28:37Pelo pessoal de Minas Gerais, né?
28:40Pela Ipamig,
28:41e por um...
28:43E por um empresário também
28:45que se envolveu muito com isso,
28:48que chama Murilo.
28:51O que você poda a uva duas vezes ao ano
28:54e colhe no inverno?
28:56Essa primeira poda é para atrasar mesmo
28:59o crescimento da planta, é isso?
29:00É uma poda intermediária
29:05e depois você poda em janeiro,
29:07mais ou menos, né?
29:09Depois você colhe em agosto,
29:13julho, agosto,
29:14aí você poda de novo.
29:16Iria colher de novo em janeiro,
29:18mas você não colhe,
29:19você poda de novo.
29:21E aí colhe no inverno.
29:22No inverno.
29:23Por quê?
29:23Aí, com isso,
29:25você colhe uma fruta muito sadia
29:27e a enóloga pode monitorar o Brix,
29:31monitorar o açúcar na uva
29:33para produzir a uva,
29:35o vinho,
29:36com o grau alcoólico que ela deseja.
29:38Ela consegue, então,
29:40uma performance pela qualidade da uva,
29:43que vem muito sadia.
29:45São dias quentes e noites frias,
29:48durante um período de alguns meses, né?
29:51Maio, junho e julho, né?
29:54Ela consegue um fruto de muita qualidade.
29:58E aí vem um vinho muito especial.
30:01Vem um vinho muito especial.
30:04E esse vinho muito especial,
30:06de qualidade,
30:08aqui do estado de São Paulo,
30:10já foi premiado
30:11pelo Decanter em Londres,
30:15com ouro, prata e bronze.
30:18Só um grupo que nós nos reunimos,
30:20tem um grupo que nós nos reunimos,
30:21de São Paulo,
30:23de 10 vinícolas,
30:24só esse grupo já recebeu
30:25mais de 100 medalhas
30:27do Decanter em Londres,
30:30nesse período curtíssimo.
30:32Então,
30:33você vê locais importantes
30:35que estão pretendendo
30:37colocar o nosso vinho
30:38e que nunca pensaram
30:42em colocar um vinho brasileiro.
30:44Assim, como o Fasano,
30:45como o Sal,
30:47o restaurante Sal,
30:48aqui em São Paulo,
30:48que estão colocando
30:51vinhos desse grupo
30:53no cardápio
30:54e que nunca tiveram
30:55no cardápio
30:56vinhos brasileiros.
30:58Então,
30:58essa qualidade
30:59vai mudar a história
31:00do vinho no Brasil.
31:03Então,
31:04começaram a vir
31:04italianos,
31:05agora na vinícola,
31:07há uns dois meses atrás,
31:09veio uma vinícola
31:10da Toscana,
31:12fundada em 1142,
31:15a vinícola mais antiga
31:16que tem na Itália.
31:18E ele ficou surpreso
31:19ao tomar o vinho
31:20San Giovese,
31:21o Petro,
31:22ele ficou muito surpreso.
31:24Ficou realmente
31:26muito surpreendido.
31:27E convidou para ir lá
31:29para trocar,
31:31para trocar informação.
31:33E você nota
31:35que na Serra da Mantiqueira
31:36várias vinícolas aqui
31:40que estão com uma expressão
31:41de qualidade extraordinária,
31:43que estão sendo reconhecidas.
31:45agora começaram a vir
31:46enólogos da França,
31:48por exemplo,
31:48um dos enólogos
31:49mais famosos da França,
31:51hoje já é assessor
31:53de uma vinícola
31:54aqui no estado de São Paulo.
31:57E já comprou
31:57um pedaço de terra
31:58para fazer também.
32:01Isso nunca aconteceu
32:03no Brasil.
32:04Então,
32:04é uma nova tecnologia,
32:06é um novo mundo.
32:07Esse é o motivo
32:09do entusiasmo.
32:10É por ser uma nova tecnologia,
32:12dentro dessa linha
32:13que eu sempre pensei
32:14de tecnologia nova.
32:16E a ideia
32:18de fazer a vinícola
32:19veio durante a pandemia?
32:20Durante a pandemia.
32:22Aí você pensou,
32:22vou plantar aqui,
32:23tem um pedaço
32:24aqui da fazenda
32:25que não está sendo utilizado.
32:26uma coisa pequena.
32:28Mas a hora que começamos
32:29a plantar aquela coisa pequena,
32:31a gente já chegou
32:31à conclusão
32:32que precisava plantar
32:33no mínimo
32:3310 ou 11 hectares,
32:36assim,
32:36porque senão
32:37a gente não ia ter volume,
32:39aí não dá
32:39para fazer a fábrica.
32:41Então,
32:42começa a vir
32:42a racionalidade,
32:44né?
32:45Começa a vir
32:45o aconselhamento,
32:47né?
32:47E a gente foi
32:49se envolvendo nisso
32:50e agora estamos...
32:52Bom,
32:53hoje vocês estão
32:53produzindo,
32:54vocês têm...
32:55Antes,
32:55porque senão
32:55vou me confundir
32:56todo aqui,
32:57mas a escolha
32:58das uvas
32:59foi uma coisa
32:59que me chamou
32:59a atenção.
33:00As uvas foi
33:00para homenagear
33:02a Itália,
33:02né?
33:03Para de onde
33:03as famílias
33:05veio e tudo,
33:06né?
33:06Sandy Ovese,
33:07Moscato Diallo,
33:09Nebiolo.
33:10O objetivo
33:11foi de homenagear
33:12a Itália
33:13e como no Brasil
33:14também a maior
33:16parte das uvas
33:17que estão sendo
33:17plantadas são
33:18francesas e como
33:20tem essa colônia
33:21italiana importante,
33:23pensamos,
33:24vai ser...
33:25Os italianos
33:26vão gostar,
33:27né?
33:28De ter um vinho
33:29italiano aqui,
33:29né?
33:30De uma uva
33:30Sandy Ovese.
33:31E funcionou
33:32essas uvas lá
33:33naquela região
33:33de Ribeiro?
33:34Funcionou,
33:35funcionou.
33:36Temos ainda
33:37que evoluir
33:37com a Nebiolo,
33:38que é uma uva
33:38mais difícil.
33:41Você vê,
33:41Nebiolo vem
33:42de Nébia,
33:43né?
33:43Nébia,
33:44você vê,
33:44a palavra
33:46da uva
33:47já é de uma
33:48região mais fria,
33:49uma região mais alta,
33:50né?
33:51E frio
33:52não é uma coisa
33:53que a gente
33:53encontra com muita
33:54facilidade ali
33:55perto de Ribeirão,
33:56né?
33:56Frio não tem
33:57muito, né?
33:58O nosso ali
33:59é um pouquinho
33:59mais,
34:00por ter mais
34:02de 800 metros
34:02de altitude,
34:03né?
34:04Então ali é um pouco
34:05mais fresco,
34:05né?
34:06Mas o importante
34:08é a variação
34:09térmica.
34:10O importante
34:10para a uva
34:11é você ter dias
34:13quentes e noites
34:13porque lá vai
34:15de 13,
34:16esses dias agora
34:17de julho,
34:18agosto,
34:19vai de 12,
34:2013 a 31.
34:22Essa variação
34:24é que
34:25favorece a sanidade
34:28da uva
34:28e também
34:29o amadurecimento
34:30correto e tudo.
34:32E aí hoje
34:32vocês estão com
34:33cinco rótulos lá,
34:34né?
34:34Cinco rótulos.
34:35que são?
34:37São Karina,
34:39Pietro,
34:40Eugênio,
34:40em homenagem
34:41à sua esposa,
34:42Karina em homenagem
34:42à esposa,
34:43Pietro,
34:44Pietro é o avô,
34:45Eugênio é a avó,
34:46Carla é uma irmã
34:47e tem o Pietro
34:50na reserva
34:50que ficou no barril
34:51de Carvalho
34:52já há um ano.
34:54Envelhecendo
34:54para já
34:56elevar o nível,
34:58né?
34:58Perfeito.
34:59O senhor é
35:00obviamente
35:02um entusiasta
35:02do vinho,
35:03né?
35:04Sem dúvida,
35:05sem dúvida.
35:05Senão não se coloca
35:06nessa posição,
35:07né?
35:09Hoje vocês estão
35:10fabricando quantas
35:11garrafas?
35:11Então esse ano
35:12devemos estar
35:14em torno
35:14de 14 mil.
35:15Que é um lote
35:16pequeno, né?
35:17É um lote pequeno.
35:18As vinícolas
35:19já de São Paulo
35:20já tem vinícolas
35:21com 150 mil
35:24vinícolas novas,
35:26né?
35:26Que estão feitas
35:27aqui em São Paulo.
35:29As primeiras
35:30que foram construídas
35:31já nessa nova tecnologia
35:32de São Paulo
35:34
35:35produzem em torno
35:37de 150 mil
35:39a 200 mil
35:41garrafos por ano
35:43já.
35:44Esse é o plano
35:45da vinícola biagem?
35:46A nossa seria
35:47100 mil.
35:48100 mil?
35:48100 mil garrafos.
35:50Essa é a ideia.
35:50Mas hoje
35:51a fabricação
35:52não é feita
35:52lá?
35:53A fabricação
35:54a partir do ano
35:55que vem
35:55vai ser feita lá.
35:57Está sendo construída
35:57a fábrica
35:58e vai ser...
35:59Hoje a nossa
36:00enóloga
36:00é que fabrica
36:01o nosso vinho
36:02em Caldas.
36:03Ela tem uma fábrica
36:04em Caldas
36:05em Minas
36:07e o nosso vinho
36:08é feito em Caldas
36:09hoje.
36:09E ali
36:10a fazenda
36:11além do vinho
36:11ela fabrica
36:12queijo também?
36:13É isso, não?
36:13Queijo
36:14tem um queijo
36:14artesanal
36:15queijo
36:16no último campeonato
36:18de queijo
36:19do mundial
36:21que teve
36:21aqui em São Paulo
36:22a fazenda
36:23ganhou três prêmios
36:24três vendas de ouro
36:26os queijos
36:26feitos lá
36:27queijos artesanais
36:28tem brica
36:29mamber
36:30talédio
36:31esses queijos
36:33também que nunca imaginei
36:34que a gente fosse fazer
36:35pra servir
36:37pra servir na degustação
36:38na degustação
36:39dos vinhos
36:40dos vinhos
36:40pra servir na degustação
36:41dos vinhos
36:41então tem o queijo
36:43tem também
36:44a horta
36:45quer dizer
36:46aquela ideia do
36:48farm to table
36:50quer dizer
36:50da fazenda
36:52pra mesa
36:53de ter tudo
36:54na fazenda
36:55toda a produção
36:56de
36:56quase tudo
36:59pra poder
37:00servir
37:02porque também
37:02teve um restaurante
37:04
37:04o restaurante
37:05a hosteria
37:06que funciona
37:09nos fins de semana
37:10por enquanto
37:11nos fins de semana
37:12que é pra promover
37:14turismo
37:14no fim das contas
37:15é um ecossistema
37:16pra tornar aquilo
37:17economicamente viável
37:18exatamente
37:19o enoturismo
37:21é fundamental
37:22pra
37:23pra viabilizar
37:25pra vinícolas
37:26se viabilizarem
37:27e hoje
37:28como é que é feito
37:29isso lá
37:30pra visitas
37:31e
37:31é com o agendamento
37:33pelo instagram
37:34normalmente
37:35pelo instagram
37:36agendamento
37:37e
37:37todo fim de semana
37:38tem a visita
37:40ao
37:41ao vinhedo
37:42a degustação
37:43tem um passeio
37:44a degustação
37:44e o almoço
37:45almoço
37:46ou jantar
37:47hoje tá com a chefe
37:48Beatriz Nomellini
37:49Beatriz Nomellini
37:50é a nossa chefe
37:51hoje
37:52que cuida do cardápio
37:53lá e
37:53cuida do cardápio
37:54tudo produzido
37:55praticamente tudo
37:56produzido na fazenda
37:57e tudo produzido
37:58na fazenda
37:58exatamente
37:59por isso essa ideia
38:00do farm to table
38:01farm to table
38:02essa é
38:02essa ideia
38:03o desafio
38:04
38:04mas tá indo bem
38:05você viu lá né
38:06eu vi
38:07você almoçou
38:08eu almocei
38:09muito bom
38:09eu não posso ficar
38:10fazendo tanta propaganda
38:11mas eu gostei muito
38:13mas vamos lá
38:17o
38:17quando começou
38:18a vinícola
38:19a ideia
38:19era ser um negócio
38:21ou era um hobby
38:24é porque a gente pensa
38:26eu vou plantar
38:27umas parreiras aqui
38:28fazer um vinhozinho
38:30para consumo próprio
38:30eu acho sim
38:32que quando nasceu
38:33eu não tinha pensado
38:35no negócio
38:35seriamente
38:36eu não tinha pensado
38:37eu falei
38:38fazer uma coisa pequena
38:39manda fazer o vinho fora né
38:41eu não preciso investir
38:42em indústria
38:43eu faço uma coisa pequena
38:45faz um vinho fora né
38:47os riscos são mínimos né
38:49os riscos são mínimos
38:50no começo pensei assim
38:53no começo eu pensei assim
38:54e aí quando é que veio
38:56esse start
38:57do poxa
38:57isso aqui pode se transformar
38:59num negócio mesmo
39:00é
39:00vem assim
39:01a enóloga
39:02começa a falar
39:03porque
39:03nós por sorte
39:05contratamos
39:06a enóloga
39:07mais importante
39:08do Brasil
39:09hoje eu acho
39:10você tem uma ideia
39:11nesse ano
39:12ela ganhou
39:13no The Country
39:14em Londres
39:14o The Country
39:15é o Oscar do vinho
39:17ela ganhou 27 medalhas
39:19esse ano
39:19esse ano
39:20como é que é o nome dela
39:21desculpa
39:22Isabela Pelegrino
39:24Isabela Pelegrino
39:25é uma
39:25é uma grande
39:26uma grande enóloga
39:28e o senhor chamou ela
39:29para ajudar com essa
39:30eu chamei
39:31aí você começa
39:33a ter o aconselhamento
39:34ah Luiz
39:35precisa ter
39:35mais disso
39:37precisa ter mais daquilo
39:38você começa
39:40a receber a orientação
39:42de quem entende
39:43porque a gente começou
39:44a fazer
39:44sem entender nada
39:46sem ter nenhum
39:47conhecimento
39:48então aí quando
39:50vem as pessoas
39:50que tem know-how
39:51aí vem o fabricante
39:54da máquina
39:55aí ele fala
39:56não dá para fazer
39:57uma máquina
39:59tão pequenininha
40:00para só
40:0150 garrafas
40:04é
40:04não existe
40:05essa máquina
40:06o mínimo
40:07é um volume X
40:09então você começa
40:11a ter todo esse
40:12feedback
40:13essa informação
40:14e aí
40:15você vai
40:16fui caminhando
40:17para
40:17para uma coisa
40:18empresarial
40:19eu acredito
40:22sabe meu Deus
40:22de coração
40:23que
40:23o vinho
40:26é uma
40:26é um desafio
40:29muito
40:29talvez na agricultura
40:30o vinho
40:32seja o maior desafio
40:33eu acho
40:34em termos de performance
40:36em termos de
40:37em termos de
40:39é porque
40:40o vinho
40:41você começa a fazer
40:42um vinho
40:42e
40:44aí eu quero
40:45que você tome o meu vinho
40:46mas eu sei
40:46você já casou
40:48tomando aquele vinho
40:49você já batizou
40:50um filho
40:51com aquele outro vinho
40:52quer dizer
40:52não é de repente
40:53que você vai tomar
40:54meu vinho
40:55porque
40:55mesmo que ele seja bom
40:57porque você tem
40:58um histórico
40:59então
41:01uma ligação sentimental
41:02com a garrafa
41:03com as coisas
41:03com a tua vida
41:05então você é um intruso
41:07você começa a fazer o vinho
41:08você é um intruso
41:10mas você está
41:10de repente
41:11você quer ir no restaurante
41:12que o cara peça o teu vinho
41:13então
41:15você tem que construir
41:16uma história
41:17para que amanhã
41:19as pessoas tenham
41:20casado lá na vinícola
41:21que as pessoas tenham
41:23batizado um filho lá
41:24quer dizer
41:25você tem que construir
41:26a sua história
41:27como os outros construíram
41:28então não é uma coisa fácil
41:31como é que começou
41:32a visitação lá
41:33quando é que abriu
41:34para a visitação
41:35abriu
41:36em fevereiro
41:37dia 11 de fevereiro
41:39de 2023
41:40abriu
41:41e deu certo
41:43deu certo
41:44o pessoal
41:46gosta de vir
41:48eu fiquei
41:48imaginando
41:50assim
41:50porque que as pessoas
41:51gostam de vir na avenião
41:52e conversando com várias pessoas
41:54eu cheguei a uma conclusão
41:56que é a coisa
41:58da
41:58perpetuidade
42:00o vinhedo
42:02dá essa noção
42:03de permanência
42:04então a pessoa
42:05senta ali
42:06que ela sabe
42:07que o ano que vem
42:08vai estar igual
42:09o outro ano vai estar igual
42:10que aquilo é permanente
42:11dá uma sensação
42:12mais tranquila
42:13nesse mundo
42:14nesse mundo
42:16que tudo muda
42:17você chega na cidade
42:18e fala
42:18nossa eu fui lá
42:19não conheci mais nada
42:20não é comum
42:21você ouvir isso
42:21aí eu fui visitar
42:23não sei o que
42:23não reconheci mais nada
42:25essa
42:26isso dá um pouco
42:28de tensão
42:29
42:30um pouco de estresse
42:31
42:31essa
42:31essa coisa
42:32e a
42:34a vinícola é uma coisa
42:35mais serena
42:36mais permanente
42:37eu noto que as pessoas
42:39sentam ali
42:40e não querem ir embora
42:41sentam ali
42:42e ficam até a noite
42:43assim
42:43e conversam
42:45quando dá uma paz
42:46
42:46e o senhor participa
42:47
42:47dos passeios
42:49ele vai ver
42:50como é que está o pessoal
42:51conversa
42:51conversa
42:52conversa com os clientes
42:55
42:55aliás minha vida toda
42:57foi encontrar os clientes
42:59minha vida toda
43:00foi trabalhar em vedas
43:01
43:01minha vida toda
43:02foi essa
43:02e aí é para pegar o feedback
43:04mesmo para saber
43:05o que pode melhorar
43:06o que tem para fazer
43:07ainda é isso
43:08é
43:08e os clientes
43:10dão o feedback
43:11você tem que perguntar
43:14de uma maneira
43:15não perguntar
43:15se está tudo bem
43:16porque ele fala
43:17que está tudo bem
43:17você não pode perguntar
43:18assim
43:19sabe
43:19você tem que fazer
43:20você tem que fazer um contornar
43:23assim para
43:24propor que ele te ajude
43:27você entendeu
43:29você não pode perguntar
43:30se ele gostou da comida
43:31ele fala que gostou
43:32você fala
43:33mas você não pode perguntar
43:35se ele gostou
43:35você tem que dizer
43:36nós estamos fazendo um trabalho
43:37levantamento
43:38aí ele fala
43:40o que ele não gostou
43:42entendi
43:42porque aí
43:43abre a possibilidade
43:45dele criticar
43:46dele criticar
43:46é mais importante
43:47a crítica
43:48que o elogio
43:48nesse tipo
43:49muito importante
43:50nossa crítica
43:52uma crítica
43:53acho que em tudo
43:55acho que em tudo
43:56ninguém gosta
43:57de criticar
43:58as pessoas
43:59não gostam de criticar
44:00mas a crítica
44:02é a única forma
44:03de se evoluir
44:04é a única forma
44:05de se evoluir
44:05é que a pessoa
44:07às vezes
44:08sabe
44:10a pessoa
44:10eu vim comer
44:12esse macarrão
44:13com esse molho
44:13eu precisava
44:14que tivesse mais
44:16tal produto
44:18que tivesse
44:19a comida
44:21veio fria
44:21tem tantos detalhes
44:24tem tantos detalhes
44:26e as pessoas
44:27elas falam
44:28quando você
44:28contorna um pouco
44:31a resistência
44:32você contorna um pouco
44:33a resistência
44:34as pessoas falam
44:35a fazenda
44:36antes da abertura
44:37da vinícola
44:38ela fazia o que?
44:39a fazenda
44:40a gente sempre
44:42ali produziu
44:44leite
44:46então
44:47a gente planta milho
44:49para os silos
44:50para a silagem
44:51e tal
44:51para alimentar o gado
44:52durante o ano todo
44:53tem o gado de corte
44:55gado de corte
44:56que é cria
44:57e recria
44:58de bezerros
45:00a cana
45:05sempre teve uma parte
45:06tem cana lá também
45:08tem uma parte de cana
45:09também
45:09que fornece
45:10para a usina da pedra
45:12que é lá
45:12em serrana
45:13então a fazenda
45:16sempre teve
45:17uma atividade
45:18agrícola
45:19sempre teve
45:20atividade agrícola
45:21e leite
45:22e leite
45:23e já era ponto
45:24de morada
45:24vocês moram lá
45:25ou passa tempo
45:28lá só
45:28a gente mora lá
45:29a gente mora lá
45:30e essa parte
45:33de queijo
45:34já era feito
45:34para consumo
45:35de vocês mesmo
45:36ou não?
45:37isso veio em função
45:38da vinícola?
45:38veio em função
45:39da vinícola
45:39veio também o café
45:40nós temos lá
45:42o empacotamento
45:43e torra
45:45empacotamento de café
45:46temos o café
45:47também da fazenda
45:48chama café patrocínio
45:50agora vai ter o café
45:53biagem
45:53é arábica
45:54é
45:55e lá na fazenda
45:57tem uma história
45:58do café muito importante
45:59que o antigo proprietário
46:02Luiz Pereira Barreto
46:03que foi uma pessoa
46:04muito importante
46:05na história do Brasil
46:06um cara
46:06realmente extraordinário
46:08fez muita coisa
46:09para o Brasil
46:11era um médico
46:11formado na Bélgica
46:13em 1876
46:15eles compraram
46:16aquela fazenda
46:16e ele desenvolveu
46:18o café bourbon
46:19que o primeiro lugar
46:21que plantou
46:21o café bourbon
46:22no Brasil
46:22foi ali
46:23na fazenda
46:24então já tem uma história
46:25já tem mais de 200 anos
46:27ali
46:27e tem uma história
46:29de pessoas
46:29assim
46:30também importantes
46:31criativas
46:32que passaram por lá
46:36vocês compraram
46:37dele a fazenda?
46:37nós compramos
46:38dos descendentes dele
46:40da família
46:42Pereira Barreto
46:42mas era uma fazenda
46:43produtiva na época
46:44ou não?
46:45na época
46:46na época
46:47a fazenda
46:47não estava produtiva
46:50porque
46:51pertencia a uma viúva
46:55e ela estava
46:56sem forças
46:57para
46:57tocar o negócio
46:59para tocar o negócio
47:00na época
47:00mas a qualidade
47:03ali das terras
47:04é extraordinária
47:05é um lugar extraordinário
47:07então só para ver
47:07se eu entendi
47:07hoje tem
47:08gado de corte
47:09leite
47:09cana
47:11café
47:11café
47:12café já tem
47:13
47:13café
47:14a gente compra
47:15de fora
47:16e faz a torra
47:17e o pacotamento
47:19mas não está plantando
47:20o café lá também
47:20não, não está plantando
47:21dá para fazer tudo
47:22no mesmo espaço
47:24ali?
47:24
47:25e a uva
47:27e a uva
47:28e a uva
47:29quais foram
47:29os aprendizados
47:31ali que o senhor
47:32não imaginava
47:32que teria
47:33com uma vinícola
47:35que foram surpresas
47:36assim
47:37olha
47:37essa aqui
47:38eu não estava esperando
47:39aquela coisa
47:39de
47:40a gente começa
47:41um negócio
47:41eu estava falando
47:42com um empreendedor
47:43aqui outro dia
47:43ele falou
47:44não
47:44eu tinha 100 mil reais
47:46aí pensei
47:47ah
47:47eu já trabalhei
47:48em grandes corporações
47:49100 mil
47:49vou fazer o meu negócio
47:51aí a consultora falou
47:52olha
47:52vai sair uns 400
47:53ele falou
47:54ela não sabe de nada
47:55no fim gastou mais
47:56que os 400
47:57ficou sem dinheiro nenhum
47:57mas deu certo
47:58no fim das contas
47:59o que que surpreendeu
48:00o senhor
48:01quando o senhor
48:02começou com a vinícola
48:03com a história
48:03da vinícola em si
48:05tem isso ou não
48:06eu falo pra Karina
48:08a gente sai de casa
48:09e vai lá na vinícola
48:10e é interessante
48:11que em casa
48:12é um ambiente
48:13onde a gente mora
48:14na fazenda
48:15é um ambiente
48:16de fazenda antiga
48:17e quando você vai
48:18na vinícola
48:18parece que você chegou
48:19na Toscana mesmo
48:21tem o vale
48:22tem aquelas imagens
48:24que você conheceu
48:25dá uma sensação
48:27de acolhimento
48:29de vinícola
48:30e a gente até agora
48:32toda vez que vai lá
48:33a gente fica surpreso
48:34assim a gente até agora
48:35não acostumou
48:36com a existência
48:37da vinícola
48:38porque foi muito rápido
48:40assim
48:40não deu
48:41esses anos
48:42foram estranhos
48:43não sei se aconteceu
48:43pra você
48:44passaram muito mais rápido
48:46aconteceu pra você
48:47da pandemia né
48:48esses de 20
48:49da pandemia pra cá
48:49é de 20 pra 24
48:51mas foi dois dias
48:53assim
48:53um negócio
48:53ridículo
48:55ridículo
48:57esse período aqui
48:58que nós vivemos né
48:59então
49:00agora quando você vê
49:02aquilo
49:03assim
49:04colher azul
49:06quando você vê aquele
49:07todos os pés cheio
49:08de uva
49:09assim
49:09a maior surpresa
49:11foi ver a uva
49:12foi ver
49:13a colheta da uva
49:14e a uva
49:15vinha com qualidade
49:16pra fazer um vinho
49:18de excelente qualidade
49:19
49:20que surpreendeu
49:21os italianos
49:23lá da Toscana
49:24
49:24então
49:25eles acharam lá
49:27o senhor convidou eles
49:28pra vir?
49:28não eles vieram
49:29apresentar os vinhos
49:30dele pra um grupo
49:30de empresários
49:31de São Paulo
49:32eles alugaram lá
49:33eles alugaram lá
49:35eu nem fui convidado
49:36eles alugaram o local
49:38pra apresentar
49:39os vinhos dele
49:40pra um grupo
49:41de importadores
49:42aqui de São Paulo
49:44e aí
49:45o Paulo
49:47ofereceu
49:48pra ele tomar
49:48o nosso vinho
49:49ele ficou muito surpreso
49:51aí ele quis conversar
49:52comigo
49:52ele nem tinha essa ideia
49:54de conversar comigo
49:55ele alugou lá
49:57pra ter um ambiente
49:58adequado
49:59
49:59pra ele apresentar
50:00o vinho dele
50:01pros importadores
50:02do Brasil
50:03hoje a vinícola
50:11já tá no break-even
50:12não
50:12ainda você tá
50:13queimando caixa
50:14então é um investimento
50:15então é um investimento
50:17porque nós ainda
50:18vamos plantar
50:18mais uma área
50:19de uva
50:19nós ainda vamos
50:20terminar a fábrica
50:21tem quanto plantado
50:22lá já hoje
50:23tem 11 hectares
50:2411 nós vamos plantar
50:26mais 9
50:27vamos ficar com
50:2820 hectares ali
50:30a ideia é essa
50:32
50:32tá montando a fábrica
50:34que vai ficar ali
50:35do ladinho mesmo
50:36
50:36a fábrica junto
50:37vai ter um wine bar
50:39o adega
50:40também vai ter um lugar
50:42pro pessoal passear
50:43também ali
50:44pra convivência
50:46e tudo né
50:47e já tem um plano
50:48de negócios agora
50:49de quando é que
50:49nós estamos fazendo
50:51um plano
50:51de negócio agora
50:53agora que nós estamos
50:55fazendo um plano
50:56de negócio
50:57de longo prazo
50:58até agora foi
50:59foi tudo
51:00mais ou menos
51:01no
51:01no aprendizado
51:03na conversa
51:04com os consultores
51:06
51:06e
51:08isso que eu te falei
51:09que tá precisando
51:10de tudo
51:11
51:11quando te falei
51:11aqui
51:13então
51:14estamos nessa fase
51:15assim de
51:16aprendizado ainda
51:19e investimento
51:20investimento
51:21mas ainda não sabe
51:23quando é que isso
51:23vai virar um negócio
51:25equilibrado né
51:26ou vai começar a dar dinheiro
51:27hoje ainda não tem
51:29essa previsão
51:29acho que não
51:30assim
51:31eu imagino
51:32assim pra
51:33se você fizer um vinho
51:34bom
51:35eu imagino assim
51:36se você fizer um vinho
51:37bom
51:38que seja muito
51:39bem aceito
51:40o nosso vinho
51:41por exemplo
51:42ele é vendido
51:43por um preço
51:44de vinho
51:45já nobre
51:46
51:46nós começamos
51:48a vender o vinho
51:48primeiro dia
51:49com o preço
51:50e os consumidores
51:52aceitaram o preço
51:54em função da qualidade
51:56esse
51:58boca a boca
51:59esse trabalho
52:01
52:01a gente faz degustação
52:02por exemplo
52:03num restaurante
52:04põe em outro restaurante
52:06
52:06visita
52:09a
52:09a
52:11entidades
52:11
52:12ou visita
52:13aos
52:14grandes distribuidores
52:15
52:15eu acredito
52:17assim
52:18um vinho
52:18muito bom
52:19pra se tornar conhecido
52:21e
52:22ter um equilíbrio
52:23no mercado
52:23eu acho que demora
52:25uns 20 anos
52:25acho
52:26uns 20 anos
52:27assim a minha
52:28sua previsão
52:30
52:30é
52:30imagino uns 20 anos
52:32imagino uns 20 anos
52:33deixa só
52:34só pra gente ter uma noção
52:35então pro futuro
52:36aí 20 anos
52:37pra esse negócio
52:38pegar corpo mesmo
52:40e a ideia é
52:42elevar essa produção
52:44pra umas 100 mil garrafas
52:45ano
52:45sim
52:46a fábrica já tá sendo construída
52:48com esse propósito
52:49com essa capacidade
52:50já com essa capacidade
52:51e também com a capacidade
52:53adicional de vinificar
52:54pra pessoas que têm interesse
52:57em plantar uva na região
52:59e querem ter o seu próprio vinho
53:00vinificar pra terceiros
53:02nossa intenção também
53:04é vinificar
53:04pra terceiros
53:06ah vai oferecer também
53:07esse serviço
53:07é porque aí
53:08dá oportunidade
53:09pras pessoas
53:10aquilo que a gente pensou
53:13inicialmente
53:14você dá oportunidade
53:14pra outros fazerem
53:15
53:16perfeito
53:16perfeito
53:18senhor Luiz Biagi
53:18muitíssimo obrigado
53:20queria agradecer de verdade
53:22pela presença do senhor aqui
53:23deixar
53:24como é que se diz
53:26dedicar esse tempo
53:27pra gente
53:27hoje
53:29e se quiser deixar
53:30algum
53:31algum recado
53:32aqui
53:32o
53:32o
53:34o instagram ali
53:34o senhor disse que
53:35marca as visitas pelo instagram
53:36o instagram
53:37o senhor lembra
53:37o mereço certinho
53:38é Biagi né
53:39o instagram
53:40vinícola Biagi
53:42vinícola Biagi
53:43Biagi né
53:45Biagi né
53:45Biagi
53:46Biagi
53:47tem uma rodinha branca
53:49assim com Biagi
53:50escrito Biagi
53:51vinícola
53:52
53:52Biagi vinícola
53:53por ali marca
53:55marca as visitas
53:57ali tem um agendamento
53:58da da vinícola
54:00então quem tiver
54:00pela pela região
54:01de Ribeirão Preto
54:02quiser conhecer
54:03tá aí
54:03vinícola Biagi
54:04no instagram
54:05do da vinícola
54:07bom pra você
54:08que acompanhou a gente
54:09aí nesses quase
54:10cinquenta minutos
54:11de conversa
54:12meu muito obrigado
54:13lembrando vocês
54:14que toda semana
54:15tem um episódio novo
54:16do nosso
54:16Salto Antagonista
54:17às oito horas
54:18no nosso canal
54:19do YouTube
54:20e também
54:21nas principais redes
54:23aí de streaming
54:24de áudio
54:25como Spotify
54:25etc
54:26você encontra
54:27também todo
54:27o nosso conteúdo
54:28beleza
54:29eu vejo você
54:30na próxima semana
54:31e até lá

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