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As enterradas de Toffoli chocam o mundo
O Antagonista
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O jornal britânico Financial Times publicou uma matéria com críticas a recentes decisões do ministro Dias Toffoli, do STF.
A reportagem diz que as ações do magistrado, que incluem a anulação de condenações e a suspensão de multas milionárias, ameaçam o legado da Lava Jato.
Felipe Moura Brasil, Carlos Graieb e Madeleine Lacsko comentam:
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00:00
E ainda falando sobre o Toffoli, o jornal britânico Financial Times publicou uma matéria
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com críticas a recentes decisões do ministro do STF.
00:06
A reportagem diz que as ações do magistrado, que incluem a anulação de condenações e
00:11
a suspensão de multas milionárias, ameaçam o legado da Lava Jato.
00:16
O Financial Times lembra da canetada de Toffoli, que anulou todos os atos contra Marcelo Odebrecht
00:22
envolvendo a operação anticorrupção.
00:24
Ao mencionar a decisão do ministro do STF, que suspendeu a multa bilionária da JIF,
00:28
o jornal destacou que a iniciativa gerou discussão sobre possível conflito de interesses,
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já que a esposa de Toffoli, Roberta Rangel, já havia atuado como advogada do grupo em
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um caso não relacionado.
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Faz parte do quadro de advogados da empresa que foi, evidentemente, beneficiada com a decisão
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do Toffoli.
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E a matéria acrescenta que Toffoli tomou suas medidas recentes sozinho, sem o apoio de
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todos os 11 membros do tribunal.
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São 11 com ele, seria dos outros 10, no entanto, a gente não vê nenhuma atuação,
01:00
nenhuma iniciativa dos outros para que algo mude.
01:03
Vários dos quais dão suas canetadas também, decisões monocráticas.
01:07
O que a gente viu e comentou ontem, no final do programa, foi uma iniciativa do procurador
01:13
geral da República, Paulo Gonê, para que o Toffoli reconsidere a decisão envolvendo
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do Marcelo Debrecht, ou que, pelo menos, a encaminhe para o plenário, justamente para
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que os 11 ministros, inclusive ele, decidam a respeito.
01:27
Também cita a matéria agora do Financial Times, a recente pesquisa Atlas Intel, que aponta
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que 6 em cada 10 brasileiros discordam da anulação de atos contra Marcelo Debrecht e
01:37
que 52% tem uma imagem negativa de Toffoli.
01:40
Lembrando que as pessoas, às vezes, podem achar que 52% podia ser mais e tal, mas não
01:46
é que 48%, não é uma coisa parelha, não.
01:49
É que tem muita gente que não sabe, não sabe opinar, não sabe quem é, né?
01:53
Então, assim, 52% não é dentro de 100 que estão inteirados.
01:59
As pessoas, realmente, elas têm uma imagem negativa do Toffoli, em sua maioria, de acordo
02:05
com a pesquisa.
02:06
Greb, eu estava até comentando de tarde com pessoas também que repercutiram essa matéria,
02:15
que estão ligadas ao combate à corrupção, que, mesmo que a matéria diga tudo que a
02:20
gente já fala há muito tempo, evidentemente, é fundamental dar um respaldo internacional,
02:28
repercute no exterior, algo que é grave que está acontecendo no Brasil e, de uma maneira
02:33
focada nessa figura que assumiu Ares de imperador, como eu venho dizendo aqui no programa.
02:40
Felipe, a cobertura dos grandes jornais estrangeiros, dos canais de televisão estrangeiros sobre
02:47
o Brasil, é pequena.
02:51
Não é o tempo todo que eles se dignam prestar atenção no que está acontecendo por aqui.
02:57
Se chamam a atenção é porque realmente chama a atenção.
03:01
É porque realmente saiu da curva da normalidade.
03:06
Se o jornal resolveu...
03:09
E veja, Financial Time, um jornal conhecido por defender todas as teses sobre segurança jurídica,
03:22
sobre tudo aquilo que um país precisa fazer para se tornar um ambiente de negócios seguro,
03:32
saudável, para ter uma economia que possa ser pujante e tudo mais.
03:37
Esses são os valores que esse jornal defende.
03:40
Quando ele olha para o Brasil e acha que é preciso apontar o dedo para as decisões do Toffoli,
03:47
na verdade, o que ele está dizendo é o seguinte.
03:50
Aqui nós temos um problema de Estado democrático de direito.
03:56
Aqui nós temos um problema de segurança jurídica.
03:59
Aqui nós temos um Estado que está funcionando mal.
04:03
Temos um país que está metendo os pés pelas mãos.
04:10
É isso que significa a reportagem do Financial Time.
04:14
Não é aquela cobertura meio que...
04:20
Que tem como um dos ingredientes, como é o caso de qualquer veículo no Brasil,
04:24
simplesmente relatar dia a dia o que está acontecendo com os poderes.
04:31
Não, eles selecionam com muito cuidado aquilo que é significativo para os leitores deles.
04:37
E eles estão dizendo para o leitor estrangeiro...
04:41
Porque o Financial Time é um jornal grande.
04:43
É lido no mundo inteiro por quem pertence ao mundo dos negócios e tudo mais.
04:52
Eles estão dizendo para essas pessoas, prestem atenção,
04:56
que é um jogo muito ruim acontecendo no Brasil.
05:01
Madara, o que chama a sua atenção na repercussão internacional das canetadas de Dias Toffoli?
05:06
Olha, o que chama a atenção, fora a qualidade, como eu digo sempre, da assessoria,
05:12
que é uma coisa que melhora à medida em que vários órgãos de imprensa se degradam.
05:18
Porque eles conseguiram emplacar num jornal que entende de finanças
05:25
a teoria de que os demais ministros não aprovam a conduta sobre o Odebrecht.
05:31
O que, cá para nós, foi de um talento enorme da assessoria,
05:36
porque isso não existe.
05:37
Se os demais ministros fossem contrários,
05:39
essa questão já teria sido levada a plenário e derrubada.
05:42
É simples assim.
05:45
Mas, enfim, a qualidade da assessoria,
05:48
a gente vê que cada vez precisa ser melhor
05:51
diante dos atos que vão se evolumando.
05:56
No meu entender, o impacto disso vai além da questão Odebrecht
06:01
e vai além da questão corrupção.
06:04
Existe uma visão da mídia internacional
06:07
corroborada por diversas ONGs de liberdade de expressão,
06:12
que o Bolsonaro era o avesso do Estado Democrático de Direito
06:18
e da Segurança Jurídica.
06:19
E que, uma vez que se retirou o Bolsonaro,
06:23
virou o paraíso da liberdade de expressão,
06:27
o paraíso da segurança jurídica.
06:30
Toda normalidade foi resgatada no Brasil.
06:34
Essa visão existe em muitos países.
06:38
E as pessoas pensam,
06:39
como assim eles acham isso da gente?
06:43
Se eu te perguntar o que você acha da Tanzânia,
06:47
o que você acha das Ilhas Maldivas,
06:50
o que você acha do processo recente
06:54
de greve que está bloqueando as fronteiras da Nigéria,
06:59
qual é a sua opinião sobre isso?
07:01
Provavelmente a sua opinião sobre isso
07:03
vai ser igual a opinião de gringos sobre o Brasil.
07:06
Eles realmente não se importam.
07:08
Como disse o Graeb,
07:09
quando algo chega a chamar a atenção
07:13
é porque é muito digno de nota.
07:16
E essa questão é algo que pode trazer
07:19
uma atenção internacional
07:20
para outras questões que passam também
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pelo Poder Judiciário,
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com relação à liberdade de expressão,
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à democracia.
07:30
É mais um fato que se coloca ali
07:33
para que vozes internacionais importantes
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que estavam, uhul, a democracia voltou,
07:40
comecem a olhar e falar
07:42
opa, parece que a coisa é mais complicada.
07:46
Essa matéria, nesse jornal,
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que é lido por gente do mercado
07:51
e que tem ouvido essa história
07:53
de a segurança jurídica voltou,
07:55
ela pode ajudar com que se tenha
07:58
um ponto de inflexão nessa ilusão
08:00
que muita gente teve
08:01
com a eleição do governo do amor.
08:05
Pois é, é importante que na imprensa internacional
08:08
se mostrem os problemas
08:10
que nós sempre mostramos
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a respeito do governo do amor,
08:16
da turma que se diz defensora da democracia
08:19
e que muitas vezes solapa a democracia por dentro,
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corrói todas as instituições
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de alguma maneira,
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gera insegurança jurídica para o país,
08:30
blinda camaradas.
08:31
Então, assim, é bastante importante, de fato,
08:34
que depois da saída do Bolsonaro,
08:37
a imprensa continue no exterior,
08:40
repercutindo o que nós,
08:42
que somos independentes aqui no Brasil,
08:45
apontamos em relação a essa tropa também.
08:48
Não só em relação a tropa bolsonarista.
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