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Robinho preso: nem STF salvou
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00:00
Por falar em Robinho, a defesa do Robinho evocou a decisão do STF sobre a prisão após segunda instância
00:07
que colocou o Lula em liberdade antes mesmo que as suas condenações na Lava Jato fossem anuladas
00:13
para tentar evitar a prisão imediata do ex-jogador.
00:18
Então o Robinho está se escorando no Lula para tentar não ser preso, rapidamente pelo menos.
00:24
Os advogados do ex-jogador acionaram o STF após o STJ decidir na quarta-feira que ele deve cumprir no Brasil
00:32
a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo decretada na Itália.
00:37
Abre águas.
00:38
O trânsito em julgado da decisão que impõe a sanção penal é condição sine qua non
00:43
para o recolhimento de qualquer cidadão ao cárcere conforme ficou assentado nos acordos das AD6, 43, 44 e 54.
00:53
O que a defesa está dizendo em juridiquês é que é preciso esperar o trânsito em julgado,
00:58
ou seja, é preciso esperar o esgotamento dos recursos que uma defesa em tese pode fazer
01:06
para que o Robinho seja preso.
01:09
Até 2019, de 2016 a 2019, vigorava no Brasil a autorização para prisão após condenação em segunda instância.
01:19
Quando o TRF-4 manteve a condenação imposta pela primeira instância ocupada pelo Sérgio Moro contra o Lula
01:29
e ainda aumentou a pena imposta pelo Sérgio Moro, coisa que muita gente ignora,
01:35
o Lula foi preso porque, naquele momento, a jurisprudência do STF permitia a prisão após condenação em segunda instância.
01:46
Quando a Lava Jato atingiu os tucanos, etc., e aí Gilmar Mendes se voltou contra a Força-Tarefa,
01:52
se uniu aos apadrinhados pelo Lula no STF e eles votavam juntos para aliviar petistas e tucanos,
02:00
Gilmar, Toffoli, Ricardo Lewandowski, aí eles resolveram alterar essa jurisprudência.
02:06
Então, o Gilmar mudou de voto.
02:08
Ele, que em 2016 tinha votado a favor da prisão após a condenação em segunda instância,
02:14
ele passou a votar em 2019 contra.
02:17
E aí o desempate veio e essa jurisprudência caiu, foi quando o Lula saiu da cadeia.
02:24
E outros criminosos que estavam condenados saíram da cadeia também,
02:31
porque aquela decisão, embora feita para tirar o Lula da cadeia,
02:35
ela beneficiou um monte de criminosos no Brasil.
02:39
E agora o Robinho, que está acusado de estupro,
02:42
sendo que o Lula ontem mesmo estava recriminando o Daniel Alves,
02:48
que é outro jogador brasileiro acusado de estupro,
02:50
ele está se ancorando aí naquilo que o PT defendeu
02:54
para aliviar a barra das pessoas contra as quais as provas já eram abundantes
02:59
e a análise delas já fazia com que elas ficassem presas.
03:04
Então, todo condenado quer que o STF lhe dê o mesmo conforto,
03:16
as mesmas manobras, o mesmo tratamento VIP
03:20
que o Supremo Tribunal Federal deu para Luiz Inácio Lula da Silva.
03:24
Grae, o que você destaca?
03:27
Eu destaco que eu só posso lamentar, né, Felipe?
03:31
Porque, assim, é aquela situação em que você fica entre a cruz e a caldeirinha,
03:37
como diziam lá em Rio Claro.
03:37
Você vai propor para o STF virar de ponta cabeça a jurisprudência
03:47
que ele firmou agora, recentemente, de novo?
03:52
Ou você vai pedir para o STF ser fiel à jurisprudência dele?
03:59
Não sei, as duas coisas são ruins, né?
04:05
Ser fiel à jurisprudência dá estabilidade para o nosso sistema,
04:10
faz as pessoas saberem o terreno em que elas estão pisando,
04:14
mas cria uma situação que, em N casos, é injusta.
04:19
Como seria injusta nesse caso do Robinho?
04:23
O processo já transcorreu na Itália, levou anos, né?
04:27
Agora acaba de ser homologado.
04:29
O que o STJ decidiu, olhando o processo italiano,
04:33
ele falou, este processo, essa sentença,
04:36
tem condição de ser acolhida aqui no nosso direito.
04:42
Ela pode funcionar aqui para o Brasil.
04:45
Dois dos ministros acharam que não,
04:47
mas a maioria achou que sim.
04:50
Ou seja, eles pegaram aquele documento que veio em outro país
04:53
e falaram, a gente pode incorporar essa decisão,
04:57
fazer ela valer dentro do nosso direito.
05:00
E ela passa a ser uma decisão válida, está tudo jóia.
05:03
Com base nisso, o Robinho iria para a cadeia.
05:08
E, dado o horror do crime que ele cometeu,
05:12
segundo a sentença italiana,
05:16
é justo, é justo que ele pague.
05:18
Então, seria de se desejar que o STF voltasse
05:26
à concepção de 2016,
05:30
que, do ponto de vista da justiça, é melhor.
05:33
Só que daí você faz...
05:34
Olha só, Graeve, deixa eu interromper,
05:35
porque acabou de sair uma notícia.
05:37
Eu ia até explicar qual seria o embrólio aí.
05:42
Porque tem uma questão que é o que vale no Brasil
05:44
e o que vale na Itália,
05:46
onde ele foi condenado.
05:47
Então, acabou de sair a notícia
05:49
de que o ministro do STF, Luiz Fux,
05:53
negou o habeas corpus do jogador Robinho.
05:55
O Robinho deu esse azar de cair com o Fux.
05:59
É o caso dele.
06:00
É o algoritmo do Supremo Tribunal Federal.
06:03
Como estava sendo colocado aí no debate público,
06:06
é aquele sorteio, é aquele sistema eletrônico,
06:08
seja o que for,
06:09
a bola caiu com Luiz Fux.
06:11
E ele negou.
06:13
Ele sentiu, evidentemente,
06:14
que é um caso de repercussão.
06:16
As pessoas ficam absolutamente indignadas
06:18
com quem comete estupro.
06:21
E ainda mais um jogador famoso,
06:23
alguém que teve todas as oportunidades.
06:26
Porque, às vezes,
06:28
existe aquela benevolência
06:30
com o criminoso que não teve tantas oportunidades.
06:33
O Robinho teve todas.
06:34
Então, o Fux não quis conversa.
06:37
Manteve a ordem de prisão contra o Robinho.
06:42
O STJ havia determinado o início imediato
06:46
do cumprimento da pena pelo estupro
06:49
que tinha sido definido pela justiça italiana.
06:51
E o que o Luiz Fux escreveu na decisão?
06:55
Esse que é o ponto.
06:56
Diante da existência de trânsito em julgado
07:00
da condenação
07:01
e da possibilidade prevista
07:04
no ordenamento jurídico brasileiro
07:06
de transferência da execução da pena,
07:10
não se vislumbra,
07:11
sob este ângulo,
07:12
coação ilegal
07:14
ou violência contra a liberdade
07:16
de locomoção do paciente.
07:19
É isso que se tem até o momento
07:22
da decisão do Fux.
07:25
Ele está considerando
07:27
que o STJ não cometeu qualquer tipo de violação.
07:30
Então, ele olhou ali
07:32
o que o tribunal que está abaixo do STF
07:36
decidiu por nove votos a dois.
07:41
E, então, está mantida a prisão do Robinho.
07:44
Ele foi condenado em três instâncias
07:47
na justiça da Itália
07:48
pelo estupro coletivo
07:51
em grupo de uma mulher albanesa
07:52
em 2013.
07:55
Então, Graeve,
07:56
me parece que o básico,
07:57
em termos jurídicos nesse caso,
07:59
é que houve o trânsito em julgado
08:01
no país de origem que o condenou.
08:03
E o Fux está dizendo
08:05
que no ordenamento jurídico brasileiro
08:06
não há nenhum impedimento
08:07
a que isso resulte numa prisão
08:09
a ser cumprida no Brasil,
08:11
enfim, com base
08:12
no trânsito em julgado de outro país.
08:15
Pode ser que isso acabe em plenário,
08:18
pode ser que haja uma discussão
08:19
sobre esse ponto específico,
08:21
mas não é a mesma coisa
08:23
daqueles que foram condenados no Brasil.
08:27
Esses, sim, precisam...
08:29
Eles têm a possibilidade
08:31
de responder em liberdade
08:32
até o esgotamento dos recursos,
08:33
portanto, até o trânsito em julgado,
08:35
no Brasil.
08:35
Não é o caso do Robinho.
08:36
Eu acho...
08:38
Olha, do ponto de vista formal,
08:42
eu acho que é mais confusão
08:43
criada pelo Supremo.
08:45
De verdade.
08:46
De verdade, Felipe.
08:48
Não, tudo bem.
08:49
Eu estou dando a informação.
08:51
É um ministro
08:52
que não gosta
08:54
da decisão que o Supremo tomou
08:56
em 2016
08:57
e dando um jeito
08:58
de contornar aquela decisão.
09:01
que é bastante clara.
09:03
Enquanto existe possibilidade
09:04
aqui no Brasil
09:05
de haver recurso,
09:08
não está esgotado o caso.
09:10
E o fato é que a sentença
09:11
só entrou no sistema brasileiro agora.
09:14
E o fato é que os caras
09:15
conseguiram entrar
09:16
com habeas corpus.
09:18
Então, ela passou a existir agora
09:21
no nosso sistema brasileiro.
09:23
Para o sistema brasileiro,
09:24
ela não está transitada em julgado.
09:27
Eu acho esquisito.
09:28
Mas é isso.
09:29
A gente fica entre duas situações ruins.
09:32
Uma é ficar o STF
09:34
mudando a cada 13 minutos
09:37
a coisa que ele tinha entendido
09:40
um pouco antes.
09:42
A outra é a decisão péssima tomada
09:46
em 2019
09:48
que instituiu uma injustiça.
09:54
Vamos dizer assim.
09:55
É uma situação que todo mundo
09:57
enxerga como ruim.
10:01
Quer ficar postergando,
10:02
postergando, postergando,
10:03
postergando, postergando
10:04
o cumprimento das penas.
10:07
Lambança de autoria
10:09
pura e única do STF.
10:13
O STF não é um órgão
10:16
de pacificação
10:18
do nosso ordenamento jurídico.
10:22
Ele é o órgão
10:24
que cria as grandes confusões
10:26
hoje em dia.
10:27
Ele é o órgão da bagunça.
10:31
Ele é o fator
10:32
de insegurança jurídica
10:33
do Brasil,
10:34
justamente porque
10:34
é um tribunal
10:35
eminentemente político
10:36
e, como tal,
10:38
decide conforme
10:39
a conveniência do momento.
10:41
Então,
10:41
como as decisões
10:42
não são tomadas
10:43
a partir de critérios objetivos,
10:45
a partir de princípios,
10:47
etc.,
10:48
elas se alteram
10:49
quando há
10:50
a necessidade política
10:51
de se alterar.
10:53
Então, em 2016,
10:55
o Supremo achou conveniente
10:57
autorizar a prisão
10:59
após condenação
10:59
em segunda instância.
11:00
Mas aí, muitos políticos
11:01
de vários partidos
11:02
acabaram atingidos
11:03
com uma força-tarefa
11:04
anti-corrupção.
11:05
Os seus apaniguados
11:07
no Supremo Tribunal Federal
11:08
acharam por bem
11:09
impedir que esses políticos
11:12
fossem presos,
11:12
dar mais tempo
11:13
para que eles respondessem
11:15
em liberdade,
11:15
mais tempo, portanto,
11:17
para o STF manobrar
11:18
pela impunidade geral.
11:19
Foi isso que aconteceu
11:21
e agora você tem
11:22
essa confusão
11:23
a respeito de outros criminosos,
11:25
às vezes crimes
11:26
que indignam ainda mais
11:27
a sociedade brasileira,
11:28
como é o caso de estupro,
11:30
que no Brasil
11:31
indigna mais a sociedade.
11:33
Cada um pode fazer
11:34
um juízo pessoal
11:34
a respeito disso
11:35
do que os crimes
11:36
de corrupção.
11:38
Então, o Robinho,
11:40
enfim,
11:41
é alvo aí desse...
11:42
É alvo, não.
11:43
Ele é protagonista
11:45
desse embrólio.
11:46
Vamos ver
11:46
se a decisão do Fux
11:48
vai ser mantida
11:49
e como o STF
11:51
vai agir
11:51
de agora em diante.
11:52
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