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Transcrição
00:00E deixa eu, já sem delongas, aproveitar e trazer logo o deputado estadual Filipe Poubel, lá do Rio de Janeiro.
00:05Ele está na linha com a gente, Matheus?
00:10E aí, Poubel, tudo bem, Mestre? Como é que você está? Está no carro, rapaz?
00:14Estamos aqui vivendo esse caos aqui no Rio de Janeiro, né?
00:18Então, Poubel, deixa eu começar logo sem delongas, para a gente não perder muito tempo e para você também.
00:23Te agradeço muito pela participação e pela tua gentileza.
00:27Eu vou pegar um pouco desse comentário do Eder Mauro e vou trazer para você.
00:32O ministro Flávio Dino, ele poderia fazer alguma coisa?
00:35Ele está fazendo alguma coisa pelo Rio de Janeiro?
00:37Ou vocês acham que nesse momento ele é dispensável?
00:41O que acontece? O Rio de Janeiro vive esse colapso da segurança, que não é de hoje.
00:48Isso aí é uma herança maldita dos governos passados.
00:52A milícia e o tráfico não se fortaleceram de um dia para o outro aqui no Rio de Janeiro.
00:57Isso foi ao longo dos anos.
00:59E hoje, Wilson, não tem como identificar, não tem como distinguir, não tem como fazer diferenciação
01:04o que é milícia e o que é tráfico no Rio de Janeiro.
01:07Eles agem da mesma forma, da mesma forma.
01:10Desde a exploração dos gatos net, da venda de gás, a opressão, oprimem os trabalhadores,
01:17os moradores de certas localidades, cobram taxa aos comerciantes.
01:21Isso é a prática hoje de ambos, tanto milícia quanto tráfico.
01:26Só que, infelizmente, a ala esquerda, principalmente aqui da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro,
01:33ela omite opinião, ela omite opinião contra o tráfico.
01:40Ela bate muito só na milícia, milícia, milícia, milícia, e sempre tentando agregar milícia à direita.
01:45Só que hoje é tudo uma bandidagem só aqui no Rio de Janeiro.
01:48E aí a gente, eu entendo que o Rio de Janeiro hoje não precisa de intervenção federal.
01:54O Rio de Janeiro hoje não precisa.
01:55Eu costumo dizer o seguinte, Wilson, que o Rio de Janeiro tem a melhor polícia do mundo,
01:59porque é a polícia que não trabalha com meios escassos, não, trabalha com meios inexistentes,
02:04são verdadeiros heróis, verdadeiros guerreiros, que estão nas ruas passar uma vida de quem nem conhece.
02:08Mas o que acontece é que, infelizmente, a questão dos direitos humanos,
02:14e aí eu cobro muito atitudes de imediato do comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro
02:20para uma resposta para a sociedade e combater a criminalidade.
02:25Nós tivemos um episódio aqui no Rio de Janeiro da morte dos médicos,
02:28um episódio que é uma notoriedade mundial, triste.
02:32E aí, Wilson, para uma reflexão, você vê que foi o tráfico, o comando vermelho,
02:37que assassinaram os médicos.
02:40O próprio comando vermelho, ele assassinou os médicos,
02:46ele sequestrou os bandidos,
02:49passaram pelo tribunal do crime
02:51e eles mataram os vagabundos, os assassinos.
02:57Sim, julgaram e mataram os caras.
02:59Mataram os caras, eles mesmo condenaram e mataram.
03:02O poder paralelo hoje afronta o estado do Rio de Janeiro.
03:05O governador Cláudio Castro, ele herdou isso das gestões passadas.
03:09Como eu disse anteriormente, o tráfico e a milícia não se fortaleceram
03:13em um ano, dois anos para cá.
03:15Isso é de som de décadas.
03:17Nós tivemos cinco ex-governadores presos no Rio de Janeiro,
03:20cinco ex-governadores,
03:22que sempre usaram a polícia como palco eleitoral, palco eleitoreiro.
03:27Hoje tem ex-secretário de Segurança que dá palestra no mundo afora
03:30falando do sucesso dos UPPs.
03:32UPP é projeto falido.
03:35Projeto falido.
03:36Prende mais de 5 mil homens em áreas de risco, comunidade,
03:40que não agregam nada à segurança pública.
03:43Ficam nas comunidades,
03:44fingindo porque o tráfico passa fortemente armado em frente
03:48às unidades pacificadoras,
03:50os policiais não podem fazer nada,
03:52e ficam presos nessas comunidades,
03:53podendo estar na pista, na rua,
03:55passando a sensação de segurança,
03:57servindo a população,
03:59mas não estou preso nesses projetos políticos que estão falidos.
04:03Pobel, agora eu vou aproveitar esse teu ponto,
04:05é o seguinte,
04:06como tirar o Rio de Janeiro dessa roda viva?
04:09Porque você falou,
04:11o Cláudio Castro hoje recebeu uma herança dos últimos anos.
04:16Ele tem sido criticado,
04:17inclusive ontem tive uma entrevista com o Parlamento Federal do Rio de Janeiro,
04:21que foi sargento de Portugal, se não me engano,
04:22em que ele falava o seguinte,
04:24que a ação da polícia foi efetiva ao tentar combater a ação de miliciano,
04:31entretanto, o governo estadual, segundo ele,
04:34teria errado ao não prever uma reação dessas milícias e desses criminosos.
04:43Você acredita que o Cláudio Castro poderia, de fato, ter adotado,
04:47Cláudio Castro não, a Secretaria de Segurança Pública,
04:49poderia ter adotado uma ação de inteligência
04:51para tentar impedir o que aconteceu essa semana.
04:55E como é que o Rio de Janeiro pode conseguir sair dessa roda viva?
04:59Porque você falou bem,
05:00você tem cinco ex-governadores presos,
05:03você tem a milícia tomando conta,
05:05os traficantes também entrando numa situação
05:07em que você não sabe de quem está dando comando.
05:11E aí, como é que você sai dessa roda viva?
05:13Então, Wilson, aqui no Rio de Janeiro não existe a Secretaria de Segurança Pública.
05:17Ela foi extinta e nós temos o secretário da Polícia Militar
05:21e o secretário da Polícia Civil.
05:23São os chefes das duas polícias que estão no fronte com a vagabundagem.
05:29Eu sempre defendi um comandante-geral da Polícia Militar
05:33que tenha pulso, que abrace a tropa,
05:37que vá para a linha de confronto, que incentive a tropa.
05:39Hoje nós temos um comandante da Polícia Militar omisso,
05:43omisso, que eu tenho cobrado muito ao governador
05:45até a mudança desse comandante.
05:48Nós temos que ter um comandante realmente que responda
05:50de imediato a qualquer ação do Poder Paralelo.
05:53O Poder Paralelo não pode intimidar o Estado,
05:55não pode afrontar o Estado.
05:57O Poder Paralelo vem fazendo isso no Rio de Janeiro.
05:59Poxa, quando eu falei das mostras dos médicos,
06:01eu estou falando de uma área nobre do Rio de Janeiro,
06:03poxa, aqui é a Barra da Tijuca.
06:05Eu não estou falando das áreas mais perigosas do Rio de Janeiro,
06:08eu estou falando da Barra da Tijuca,
06:09para você ver que o Poder Paralelo não respeita mais nada.
06:12Está afrontando o Estado.
06:15E aí, o Cláudio Castro herdou essa herança maldita,
06:18como eu disse.
06:20A milícia e o tráfico vêm se fortalecendo há anos,
06:25o governador está no cargo há um ano,
06:27porque ele assumiu o meio-mandato do ex-governador Wilson
06:30e hoje mesmo, de fato, ele está um ano no governo.
06:34É óbvio que o governador detém do poder como governador,
06:39mas ele delega as funções ao secretário da Polícia Civil,
06:43ao secretário da Polícia Militar.
06:44Mas eu achei salutar a operação do novo secretário da Polícia Civil,
06:48que é o delegado Marcos Amin.
06:50E só que a resposta da milícia demonstra o poderio de fogo desses bandidos,
06:58que tem que ser respondido à altura.
07:01Infelizmente, nós temos defensores dos direitos humanos,
07:04defensores dos vagabundos,
07:05que tem aquilo ali como nicho eleitoral,
07:08que vai de encontro a uma ação mais enérgica da polícia.
07:12Cara, é difícil a polícia hoje trabalhar no Rio de Janeiro,
07:15até por conta das câmeras.
07:16Os policiais estão sendo obrigados a almoçar com as câmeras ou isso.
07:20Então, qualquer ação deturpada pela imprensa,
07:24por alguns defensores dos direitos humanos,
07:26põe em risco o cargo do policial.
07:28Os policiais estão de mãos atados no Rio de Janeiro.
07:30Mas eu tenho certeza,
07:31com a cobrança da Assembleia Legislativa,
07:33com os parlamentares da bancada da bala aqui no Rio de Janeiro,
07:37eu tenho certeza que nós vamos mudar o rumo dessa segurança no Rio de Janeiro.
07:40Como eu disse,
07:41o Rio de Janeiro é autossuficiente para combater a criminalidade.
07:45nós temos excelentes quadros na Polícia Civil,
07:48na Polícia Militar,
07:49na Polícia Penal,
07:51no CEAP.
07:51Eu tenho certeza,
07:52é só deixar os caras trabalharem
07:55e terem comandos realmente de pulso,
07:57que determine,
07:58que vá junto,
07:59que dê força,
08:00que dê força a esses agentes que estão na rua todo dia para salvar vidas.
08:05Deputado, só para a gente encerrar.
08:07E a ação da Assembleia Legislativa,
08:10o senhor como deputado estadual,
08:11o que a Assembleia tem feito
08:13e o que a Assembleia pode fazer para tentar conter essa situação aí no Rio de Janeiro?
08:18Como você falou,
08:19não é de hoje,
08:20a gente está falando de um problema estrutural de anos.
08:24Qual é a participação da Assembleia
08:25e como é que a Assembleia pode fazer?
08:26Eu vou ajudar nesse processo a conter essa violência,
08:30essa onda de violência
08:30e transformar o Rio finalmente em um Estado Pacífico.
08:33Então, a Assembleia Legislativa,
08:37o Poder Legislativo
08:38e o Poder Executivo,
08:41nós sabemos que são poderes independentes,
08:42mas são harmônicos entre si.
08:44Nós estamos sempre apresentando projetos de lei,
08:47cobrando atitudes realmente
08:50que mudem o rumo da segurança no Rio de Janeiro.
08:52Isso não é de hoje.
08:53Isso não é de hoje.
08:53Por exemplo,
08:54eu sou autor de um projeto de lei
08:56que valoriza o policial militar,
08:58ou melhor,
08:59todos os agentes públicos de segurança do Rio de Janeiro,
09:01visto que todos eles
09:03eram obrigados a trabalhar na sua folga
09:05sem receber nada.
09:07Pelo contrário,
09:08gastando por alimentação,
09:13gastando com meios de transporte.
09:17Imagine só isso.
09:18O policial tem que trabalhar,
09:20quando eu digo policial,
09:20eu estou englobando todos os agentes públicos de segurança.
09:23na sua folga.
09:24Se o agente público de segurança
09:27prender ou apreender
09:31tanto o marginal, o bandido ou drogas,
09:34ele é obrigado a depor,
09:36dias ou meses depois.
09:37E esse depoimento sempre cai na folga.
09:40Sempre cai na folga.
09:41E aí nós aprovamos na Assembleia Legislativa
09:43um projeto de lei de minha autoria
09:44que valoriza esse policial.
09:46Ou seja, ele vai fazer juiz a um raio de oito horas
09:47para poder apositar serviço do Estado.
09:49Então eu acho que o trabalho da Assembleia Legislativa
09:52começa na valorização dos agentes públicos de segurança.
09:56Um policial, um agente público de segurança valorizado,
09:59ele vai trabalhar com mais determinação,
10:00ele vai trabalhar mais empenhado.
10:02E isso não acontecia nas outras legislaturas,
10:05isso não acontecia nos outros governos.
10:07A cobrança recai muito,
10:08principalmente sobre a Polícia Militar do Rio de Janeiro.
10:11Mas são os policiais que estão na ponta, Wilson.
10:12São os policiais que estão ali vivendo dia a dia
10:15esse inferno que se instalou no Rio de Janeiro.
10:19Nós hoje tivemos essas imagens,
10:21é cenas de guerra, cenas de terrorismo.
10:23Parecia a faixa de Gaza aqui no Rio de Janeiro.
10:26E as pessoas, tendo o seu direito de ir e vir,
10:29garantido pela Constituição,
10:32cerceado por vagabundos, por marginais,
10:34por traficantes, por milicianos.
10:35E aí não tem que ter diferenciação de tratamento
10:37entre miliciano e traficante.
10:39São todos da mesma laia.
10:40Eles hoje, Wilson, acontecem no Rio de Janeiro,
10:44um fica cooptando.
10:46É gente do tráfico cooptando miliciano,
10:47miliciano cooptando tráfico.
10:49Existe já uma mistura entre eles.
10:51Então, eu acho que o primeiro passo hoje no Rio de Janeiro,
10:55e eu tenho certeza que o governador Cláudio Castro
10:57irá tomar essa atitude,
10:59é a mudança de comando da Polícia Militar.
11:02Até porque os poderes têm que ter alternância.
11:04O comandante já está há muito tempo no cargo,
11:07não vem agradando a tropa,
11:08a tropa não está satisfeita com o comandante-geral
11:10da Polícia Militar.
11:11Tem que haver essa oxigenação,
11:13tem que haver sangue novo com disposição para trabalhar
11:16e responder à altura,
11:18esse poder ibélico que tanto o tráfico quanto a milícia
11:21contém hoje no Rio de Janeiro.
11:23Tem que ir para dentro deles.
11:24Não adianta...
11:25Ah, não tem que ter direitos humanos.
11:27Tem que ter, sim,
11:29tratar da mesma forma que eles estão tratando no Rio de Janeiro.
11:31É triste para o Rio de Janeiro,
11:33uma cidade que acaba sendo o turismo,
11:40exemplo do turismo mundial,
11:41infelizmente atingido por essa situação,
11:44que vou te falar,
11:45eu sou triste ver a imagem jateando fogo em ônibus
11:47com famílias, com crianças,
11:48com senhoras dentro dos ônibus.
11:51Surreal.
11:51Você contar isso,
11:52é inaceitável, inconcebível uma situação dessa.
11:56Então a gente está trabalhando nesse sentido.
11:58Eu tenho cobrado hoje,
11:59eu vou fazer uma ação na Assembleia Legislativa,
12:01nós vamos estar colhendo assinatura nos deputados
12:03para justamente levar o governador
12:05para que haja mudança drástica,
12:07principalmente,
12:08principalmente, ou melhor,
12:09no comando da Polícia Militar
12:11e na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
12:14São duas secretarias que não vêm agradando a população,
12:17não vêm agradando os agentes públicos.
12:20O secretário de Polícia Civil,
12:21eu já o conhecia,
12:23é um excelente delegado,
12:25já mostrou para o que veio,
12:26já indo para dentro,
12:28da milícia,
12:29tem o nosso apoio,
12:30o apoio da Assembleia Legislativa,
12:31e agora é trabalhar
12:32para que possa colocar um nome mesmo,
12:33de fato,
12:34guerreiro,
12:34um nome que vai para dentro
12:35dessa marginalidade
12:37aqui no Rio de Janeiro
12:38e que não comanda a polícia.
12:40É o que todo mundo espera
12:40é que, de fato,
12:41nós tenhamos uma solução
12:42para essa crise no Rio de Janeiro.
12:44Pô, Bel,
12:44obrigado pela atenção.
12:46Eu sei que você está no carro,
12:47você está indo para a Assembleia,
12:48mestre,
12:48ou está indo para algum compromisso político?
12:50Estou indo para a Assembleia Legislativa,
12:51tem reunião da Comissão de Combate à Desordem Urbana,
12:54não sei se você tem acompanhado,
12:55eu acho que é uma pauta importantíssima,
12:57inclusive hoje foi alvo
12:57de diversas matérias,
12:59que é a máfia do reboque
13:00no Rio de Janeiro.
13:01Máfia do reboque é essa,
13:02dominada também
13:03em alguns segmentos,
13:04em alguns setores,
13:05pela milícia no Rio de Janeiro,
13:06que tinha reboques,
13:07agregava reboques
13:08em uma empresa aqui no Rio de Janeiro.
13:09Triste,
13:09triste realidade aqui no Rio de Janeiro.
13:12Tá certo,
13:12bom trabalho para você,
13:13deputado,
13:13obrigado pela atenção
13:14e espero contar contigo
13:16em outras edições
13:17do Meio Dia em Brasília.
13:17Abraço.
13:18Eu que agradeço o convite,
13:19estou à disposição sempre.
13:21Um grande abraço,
13:21Deus abençoe.
13:22Amém.

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