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00:00Muito bem, uma guerra de versões entre a colunista do Estadão Vera Rosa, o governo Lula e depois a equipe de reportagem do jornal nesta quarta-feira
00:08teve como foco os bastidores de um fato incontestável.
00:12O Brasil votou a favor de um empréstimo de um bilhão de dólares à Argentina no âmbito do Banco de Desenvolvimento da América Latina, o CAF,
00:21há poucos meses da eleição prevista para 22 de outubro.
00:25O Papo Antagonista vai fazer o de sempre, expor os pontos centrais dos relatos de cada parte, extrair os fatos verificáveis do episódio,
00:35resgatar o histórico sobre o tema e analisar tudo de forma transparente.
00:41Vera Rosa afirmou que para conter o avanço do candidato de oposição Javier Milley na Argentina,
00:47Lula atuou para viabilizar esse empréstimo ao país vizinho, governado por seu aliado Alberto Fernandes,
00:53que busca emplacar o ministro da Economia, Sérgio Massa, como a gente fala aqui a portuguesando, como sucessor.
01:00De acordo com a colunista, no final de agosto, Lula telefonou para a ministra do Planejamento
01:05e governadora do Brasil, no CAF, Simone Tebet, para autorizar a transação.
01:11Lula negou ter feito qualquer intervenção.
01:15Sua versão veio em nota da Secretaria de Comunicação da Presidência,
01:19e muitas vezes a gente ironiza como Ministério da Propaganda, é a SECOM, comandada pelo Paulo Pimenta,
01:24que buscou minimizar e diluir a responsabilidade do governo brasileiro pela decisão final do CAF.
01:31Abre aspas.
01:32A decisão pelo empréstimo do CAF à Argentina foi aprovada em 28 de julho pela diretoria do banco formado pelos países membros.
01:41O empréstimo foi aprovado com 19 votos dos 21 possíveis.
01:46O Brasil possui um voto, enquanto outros cinco países, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, possuem dois votos.
01:53Fecha aspas.
01:53No Congresso, Simone Tebet negou que houve uma ligação de Lula sobre o empréstimo,
01:59mas admitiu que houve uma consulta ao Itamaraty. Vamos acompanhar.
02:03O presidente Lula não me ligou, não entrou em contato comigo, porque é natural, eu sou governadora desses bancos,
02:10e eu simplesmente voto num banco que não é brasileiro, cujo dinheiro não é do Brasil.
02:17Nós temos 8% de participação, mas não é dinheiro, e do CAF, e o CAF se reúne exatamente com um banco para ajudar os países da América Latina.
02:28Ajuda o Brasil, ajuda os estados do Brasil e ajuda os municípios brasileiros.
02:33Houve uma seguinte demanda.
02:34Precisamos emprestar por 10 dias e 10 dias apenas, 1 bilhão de reais para a Argentina.
02:4021, apenas 10 dias, 21 países vão votar.
02:46Minha secretária, por minha determinação, foi autorizada a votar favoravelmente, como 20 dos 21 países votaram favoravelmente.
02:55Todos os países que fazem parte do CAF, deste banco que não é nosso, não tem dinheiro federal brasileiro lá,
03:02não estamos tirando dinheiro do Brasil para colocar lá, e temporariamente, e portanto, nós aprovamos.
03:09Tanto é verdade que a Argentina já pagou o banco, e portanto, a Argentina não deve nada.
03:16Fui eu que tomei a decisão, o presidente Lula não me acionou, todos os países acompanharam,
03:22não tem dinheiro do governo federal, não tem dinheiro de governos estaduais e nem municipais,
03:28e a Argentina, que precisava de um fôlego naquele momento, porque disso dependiam outros empréstimos para a sobrevivência do país,
03:36já pagou a CAF, já no tempo hábil de menos, não sei se foi uma semana ou dez dias.
03:43Muito bem, a ministra se referiu nesse vídeo a um bilhão de reais, pode ter sido ali um lapso momentâneo,
03:48tudo que está sendo divulgado é que foi um bilhão de dólares, só para registrar aqui o valor conforme as matérias na imprensa.
03:56Em matéria, posterior, a equipe de reportagem do Estadão publicou que o contato do Planalto com Tebet ocorreu às vésperas da visita do candidato governista Sérgio Massa.
04:08Segundo os repórteres, Celso Amorim, assessor especial de Lula para a área internacional,
04:13ligou várias vezes para a ministra na tentativa de localizá-la,
04:16mas Tebet estava fora de Brasília em compromisso particular e só retornou depois.
04:21Amorim destaca o jornal e despacha no terceiro andar, do lado do presidente Lula.
04:26A questão que o Papa Antagonista coloca, porém, é outra.
04:29Se o aval direto ou indireto de Lula é matéria de guerra, diversões,
04:33fato é que ele já defendia publicamente outros financiamentos à Argentina,
04:38de modo que o seu aval tácito, no mínimo, é evidente.
04:42Vou pedir para a produção soltar alguns vídeos de declarações de Lula que eu citei mais cedo em artigo no Antagonista.
04:48Em abril, por exemplo, durante a posse de Dilma Rousseff na presidência do Banco dos Brics,
04:52Lula manifestou seu desejo de instrumentalizar esse banco para financiar a Argentina e outros países latino-americanos em crise econômica.
05:01Trata-se da mesma fórmula usada no passado pelos governos petistas com o BNDES para financiar as ditaduras de Cuba e Venezuela.
05:10Vamos lembrar a fala do presidente.
05:12Eu espero que a gente goste de ter condições, de ter dinheiro para ajudar os países mais fortes da América Latina e do Caribe.
05:20Países grandes como o Brasil, embora não precise de preços,
05:24nós temos que ter capacidade de precisar de outro instrumento de não precisar de um banco que tem que ajudar os países mais libertários e mais fortes.
05:33Eu tenho certeza que essas paridades, a propriedade de um ano de céssimo vai trazer e consolidar um novo banco.
05:44Parabéns a todos vocês, parabéns a todos, e que o mundo possa tirar sua vez
05:49desses novos instrumentos de ajuda financeira que me crescerá.
05:55Um abraço.
05:56Em maio, Lula prometeu que faria todo e qualquer sacrifício para ajudar a Argentina.
06:11Vamos acompanhar.
06:11Do ponto de vista político, eu me comprometi com o meu amigo Alberto Fernandes
06:19que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil.
06:31Nós já conversamos com os BRICS.
06:35Vamos continuar conversando com os BRICS para saber como é que eles podem ajudar.
06:39Eu pretendo conversar através do meu ministro da Fazenda com o FMI
06:50para tirar a faca do pescoço da Argentina.
06:57O FMI sabe como é que a Argentina se endividou, sabe para quem prestou o dinheiro,
07:05portanto, não pode ficar pressionando e, por tanto, não pode seguir pressionando
07:11a um país que só quer crescer, que só quer crescer, gerar empregos e melhorar a vida do povo.
07:18E melhorar a vida do povo.
07:20Nós estamos dispostos a ajudar a Argentina
07:22e vencermos as questões técnicas que a economia exige.
07:29Os companheiros argentinos vão rediscutir a questão das garantias
07:36e o Brasil vai discutir com os empresários brasileiros que exportam
07:43e com o Congresso Nacional Brasileiro
07:46para ver o que pode ser feito para a gente ajudar a encontrar uma solução.
07:53Para que ajudemos a encontrar uma solução.
07:55O que eu queria deixar bem claro
07:57é que nós não estamos fazendo uma discussão
08:01para ajudar a Argentina.
08:05A discussão é outra.
08:07É que nós precisamos ajudar
08:09os empresários brasileiros
08:12que exportam para a Argentina
08:15e financiar as exportações brasileiras
08:19como a China faz.
08:23Em junho, Lula manifestou sua satisfação
08:26em usar o BNDES para o mesmo fim
08:29ao falar sobre a possibilidade de financiamento
08:32do gasoduto Nestor Kirchner na Argentina.
08:35Lembrando que o casal Kirchner, Nestor e Cristina
08:38já foi presidente da Argentina,
08:41cada um evidentemente,
08:43e sempre foram aliados do Lula.
08:45Vamos assistir a esse vídeo
08:46que rendeu, inclusive, comentários aqui no Papo Antagonista,
08:49no Papo Antagonista Meus e do Duda Teixeira,
08:52num corte, inclusive, que está disponível no YouTube,
08:55onde a gente questionava se o Lula
08:57iria salvar a Argentina com o dinheiro dos brasileiros.
08:59Porque no histórico de uso do BNDES,
09:03era assim.
09:04Vamos assistir.
09:04Fico muito satisfeito com as perspectivas positivas
09:09de financiamento do BNDES
09:10à exportação de produtos
09:13para a construção do gasoduto Nestor Kirchner.
09:16Estamos trabalhando na criação
09:18de uma linha de financiamento abrangente
09:20das exportações brasileiras para a Argentina.
09:24Não faz sentido
09:25que o Brasil perca espaço no mercado argentino
09:28para outros países,
09:30porque esses oferecem crédito e nós não.
09:33Todo mundo tem a ganhar.
09:36As empresas
09:37e os trabalhadores brasileiros
09:39e os consumidores argentinos.
09:43Pois é, o desejo de Lula vem de longe
09:45e encontrou uma oportunidade menos ruidosa
09:48e comprometedora no CAF
09:49em conjunto com outros países,
09:51cujos representantes,
09:53como a própria Simone Tevede acabou admitindo no Congresso,
09:56conversam entre si sobre como vão votar.
09:58E claro que o Brasil tem influência
10:00como o maior país da região,
10:02parceiro comercial de tantos deles.
10:05E o Javier Milley reagiu ao conteúdo das notícias.
10:09Em suas redes sociais,
10:10o presidenciável argentino
10:11chamou Lula de comunista furioso.
10:13Abre aspas.
10:14A casta vermelha treme.
10:16Muitos comunistas furiosos
10:18e com ações diretas contra mim
10:20e meu espaço.
10:21A liberdade avança.
10:23Viva a liberdade.
10:25E aí coloca ali
10:26um aparente palavrão.
10:28É isso mesmo.
10:29Ele fala
10:29aquele
10:30com C
10:31em espanhol,
10:33no bom
10:33castelhano
10:34argentino.
10:35Fecho aspas aí,
10:36portanto,
10:37para ele.
10:37Lembrando que casta
10:38é a forma
10:39com a qual
10:40o Javier Milley
10:41se refere
10:42ao sistema,
10:43ao establishment,
10:45no discurso populista
10:46também de se colocar
10:47como representante do povo
10:48contra essa casta
10:50política.
10:52Então,
10:52aqui,
10:53Duda,
10:53tracei o contexto
10:55com todas as versões
10:57e você apurou
10:58na Cruzoé também
11:00o efeito
11:01desse empréstimo.
11:02Porque,
11:03a despeito
11:03de toda a guerra
11:04sobre o que teria
11:05acontecido
11:06ou não
11:06nos bastidores,
11:07fato é
11:08que o empréstimo
11:09chegou para a Argentina
11:11no momento
11:12em que ela
11:12ainda é governada
11:13pela esquerda,
11:14por Alberto Fernandes,
11:16que quer emplacar,
11:16repito,
11:17o seu sucessor
11:18Sérgio Massa,
11:19ministro da Economia.
11:19Até no debate eleitoral
11:20na TV,
11:21chegou a pedir desculpa
11:22pela crise econômica.
11:24Enfim,
11:25está concorrendo
11:26nessa situação
11:27desgastante
11:29para o governo.
11:29Um bilhão de dólares
11:31ajuda nessa hora.
11:32Duda,
11:33o que você apurou?
11:35Bom,
11:35Felipe,
11:35o que eu apurei,
11:36assim,
11:36qualquer empréstimo
11:38para a Argentina
11:39esse ano
11:40ajuda em duas coisas.
11:42Na primeira,
11:43é que você consegue
11:45não dar um calote
11:48no FMI.
11:50E uma segunda questão
11:52é que o governo
11:54consegue continuar
11:55gastando bastante,
11:58mais do que pode,
12:00em ano eleitoral.
12:01Assim,
12:02para explicar um pouco
12:03a questão,
12:04a Argentina recebeu,
12:06isso na época
12:07do governo
12:07do Maurício Macri,
12:09acho que foi o maior
12:11empréstimo do FMI
12:12na história,
12:13que foram 44 bilhões
12:15de dólares.
12:16E,
12:17toda hora,
12:18a Argentina precisa
12:18pegar e quitar
12:19uma parte
12:20dessa dívida
12:22com o FMI.
12:23E a Argentina
12:24está sem dinheiro.
12:25e a Argentina
12:27não consegue
12:28ir no mercado
12:29internacional de capitais
12:31e pedir dinheiro
12:32emprestado
12:33no mercado.
12:34Então,
12:34a Argentina
12:35depende
12:36de organizações
12:37internacionais
12:38ou de países
12:40amigos,
12:41um shake
12:41do Qatar,
12:42um banco
12:43interamericano
12:44de desenvolvimento
12:45que tope
12:46emprestar dinheiro
12:48para a Argentina,
12:48que é um país
12:49caloteiro.
12:50E a Argentina
12:50pega esse dinheiro
12:51e paga o FMI
12:53ou consegue um desembolso
12:54ali que meio que
12:55acaba atrasando
12:57essa dívida.
12:59A hora que a Argentina
12:59não dá um calote,
13:01é muito importante,
13:02porque um calote
13:03esse ano,
13:04antes da eleição,
13:06enterra de vez
13:07qualquer chance
13:08do Sérgio Massa.
13:10Os peronistas
13:11nas eleições primárias,
13:13as eleições primárias
13:14são aquelas
13:14que acontecem
13:16dentro dos partidos
13:17para ver
13:18quem vai ser
13:19o candidato.
13:20Nas primárias
13:21de agosto,
13:22os peronistas
13:22já pegaram
13:23em terceiro lugar.
13:26Então,
13:26se você
13:26dá um calote,
13:28a situação
13:29ia ser muito pior,
13:30porque você tem
13:31um aumento
13:32dos juros,
13:33você tem um aumento
13:33da inflação,
13:35seria uma tragédia.
13:37Agora,
13:38a outra maneira
13:39que isso está ajudando
13:40o peronismo
13:41é porque o Massa,
13:43que é o ministro
13:44da Economia
13:44e é o candidato
13:45peronista,
13:47ele está
13:48injetando dinheiro,
13:50ele está dando
13:50bônus
13:51para os trabalhadores,
13:53ele isentou
13:54os argentinos
13:54mais pobres
13:55de pagar imposto
13:56de renda,
13:58ele ampliou
13:59um congelamento,
14:01na Argentina
14:01sempre tem congelamento
14:02de produtos
14:03em ano eleitoral,
14:04uma coisa que a gente
14:05é ridícula aqui,
14:06mas lá
14:07é superfrequente.
14:09Então,
14:09tudo isso meio que
14:10ajudou o Massa
14:11a manter essas políticas
14:13e dar algum fôlego
14:14para o peronismo.
14:15muito bem,
14:17e mais cedo
14:18eu escrevi
14:19artigo
14:19do Antagonista
14:20sobre a hipocrisia
14:21do Lula
14:23sobre a autodeterminação
14:26dos povos.
14:27Por que isso?
14:27Porque quando o Lula
14:29é questionado
14:29sobre as arbitrariedades
14:31de ditaduras amigas,
14:32ele recorre
14:33a esse princípio
14:34do direito internacional,
14:35que é a autodeterminação
14:37dos povos,
14:37que foi concebido
14:38para garantir
14:39a soberania
14:40de uma nação
14:41e o direito
14:41do seu povo
14:42de fazer as suas escolhas
14:43sem intervenção externa.
14:46Esse recurso
14:47a esse princípio
14:48já é uma contradição,
14:50claro,
14:50eu coloquei ali no texto,
14:52porque geralmente
14:52são os ditadores
14:53que impõem
14:54o regime ditatorial,
14:56autoritário,
14:56autocrático,
14:57como queira chamar,
14:58ao seu povo
14:59e não o contrário.
15:01Então,
15:02falar em autodeterminação
15:03quando o povo,
15:05na verdade,
15:06muitas vezes
15:07está sendo oprimido
15:08e normalmente
15:09enganado
15:10na bolha
15:11de desinformação
15:12que os autoritários
15:13se criam
15:13já é
15:14bastante questionável
15:16para dizer o mínimo.
15:17Então,
15:17vamos citar aqui
15:18dois exemplos
15:19e eu peço
15:20para a produção
15:20separar aí
15:23os vídeos
15:23que a gente
15:24tinha combinado,
15:26que é o seguinte,
15:27em agosto de 2022,
15:28numa entrevista
15:29ao Jornal Nacional
15:30como candidato
15:31a presidente,
15:32o Lula foi questionado
15:33se o apoio
15:34a ditaduras
15:34de esquerda
15:35não contradiz
15:36também
15:37a postura
15:38de democrata,
15:39que ele se proclama
15:40um democrata,
15:41e ele se saiu
15:42com esse contorcionismo
15:43que vocês vão ver
15:44agora.
15:47Ele se diz
15:48favorável
15:49à rotação
15:50do poder,
15:50a gente sabe
15:51muito bem
15:51tudo que os petistas
15:52e ele próprio
15:53fizeram
15:54no verão passado
15:54pela perpetuação
15:56no poder,
15:57algo que
15:57setores do mercado
15:59da comunicação
15:59ou esqueceram
16:01ou fingem
16:02ter esquecido
16:03na cobertura
16:03do governo atual.
16:05E, obviamente,
16:06não há rotação
16:07de poder
16:07naqueles regimes,
16:09ou pelo menos
16:10durante um bom tempo
16:11não há
16:12enquanto
16:12os ditadores
16:14tiverem saúde,
16:15nesses regimes
16:15autoritários,
16:16autocráticos,
16:17tão afagados
16:18pelo próprio Lula.
16:19E, em abril
16:20de 2023,
16:21ele foi além
16:21em relação
16:22à violação
16:23dos direitos humanos
16:24na ditadura chinesa.
16:25O atual presidente
16:27Lula
16:28declarou o seguinte,
16:29pode soltar aí,
16:30produção.
16:30E dos direitos humanos
16:32também.
16:32Por exemplo,
16:32a China tem um currículo
16:33enorme do Xinjiang
16:35a Hong Kong,
16:36passando pelos detidos
16:37políticos entre advogados,
16:39jornalistas.
16:39todos os países
16:41do mundo
16:42têm problemas.
16:44Todo país do mundo.
16:44A verdade é que a China
16:46e nós precisamos
16:47aprender a respeitar
16:48a autodeterminação
16:49dos povos.
16:50A China
16:51encontrou um jeito
16:52de resolver
16:52os seus problemas
16:53e um jeito
16:54que permitiu
16:55que a China
16:55logo, logo
16:56se transforme
16:57na primeira economia
16:57do mundo.
16:59Acabei de vir
17:00da China.
17:01Ora, você pode
17:02não concordar
17:03com o regime chinês
17:04como eles podem
17:05não concordar
17:05com o do Brasil.
17:06tem muita gente
17:07que não concorda
17:08com as coisas
17:08da política
17:09que acontece
17:09no Brasil.
17:12Muito bem.
17:13Por que a gente
17:14está mostrando isso,
17:15né, Duda?
17:15É porque o Lula
17:16nunca critica
17:18os regimes aliados
17:20ou as ditaduras
17:21amigas.
17:22Ele recorre
17:23a essa alegação,
17:24a esse princípio
17:25da autodeterminação
17:26dos povos.
17:27Agora,
17:27quando são regimes
17:29à esquerda
17:30ou são ditadores
17:31amigos deles
17:32dos quais ele
17:33quer alguma coisa,
17:34aí ele apoia
17:36sem o menor pudor
17:39quando há
17:40essa necessidade.
17:41A gente poderia
17:41ter lembrado aqui
17:42ainda um monte
17:43de vídeos,
17:44por exemplo,
17:44que o Lula
17:45mandou para o povo
17:45da Venezuela
17:46para apoiar
17:49o Hugo Chávez,
17:50para apoiar
17:51o Nicolás Maduro.
17:52Quantas vezes
17:53ele fez isso,
17:54né,
17:55em relação
17:56a Daniel Ortega
17:57na Nicarágua,
17:58em relação
17:59ao próprio
18:00regime cubano.
18:01Então,
18:02ele apoia,
18:03ele afaga,
18:03ele eventualmente
18:05até tenta relativizar
18:08as críticas externas
18:09a esses países,
18:10como fez
18:10com o Nicolás Maduro
18:11quando o Nicolás Maduro
18:12veio visitar o Brasil,
18:13dizendo que era tudo
18:13narrativa contra a Venezuela
18:15e o Maduro
18:16precisava criar
18:16a narrativa dele
18:17para se impor,
18:18porque para o Lula
18:18a realidade objetiva
18:20ela pode não existir,
18:21desde que você crie
18:22uma narrativa
18:23um pouquinho melhor
18:24capaz de persuadir
18:25as pessoas.
18:26Então,
18:26o Brasil,
18:27fato,
18:28é que votou
18:29a favor de um empréstimo
18:30da Argentina.
18:31A gente não está nem
18:31entrando no mérito,
18:32se dadas as circunstâncias
18:34isso é certo
18:35ou errado,
18:35etc.
18:36É que
18:37esse tipo
18:39de atitude,
18:40assim como
18:40os afagos,
18:41etc.,
18:42mostram o duplo
18:43padrão
18:44do Lula
18:45em relação
18:46a esses casos.
18:49E aí eu até
18:49concluí o texto
18:50dizendo que a única
18:50autodeterminação
18:51que o Lula respeita
18:52é a dos ditadores
18:53e governantes amigos.
18:54Ele sempre encontra
18:55um jeito
18:56de meter o nariz,
18:57já que é uma ironia
18:58a declaração
18:59que ele deu
18:59cada um com o seu nariz,
19:00e de resolver
19:02os seus problemas,
19:03os problemas
19:03desses governantes,
19:06porque ele falou ali
19:07que a China
19:08encontrou um jeito
19:09de resolver
19:09os seus problemas.
19:10Declaração bárbara,
19:11porque você tem
19:12uma ditadura chinesa
19:14de fato
19:14que limita
19:15a liberdade
19:16das pessoas
19:16e o Lula
19:17fala isso
19:18como se fosse
19:19algo
19:20absolutamente natural
19:22que um regime
19:22recorra
19:23a esses métodos.
19:25Aqui no Brasil,
19:26quando há
19:26um cerceamento
19:28a qualquer tipo
19:30de liberdade
19:30nesse sentido,
19:31há ainda
19:32alguma resistência
19:33por parte
19:34da sociedade.
19:35da sociedade.
19:37.
19:38.
19:40.
19:43.
19:45.
19:58.
19:59.
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20:00.
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