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  • 20/06/2025
A esquerda sentiu o baque no depoimento nesta terça (11) de Hans River do Rio Nascimento na CPMI das Fake News.

Convocado pelo PT para explicar disparos na campanha de Bolsonaro, Hans River não só negou, como afirmou ter feito disparos para as campanhas de Haddad e Meirelles.

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Transcrição
00:00A presente reunião destina-se à oitiva do Sr. Hans Rive do Rio Nascimento.
00:06Tenho um requerimento com V. Exª para que, dada a relevância da testemunha que vamos ouvir,
00:13eu estou requerendo que essa sessão pudesse ser fechada,
00:18só com a presença dos parlamentares e dos assessores cadastrados.
00:23Após eu ler o expediente, eu vou colocar para o plenário decidir.
00:26Presidente, com todo o respeito ao deputado da oposição,
00:31nós entendemos que, por mais que a ação trabalhista dele tenha tramitado em sigilo
00:36e ela tenha sido dado conhecimento, esse documento foi dado acesso aqui aos parlamentares,
00:42mas isso não inibe, até porque ele está acompanhado do advogado dele,
00:46de falar e de responder aos questionamentos.
00:48Eu acho que todos e todas nós que estão aqui adoraríamos que a sessão fosse pública.
00:52Acho que ninguém tem mais interesse do que nós que compomos a comissão,
00:56de que seja dada a publicidade as discussões que se afetam aqui.
00:59Mas existe uma questão muito objetiva.
01:02Por mais que jornalistas tenham tido acesso, enfim, não importa,
01:05o judiciário decretou o sigilo sobre esse processo.
01:08E tornar a sessão pública seria limitar a nós, parlamentares,
01:13de fazer perguntas que tenham referência a informações que estavam nesse processo.
01:17Assim, desculpa falar, gente, eu concordo com a senhora, entendeu?
01:21O que está rolando aqui nessa situação, o que está acontecendo nessa situação,
01:24quando eu fui cumprimentado pelo Gabeira, que está sentado aqui, ele me chamou de favelado, entendeu?
01:29Mentira!
01:29Você me chamou...
01:31Eu tenho cara do quê?
01:34Só porque eu sou negro?
01:35Você mentiu.
01:36Eu menti?
01:37Peraí, peraí.
01:38Eu menti que eu...
01:39Não, eu estou mentindo?
01:42Me chamou de periférico.
01:44Agora o negócio é o seguinte...
01:45Essa é a esquerda.
01:45E outra coisa, outra coisa, outra coisa, outra coisa, outra coisa, isso não é abuso, não,
01:52porque eu falei no pé do ouvido dele que eu fiz a campanha política dele, ele está atacado.
01:56É bem público.
01:56Olha, eu vou levar a votação...
01:57Olha, eu vou levar a votação...
01:58Agora é o seguinte...
01:59Rapidamente.
02:00Eu vou levar a votação para o plenário para decidir se nós vamos escolher o depoimento
02:06em sessão secreta ou pública.
02:09Nós tivemos...
02:10É fato que nós não começamos ainda a oitiva do nosso depoente de hoje, o senhor Hans.
02:15River, mas nós tivemos, nesse pouco tempo em que a comissão está aberta, uma denúncia
02:22gravíssima de um parlamentar praticando um ato de racismo contra o nosso depoente.
02:30Talvez, o senhor Hans, pela sua cor da pele, talvez pelo seu cabelo, perguntaram, questionaram
02:37se a vossa excelência era favelada.
02:39Um racismo na comissão parlamentar...
02:42Olha, a palavra está com o deputado...
02:45Cala a boca você, porque você já tem que falar.
02:49Você já tem que falar.
02:49Você é mentira.
02:50Olha, o cara foi me chamando de mentiroso.
02:51A palavra...
02:52A palavra deputada é do ar.
02:54Eu tenho que ser consultado.
02:57Se cabelo discriminar, aí eu tenho que ser consultado.
03:00E fica aqui...
03:01Me chamou de favelada.
03:02Jamais o Rui faria isso.
03:04Meu querido, eu não lhe conheço, mas eu conheço ele.
03:07Jamais ele faria isso.
03:08Sabe por quê?
03:08Porque nós estamos na mesma trincheira.
03:10Meu querido, não, que depois a gente tem nome.
03:10Eu estou falando.
03:11Tem depois a gente tem nome.
03:12Eu estou falando, meu querido.
03:13Não é meu presidente.
03:14Ele não está aqui na condição de convidado.
03:17Ele está aqui na condição de convocado.
03:19E, por favor, respeite os parlamentares e esta casa.
03:23O senhor não tem o direito para falar agora.
03:25Você não tem o direito de falar agora.
03:28Você não tem o direito de falar agora.
03:31Você respeita o parlamento.
03:34Estão intimidando o depoente.
03:37Presidente, estão intimidando o depoente.
03:40Que absurdo.
03:42É verdade.
03:43O PT está com muito medo.
03:44Se não houver respeito, eu vou pedir que o senhor decrete a prisão dele imediatamente.
03:53Não houve quórum para deliberar, invocando o artigo 148, seu inciso primeiro, que diz
04:03No dia previamente designado, se não houver número para deliberar, a comissão parlamentar de inquérito
04:12poderá tomar depoimento das testemunhas ou autoridades convocadas, desde que estejam presentes o presidente e o relator.
04:21Como o presidente está presente e o relator está presente, defino que a reunião passa
04:27a ser aberta com a presença de assessores e da imprensa e do povo em geral.
04:32Quem pagava, quem contratava e quem financiava essa imprensa?
04:37Então, agora vai entrar uma discussão imensa aqui, porque assim, aí parando para se analisar,
04:45eu até peço desculpas para um ou outro aí que não tem nada a ver e tudo mais, mas
04:51só que a Iacos, ela tinha uma forte ligação com o PT e o PT fazia um baita pagamento para
04:57Iacos. Quando o Lula entrou na prisão, a Iacos recebeu um determinado valor. E eu estava
05:05no décimo andar, fazendo o trabalho da chipeira e apertando para que fosse mandado as coisas
05:13para baixo. Eu escutei um burburinho e desci para encher o saco do pessoal de saber o que
05:19estava acontecendo e viraram para mim e falaram, você não viu o que vocês mandaram para a gente?
05:23Eu falei, como assim? E me mostraram a campanha política do Lula, entendeu? Passou-se uns dias,
05:31a Rede Globo lançou no Fantástico uma informativa falando que o Lula acabou de ser preso, está
05:38acontecendo a campanha política dele, né? E o cara estava brigando ali para ser eleito
05:46sendo que estava numa situação meio adversa. O que o Lindolfo e a Flávia fizeram? Eles pegaram,
05:53abafaram o caso, mandaram tirar todos os mails que tinha disponível no computador dos supervisores
05:59e tudo mais e ficaram com a grana. Não tive aumento de salário, não tive nada. E ficaram
06:07com a grana. E abafaram o caso.
06:10Primeiro, presidente, senhora relatora, eu quero desmentir cabalmente que o PT tenha contratado,
06:16ou a campanha do Lula tenha contratado a IACOS, nesse período, inclusive, que o depoente
06:22mencionou. O senhor mencionou que estava submetido a cárcere privado, na sua fala.
06:28Sim, sim. Isso ocorreu quando aconteceu essa situação que houve.
06:32Inclusive, colocando em risco a sua saúde, porque o senhor tem diabetes, precisa se alimentar,
06:36e eles não deixavam sair para comer, é isso?
06:40Sim, isso realmente aconteceu, como eu estava falando, que foi no período que teve a batida
06:45da polícia lá, que foi uma batida gigantesca.
06:48O senhor estava submetido, portanto, a um trabalho análogo à escravidão.
06:52É, você entrava às 10 da noite e você ficava até às 6 da manhã sem poder sair.
06:58O senhor falou que o partido estava pressionando na reta final da campanha. Que partido era?
07:03O senhor identificou ou não?
07:04Eu identifiquei. Qual era?
07:07Eu identifiquei, falei e direcionei principalmente para o senhor.
07:11Para mim?
07:12É, então assim, tipo, o partido que curiosamente, curiosamente, que até depois eu fui ver direito
07:21que essa jornalista também é do PT, quem me chamou para vir para cá é do PT, entendeu?
07:27E todo mundo vem me fazer a pergunta mais incômoda.
07:30Você fez a campanha política do Dori e do Bolsonaro e eu não peguei a campanha dos dois.
07:35Tanto que eu sentava...
07:36Mas a M4, o senhor trabalhava com a M4?
07:39Agora deixa eu responder. Tanto que eu até chegava e conversava com todo mundo, com o pessoal
07:45que trabalhava comigo, o pessoal do bar, que eu parava no bar para comer, para beber.
07:48Falava, pô, mas caramba, né? A gente está fazendo campanha de todo mundo.
07:52Bolsonaro não rolou aqui para a gente.
07:54É o único que não fazia, né?
07:56A gente estava achando estranho que o cara não estava fazendo...
07:59Não, você me desculpa aqui, mas a gente estava achando estranho que ele não estava fazendo campanha.
08:04E o Doria também não estava fazendo campanha, mas tinha gente do partido dele que estava fazendo campanha.
08:09A gente chegou a fazer disparos da campanha do Fernando Haddad?
08:15Sim, o Haddad sim.
08:18Do candidato a presidente?
08:20Do Haddad, do PT?
08:21A campanha do Haddad que ele estava se elegendo era o Bolsonaro e o Haddad na época.
08:29Isso.
08:30Quando eu fiz o comentário de uma maneira lúdica para que todos entendessem que o Estado de São Paulo,
08:38vamos supor que fosse essa mesa e a outra bancada fosse o Rio de Janeiro,
08:42a parte do Haddad você conseguia mandar para todo o território nacional,
08:48mas você não podia mandar com aqueles números internacionais.
08:52Por quê?
08:54Porque era uma campanha de presidente.
08:56Então, você está mandando para o presidente...
08:58Eu vou mandar uma campanha para você, você está na Paraíba com o número da China, não tinha condições.
09:07Então, o pessoal reclamava, vai mandar, mas você manda com o número nacional.
09:14Então, entra naquela parte que eu estava dando um exemplo.
09:17Então, era o único que você conseguia atingir todo o território nacional.
09:21Resalve alguns lugares que não atendiam.
09:22Então, o senhor confirma que fez esses disparos para beneficiar o presidente do PT para todo o território nacional, digamos assim.
09:31Sim, sim.
09:32E a campanha do senhor Henrique Meirelles, do MDB, que teria contratado uma dessas empresas para fazer esses disparos.
09:39O senhor lembra de ter pego esse trabalho, de ter disparado desse candidato?
09:43Vixe, demais.
09:44Henrique Meirelles, esse daí a gente não esquece, né?
09:47Esse a gente vai esquecer de que jeito?
09:48É comum que você não vai esquecer meu nome?
09:50Hans Giver?
09:51Não tem como, cara.
09:53Esse cara, porque a campanha dele, a campanha dele foi uma campanha que teve momentos que todas as mesas estavam fazendo a campanha dele.
10:02Se parava de fazer campanha de outras pessoas e outros produtos para fazer a campanha do cara.
10:09Digamos que ele era um dos clientes mais fortes, claro.
10:12E tinha coisa de horário, tinha essa coisa de horário.
10:14Porque, assim, dependendo da localidade ou dependendo da situação, até umas 10 horas, até umas 9 horas você manda tal campanha.
10:23Passar de tal horário você já não manda mais.
10:25Então, tipo, tinha essa situação.

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