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  • há 5 meses
O Supremo começou a ouvir os réus do chamado núcleo crucial do processo por tentativa de golpe de estado. O tenente-coronel Mauro Cid disse que o ex-presidente Bolsonaro enxugou uma suposta minuta de golpe.

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Transcrição
00:00O Supremo começou a ouvir hoje os réus do processo por tentativa de golpe de Estado.
00:06Primeiro a falar, o tenente-coronel Mauro Cid disse que o ex-presidente Bolsonaro
00:11enxugou uma suposta minuta de golpe e manteve a ordem para a prisão do ministro Alexandre de Moraes.
00:19Réus lado a lado, em ordem alfabética.
00:22Para muitos, foi o primeiro contato pessoal, ainda que breve, desde o começo das investigações.
00:27O plenário da primeira turma foi adaptado para o interrogatório.
00:31Quando chamados a falar, os depoentes seguem para uma tribuna individual.
00:36Eles ficam de costas para os outros réus, todos acompanhados dos advogados.
00:41O ex-presidente Bolsonaro era o segundo, da direita para a esquerda.
00:46O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi o primeiro a falar,
00:51porque fechou um acordo de delação premiada.
00:53Ele confirmou as declarações que tinha feito à Polícia Federal e ao Ministério Público,
00:59sobre, segundo o militar, um plano de golpe.
01:02Cid disse que o planejamento foi consolidado num documento com a decretação de estado de sítio,
01:08de defesa e prisão de autoridades.
01:11E que Bolsonaro chegou a mexer na suposta minuta do golpe.
01:15O documento consistia de duas partes.
01:18A primeira parte eram os considerandos, 10, 11, 12 páginas, muito, muito robusto.
01:25Nesses considerandos, eles listavam, basicamente, as possíveis interferências,
01:30intervenções do STF e do TSE no governo Bolsonaro e nas próprias eleições.
01:36O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu e leu esse documento?
01:40Sim, senhor. Recebeu e leu.
01:42Ele fez algumas alterações no documento?
01:46Sim, senhor. Ele, de certa forma, enxugou o documento.
01:49Ele enxugou o documento, basicamente, retirando as autoridades das prisões.
01:57Somente o senhor ficaria como preso. O resto...
02:01O resto foi conselhido no habeas corpus.
02:07Cid negou ter sido coagido pela PF e PGR para aceitar a delação.
02:12E voltou a dizer que um decreto que impediria a posse do presidente eleito
02:16só não foi assinado porque os então comandantes do exército e da aeronáutica
02:22não aceitaram colocar as tropas na rua.
02:24A ideia, segundo ele, era pressionar Bolsonaro para substituir os militares.
02:29Existia essa pressão para que, se o general Frei Gomes não tomasse alguma atitude,
02:33que colocasse militares que poderiam tomar essa atitude.
02:37Bolsonaro acompanhou o depoimento praticamente sem esboçar reação.
02:41Se limitou a leves acenos com a cabeça de maneira positiva
02:45quando o CID, por exemplo, afirmou que muitas conversas encontradas no próprio celular
02:50seriam bravatas de rede social.
02:53Numa conversa rápida com os repórteres, Bolsonaro disse que está tranquilo.
02:57O Supremo só permitiu a gravação do áudio.
03:01A defesa do ex-presidente tentou desqualificar as informações da delação de Mauro Cid
03:19e quis saber se Bolsonaro já pediu algo inconstitucional.
03:24O presidente tem uma frase famosa, mas eu quero saber no âmbito ali do Palácio
03:27naquele contexto dos meses de novembro e dezembro.
03:30Ele ouviu o presidente dizer que só agiria dentro das quatro linhas da Constituição?
03:34O senhor ouviu isso?
03:35Sim, senhor.
03:35A expectativa é que todos os oito réus sejam ouvidos até sexta-feira.
03:40O senhor ouviu isso?
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