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O Brasil foi convidado para presidir na ONU um grupo que vai discutir a criação de um Estado palestino. O convite para o Brasil integrar o grupo de trabalho acontece no momento em que o país condena o conflito e defende a existência pacífica de dois Estados. Vale lembrar que, em 2023, logo no início da guerra, o Brasil presidiu o Conselho de Segurança da ONU e tentou aprovar uma resolução de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Na época, a resolução foi vetada pelos Estados Unidos.

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00:00O Brasil foi convidado para presidir na ONU um grupo que vai discutir a criação de um Estado palestino.
00:08O convite para o Brasil integrar o grupo de trabalho acontece no momento em que o país condena o conflito
00:16e defende a existência pacífica dos dois Estados.
00:20Vale lembrar que em 2023, logo no início da guerra, o Brasil presidiu o Conselho de Segurança da ONU
00:26e tentou aprovar uma resolução de cessar fogo na faixa de Gaza.
00:30Na época, a resolução foi vetada pelos Estados Unidos.
00:35Luca, continua conosco. Luca, eu queria começar com você.
00:39Como é que você analisa a posição do Brasil numa questão intrincada,
00:44que desde 1940, não é nem 48, 47, até hoje não tem solução?
00:50Pois é, o Brasil sempre teve uma postura bastante consequente em relação a isso.
00:54sempre defendeu a solução dos dois Estados, o que na minha opinião é correto,
00:58mantendo essa neutralidade, querendo que o Estado de Israel exista legitimamente,
01:03converse com todos os seus pares, assim como o Estado palestino, ambos com milhões de habitantes.
01:08A questão é, esta reunião que será liderada pela França e a Arábia Saudita na ONU,
01:13quer trazer o status de membro pleno das Nações Unidas para a Palestina,
01:18que já é um membro observador.
01:20O que precisa para que um país seja considerado um país?
01:23Falando do aspecto clássico, ele precisa ter um território continuamente ocupado,
01:28o que a Palestina tem, controle das suas fronteiras, o que a Palestina não tem,
01:33principalmente agora na faixa de Gaza e grande parte das ocupações dos ultra-ortodoxos judeus
01:37na Cisjordânia, precisa ter um governo estável, algo que não tem nem em Gaza,
01:42nem na Cisjordânia e contato com outros países.
01:45Então, se a gente for olhar na definição clássica, eles acabam carecendo destes critérios.
01:50O ponto é que para um país ser considerado membro pleno,
01:54ele precisa da aprovação do Conselho de Segurança e depois da Assembleia Geral da ONU.
01:59Nós sabemos que na Assembleia Geral, mais de 130 países consideram a Palestina um país
02:03e não teria dificuldades em traves de ultrapassar os dois terços necessários da votação.
02:10Mas no Conselho de Segurança, a questão é outra, já que os Estados Unidos podem facilmente vetar
02:14qualquer ambição palestina de ser oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas como uma nação,
02:21sobretudo quando nós temos Donald Trump à frente da Casa Branca, muito próximo de Benjamin Netanyahu,
02:26que também já deu várias ideias bastante polêmicas e muito contraditórias em relação ao direito internacional
02:32sobre a remoção do povo palestino das suas terras originares e também a própria anexação de Gaza
02:38por parte de Israel, o que seria uma quebra de vários acordos internacionais.
02:43Então eu acho que o Brasil tem um papel importante nessa mediação,
02:46porque representa historicamente a mesma posição, são décadas e décadas defendendo isso,
02:51mas quando olhamos mais para frente para que isso se concretize,
02:55sem a ajuda dos Estados Unidos isso não vai acontecer e eu não vislumbro que a ONU tenha a Palestina
03:00como membro pleno durante esse governo Trump.
03:02Luca, uma última pergunta para você, aproveitando a tua presença.
03:06Eu tenho visto em noticiários dos Estados Unidos, em jornais de Jerusalém, Jerusalém Post,
03:13que o Trump ficou profundamente irritado com o Bibi, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel,
03:21porque ele foi o primeiro líder a ligar e cumprimentar o Joe Biden à eleição
03:25numa época que o Trump ainda estava contestando a legitimidade do pleito.
03:31E muitos estão vendo uma mudança de comportamento do Trump.
03:36Ele fez agora uma visita para o Catar, para os Emirados Árabes, para a Arábia Saudita,
03:41apertou a mão do Julani, que é um ex-terrorista do Al-Qaeda, atual presidente da Síria,
03:46levantou as sanções comerciais contra a Síria sem consultar Israel,
03:51estabeleceu uma negociação direta com reféns e...
03:54Não foi o secretário Rubio que falou, mas o general Kellogg disse que os Estados Unidos
04:01não precisam da autorização de Israel para negociar nada.
04:04Eu pergunto a você, existe uma possibilidade do Trump ceder aos encantos das riquezas da Península Arábica
04:14e acabar dando uma guinada mais imparcial,
04:18porque sem os Estados Unidos não vai acontecer nada.
04:21A sua visão de que está aí muito mais próximo do que nós.
04:25É uma análise muito concreta que você faz, Capês.
04:28E a gente tem que pensar que Trump está dividido entre o homem mais poderoso do mundo
04:32na sua visão política quanto presidente dos Estados Unidos
04:35e um grande empresário com negócios em todo o mundo,
04:38que ainda também representa o seu conglomerado empresarial.
04:43Então, do lado de presidente, do lado da sua visão política,
04:47ele deveria ficar ao lado de Israel, porque é a única democracia eleitoral de fato em todo o Oriente Médio.
04:52Mas olhando do ponto de vista econômico, ele sabe que Israel não consegue competir com as riquezas
04:57dos Emirados Árabes, da Arábia Saudita, do Catar.
05:00Então, ele é muito atraído por este canto da serpente, do dinheiro, do óleo
05:05e as riquezas dos países do Golfo Arábico.
05:08Então, acredito que haverá sim uma política externa em relação ao Oriente Médio
05:14que seja independente de Israel, mas nunca traindo os interesses israelenses,
05:19porque eles sabem que é o único país que se pode ideologicamente contar,
05:23porque não é um país dominado por teocracias, por uma única religião
05:28ou até mesmo por grupos terroristas.
05:31Eu acredito que mais para frente, qualquer decisão que penda para o lado palestino
05:36ou israelense em relação à definição de quais estados são soberanos,
05:40com quais estados negociar, sempre os interesses de Israel vão ser considerados,
05:45não 100% do tempo, mas em questões tão cruciais como é o caso da independência da Palestina,
05:51o reconhecimento do Estado palestino, ou um acordo de paz,
05:54delimitação de novas fronteiras, provavelmente Donald Trump penda para o lado de Netanyahu,
06:00assim como fez no passado.
06:02Cobra.
06:03Luca Bassani, o melhor correspondente internacional do país,
06:07direto de sua mansão, em brincadeira, direto de Munique.
06:12Uma boa noite para você.
06:15Muito bem, vamos aqui, vamos ouvir primeiro o Renato Dorgan.
06:18Renato, a diplomacia do Brasil sempre foi equilibrada e há muita reclamação de Israel
06:26de que o governo brasileiro tem uma postura manifestamente contrária a Israel e pró-Palestina,
06:34inclusive interrompendo negócios que haviam sido entabulados entre os países.
06:40Como você vê esta queixa de Israel e uma posição brasileira deste governo totalmente pró-Palestina?
06:50Eu acho que o governo brasileiro, nessa questão pró-Palestina, nesse momento, ele está correto.
06:56O Brasil sempre foi equilibrado, sem dúvida nenhuma,
07:00sempre teve uma posição democrática ali,
07:04sempre fizemos comércio, tanto com o Golfo, com os países árabes, como também com Israel.
07:12Só que agora a questão da Palestina é urgente.
07:15A gente tem hoje um problema na Palestina, hoje.
07:17Tem 14 mil crianças que, se não entrarem, 14 mil bebês que, se não entrar ajuda humanitária,
07:23eles possivelmente vão vir a óbito em uma semana.
07:26Isso está na CNN, está em todos os...
07:29CNN Internacional, está na agência Reuters,
07:31tem toda a mídia hoje colocada isso.
07:36Então, assim, é uma questão de clamor internacional.
07:39O Brasil, hoje, ele é alinhado ao BRICS,
07:43ele está muito mais alinhado a isso,
07:46mas a gente teve que fazer uma correção, principalmente na área de comércio exterior.
07:49A gente encerrou muitos negócios com o Golfo, com o Irã, com a Arábia Saudita.
07:55Claro, embora o Bolsonaro tenha ganho ali, joias, tudo,
07:58mas a gente diminuiu muito a nossa balança com o Oriente Médio.
08:03E a gente voltou a retomar.
08:04Eu acho que eles dizem ali algo em torno de 15 a 20 bilhões de dólares
08:08voltaram nesse governo a serem negociados.
08:12O próprio Trump...
08:13O Trump voltou com 2 trilhões de dólares.
08:16O próprio Trump está ali no Golfo.
08:162 trilhões.
08:17Fez um passeio ali com o Catar, a Arábia Saudita e Emirates.
08:20E Emirates, Abu Dhabi.
08:22Abu Dhabi, que ele voltou ali.
08:24Então, assim, sem dúvida nenhuma,
08:25a questão do Estado Palestino e do Estado Israel é necessária.
08:30Eu sou defensor do Estado Palestino.
08:32Eu não sei que Palestina que a gente vai ter,
08:34porque ela vai ter que ter ajuda humanitária.
08:36Ela foi completamente destruída nesse ano.
08:39Ela não tem mais absolutamente nada.
08:41Falam que ela tem uma involução de 15 anos na economia.
08:45Então, ela demoraria ali quase que duas décadas
08:47para voltar ao ponto que estava e já era um país pobre, entendeu?
08:52Então, eu acho que é necessário.
08:54O Brasil está corretíssimo em cabeçar isso.
08:56Agora, o Brasil está alinhado ao BRICS.
08:58Eu estava assistindo aquela comemoração dos 50 anos da vitória na Segunda Guerra,
09:07na Praça Vermelha.
09:08Eu assisti inteiro.
09:10Eu não tinha assistido.
09:11Eu tinha assistido cortes só.
09:12É impressionante o alinhamento ali dos BRICS.
09:15Eles estão muito próximos mesmo.
09:17E alguns governos também da África e da América do Sul glula ali.
09:21Então, eu acho que é um indicativo muito forte com os BRICS
09:25e com essa questão da Palestina.
09:27Mas eu acho que os Estados Unidos, finalmente,
09:29talvez entre para a nossa surpresa nisso.
09:32É, parece que sim.
09:33Vamos fazer, então, um contraponto.
09:35Eu quero ouvir agora o João Belut.
09:37João Belut.
09:37Israel diz o seguinte, a Gaza estava em paz até o dia 6 de outubro de 2023, né?
09:46Sim.
09:47Muito bem.
09:48Quando, no dia 7, teve o ataque do grupo terrorista Hamas.
09:52E eu estive em Israel via o ataque devastador.
09:56Muito bem.
09:56Israel diz que, quando entra ajuda humanitária,
09:59o Hamas rouba esta ajuda humanitária da população e revende.
10:04Mas também, o outro lado diz que não precisava matar 40 e tantas mil pessoas
10:09para pegar os terroristas que ainda estão lá
10:11e os reféns ainda estão sob o seu poder.
10:15O que você tem?
10:16Você que tem uma visão alinhada a Israel,
10:19o que você tem a dizer a respeito disso?
10:21Jacapes, com relação a, eventualmente, num futuro,
10:24até o Trump parar de financiar ou financiar menos,
10:27investir menos em Israel,
10:28eu acho pouco provável.
10:30Até o grande parceiro lá.
10:31E o Trump não vê a objeção em unir interesses antagônicos,
10:35desde que o beneficia, o beneficia o próprio dos Estados Unidos,
10:38ele atuando, literalmente, como potência ali do mundo.
10:41Acho que ele faria isso tranquilamente.
10:42É bom lembrar que o Brasil tomou, de fato,
10:45os governantes brasileiros tomaram o lado da faixa de Gaza,
10:50da Palestina, nesse tema.
10:51O Lula foi declarado persona non grata em Israel
10:53e, até onde me consta, isso ainda permanece.
10:56E há um interesse do próprio Benjamin Netanyahu
10:57na manutenção da guerra.
10:59Toda a guerra tem diversos interesses por trás delas,
11:02que nem sempre nos chegam no debate público.
11:04Então, assim, a indústria do armamento,
11:06tem muito interesse ali também,
11:07que vai jogado e no debate público não chegam todos os temas.
11:12E, assim, para se questionar,
11:13por que os países árabes, islâmicos,
11:15não adotam uma postura mais proativa
11:17para a Palestina, para o povo palestino,
11:19ou os acolham?
11:20É sempre sobra para Israel.
11:21Tem que buscar os terroristas que assassinaram
11:23parte da sua população.
11:24Tem que dar ajuda humanitária.
11:25Sobra para Israel praticamente tudo.
11:26Então, assim, o grupo terrorista se esconde atrás das pessoas.
11:30Isso é um fato.
11:31Se há tantas vítimas,
11:32é muito por conta do Hamas,
11:33que conta com uma inacreditável complacência,
11:37ou sei lá o quê,
11:38de diversos grupos,
11:39inclusive na mídia,
11:40que sempre tratam Israel como o pior inimigo do mundo.
11:43E a Palestina não.
11:44Na Palestina não há democracia.
11:45Na imensa maioria daqueles países árabes, islâmicos,
11:48não há democracia,
11:49o que são ditaduras,
11:50e que usam também o tema palestino
11:52para cada vez mais enfraquecer Israel
11:54e atacar Israel, capês.
11:55É, agora, esse grupo aí vai levar o quê?
11:59Quer dizer, se os Estados Unidos têm poder de veto,
12:01um dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU,
12:04Estados Unidos, Inglaterra, França, China e Rússia.
12:08Qualquer um dos três pode vetar.
12:10Um veto dos Estados Unidos,
12:11qualquer um dos cinco pode vetar.
12:12Um veto dos Estados Unidos para completamente.
12:14Então, será que é um debate para servir chá e biscoito?
12:18Eu pergunto a você, Leandro Ferreira.
12:21Número um, você acredita que esse debate
12:24possa servir como meio de pressão
12:25e sensibilizar Donald Trump e os Estados Unidos?
12:29Ou a pressão dos países da Península Arábica,
12:33Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes,
12:36Baháin, Kuwait,
12:38pode servir como instrumento de pressão?
12:41Essa é a pergunta que eu faço.
12:42E a segunda, de cara.
12:43Quem é o maior inimigo do povo palestino?
12:47O Hamas e o Irã ou o Israel?
12:50O Capês, eu acho que você fez três perguntas,
12:52mas eu vou...
12:53Por favor.
12:54Se puder responder, por favor.
12:56A minha função aqui é criar o debate
12:58e jogar irmão contra irmão.
13:00Bom, eu acho que toda a iniciativa
13:03dentro dos fóruns multilaterais é bem-vinda.
13:07Eu acho que essa é mais uma.
13:08Esse é um grupo que, aparentemente,
13:10a mídia brasileira está noticiando
13:12como algo muito importante.
13:14Eu acho que é importante,
13:15mas é um subgrupo de uma conferência
13:18convocada especificamente sobre esse tema.
13:21Outros eventos mais importantes
13:23no calendário da ONU estão por acontecer,
13:26como, por exemplo, a Assembleia Geral da ONU,
13:28que ocorre entre setembro e outubro.
13:31E lá, certamente, o presidente Lula
13:33vai fazer a declaração mais forte
13:35que a gente vai ver
13:37desde a história da diplomacia brasileira.
13:40a respeito do conflito palestino-israel.
13:43Eu não tenho a menor dúvida em relação a isso.
13:45Mas a opinião dele
13:47não será uma opinião de um governo.
13:50Será a opinião do país-brasil,
13:52da diplomacia brasileira.
13:53O Itamaraty,
13:55mesmo nos anos de ditadura,
13:57mesmo nos anos de Michel Temer e Bolsonaro,
14:00continuou defendendo,
14:03em todos os fóruns,
14:04posições progressistas,
14:05como o Brasil tradicionalmente defende.
14:08Eu espero que continue assim.
14:09E acho que esse grupo vale
14:10como um reforço dessas posições.
14:15Eu acho que a pior solução possível, Capês,
14:18é aquela que defende do Rio ao Mar.
14:22Seja do Rio ao Mar, Palestina,
14:25seja do Rio ao Mar, Israel.
14:27Israel, hoje, é quem implementa
14:28a política do Rio ao Mar.
14:30Porque quer varrer a Palestina
14:32e grandes partes da Cisjordânia,
14:34da face da terra,
14:36para poder dominar todo o território.
14:38Assim como eu acho que é equivocado
14:41a posição dos grupos de esquerda
14:44ou até dos grupos radicais
14:46presentes na região
14:47de dizer que a Palestina
14:49tem que existir do Rio ao Mar.
14:51Também está errado,
14:52porque o Estado de Israel existe,
14:54precisa ser reconhecido,
14:55e o povo judeu,
14:57mais especificamente,
14:58tem todo o direito
15:00de reivindicar aquele território
15:01historicamente.
15:02Eu não acho que a gente
15:04tem que ficar voltando
15:05se é no debate 47, 48, 67, 92,
15:09porque não é isso
15:10que vai resolver a questão.
15:12A questão vai se resolver
15:13na medida em que
15:15as pessoas entenderem
15:17que todo mundo precisa ser tratado
15:19com o mesmo nível de dignidade.
15:22As pessoas, crianças que estão lá
15:23na Palestina sendo bombardeadas
15:26não são menos dignas
15:29do que aquelas que foram brutalmente
15:31assassinadas pelo Hamas
15:32na invasão de outubro.
15:34As crianças,
15:35as mulheres que estão lá
15:36passando fome
15:37e não tendo o que dar
15:38de comer para os seus filhos
15:39não são menos dignas
15:41do que aquelas que morreram
15:42tragicamente, violentamente,
15:45de forma cruel,
15:46nas festas que estavam acontecendo
15:48ali em Israel
15:49quando o Hamas
15:50entrou no seu território.
15:51Então a gente ficar nivelando
15:53o nível de dignidade das pessoas
15:55com base em outros...
15:57O Pelute aqui colocou muito bem,
15:59interesse econômico,
16:00interesse energético,
16:01interesse político.
16:03O Netanyahu, por exemplo,
16:05quer ver essa guerra
16:06durar mais 15 anos
16:07porque aí ele não tem que passar
16:08por nenhuma eleição
16:09porque mesmo os parentes
16:10de reféns
16:11são contra o Netanyahu
16:14porque acham que ele
16:15adotou a política errada.
16:17E o Netanyahu,
16:17por conta disso,
16:18terá que responder.
16:19Eu não faço esse julgamento,
16:21mas ele terá que responder
16:22por atos de guerra,
16:24terá que responder
16:24por genocídio e outras coisas.
16:26Sobre a Península Arábica,
16:28eu acho que ali
16:29está um ensinamento.
16:31Todos esses reinos
16:32que você citou aqui
16:33do Bahrein,
16:34de Oman,
16:35eles se constituíram
16:37com base na negociação
16:38de diversos povos.
16:40Os Emirados Árabes Unidos,
16:42chamam Emirados Árabes Unidos
16:43porque haviam
16:44vários Emirados
16:45que precisaram se juntar
16:47para poder
16:48viabilizar a existência
16:49de um país.
16:50Então eu acho
16:51que é da mesma forma
16:52e isso precisa acontecer
16:53no caso ali
16:55de Israel,
16:56da Palestina,
16:56que precisa ser reconhecida
16:58como um país.
16:59E aí o Rocketman,
17:01o Donald Trump,
17:03a gente nunca sabe
17:04o que esperar,
17:05mas é preciso manter
17:06firme
17:07a posição
17:08diplomática
17:09de que a dignidade
17:11das pessoas
17:11precisa ser respeitada
17:12em nível de igualdade.
17:14É,
17:15o que eu acho
17:16que falta lá
17:16é uma mentalidade
17:18pragmática
17:19ocidental.
17:20É bem emocional.
17:21Para levar essa questão,
17:22é puramente emocional.
17:24Olhando,
17:24acho que 70,
17:2575%
17:26da população de Israel
17:27apoia,
17:29apoiaria um processo
17:30de paz com os palestinos,
17:32só que eles estão tomados
17:33agora por raiva
17:33em razão
17:34dos atos
17:35de 7 de outubro.
17:37Os 25%
17:38de radicais
17:39supremacistas
17:40que tem em Israel
17:40se alimentam
17:42dos terroristas
17:43do lado árabe.
17:43e um se retroalimenta
17:45do outro
17:46e a maior parte
17:47da população sofre.
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