Atleta de kickboxing diz ter sido vítima de homofobia durante participação em campeonato brasileiro

  • há 11 meses
A atleta de kickboxing Mayza Borges da Silva usou as redes sociais para denunciar ter sido vítima de homofobia durante o 32º Campeonato Brasileiro de Kickboxing, realizado em Curitiba. Ela integra a seleção pernambucana de kickboxing, e já foi convocada para a seleção brasileira do esporte. Mayza foi campeã brasileira na categoria até 65 quilos.

Durante a última luta da qual a atleta participou, no último domingo, 11, ela relatou ter ouvido expressões de cunho homofóbico e gordofóbico enquanto lutava no ringue, vindas da própria equipe pernambucana, da qual ela faz parte. "Lutando com ela, já arrumou uma namorada", disseram. Também foram feitos comentários preconceituosos sobre o corpo de Mayza. "Não tem nenhum tipo de afeto homoafetivo com a minha adversária. Me senti humilhada diante disso".

Ao Terra, a atleta desabafou sobre a situação. "A luta é muito machista com as mulheres, continua sendo. Eu sou a pioneira em destaque da seleção pernambucana, e, talvez, isso atraia, pode-se dizer, invejosos, pessoas maldosas, porque é isso que são. Espero que os fatos sejam apurados e eles sejam punidos, porque isso não é atitude de atleta. São baderneiros que usaram de má-fé para que eu me desconcentrasse e perdesse a luta, só para me humilhar, uma companheira de equipe".

Mayza diz que as ofensas contra ela foram ditas por pessoas da própria delegação pernambucana e por alguns atletas da Paraíba. Eles gritavam o nome dela, fingindo que estavam torcendo, mas diziam palavras ofensivas, relata a atleta.

"Sofri algumas agressões expressivas e de ódio, repudio totalmente a todos que desferiram tais palavras contra mim. Eu, na minha posição como atleta, quero expor minha indignação sobre o fato de sofrer bullying, gordofobia e homofobia por parte de companheiros infiltrados na torcida", disse Mayza.

Mayza tem 28 anos e pratica o kickboxing há 13 anos, com um vasto histórico de vitórias. Já foi tricampeã brasileira, bicampeã sul-americana, campeã da Copa do Brasil, campeã pan-americana e seis vezes campeã pernambucana. Atualmente, compete na categoria até 65 quilos.

"Falei sobre o ocorrido no grupo da delegação no WhatsApp e tive um retorno indesejado, de total descaso do representante da delegação, que até, então, nem procurou saber dos fatos ocorridos, e já foi me cortando, dizendo que deveria apagar [as mensagens] do outro grupo, onde tinha professores e pessoas da delegação. Em seguida, colocou que o que aconteceu no [campeonato] brasileiro se resolveria no campeonato brasileiro. Tendo em vista que não foi tomada nenhuma atitude, resolvi denunciar e expor", relata a atleta. #terranoticias

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