Carlos Viana guarda ressentimento de Bolsonaro?

  • ano passado
Eleito por 3,5 milhões de mineiros em 2018, o senador Carlos Viana (PL) foi terceiro colocado na eleição para o governo do estado no ano passado, com 783 mil votos. Agora, em meio a continuidade do trabalho em projetos nacionais, estaduais e municipais, o parlamentar inicia a segunda metade do seu mandato com nova meta: concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte em 2024.

Leia mais: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/04/17/interna_politica,1482165/carlos-viana-quer-ser-candidato-a-prefeitura-de-bh.shtml

Como parte deste movimento, o parlamentar deixou, em fevereiro, o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e se filiou ao Podemos, sua quinta sigla desde que entrou para o Congresso Nacional. Antes, esteve no PHS, PSD e MDB.

- O senhor esteve no PL por menos de um ano. Fica algum ressentimento com o ex-presidente Jair Bolsonaro?

"Não, nenhum. Eu aprendi muito. O aprendizado que tive como candidato a governador me mostrou muito mais sobre a política do que os primeiros quatro anos em que estou no Parlamento. O Senado é uma casa alta, onde você se relaciona com quem já passou por momentos políticos muito mais amplos, governadores, grandes líderes, grandes caciques da política. Ser candidato ao governo me mostrou principalmente que ninguém é candidato de si mesmo. Você precisa de grupos. Você precisa trabalhar os apoiadores. Segundo ponto: você não pode entrar num partido para ser presidente ou para ser candidato sem o apoio dos demais. Você gera um constrangimento entre os próprios colegas. O que aconteceu no PL? Os deputados em Minas já tinham um acordo político e, naturalmente, não aceitaram de bom grado uma candidatura que veio imposta. Então, isso me ensinou que na política o que manda é realmente a construção partidária de grupos. E sem esses apoiadores, dificilmente, uma pessoa consegue uma eleição bem sucedida", afirmou em entrevista exclusiva ao Estado de Minas.

Recomendado