Árbitro de Vídeo: detalhes do primeiro jogo oficial com uso da tecnologia no Brasil

  • há 6 anos
ESTREIA HISTÓRICA NA ILHA DO RETIRO: Árbitro de vídeo: recurso ajuda a definir pênalti

Sport 1 x 1 Salgueiro. A primeira vez do uso da tecnologia do árbitro de vídeo no futebol brasileiro está registrada na história. Neste domingo (7), o jogo de ida da Final do Campeonato Pernambucano contou com o recurso inédito, que já foi aproveitado para definir um lance capital do confronto.

Aos 48 minutos do 2 tempo, José Woshington da Silva (árbitro principal) indicou pênalti para o Salgueiro. Neste momento, Fabrício Sales (assistente 2) sugeriu pelo rádio que a jogada fosse revista, pois tratava-se de uma grande decisão. O árbitro, então, fez o sinal em forma de tela, gesto previsto pelo protocolo para indicar que haveria a revisão.

Dentro da unidade móvel, o árbitro de vídeo Péricles Bassols (CBF/PE), por intermédio do operador, apresentou a Woshington o lance pedido por ângulos diferentes. Como não era uma questão inequívoca para nenhum dos lados (foi ou não pênalti), a marcação dependia da interpretação do árbitro principal. Ele usou a tecnologia, conferiu o replay no monitor disponível ao lado do gramado – no tempo normal do movimento e em câmera lenta – e confirmou a penalidade.

– De acordo com o protocolo aprovado pela FIFA, o árbitro de vídeo só deve interferir, indicando que a marcação precisa de mudança, quando o lance não depende de interpretação, ou seja, fica nítido que o árbitro principal, de campo, está cometendo um erro. Como as imagens não nos mostraram isso, reforcei para o Zé (José Woshington) que ele próprio deveria olhar os replays no campo e checar. Fez isso e manteve o pênalti – explicou Bassols.

Para o chefe do Setor de Futebol do International Football Association Board (IFAB), Dirk Schlemmer, a experiência foi positiva e mostra que o árbitro de vídeo é um caminho novo que o mundo do futebol está desbravando.

– A equipe seguiu o protocolo e atuou, exatamente, como determinado pelos procedimentos acordados. Precisamos ajustar alguns elementos, como o tempo levado para a revisão, mas o que vi nos deixa muito satisfeitos com a demonstração do Brasil – afirmou o alemão, que recebeu da CBF todos os arquivos com as imagens utilizadas durante o jogo.

O chefe do Departamento de Arbitragem da CBF e coordenador do projeto do árbitro de vídeo no Brasil, Sérgio Corrêa, aprovou a estreia da tecnologia como influenciadora e elogiou a postura dos árbitros envolvidos.

– Não seria fácil atuar em um jogo desses, uma final de campeonato, sabendo que tratava-se de um dia histórico para o futebol brasileiro e mundial. Tanto a equipe de campo quanto a da unidade móvel atuaram dentro do protocolo e isso nos traz muita satisfação, pois é uma ideia que nasceu no Brasil – ressaltou Sérgio, que acompanhou a partida ao lado do gramado.

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