Portugal e Estados Unidos julgam agressões entre jovens partilhadas pela internet

  • há 7 anos
As agressões coletivas com partilha das imagens pelas redes sociais da internet voltam a dar que falar em Portugal e nos Estados Unidos. Nos dois lados do Atlântico, vieram a público esta semana dois casos de motivações distintas, mas resultado similar: os agressores foram identificados através de vídeos partilhados pela internet e vão responder à justiça.

O caso mais recente é o de Chicago, nos Estados Unidos, onde quatro jovens afro-americanos — jordan Hill, 18 anos, Tesfaye Cooper, 18, Brittany Covington, 18, e Tanishia Covington, 24 — filmaram a agressão a um jovem de 18 anos, caucasiano e com necessidades especiais.

CPD Arrested and Charged all four offenders with Hate Crime, as well as other charges, from West Side kidnapping and attack. Presser@2:15 pic.twitter.com/EoYnluf573— Chicago Police (@Chicago_Police) 5 de janeiro de 2017


A tortura terá durado seis horas, ocorreu no apartamento onde residem as irmãs Covington e pequenos vídeos do crime foram sendo partilhados em direto pela rede social Facebook. Nos “clips”, veem-se os agressores a obrigar a vítima, por exemplo, a beber água da sanita, a ser ferida com uma arma branca e a ser obrigada a dizer “eu amo pessoas negras.”

O caso mereceu inclusive a reação do Presidente dos Estados Unidos. Em declarações à estação de televisão ABC7, de Chicago, cidade onde mantém a residência familiar, Barack Obama considerou “terrível” o facto de este tipo de crimes serem disponibilizados pelas redes sociais, mas acrescentou que é também este tipo de denúncias que permite perceber a gravidade do “impacto do racismo, da discriminação e do ódio nas famílias e nas comunidades.”

Brutal attack streamed on Facebook Live brings hate-crime charges and condemnation from the White House https://t.co/zAURzUPf62 pic.twitter.com/zE0s4aiKMY— Chicago Tribune (@chicagotribune) 6 de janeiro de 2017


“Mas é assim também que aprendemos e que podemos melhorar. Não ganhamos nada em fingir que o racismo e o ódio não existem. Não ganhamos nada em evitar falar destes problemas. O facto de que estes casos estão a ser denunciados significa que os podemos resolver”, defendeu o Presidente cessante dos Estados Unidos.

O quarteto de agressores identificado no caso de Chicago é presente esta sexta-feira a tribunal sob acusações de rapto agravado, crime de ódio, retenção ilegal agravada e agressão agravada com recurso a arma mortal. Os suspeitos vão conhecer as medidas cautelares (fiança) prévias ao julgamento propriamente dito.

Caso português envolve três inimputáveis

O caso português terá ocorrido a 3 de novembro, num espaço público em Almada, próximo de Lisboa.

O caso chegou à polícia através da queixa da mãe da vítima, um jovem de 15 anos, que tinha sido agredido por pelo menos quatro outros, num ato filmado por telemóvel e partilhado pelas redes sociais.


 
Os filhos do embaixador do Iraque

Um outro caso de agressão entre jovens que tem vindo a dar que falar em Portugal é o que envolve os doi

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