Ataque de Berlim: Polícia nega detenções e família do suspeito diz-se chocada

  • há 7 anos
Alguma imprensa alemã noticiou esta quinta-feira de manhã a detenção em Dortmund de quatro pessoas supostamente associadas ao principal suspeito do ataque de segunda-feira à noite com um camião contra um mercado de Natal em Berlim.

O porta-voz do Procurador-federal já veio no entanto negar a realização de qualquer detenção relacionada com a investigação em curso em torno desse ataque. “Não sabemos de nunhumas detenções”, afirmou o porta-voz.

O principal suspeito atualmente procurado pela polícia alemã é Anis Amri, um tunisino de 24 anos anos, que terá estado registado num centro de acolhimento de refugiados nos arredores de Dortmund, antes de se mudar cerca de 500 quilómetros para leste, para Berlim.

A Procuradoria-federal ofereceu quarta-feira uma recompensa de 100 mil euros por qualquer informação que possa levar à captura de Anis Amri. Um mandado de detenção europeu foi também emitido. “Não se coloque em perigo porque esta pessoa pode ser violenta e estar armada”, avisou a procuradoria.

Durante a madrugada há relatos na imprensa germânica de duas operações das forças especiais da polícia germânica em Dortmund. Uma num centro de acolhimento de refugiados e outra num bloco privado de apartamentos. Foi nesta última que terão sido detidas quatro pessoas, sendo que nenhuma delas terá sido identificada como sendo Anis Amri.

As autoridades alemãs reforçaram, entretanto, as medidas de segurança em zonas de grande concentração popular como, por exemplo, o aeroporto de Frankfurt, um importante elo de ligação da aviação europeia com diversas partes do mundo e onde a afluência se espera grande nesta quadra natalícia.

No mercado de Natal alvo do ataque de segunda-feira, na Breitscheidplatz, em Berlim, foram entretanto colocados blocos de betão para prevenir uma eventual repetição do ocorrido segunda-feira e o mercado voltou a ser reaberto ao público.

Família em choque e interrogada na Tunísia

Na Tunísia, a brigada antiterrorismo tunisina já interrogou a família do suspeito, que habita em Oueslatia, no centro deste país do norte de África. Anis Amri tem quatro irmãs e um irmão.

À agência France Press, Abdelkader Amri, o irmão, disse que, se Anis “for de facto culpado, merece todas as condenações” e apelou a que ele se entregue às autoridades.

“Estou chocado como qualquer outro tunisino. Quando a polícia se deslocou à casa para levar a nossa mãe é que soubemos que se tratava de Anis. Eu eos meus irmãos não vivemos aqui, vivemos na capital, Tunes. Acabámos de chegar”, disse o irmão do suspeito.

Abdelkader disse ter tomado conhecimento do caso pela comunicação social. “Quando vi a fotografia do meu irmão nos ‘media’ não podia crer nos meus olhos. Fiquei chocado e não posso acreditar que tenha sido ele a cometer aquele crime. Nós rejeitamos o terrorismo e os terroristas. Não temos qualquer relação com terroristas”, garantiu o irmão do suspeito.

A irmã Najoua conta que a família nunca pressentiu “qualquer sinal de que algo de anormal s

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