Martin Schulz, do azar no futebol ao duelo alemão com Merkel
  • há 7 anos
Martin Schulz, alemão, 60 anos:


Nasceu a 20 de dezembro de 1955, em Hehlrath, nordeste de Eschweiler, Renânia do Norte-Vestfália, no leste da Alemanha;
É casado com Inge Schulz, uma arquiteta paisagista, tem dois filhos e segue a religião protestante;
Tentou uma carreira no futebol, mas foi impedido por uma lesão, entrou em depressão e teve problemas de alcoolemia;
É adepto do FC Colónia, atual 4.° classificado da “Bundesliga”, o principal campeonato de futebol da Alemanha;
É um confesso apaixonado por livros, igualdade social e a União Europeia;


Assume-se “amigo de Portugal” e diz ter “um coração lusitano.”




Martin Schulz faz parte dos quadros do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla original), força política posicionada no centro-esquerda da Alemanha. Juntou-se ao partido em 1974, com 19 anos, através da organização “Jusos”, a juventude socialista do SPD.

Die Entscheidung von MartinSchulz ist eine schlechte Nachricht für #Europa – und eine gute für Deutschland. #Schulz— Sigmar Gabriel (sigmargabriel) 24 de novembro de 2016

(Sigmar Gabriel, líder do SPD, vice-chanceler e ministro da Economia alemão:

“A decisão de Mattin Schulz é uma má notícia para a Europa, mas é boa para a Alemanha.”)

A aposta pessoal era fazer carreira no futebol, uma das grandes paixões. Chegou a semi-profissional, revela na biografia da conta de Facebook oficial, mas duas lesões graves num joelho, aos 18 anos, obrigaram-o a repensar os planos.

A frustração tê-lo-á ajudado a refugiar-se na ilusão do álcool. De um momento para o outro, tinha falhado na escola e o meu futebol tinha acabado. Caí numa crise profunda e comecei a beber demasiado, contou o próprio numa entrevista a 26 de abril de 2013 ao financial Times.

Especializou-se, então, no mercado livreiro e viria a ter mesmo uma livraria em nome próprio.

Em 1984, foi eleito para o Conselho Municipal de Würselen, a cidade onde estudou, situada a noroeste de Eschweiler, de onde é natural. A partir de 1987, e até 1998, foi o presidente da câmara — foi aliás o mais novo autarca a exercer na Renânia do Norte-Vestfália.

Em 1994, foi eleito para o Parlamento Europeu e entre 2000 e 2004 liderou a delegação do SPD. Fez parte de diversas comissões europeias, incluindo a das Liberdade Civis, Justiça e Assuntos Internos e a subcomissão dos Direitos Humanos.

De vice-presidente do grupo socialista no Parlamento Europeu passou, em 2004, a presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), grupo que junta os socialistas, os sociais-democratas e os partidos trabalhistas europeus.


 
Schulz, o “amigo de Portugal”

Martin Schulz é um assumido “amigo de Portugal”, que já visitou diversas vezes e que ainda recentemente defendeu no caso do defice excessivo, insurgindo-se contra a aplicação de qualquer sanção ao país.

Em abril passado, por ocasião de uma visita oficial do Presidente da República a Estrasburgo, Schulz revelou que teve mesmo oportunidade de confidenciar a Marcelo Rebelo
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