Um ano depois dos atentados em Paris, os sobreviventes recordam

  • há 8 anos
Um ano depois dos atentados do 13 de novembro, Paris comemora o aniversário com uma série de eventos, durante o fim de semana. A sala de espectáculos parisiense Bataclan reabre este sábado com um concerto do músico britânico Gordon Sumner. Um concerto rodeado de segurança máxima.

Para aqueles que sobreviveram ao massacre, a angústia daquela noite continua presente.

“O mais terrível foi quando houve troca de tiros entre os terroristas e a polícia. Algumas das balas entravam na parede e eu estava mesmo atrás da parede. Podia sentir, senti a parede abanar e só pensava: só espero que a parede aguente”, recordou Denys Plaud.

O jornalista Daniel Psenny, que habita ao lado do Bataclan, ficou com o braço atravessado por uma bala quando procurava ajudar um dos feridos que fugia da sala de concertos.

“Fui atingido por uma bala disparada por uma Kalashnikov, que me queimou os terminais nervosos. Perdi parte das capacidades sensitivas e alguns dedos ficaram sem mobilidade, paralisados. É muito incómodo, é uma incapacidade física”, explicou Psenny.

Grégory Reidenberg, o dono do café La Belle Equipe, na 11 freguesia de Paris, perdeu a mulher, Djamila, nove amigos próximos e dez clientes que estavam na esplanada do café. Para enfrentar a dor, escreveu livro sobre a tragédia daquele 13 de novembro.

Para Grégory Reidenberg, este “Foi um ano de reconstrução, continuo muito afetado. O aniversário é para vocês, para nós que estávamos no coração daquilo, passou-se tudo ontem e ao mesmo tempo há dezenas de milhar de anos.”

No domingo, terão lugar homenagens e celebrações em memória das vítimas nos diversos locais dos ataques terroristas.

Mais de 50 crianças ficaram sem um dos pais, um milhar de pessoas perdeu um familiar.

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